Immortalis escrita por Lafayette


Capítulo 4
Capítulo 4 — Need me.


Notas iniciais do capítulo

Ei, hooneys!!
Como vocês estão?
Depois de quatro meses intensos, I'M BACK!!!
Vou resumir o que aconteceu para eu desaparecer durante todo esse tempo. Como estou terminando meu técnico, eu tinha que se dedicar totalmente ao meu TCC, que me fez ficar sem tempo para escrever direito, por isso, optei em deixar a fanfic de lado por um tempinho. Contudo, agora irei voltar a postar uma vez por semana, quinta ou sexta-feira.
Enfim, é isso. Beijos! ♥



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Mantive meu olhar sobre a carranca que estava formada no rosto do Híbrido, ele ainda parecia estar aceitando minha resposta. E aquele maldito silêncio estava começando a me deixar aflita, porque ninguém era capaz de prever o que Niklaus fazia quando acabava sendo contrariado, principalmente ao ser provocado como eu continuava fazendo.

A loba também pareceu ficar incomodada pelo clima estranho e limpou a garganta, alternando seu olhar hesitante entre nós dois. Entretanto, tudo que eu menos esperava ver, aconteceu. O sorriso torto nasceu nos seus lábios enquanto sua expressão adotava a feição diabólica. Sufoquei o suspiro surpreso, apenas engolindo em seco, esperava ser ameaçada de novo. Ainda aparentando ser a reação melhor dele, para mim era a pior.

— Não é um problema. —respondeu calmo, indo até a pequena mesa de bebidas alcoólicas.  — Podemos entrar em um acordo, assim todos nós sairemos beneficiados.

— Por enquanto não consigo ver nenhum beneficio para mim. — inquiri séria, sustentando o olhar contra o seu, Klaus soltou a lufada de ar acompanhado de um riso irônico.

— Sua magia está acabando por um motivo desconhecido, consequentemente o feitiço que te mantém viva está se desfazendo e isso significa que você morrerá muito em breve. — explicou sua linha de raciocínio lógico friamente. — Eu posso encontrar a solução do seu problema, mas em troca irá proteger Hayley das bruxas e me contar alguns segredinhos de Marcel.

Abri e fechei minha boca, procurando por respostas a altura, mas me calei. Se Klaus estava me propondo um acordo, sem ameaças, chantagens ou manipulação, era porque estava sem escolhas. Ele usava meus problemas como a solução para os seus. Às vezes chegava ser insano como aquele bastardo conseguia ser inteligente o suficiente e te manipular ainda estando em desvantagem, fazendo parecer o contrário. Por isso, sempre vencia seu oponente com facilidade.

O barulho do motor de algum automóvel se fez presente no lado de fora. Só assim, reparei que a loba havia abandonando a sala de estar, ela provavelmente se cansara de assistir nossa briga. Olhei na direção da janela, não dando a resposta de imediato, ele deu de ombros. Escutei a porta principal da mansão sendo aberta de forma bruta, causando o baque surdo, seguida da voz feminina com o sotaque carregado do inglês, que fez meu peito se aquecer estranhamente.

— Klaus venha até aqui e diga ela que o Elijah sempre cumpriu todas as promessas que fez. — a loira adentrou a sala, feito um furacão, ao menos percebendo a minha presença.

— Sem escândalos, irmãzinha. — Niklaus pediu calmamente, sorrindo completamente satisfeito.  — Não vai cumprimentar a nossa visita?

Os olhos azuis claros foram na minha direção, rapidamente a expressão de Rebekah se esvaiu, como se estivesse encarando o grande fantasma do passado, contudo no momento seguinte ela retomou a postura de superioridade, me olhando de cima a baixo com certo desprezo e desviando o olhar. Mordi o canto da minha bochecha, sentindo o gosto amargo. Ela não havia mudado nada. Continuava a garota mimada e sem limites.

— Vejo que estamos com a família completa. — comentou, sorrindo amargamente, verificando o cômodo por inteiro parecendo procurar por alguém. — Cadê o Elijah?

— Não precisa se preocupar com o nosso irmão, ele está bem. — o loiro falou no tom enigmático, esfregando uma mão na outra, fazendo que sua irmã revirasse os olhos. - Mas recapitulando, o que diz, Charlotte?

— Não. — falei simplesmente. Novamente a reação do Híbrido foi à mesma, quando estava prestes a dizer alguma coisa o interrompi, continuando. — Deixarei bem claro, eu não quero e não vou fazê-lo existem outras milhares de bruxas nessa cidade, aposto que se procurar bem irá encontrar. Deixe-me em paz.

