Nós nos Amamos escrita por naanyfaria


Capítulo 2
Desejo


Notas iniciais do capítulo

Gente, espero que gostem! Prometo postar os caps. mais rápidos, é o começo da fic e eu estou com o meio dela na mente, precisei passar tudo de novo, e tive que reorganizar minha cabeça, visando o começo e não o meio da fic! (Y)



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POV RENNAN STUFFER


Anne não parava de olhar para a escada. Eu tinha certeza de que ela estava querendo que alguém descesse logo, e esse alguém tinha nome e sobrenome Andy Bonne. Argh. Será que ela gosta mesmo dele¿ E porque eu estou me importando com isso¿ Eu a conheço a menos de 24 horas. Apesar de que seus olhos... Seus cabelos... Seu jeito... Rawr, aquela boca.

- E aí, tem namorado¿ - Clark perguntou, sorrindo pra mim. Eu já havia tomado a decisão: eu o mataria assim que ela virasse as costas. Clark fazia vários tipos de zuação comigo desde que começamos a conversar com Anne. Era mais para indiretas.

- Não. – ela falou, voltando a olhar para a escada dessa vez fixando seu olhar lá. – E-e-u... – Anne gaguejava enquanto observava Andy descendo as escadas, somente de toalha.

- CARA, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO¿ - Julian gritou indo em sua direção, rindo. Clark também já se matava de rir, talvez pela cara – de abobada, surpresa, envergonhada, desesperada ou tudo junto – de Anne. Eu me levantei tomando a frente de Julian e puxando Andy pelo braço escada acima.

Entrei no quarto e Andy entrou atrás de mim, sua cara era de um tremendo safado. O olhei surpreso, como podia ser tão desligado¿

- Nossa, a menina ficou toda vermelha, feito sangue cara! – ele gargalhava. – Que legal mano!

- Não é nada legal Andy. – falei sério demais, depois sorri, tentando disfarçar o meu nervoso pela sua falta de atenção. – Cara, é constrangedor pra ela. Você devia prestar atenção!

- Ihhh, foi mal aí cara. Não sou vidente. Como iria saber que vocês estariam ali na sala conversando com uma menina¿ A filha da empregada! – ele falou indignado.

- Não tem problema nenhum ela ser quem é Andy! Ela estuda na nossa escola, seu der. – disse. Ele sorriu.

- Tudo bem... Não vou repetir. – Andy rapidamente prometeu. Eu sorri falsamente e sai dali, mal humorado. Otário, eu pensava enquanto ia pra cozinha. A sala estaria num assunto não tão agradável.

Me encostei à bancada da cozinha e fiquei olhando pra porta. Logo Clark parou lá, me olhando.

- Hey. – falou de repente, eu assustei. – Que foi¿ Está viajando é¿ - Clark me olhava desconfiado. – Com quem hein Sr. Stuffer¿

Ameacei de ir pra cima dele, ele deu risada, se divertindo com a minha irritação.

- Que houve cara¿ Eu estou brincando! – ele falou. – A tal de Anne mexeu mesmo com você hein... Quer que a gente arrume ela pra você¿

Eu hesitei. Será que ela ficaria comigo¿ Não, não sei.

- Sei lá cara... Perto dela eu fico abobado... Ela me dá “tesão”. – confessei sem graça, Clark era meu melhor amigo e tirando suas brincadeirinhas de mau gosto, eu confiava muito nele. Clark sentou na bancada ao meu lado.

- Qual é¿ Está apaixonado pela mina que você conhece a menos de um dia Rennan¿ - ele perguntou incrédulo. Olhei para a porta e me voltei para ele.

- Não cara... É só uma excitação, um desejo! É como se minha boca fosse louca para experimentar a dela, só isso, experimentar. Desde hoje de manhã quando trombei com ela, eu... Eu não paro de me imaginar beijando-a. – tentei explicar.

- Fica com ela então. Ficar é ficar cara, não tem pra ninguém! – Clark falo rindo. Ele era especialista nisso, adorava “ficar”. Nunca levava uma mina a sério.

- Vou me aproximar então. Eu vou pegar aquela morena, mano! Ah, eu vou! – falei convicto, só que reparando mentalmente a frase para: eu preciso ficar com ela. Clark me abraçou de lado rindo.

- Ah. Lembrei. Eu vim te chamar, vamos andar de carro pela última vez hoje! – ele saiu de cima da bancada e ia em direção a sala. – Vem! Estamos combinando as últimas coisas.

- Anne também vai¿ - perguntei sorrindo, ele retribui, entendendo meu interesse.

- Lógico! – Clark sussurrou, indo para a sala, eu o segui. Meu sangue parecia estar pegando fogo só de revê-la.

- Onde vocês estavam¿ - ela perguntou docemente. Pelo que me parecia ela se enturmava rápido e já se sentia “em casa”. Sorri.

- Na cozinha. – respondi me sentando sem deixar de olhá-la.

- Legal. Você vai não é¿ - Anne perguntou. – Com a gente, andar de carro! Vai ser muito legal, seus amigos me chamaram.

Ela parecia uma criança que acabara de receber a autorização para ir ao parque de diversões. Tão linda e tão infantil.

- É claro que vai. Você não imagina o quanto! – respondi sinicamente. Ela se limitou em um sorriso.

Passamos a tarde combinando até onde iríamos e até que horas. Nós queríamos varar a noite na mata e só voltar de manhã cedo, mas Anne não ficava muita a vontade com a proposta, afinal, só tinha ela de menina no meio de cinco marmanjos, como ela mesma dizia. Estávamos todos na sala, com as mochilas nas costa e a espera de Anne.

- Oi gente! – ela sussurrou ao entrar na sala, tímida.

- Nossa. Por que demorou tanto¿ - Julian perguntou – Já são 23h 45min! Isso porque combinamos às 23h.

- Ihhh, dá pra parar de reclamar¿ - Anne brincou – Demorei porque, se você não percebeu, eu estou fugindo de casa! Vou ter que estar em casa antes das 7h ou eu estou morta! Valeu¿

Como eu nunca reparei nela¿ Ela não era igual as outras. Anne era diferente. A melhor, em minha opinião. Desde algumas horas atrás quando pedimos que ela ficasse na sala para a gente conversar, ela mudou, na verdade mostrou seu verdadeiro eu, seu jeito.

Saímos dali em silêncio, muito silêncio. A casa onde os pais de Anne dormiam não era muito longe dali e se eles acordassem nosso passeio estava acabado. Eu não queria isso, que queria que aquela fosse a noite de eu acabar com aquela sensação de desejo. Queria que aquela fosse a noite que aquela boca rosada e perfeita grudasse na minha.

Anne sentou do meu lado no carro pra piorar. Seu perfume entrava pelas minhas narinas e ardia feito veneno, aquilo era desejo, excitação. Estávamos meio apertado – dois na frente e quatro atrás -, mas deu tudo certo. Tinha que dar tudo certo, pensei. Andy – novamente no volante – pisou fundo no acelerador e saímos cantando pneu, estávamos no meio da mata, não dava para ouvir lá da casa dos pais da Anne. 

 


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Notas finais do capítulo

e os reviews?