Como Treinar o seu Dragão Interior 2 escrita por Kethy


Capítulo 21
Guerra civil


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ, DRAGÕES!!!!!!!!!!!!!
COMO VAI VOCÊ?!?!?!?!

Esse cap quase não saiu, meu curso acabou comigo... X-O Mas, ok! Aqui está!!!!!

E não hora certa! B-)

Eu quis retomar esse assunto da guerra e a partir de agora, acabou a moleza para nossos heróis!!!

SANGUE! SUOR! LÁGRIMAS! E TUDO O QUE TEM DIREITO!!!!!!!! >:)

Boa leitura!!!!!!!!!!!



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A tristeza e o desespero deu lugar à esperança, todos agradeciam ao Soluço, o louvavam e até se curvavam, logicamente, Soluço os afastava, dizia que não era nada de mais e chegava até a se irritar. Depois de eu e os outros insistimos, e muito, aos poucos deixaram o Menino-Dragão respirar. O que significa que o perdemos de vista! A grade maioria do nosso grupo votou em que o deixássemos refletir sobre o ocorrido, inclusive eu. Então, assim foi feito.

Afinal de contas, eu também precisava refletir.

Quer dizer, não é todo dia que um milagre acontece na sua frente. Como eu sempre digo, eu não duvido do potencial ou da força do Soluço, porém, essa foi a primeira vez que o vi daquele jeito. Ele parecia mesmo com um deus... Mágico, imponente, forte... Era bonito de se ver.

Mas, então, eu me lembrei daquele “Exatamente!” que ele tinha me dito logo depois do meu “Continue sendo forte...”.

“O que você quis dizer com aquilo?”— Perguntei para mim mesma mentalmente enquanto andava por aí sem rumo.

De tanto andar desnorteada pelo ninho, acabei me encontrando com o Soluço sem querer. Ele estava sentado na saída de uma das milhares de grutas que tem pela caverna, apoiado com as mãos atrás das costas, olhos fechados, curtindo o sol. Parei bruscamente quando o vi. Fiquei parada um tempo, pensando se ia ou não falar com ele. Optei pelo “não” e tentei sair andando sem fazer barulho.

— Não vai, não. – Chamou Soluço me assustando um pouco. – Eu... Não tô a fim de ficar sozinho agora. – Senti o peso da tristeza em sua voz.

Respirei fundo para me acalmar e fui até lá sentar ao seu lado.

— Então... – Comecei.

— Então...

— Então... – Como vi que podíamos ficar nisso a tarde inteira, resolvi começar por mim. – O que foi aquele tal “Exatamente!” de mais cedo? – Me apoiei do mesmo jeito que ele estava.

Soluço arfou jogando a cabeça para trás.

— Promete que não vai ficar chateada? – Perguntou ele sem animo.

— Por que eu ficaria chateada? – Também joguei a cabeça para trás.

— Não sei... – Ele se deitou. Fiz o mesmo. – Só parece algo que poderia te irritar.

O olhei com o canto dos olhos meio enciumada.

— Como assim, senhor Soluço Spantosicus Strondus III? – Perguntei em tom de brincadeira, mas sim, eu estava meio desconfiada.

Soluço riu.

— Calma, é só que... – Ele voltou a ficar sério. – Eu não gosto de ser forte o tempo todo. – Me virei para ele chocada. – É difícil, sabe? Ser o líder da nossa gangue, saber que um dia serei líder de Berk e talvez até alfa do meu clã. Ter impacto nos outros, ser modelo de todos... Frustra. – Soluço virou o rosto. – Às vezes, tudo o que posso fazer é me lamentar no cantinho para ninguém ver.

Levantei-me e fiquei debruçada sobre ele.

— É, eu acho que faço uma ideia de como é isso. – Me deitei em seu peito olhando diretamente para Soluço. – O mundo dá muitas voltas... – Murmurei um riso.

Soluço apoiou a cabeça com um dos braços e o outro ficou acariciando meus cabelos.