Dito isto, não esperei mais nenhum segundo para ver o que aconteceria caso continuasse ali. Peguei meu celular em cima da poltrona, caminhando para fora da mansão, atravessei o grande jardim, saindo até a rua deserta. Revirei os olhos, sabendo que era uma boa caminhada até o Quarteirão Francês, nem ao menos iria poder pedir carona para Chad ou Joe, pois nenhum dos dois sabia sobre minha ligação com os Originais.

Sem opções, comecei a andar pela via. E como pensado, de fato levei mais de meia hora para chegar à casa de vez. Tudo que queria era poder dormir pelo resto da minha eternidade para não ter que lidar com o que viria pela frente e eu sabia que quanto mais fugisse, pior seria, pois nunca conseguiria ficar em paz. Joguei o celular em cima da minha cama, rumei até o banheiro, retirando minha regata manchada de sangue seco pelo caminho, eu apenas precisava de um banho.

Fiquei embaixo do chuveiro por vários bons minutos, desliguei o registro, me enrolando na toalha. Peguei a primeira muda de moletom que estava na gaveta e vesti. Não estava em estado mental para ir trabalhar, depois se explicasse a Joe, ele entenderia. Retornei a cozinha, abrindo a geladeira, pegando a manteiga e preparando sanduíche. Por mais que estivesse sem fome, teria de me obrigar a comer se quisesse continuar andando sem desmaiar.

Liguei a secretária eletrônica do meu telefone, escutando os três recados preocupados de Chad, outros dois de Emma e um do meu sócio. Sorri fraco, pelo menos alguém se importava com o meu sumiço repentino, parecia ser o bom sinal, mas responderia mais tarde. Estava prestes a sair da cozinha, quando as batidas na porta, nem me dei o trabalho de verificar quem era porque provavelmente deveria ser Donna entregando as correspondências.

Destranquei a porta, sorrindo, mas meu sorriso desapareceu quando encarei o homem alto a minha frente. Marcel também sorria provocativo, fiz menção de fechar a porta, mas ele colocou o pé na frente, me impedindo de fecha-la por completo. Revirei os olhos, mal acreditando que todos eles haviam decido ir atrás de mim ao mesmo tempo. Aquele dia definitivamente não ficaria pior.

— Acho que as suas vadias te deram o recado. — zombei. — Na próxima vez não restará nenhum para te dar recado.

— Sabe que precisamos conversar. — Marcel ignorou minha provocação, continuando a forçar a porta, pois sabia que não iria conseguir entrar por nunca ter sido convidado a entrar no meu loft.

— Resolva seus problemas com os Mikaelson sem me envolver, eu não tenha nada haver com toda essa confusão. — avisei impaciente, respirando profundamente.

— Não é sobre eles, Charlotte, pelo menos não inteiramente, isso envolve a Davina. — falou apreensivo, sabendo como chamar minha atenção de verdade. Juntei a sobrancelhas, um pouco preocupada, finalmente abrindo um pouco mais a porta.

— Apenas diga.

— Klaus está desconfiado sobre como eu tenho acesso a todas as bruxas que praticam magia. Se ele descobrir sobre a Davina ou encontra-la, irá se aproveitar dos poderes dela. Você sabe disso, eu preciso da sua ajuda.

— Então, de repente todos precisam da minha ajuda, isso é incrível, não é Marcel? — perguntei sarcástica, entortando os lábios e erguendo os ombros. — Tivesse pensado isso antes de começar a usar aquela menina como uma vantagem, agora aguente as consequências.

— Você prometeu que iria protegê-la. — atacou, querendo acertar meu ponto fraco, contudo não aconteceu.

— E eu irei Marcellus, mas não venha querer me manipular para ficar do seu lado. Estou cansada de todos tentando fazer isso. — proferi séria, sentindo a raiva florescer dentro de mim.

— Sabe que vai ter que escolher um lado. — retorquiu no mesmo tom sério.

— Eu não tenho que escolher absolutamente nada, Davina ficará bem e eu irei protegê-la de quem tentar machuca-la, mas estou pouco me importando com essa droga de disputa entre você e Klaus por Nova Orleans. Não ouse voltar aqui de novo, porque vai se arrepender. — ameacei enfurecida, não dando a chance de escutar sua resposta e bati a porta.

Passei a mão pelo meu cabelo, exasperada, encarei o vaso com flores na minha frente e o peguei atacando longe, tentando descontar a minha frustração. Estava tudo tranquilo demais para ser verdade. Eu estava literalmente encrencada com aquela maldita carga de emoção. Ainda havia Davina que não tinha nada haver com aquilo e agora corria perigo de ir parar nas mãos de Niklaus.


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