A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 50
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

MIL DESCULPAS!!!! Eu sei que já passou mais do que um dia do dia da postagem, mas foi completamente impossível postar. DESCULPEM *_*
Chegamos aos cem comentários :) Quero agradecer a toda a gente que comenta, favorita, recomenda, que lê :) São vocês que me incentivam a continuar :)
Boa leitura :)



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Um mês depois

Rose corria apressada pelos corredores de Hogwarts. Na noite anterior tinha ficado a fazer um trabalho de Runas Antigas até tarde e hoje tinha adormecido. Nunca antes isto lhe tinha acontecido.

Como se o mundo estivesse contra ela, ao virar uma das esquinas que a levava às escadas para o sexto andar, Rose bateu em alguém. Todos os seus cadernos caíram e a sua tinta entornou.

Rose começou a arrumar apressadamente os cadernos quando uma mão entrou no seu campo de visão.

Rose demorou algum tempo a reagir. Ela conhecia aquela mão. Por muito que ela não quisesse, ela conhecia-a. E ela não conseguia acreditar no azar que tinha.

—Eu não mordo. – comentou Scorpius Malfoy em tom de provocação.

Rose levantou a cabeça e encarou Scorpius. Desde o que se tinha passado no Verão que Rose não estava tão perto de Scorpius. O seu rosto estava praticamente novo, se não fosse por uma pequena cicatriz por cima da sobrancelha direita. Felizmente tinha sido só isso, pensou Rose.

—Rose. – chamou Scorpius novamente. Só aí é que Rose percebeu que o tinha ficado a encarar por aquele tempo.

Como era normal, apesar de Scorpius já não ver há muito tempo, Rose corou atingindo a cor dos seus cabelos. Mesmo não querendo, Scorpius sorriu. Ele adorava quando Rose ficava assim e sentiu-se feliz por ainda causa aquele efeito nela. Era sinal que ainda nada estava perdido.

Muito envergonhada, Rose agarrou na mão de Scorpius. Se esta pensava que, depois daquele tempo, Scorpius lhe iria ser totalmente indiferente, ela estava completamente enganada. As borboletas que se formavam no seu estomago voltaram em máxima forma. O acelerar de coração que não tinha desde o verão voltou em máxima força.

Scorpius puxou Rose e levou-a quase até ao seu peito. Por breves segundos, Scorpius conseguiu ouvir o coração de Rose e mais uma vez voltou a sorrir. Rose ainda gostava dele. Isso era tudo o que ele precisava de saber naquele momento.

—Obrigada. – sussurrou Rose afastando-se rapidamente de Scorpius. Apanhou apressadamente o resto das suas coisas e continuou o seu caminho até à aula de Runas Antigas.

Scorpius continuou no mesmo sítio observando a bela ruiva afastar-se de si.

—Estás com cara de parvo a olhar para onde? – perguntou Octavia ao chegar perto de Scorpius – Deixa-me adivinhar…a Rose passou por aqui.

—Como é…

—Como é que sei? – perguntou Octavia desdenhosa – É tão óbvio! Com essa cara de parvo é muito fácil de saber.

—Tu e o Albus merecem-se. – respondeu Scorpius, ironicamente.

—Eu sei. – respondeu Octavia – Agora falando de coisas sérias. Como é que estamos?

—A poção fica pronta hoje. – respondeu Scorpius - Só espero que funcione. Nunca tinha feito uma poção tão complexa.

—Eu só vou dizer isto uma vez. – começou Octavia séria – Tu podes não ser bom em muitas coisas, mas se existe algo em que tu és realmente bom, esse algo é em poções. Tu és dos melhores alunos de poções do teu ano. Melhor que tu, só a Rose.

Scorpius olhou, surpreendido, para Octavia. Nunca esperou que esta lhe fizesse qualquer tipo de elogio. Ele sabia o quanto Octavia era orgulhosa para dizer bem de alguma pessoa. Ele sabia que ela não dava elogios a qualquer um. Naquele momento, Scorpius sentia-se honrado.

—Obrigado. – agradeceu Scorpius, sorrindo.

Octavia sorriu de volta e continuou o seu caminho deixando um Scorpius sorridente e confiante para trás.

—----//-----

Roxanne seguia, como já era habitual naquele último mês, para a biblioteca.

Desde que tivera aquele desgosto de amor que Roxanne se focara nos estudos. Ela queria manter a cabeça o mais ocupada possível para não pensar em Lorcan. Claro que durante as sessões de estudo com Rose isso resultava. Mas, quando chegava a noite e Molly decidia ir dormir deixando Roxanne sozinha, os seus pensamentos voltavam ao último verão. Voltavam aos dias que passou com Lorcan. O dia em que eles pregaram uma partida a Lucy e Louis. O dia em que lhe fez uma surpresa ao aparecer durante a madrugada à janela do seu quarto na Toca. O dia em que Lorcan chegou com uma margarida e ofereceu-lha.