— Então, você sabe que é duro carregar toda essa responsabilidade. – Pausa. – Eu queria ser mais como você e o papai... Forte, altruísta, bravo... Sem medo.

Não aguentei e me levantei. Sentei-me abraçando os joelhos bufando.

— Eu também não sou nenhum exemplo a ser seguido. Não devo e nem mereço ser admirada. – Soluço se levantou confuso. – Tudo o que fiz até agora foi me esforçar e atuar. Sempre que eu sentia medo ou me machucava, independente do sentido, eu não podia falar para ninguém. Eu me privava até de chorar. – Me emocionei um pouco ao lembrar a minha infância. Virei-me para Soluço já mais calma. – Tá vendo? O jogo virou. Eu sei exatamente como você se sente, porque você está na mesma situação que eu.

Soluço ficou estupefato.

— E... Como você lidou com isso?

Ri abafado.

— A questão não é como, mas sim, quando. – Me virei de novo. – E foi quando eu descobri que tenho fraquezas, sim, como todo mundo, e que deixar um pouquinho escapar de vez em quando é bom e ter apoio em outras pessoas. Não deixa-las me consumirem, mas liberar um pouco de água da represa para que ela não se rompa.

Soluço pensou um pouco, depois sorriu de leve. Deve ter entendido o que eu quis dizer

— E também entender que ninguém precisa ficar sozinho o tempo todo.

Soluço riu me abraçou por trás.

— Você é demais, sabia?

Fiquei vermelha e gaguejei.

— E-é, Eu sei.

Risos.

***

Mais tarde, mais pela noite; Dag, os gêmeos-ziper, os cabeças e até a Helga, faziam uma pequena reunião com os outros dragões e humanos que vieram com Stóico... Sem o resto de nós!

O povinho discutia entre si, baixo para não chamar o restante que não veio. Helga chamou a atenção deles batendo de leve em um escudo de ferro.

Atenção toda para si, a Gronkel começou a discursar.

— Admito que essa calmaria seja boa. Confortável, faz você abaixar a guarda. Mas é um luxo que não podemos ter. – A Gronkel andava para os lados para ter certeza que dos ouviriam de cada ângulo. – Detesto dizer isso, principalmente por se tratar de um amigo querido e um Imprinting... Porém, não é segredo que há uma grande possibilidade de Melequento Jorgenson estar envolvido com uma agente dupla. – Pausa. Todos assentiram com a cabeça. – Aquela carinha bonitinha passa inocência e muitos têm peninha dela, mas não se enganem. As melhores atrizes são capazes de fingirem qualquer coisa. – Mais uma pausa. – Como guarda do prisioneiro Eret, pude notar certo carinho entre ele a e suspeita. Não que eles estejam envolvidos amorosamente, mas eles se conhecem e aparentam confiarem um no outro. E ambos, são uma ameaça. Se quisermos sobreviver, precisamos de um plano plausível para a situação. Alguma ideia?

Que tal...— Uma voz sarcástica cortou a multidão. -... Não excluir os amigos em uma decisão tão importante quanto essa? – O povo abriu passagem para Stormy, Melequento e o resto de nós; Soluço, Olavo, Perna-de-Peixe, Stóico e eu. Eu não sei os outros, mas Perna tinha uma cara de decepção de doer até na alma.

— Pessoal... – Murmurou Helga.

— Não, Batatinha, não se acanhe por minha causa. – Desdenhou Perna-de-Peixe, dizendo o apelido carinhoso que ele a deu para humilhar ou pesar a consciência. – Quero ouvir tudinho. – Disse ele caminhando até a primeira fila. – O que pretendem fazer com eles?

— Isso mesmo! – Melequento também caminhou até a primeira fila junto de Stormy. – Drago não liga muito para a maioria de seus seguidores, e, como não temos muita sorte, qual o plano?

— Pra isso fizemos essa reunião. – Retrucou Eric com K enquanto seu irmão já estava todo arrependido.

— Ah, entendo. – Desafiou Soluço. – É o que os gregos chamam de “democracia”, certo? Estranho, não me lembro de haver exceções nessa parada. – Sarcasmo negro.

