Seddie, a história continua II escrita por Nany Nogueira


Capítulo 17
Sweet Sixteen




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Os meses que passaram juntos serviu para intensificar a amizade dos ICarly’s. Belinha sentia o coração leve e feliz. Tinha seus amigos em volta e em paz, como nos velhos tempos.

Carly conseguiu eleger sua chapa para a prefeitura. Era a vice de um Prefeito empenhado no trabalho e experiente em administração pública, mas nada simpático, motivo pelo qual o partido escolheu Carly como vice, a fim de que a simpatia dela conquistasse o eleitorado, o que deu muito certo.

O tempo não para! Passam-se os segundos, os minutos, as horas, os dias, as semanas, os meses... Quem pode ir contra esse Senhor Soberano?

Isabelle estava fazendo essas divagações, como fazia em todos os aniversários, mas, este lhe parecia mais especial que os anteriores, afinal, haviam chegado os doces 16!

Quando ela surgiu na sala, toda a família a esperava muito elegante. Freddie falou com os olhos marejados:

— Como está linda minha princesa, que hoje se torna uma moça!

— Até eu que não gosto de sentimentalismo, não me contenho de te ver tão grande e tão linda, Belinha! – falou Sam, mal dissimulando a emoção na voz.

Eddie perguntou:

— O que vai mudar agora que a Belinha é uma moça?

Nick adiantou-se:

— Vai ficar mais chata que já era e vai querer brincar menos ainda com a gente.

Isabelle respondeu:

— Não é nada disso, seus pestinhas! Adoro brincar com vocês, mas quanto mais a gente cresce, mais responsabilidades aparecem. O lado bom de estar completando 16 é que agora vou poder dirigir! – comemorou Isabelle, fazendo uma dancinha.

— Devagar com a empolgação, Isabelle – advertiu Sam.

— O papai prometeu que me ensinaria – rebateu a menina.

— Prometi e vou cumprir. Mas, como falou sua mãe, vamos começar com calma. Não pense que já vai sair na rua guiando do dia para a noite.

— Está bem, só espero que seja antes do meu próximo aniversário.

Todos foram para a festa, organizada num belo clube da cidade.

Isabelle quis inovar a tradicional festa dos 16 anos, sonhada por tantas garotas nos Estados Unidos, escolhendo um tema: Antiga Hollywood. Para tanto, vestiu-se como melindrosa, traje comum às antigas divas do cinema. Os convidados foram alertados dos trajes no bonito convite encaminhado às suas residências para o evento. O bolo combinava com a roupa escolhida pela aniversariante.

Isabelle ficou recepcionando os convidados na entrada do Clube com os pais e os irmãos. Eddie e Nick, trajando smokings, divertiam-se pegando os presentes e depositando-os na caixa destinada para tanto. Os meninos não perdoavam os poucos convidados que alegavam esquecimento do presente da irmã, expondo em voz alta o descontentamento, recebendo alertas dos pais para se calarem.

Cat e Robbie vieram de Los Angeles com as filhas, bem como Jade e Beck com sua pequena. Richard chegara antes na cia da avó. As 3 meninas eram muito amigas e tão logo chegaram foram correr juntas pelo local, inventando brincadeiras.

Sam perguntou a Cat:

— Como está a Nona?

— Cada vez mais se esquecendo de quem é – respondeu a ruiva, com a voz embargada – É muito triste ver a minha avó se esquecendo até de mim! Mas, o importante é que eu nunca vou me esquecer dela. Eu, o Robbie e as meninas damos muito amor a ela, para que seus dias sejam mais felizes. Quando mais precisei dela, ela estava lá, então sempre estarei lá para ela.

— Você tem um coração lindo, Cat – elogiou Sam, abraçando a amiga.

Freddie começou a suar ao ouvir o cerimonialista chamá-lo para o centro do salão. Havia chegado a hora do rito de passagem em que o pai conduz à filha da infância para a juventude.

Isabelle já esperava o pai no centro do salão. Sentou-se na cadeira já colocada ao centro. Violinos tocavam a sua volta uma suave música clássica. Freddie entrou levando sobre uma almofada um par de sandálias de saltos finos e altos. Ajoelhou-se perante a filha, tirou delicadamente as sapatilhas sem salto que a menina calçava e colocou as sandálias.

