Immortalis escrita por Lafayette


Capítulo 5
Capítulo 5 — We All Fall Down.


Notas iniciais do capítulo

Eai galerinha do mal? Como vocês estão?
Well, cá estou eu depois de não sei quanto tempo - dois meses ou mais? -; enfim, só estou deixando essa nota para avisar que irei continuar a postar um capítulo quinta-feira sim e outra não. Agora eu estou de férias com mais tempo livre, mas sempre demoro para concluir um capítulo e não quero postar nada de qualquer jeito.

Por enquanto é isso!

Beijos.♥



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Encarei os estilhaços de cristais misturados às margaridas muchas caídas pelo assoalho de madeira fosca, pensando em como eu realmente amava aquele vaso antigo. Era uma das poucas memórias que tinha de Earl. Concentrei-me em continuar limpando o estrago, querendo manter longe toda aquela nostalgia. Peguei a vassoura, ajuntando os cacos numa sacola de plástica, joguei a mesma no lixo, quando notei o barulho da campainha. Fui até a porta, já sabendo quem era, destranquei-a, encontrando as íris esverdeadas dilatadas, somente sua expressão demonstrava o quanto estava preocupado, dei um passo para trás, permitindo a entrada de Chad no apartamento. Ele seria o único que poderia contar e fazer acontecer meus planejamentos.

Rumei até a sala em sua companhia, ambos em silêncio, enquanto isso procurava as palavras corretas para que começasse a falar sobre o assunto tanto quanto delicado, envolvendo Davina. Até mesmo porque ele nunca soubera de fato sobre o verdadeiro paradeiro da bruxinha por questão de precaução de todos. Quanto menos pessoas participassem, menos correríamos risco. Sobretudo, como levava em consideração todos últimos ocorridos, eu precisaria tomar conta de mim mesma, sem parcerias ou ter de escolher lados entre Marcel ou Klaus. Era loucura? Sim, mas não me importava com os consequências seguintes, a prioridade seria manter aquela garota longe das bruxas.

Chad parou no meio da sala, batendo um de seus pés sem parar contra o chão, num sinal claro o quanto estava ansioso para o que veria a seguir. Relaxei minha postura, querendo aquela tensão terrível qual fazia meus ombros doerem de maneira incomoda e limpei minha garganta.

— O que aconteceu? — perguntou angustiado, apertando o celular em suas mãos, se aproximando um pouco mais de mim. Ele sabia que nunca ligaria no meio da noite, pedindo ajuda.

— Nós precisamos conversar sobre algo muito sério, Chad. Mas, você precisa me prometer que ninguém mais ficará sabendo. — fui honesta, encarando-o profundamente, fazendo que se assustasse de primeiro momento. Durante anos de amizade, nunca havia feito algo parecido.

— Charlie, você está me preocupando. — hesitou, balançando a cabeça. — Por mim tudo bem, apenas diga.

— Eu sei sobre o verdadeiro paradeiro de Davina. — soltei de uma vez, impactando de vez. Tranquei minha respiração, observando sua expressão se transformando de forma lenta.

O vampiro tentou formular algumas palavras diversas vezes, poém, parecia em êxtase demais para consegui-lo. Sua surpresa não durou muito tempo, porque segundos depois ele me olhou de uma maneira tão... Acusadora. Confesso que aquilo fez meu coração apertar, mas tinha minhas razões importantes. E ele muito provavelmente se sentia traído, considerando a parte da qual Emma era quase uma irmã mais velha para Davina. Desde o seu sumiço, a mesma vinha sofrendo série de crises de ansiedade e pânico.

— Você tá me dizendo que soube onde Davina esteve durante todo esse tempo? — indagou exasperado, passando a mão por seu cabelo, tanto quanto ofendido.

— Era muito arriscado te contar Chad. — justifiquei rapidamente.

— Arriscado, Charlotte? Acha mesmo que seria capaz de contar para alguém? — abriu os braços, demonstrando sua mágoa. Respirei fundo, sabendo que não podia fazer nada para amenizar ou tentar explicar.

— Você não era o problema, mas a sua namorada era. — eu disse, perdendo a paciência, porém procurando ponderar no tom da minha voz. — Era muito arriscado se ela ficasse sabendo, busque entender o meu lado. Emma é jovem, querendo ou não tem uma ligação profunda com o Clã por causa da sua família. Caso, as bruxas velhas desconfiassem e descobrissem, teríamos grandes consequências, incluindo para ela mesma.

Chad simplesmente calou-se, assemelhando o que tinha acabado de falar. Tinha sentido e ele sabia muito bem daquilo. Por mais que sua namorada amasse Davina, ela não se manteria quieta pelo simples fato de achar que estaria traindo sua própria comunidade.

— Por que está me contando só agora? — maneou um pouco, apoiando sua mão na cintura e encarando o chão.

— As coisas estão fora do controle. — revelei. — Klaus está desconfiado de como Marcel consegue manter o controle sob todas as bruxas do Quarteirão Francês. Enquanto ele não encontrar essa arma, não vai parar, sendo assim, caso encontre a Davina as coisas piorarão.

— Klaus Mikaelson? O original? — questionou, confuso, me olhando assustado.

— Exatamente. — confirmei, vendo-o começar a andar de um lado para o outro, preocupado.

— Eu soube que ele estava na cidade, mas era apenas uma passagem.

Terminei de contar toda a história desde como Klaus queria o comando de Nova Orleans de novo, até a "arma secreta" de Marcellus para satisfazer seu enorme desejo de estar sempre no controle, contudo o Híbrido ainda estava sendo ameaçado pelas bruxas. Tive também de mencionar como poderíamos chegar até Klaus e a proposta qual havia recebido no dia anterior, obviamente pulando a parte de uma loba grávida entre eles, eu sabia até o ponto de confiança entre nós. Evitando também questionamentos, revelei sobre o meu passado envolvendo os Originais de maneira resumida, mas mostrando como eles, ou melhor, Niklaus parecia confiar em mim.

— É quase inacreditável. As bruxas estão usando um Original para chegar até Marcel. — comentou, abobalhado. — Ainda assim, se você aceitar pode recuperar seus poderes de volta.

— Eu tenho medo de aceitar e perder o controle, Chad. — fui sincera, sabendo que poderia desandar a qualquer momento, especialmente quando se tratava da minha magia.— Mas, sei que não tenho escolhas.

— Sinto muito. — foi solidário, passando a mão no meu ombro.

— Não sinta, porque nós teremos de sacrificar algo. — aproveitei o momento para expor minha ideia nada conveniente. — Você precisa se manter infiltrado no ciclo de confiança de Marcel.

— O quê? — indagou, recolhendo sua mão no mesmo momento. — Ele é meu amigo há anos, não posso fazer isso!

— Precisamos nos manter informados, Chad. Acredite em mim, num futuro próximo ou distante, Marcel vai te agradecer por isso. — dei de ombros, não me importando muito com aquele lance de amizade entre os dois. Até mesmo porque Marcellus nunca pensaria duas vezes antes de fazer algo contra o mesmo. — Se estamos no penhasco, por que não nos jogar de vez?  

— Claro que eu estou dentro. — falou, derrotado, fechando os olhos, não acreditando que estava entrando naquela loucura.

Balancei a cabeça, percebendo o arrepio gelado subindo pela minha espinha apenas de pensar em como tudo poderia terminar como da última vez. Contudo, daquela vez eu me sentia totalmente preparada para que começasse enfrentar os fantasmas do meu passado de frente.


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