Cada um de nós se uniu ombro a ombro com sua panelinha.

— Heather e Eret são prisioneiros de guerra. Eles têm valor, por enquanto. Devem ser protegidos. – Falou Stóico depois de um longo e desafiador silêncio.

— Pensei que estivéssemos fugindo da guerra. – Desafiou a Cabeça-Quente.

Soluço cerrou os punhos.

— Desculpa, nem todos são obrigados a adorar brigas que nem você e seu clone. – O defendi.

— A rasgada falando da gasta. – Cabeça-Dura defendeu a irmã.

Tentei me segurar.

— Pelo menos vocês têm provas de que a Heather está envolvida nesse rolo? – Melequento.

— Temos testemunhas. – Respondeu Dag.

— Testemunhas? Ou só o seu sexto sentido?

— Ela praticamente se confessa todo dia só de não olhar em nossos olhos. – Eric com C que rebateu dessa vez. Talvez por ter mais apoio.

— Esse é o seu argumento? Você também não olha nos meus olhos. – Stormy provocou.

Eric com C sempre olha para o nariz ou para a boca e até por trás do destinatário.

— Sei que a Heather está se comunicando com o Drago todos os dias. – Falou Dag frio. – Se tivéssemos juízo, acabaríamos com os dois.

Todos os presentes, exceto nós seis, concordaram e mandaram palavras de ódio.

— Pode repetir, Fogaréu? – Desdenhou Melequento.

— Eu só disse o que todo mundo pensa. Sua princesinha é um risco.

— Então... Vocês pretendem mata-la achando que isso é uma solução para tudo? – Melequento murmurou um riso. – Não é atoa que nos chamam de bárbaros.

Silêncio. Alguns pareciam envergonhados.

— Por que não nos chamaram para cá?

— Não chamamos eles porque iriam chamar você. E...

Helga foi interrompida.

— Então, vocês acham que eu não posso ser imparcial com a Heather? Claro, todo esse papo de “conflito se interesse”. Mas eu pensei que estivesse tudo resolvido.

— E está? – Desafiou Dag mais uma vez.

Dag e Melequento se encararam com aquele tentando decifrar este.

— Independente disso, quando foi que eu fugi de uma decisão difícil? – Melequento retrucou. – Eu nunca estive cego para isso, e nem a Stormy. – Melequento apontou para a Nader. – A verdade é que a Heather tem 99,999% de chance de estar envolvida com Drago Sangue Bravo. Mas caso nesses 0,001% ela seja inocente ou tenha algum motivo muito bom para se meter nessa situação, só vamos dar munição para uma penca de bandidos que nos acham monstros! – O tom foi aumentando gradualmente até a última parte. – E tem mais, temos aqui uma oportunidade de ouro de poder virar essa guerra caso eu a convença a se aliar a nós em troca de proteção, um passo em falso pode significar a extinção da nossa raça! – Mais uma pausa. Todos tinham que admitir que ele tinha razão. – Eu diria a mesma coisa se qualquer um de vocês fosse suspeito e sabem disso! Ninguém chega perto de nenhum dos dois e ponto final! – Melequento saiu andando. – Boa noite.

O povo se dissipou, indo cada um para um lado. Nosso grupinho ficou parado se olhando sem jeito e irritado, sem saber o que dizer.

— Perninha... – Helga tentou falar.

— Não, Helga, não fala nada. – Perna saiu andando sem olha-la diretamente.

Dag passou perto de soluço.

— “Dividir e conquistar” não deve ser assim. – Desafiou Soluço.

Dag parou de andar por um segundo e pareceu que iria haver uma discussão. Mas ele perdeu a coragem e saiu andando.

Suspirei com pesar. O inimigo estava conseguindo nos dividir como queria, o que é muito perigoso em uma situação como a nossa. A Astrid pessimista voltou durante poucos fremes. Decidi que estava na hora de tomar uma atitude imediatamente.


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Notas finais do capítulo

E... Não, sem Guerra civil. Por ora.

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