A aniversariante levantou-se, segurando a mão do pai, e todos aplaudiram.

A valsa começou a tocar. Freddie tomou a filha nos braços e começaram a deslizar pelo salão sob as vistas encantadas dos convidados.

A primeira valsa terminou. Freddie beijou as mãos da filha, fez uma reverência e se retirou.

A segunda valsa começou a tocar. Eddie e Nick entraram cada um de um lado de Isabelle. A fofura dos garotos elegantes e com topetes de gel arrancou elogios e suspiros dos convidados, num: “Ohh!”, quase geral. Eddie, o mais velho dos gêmeos, foi o primeiro a dançar com a irmã, entregando-a no tempo ajustado, na metade da música, a Nick, que terminou a valsa com Belinha.

A terceira valsa começou a tocar, a qual aparentemente seria dividida entre Cris e Rick que se posicionaram onde antes estavam os gêmeos.

Cris iniciou a dança. O menino estava nervoso, sentia o coração acelerar. Isabelle estava tão linda, ainda mais linda, como ele nem imaginou que fosse possível. Ser o príncipe dela naquela noite lhe causava fortes emoções, ainda que não fosse o único príncipe.

Gritos de “Celle” eram ouvidos entre os convidados.

Isabelle percebeu o nervoso do garoto:

— Tá tudo bem?

— Dançar valsa é difícil – disfarçou ele.

— Calma, já tá acabando a sua vez.

No tempo marcado no ensaio, Cris passou Isabelle para Rick, que tentava relembrar os passos ensaiados, um tanto duro e desajeitado.

— Se eu pisar no seu pé me desculpa – disse o menino à amiga.

— De boas, esse ritmo já vai melhorar.

Gritos de “Rickelle” ecoavam.

A valsa parou e uma música eletrônica muito agitada e dançante começou a tocar. Isabelle soltou-se de Rick, arrancou a parte de baixo da saia, revelando que o vestido também podia ser curto e começou a coreografia, acompanhada dos garotos. Alison entrou no centro do salão, juntando-se aos amigos na coreografia ensaiada.

A música agitada foi interrompida e começou a tocar “Leave It All To Me”, que ainda era tocada nas aberturas do web show.

Sam, Freddie, Caly e  Gibby ficaram muito tocados, com as cabeças cheias de boas lembranças dos velhos tempos.

Nova coreografia foi apresentada e tudo era filmado por Eddie a fim de ser disponibilizado ao vivo no site do ICarly.

Os convidados já estavam de pé, dançando, animados.

Na sequência, apareceu um garçom trazendo o bolo de Isabelle e os músicos começaram a entoar o “Happy Birthday”. Ela não parava de sorrir vendo a sua volta a linda festa, todos seus familiares e amigos e, claro, um bolo delicioso prestes a ser cortado!

A aniversariante soprou as velas, cortou o primeiro pedaço. Pediu mais um prato, cortou o primeiro pedaço ao meio, dividindo-o em dois, colocando cada qual em um prato, dizendo a todos:

— Seria injusto eu dar o primeiro pedaço a apenas um quando devo minha vida e tudo a que sou a duas pessoas: Meus pais! – entregando os pratos para eles.

Sam e Freddie não contiveram as lágrimas e abraçaram a filha.

A festa prosseguiu animada com boa comida, boa bebida e boa música. A maior parte dos convidados já estava na pista de dança curtindo o som da banda contratada por Freddie.

Já estava raiando o dia quando a festa terminou. Eddie e Nick dormiam sobre a mesa. Foram acordados pelos pais na hora de ir para casa. Sam e Freddie já não aguentavam mais os gêmeos no colo.

Isabelle foi dormir exausta e feliz, afinal, sua noite de princesa fora perfeita!

Quando acordou, depois da hora comum de almoço, estava ansiosa para abrir seus muitos presentes, mas grande foi a sua decepção ao ver papéis rasgados por todos os lados e presentes espalhados no tapete da sala.

— Eddie! Nick! Eu mato vocês!

Os gêmeos faziam a primeira refeição do dia, tardia, na cozinha, na companhia dos pais. Ao ouvirem os berros da irmã, saíram em disparada no intuito de se trancarem no quarto.