A biblioteca estava praticamente vazia. Rose já se encontrava no seu lugar habitual à espera de Roxanne para que pudessem começar o estudo.

Roxanne aproximou-se, sentando-se em frente à prima. Esta quando a viu, sorriu.

—Preparada para mais um dia de estudo? – perguntou Rose.

—Rumo a melhor aluna de Runas Antigas. Estou mesmo a ficar boa nisto. – comentou Roxanne, orgulhosa – Tudo isto graças a ti, Rose.

Rose agradeceu, sorrindo. Ela estava feliz por Roxanne. Aos poucos, aquela alegria normal em Roxanne voltava.

—Olá minhas caras primas. – cumprimentou Albus sentando-se ao lado de Rose.

—Ainda não tive oportunidade de te dizer, Roxanne. Hoje o Albus vai estudar connosco. – disse Rose.

—Muito bem. – respondeu Roxanne, sorridente – Agora só espero que não nos atrases. – provocou Roxanne.

—Olha como ela anda. O que tu lhe andas a ensinar, Rose. Estou muito desiludido. – comentou Albus, brincalhão.

—Já sabes. – respondeu Rose no mesmo tom.

Rose abriu o seu livro de sexto ano de Runas Antigas na página cento e trinta e seis. Começou a explicar o que significavam algumas daquelas runas aos primos. Era verdade que Albus andava, tal como Rose, no sexto ano, mas este ano existiam os NIEM’s e a matéria dos últimos anos também era muito importante.

A dado momento, Rose calou-se. Encarava a entrada da biblioteca. Alguém se aproximava. Albus, antes de olhar, apostava que seria Scorpius que vinha aí e daí a reação de Rose. Mas não era. A pessoa que se aproximava deles era uma das últimas pessoas que Albus podia imaginar. Era Lorcan Scamander.

—Desculpem interromper. – desculpou-se Lorcan ao chegar perto dos primos. Roxanne olhou para ele, espantada. Ela não percebia o que Lorcan estava ali a fazer – Posso roubar-vos a Roxanne por cinco minutos.

Para espanto de Albus e Roxanne, Rose foi a primeira a falar.

—Claro que sim.

Se não fosse a cara de incentivo da prima a mandá-la seguir Lorcan, Roxanne não se levantava daquela cadeira. Ela estava demasiado chocada. Era verdade que ela e Lorcan se tinham aproximado muito no verão, mas desde que estavam em Hogwarts que parecia que essa proximidade, essa confiança tinha desaparecido. Era como se eles fossem completos desconhecidos.

Roxanne seguiu Lorcan até ao jardim. O fim de Outubro trazia com ele o início do frio, mas aquele dia estava agradável.

Lorcan sentou-se num dos banquinhos perto do lago e convidou Roxanne a sentar-se ao seu lado. Esta, sem saber muito bem o que fazer, sentou-se.      

Roxanne estava completamente nervosa. Mexia as mãos sucessivamente e não conseguia deixar os pés quietos. E, para piorar a situação, Lorcan não dizia uma única palavra. Apenas a encarava.

—A Rose veio falar comigo. – começou Lorcan chamando a atenção de Roxanne. Como assim Rose tinha ido falar com o Lorcan? – Em primeiro lugar, eu quero esclarecer uma coisa. Eu e a Erica não temos nada. Existe uma explicação para eu e ela termos estado de mãos dadas.

—Lorcan não precisas de te justificar. Tu és livre de fazer o que quiseres. – começou Roxanne. Ela queria saber o porquê daquilo ter acontecido mas, ao mesmo tempo, não queria obrigar Lorcan a contar-lhe. Ele era livre. Roxanne não o culpava por nada. Afinal existem amores não correspondidos.

—Mas eu quero Roxanne. Eu quero justificar-me contigo. Eu preciso que tu saibas o que aconteceu. – respondeu Lorcan, sério. Ele só queria resolver aquela situação toda – A resposta para o que aconteceu naquele dia é muito simples. A Erica confundiu-me com o Lysander. Eles os dois estão no início de algo.

Roxanne não soube o que responder. No meio disto tudo, a única coisa que ela conseguia pensar era que Rose tinha razão. Sempre havia uma justificação para aquilo ter acontecido. Afinal o Lorcan e a Erica não tinham nada. Afinal ela tinha algo era com Lysander. De repente, um sorriso enorme formou-se no rosto de Roxanne. Afinal o Lorcan não gostava da Erica. Afinal ainda havia uma hipótese para os dois.

—Eu espero que acredites em mim, Roxy. Tu não imaginas o quanto és importante para mim. – confessou Lorcan.

Roxanne olhou para Lorcan. O seu sorriso de orelha a orelha mantinha-se. Lorcan não gostava de Erica. Lorcan acabara de confessar que ela era importante para ele. Sem pensar em mais nada, Roxanne atirou-se para cima do colo de Lorcan e beijou-o, sendo correspondida imediatamente. Afinal também Lorcan gostava dela e estava ansioso por aquele momento.