Isabelle os interceptou, evitando que fizessem o caminho planejado. Ela corria na sala, cercando os irmãos. Bolinha corria atrás dos 3, intensificando a bagunça com latidos. Sam e Freddie foram interromper a baderna.

— Para com isso, Isabelle Puckett Benson! – ordenou Sam.

— Isabelle, você já é uma moça! – falou Freddie.

Isabelle deu-se conta do ridículo após a fala do pai e parou.

— Tá bom, eu paro! Mas, vocês têm que castigar essas pestes! Vejam o que fizeram com os meus presentes!

Nick adiantou-se:

— Hoje é nosso aniversário, não podem nos castigar!

— É mesmo, fazemos 12 anos! É um dia especial! – completou Eddie.

— E nem teremos o festão da Belinha – falou Nick.

— Claro que não! São dois pirralhos chatos! – provocou Isabelle.

— Somos quase adolescentes! – rebateu Eddie.

Sam falou:

— Ah não! Mais adolescentes nessa casa é tudo o que não preciso. Vão com calma que adolescência é só ano que vem! Peçam desculpas a sua irmã como bons meninos e esquecemos isso.

— Só isso, mãe? – revoltou-se Isabelle.

— Claro que não. Recolham essa bagunça da sala.

— Como vou saber agora quem me deu o quê? – perguntou Isabelle – Tá tudo rasgado e misturado!

— Belinha, simplesmente veja o que ganhou e sinta-se grata por isso. Foi uma bonita festa com todos que te querem bem lá – disse Freddie.

— Que seja! Ainda não ouvi o pedido de desculpas – falou Isabelle.

Eddie foi o primeiro:

— Desculpa, mana. Eu não queria ferir seus sentimentos.

— Mas, feriu! – disse a menina, indignada.

— Eu não tô nem aí para os seus sentimentos de menina mimada, mas desculpa pelo estrago – falou Nick, malcriado.

Freddie interveio:

— Nick, já conversamos sobre esses maus modos. Como Eddie soube ser educado, está perdoado. Já você, vai passar a acompanhar a sua avó Marissa na igreja todos os domingos para ver se aprende a ter boa conduta!

— Ah não! Melhor me condenar à morte de uma vez! – lamentou Nick, indo para o quarto e batendo a porta.

— Deu bom exemplo ao seu irmão caçula, Isabelle – observou Sam.

— Claro, tudo é minha culpa nessa casa. Ninguém me entende!

Isabelle também foi para o quarto, mas dessa vez não bateu a porta.

Sam e Freddie sentaram-se na sala. Eddie voltou a comer na cozinha.

A loira disse ao marido:

— Por quanto tempo mais vamos suportar essa “aborrecência”?

— Da Belinha, por mais 2 anos! Até ela partir para faculdade e partir nossos corações.

— Que nerd dramático – disse Sam, rindo.

— Mas, quando ela se for, ainda restarão Eddie e Nick.

Sam fechou os olhos e fingiu dormir, dizendo:

— Me acorde quando tudo isso acabar! Estarei em coma até lá!

Freddie riu e fez cócegas na barriga da esposa, fazendo-a abrir os olhos e se contorcer.

— Nem brinque com isso, eu jamais conseguiria dar conta deles sem você – falou o moreno, fitando os olhos azuis da esposa, cheio de amor.

Sam fitou os lábios bem feitos do marido. Os dois iniciaram um beijo, apaixonado.

Na manhã seguinte, Sam e Freddie acordaram com batidas insistentes na porta. Freddie levantou-se sonolento. Sam advertiu:

— Embora eu adore te ver assim, gatinho, é melhor vestir uma roupa para atender a porta. Deve ser uma das crianças.

Freddie se deu conta de que estava nu. A noite tinha sido divertida, nos braços de sua eterna amada.

Sam procurou seu penhoar e logo o vestiu. Freddie vestiu a cueca e uma camiseta.

O moreno abriu a porta e deu de cara com uma animada Isabelle:

— Bom dia, papai! Lindo dia, não acha?

— Belinha, hoje é domingo!

— Eu sei! Ótimo dia para você começar a me ensinar a dirigir! Já estou com as chaves do carro – mostrando o chaveiro ao pai.

Sam veio à porta e disse:

— Você prometeu, Freddonho! Boa sorte!

Os dois tomaram o café da manhã rapidamente e saíram para a primeira aula.


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