Ao longe, numa janela do terceiro andar, Rose e Albus observavam a cena, sorridentes.

—----//-----

—A cor da poção está igual à que diz que tem que estar no livro. - disse Scorpius quando chegou perto de Octavia - O Albus?

—Está com a Rose. - respondeu Octavia - Agora já não quer saber da namorada. - dramatizou.

—Ainda hoje concordaste comigo que vocês os dois se mereciam.

—Estava equivocada. Eu sou demasiada areia para a camioneta dele. 

Scorpius gargalhou com a resposta da amiga. Só mesmo Octavia para dizer uma coisa dessas.

—Já agora o meu namorado, que já não quer saber de mim, vai falar com a Rose para esta ir ter com ele à torre logo à noite.

—Só espero que ela aceite ir. - comentou Scorpius - Não nos podemos esquecer que eles estão a construir uma amizade do zero. E não sei até que ponto a Rose está disposta a ficar num lugar sozinha com o Albus. 

—Acho que estás a ser injusto, Scorpius. O Al já admitiu várias vezes o mal que fez. Tu sabes o quanto ele está arrependido. - respondeu Octavia. Ela sabia o quanto Albus se recriminava pelo que tinha feito.

—Tens razão. Desculpa. - desculpou-se Scorpius - Pronta para atacar a Anderson logo?

—Não imaginas há quanto tempo eu estou à espera disto. Aquela cabra hoje vai ter o que merece. - respondeu Octavia, com aquele seu sorriso característico, esfregando as mãos uma na outra - E tu? Pronto para recuperares o teu amor? 

—Estou ansioso pelo momento. - respondeu Scorpius confiante.

—----//-----

A noite invadiu Hogwarts. Todos os alunos regressavam aos seus salões comunais e os prefeitos e monitores começavam as rondas.

Rose, como era habitual, saiu do salão comunal dos Ravenclaw. Mas, ao contrário das outras noite, o seu primeiro caminho não foi a torre de Astronomia. Não! Rose seguia até ao sétimo andar onde iria encontrar Albus.

Depois de decidirem deixar de espiar Roxanne e Lorcan, Albus e Rose continuaram a estudar. Isto até ao momento em que Albus pediu para ela se encontrar consigo naquela noite. Como ambos era prefeitos não importava que fosse depois de horas. 

Claro que Rose estranhou aquele pedido, afinal se Albus lhe quisesse dizer alguma coisa podia fazê-lo naquele momento. Mas Albus deu a desculpa de que elese tinham de estar completamente sozinhos. Por breves instantes, Rose lembrou-se do dia em que Albus a trancou numa sala. Mas rapidamente afastou esses pensamentos. Albus não voltaria a fazer uma coisa daquelas. 

Ao lado do quadro da Dama Gorda encontrava-se Albus à espera de Rose. Este, ao ver a prima aproximar-se, sorriu.

—Boa noite. - cumprimentou Rose.

—Boa noite. - cumprimentou Albus - Vamos?

—Vamos para onde? - perguntou Rose, desconfiada.

—Vamos até à torre de Astronomia. Prefiro falar lá contigo.

Rose lá acabou por concordar. Aquele era o sitio para onde ia a seguir e era por isso não viu qualquer problema em ir.

Rose subiu as escadas atrás de Albus. Nenhum dos dois pronunciava uma única palavra. Rose só conseguia pensar no que Albus lhe tinha para dizer. Seria alguma coisa de grave?

Antes que Rose dissesse alguma coisa, o choque tomou o seu rosto. A torre de Astronomia não estava vazia. Lá encontravam-se Octavia, Scorpius e Diana sentada numa cadeira e amarrada.

—O que é que se está a passar aqui? - conseguiu perguntar Rose - Al o que é que se está a passar aqui?

—Rose, nós estamos aqui para te mostrar a verdade. - disse Scorpius. Rose ignorou-o e voltou a falar para Albus.

—Albus porquê? Tu sabes que eu não o quero ver! Porquê que me trouxeste aqui? - voltou a perguntar Rose, agora com lágrimas nos olhos.

—Rose confia em mim. Fica. Tu não te vais arrepender. - pediu Albus.

Rose nada disse. Ela estava completamente chocada com a situação à sua frente. Ela não sabia o que fazer. Mas, uma pequena voz na sua mente dizia-lhe para ficar. 

Scorpius reparou que Rose ponderava se ficava ou não. Como viu que esta não se mexia, decidiu agir antes que Rose mudasse de ideias. 

—Vamos começar. - disse Scorpius abrindo um pequena frasco e entornando o seu interior na boca de Diana.


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Notas finais do capítulo

Conversas e conversas sobre o plano de Albus, Scorpius e Octavia, que acharam? E que têm a dizer sobre a cena entre a Roxanne e o Lorcan? E por fim, vamos finalmente saber a verdade...acham que o plano deles vai resultar e finalmente se vai resolver tudo entre a Rose e o Scorpius?
Encontramo-nos noz comentários :) Beijos :)