In Love With My Best Friend escrita por Sany


Capítulo 3
Gift Of a Friend :


Notas iniciais do capítulo

Boa noite ...



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♪♫♪♫♪♫♪♫

...Quando você abre seu coração e acredita

No dom de um amigo

Alguém que sabe quando você está perdido e assustado

Lá nos altos e baixos

Alguém com quem você possa contar, alguém que se importa

Ao seu lado onde quer que você vá ...

(Gift Of a Friend - Demi Lovato)

♪♫♪♫♪♫♪♫

Ouvi batidas leves na porta do meu quarto, mas permaneci em silencio, não foi preciso muito tempo para ouvir a porta se abrindo lentamente. Não fiz questão de olhar quem estava entrando eu sabia que ele viria, ele sempre vinha então apenas continuei fitando o teto do meu quarto como nos últimos trinta minutos, embora tenha ido um pouco mais para o canto abrindo espaço para ele se sentar e foi exatamente o que ele fez.

— Sua mãe disse que você esta trancafiada nesse quarto a mais de meia hora, algo sobre seu pai ter ligado e você ter desligado sem se despedir – era um modo educado de dizer que eu tinha deligado o telefone na cara do meu pai – O que acha de me contar o que aconteceu, mas vou entender se estiver muito ocupada olhando o branco do teto.

— Ele vai se casar – disse de uma vez, ele não disse nada a principio, apenas suspirou.

— Ele disse a você que ia se casar e você desligou o telefone? – concordei com a cabeça – Katniss você não tem mais cinco anos.

— Peeta ele não pode fazer isso, ele não tem o direito de fazer isso comigo.

— Ele não tem o direito de tentar ser feliz?- não respondi, eu sabia que estava errada e tinha agido de forma infantil - Você sabia que isso iria acontecer um dia, seus pais já deixaram claro que não vão voltar a ficar juntos eles precisam continuar a vida deles, e você sabe já fazem mais de quatro anos que eles se separam, já é hora de aceitar isso.

— Não é justo, não quero que ele seja infeliz, mas ele tem que se casar com aquela mulher? – eu havia conhecido a namorada do meu pai naquele verão quando fui passar a semana com ele, e havia detestado a fulaninha.

— Ela não deve ser tão ruim assim, da uma chance pra conhecê-la melhor e você também não vai ir viver com eles, serão só alguns dias durante o verão.

— Não quero ir a esse casamento – eu realmente não queria, por mais que eu quisesse que ele fosse feliz, parte de mim desejava que um dia ele voltasse com minha mãe, parte de mim queria que fosse como antes e estar naquele casamento seria como ver a confirmação de que isso não aconteceria mais e eu não tinha certeza se conseguiria estar lá.

— Você é a filha dele precisa ir, você pode até se divertir, é uma festa seus familiares vão estar lá. – eu realmente duvidava que isso fosse acontecer já que não tinha muitos parentes próximos.

— Você poderia ir comigo – a ideia surgiu de repente, tê-lo ao meu lado sempre me acalmava, Peeta me passava confiança e seria um rosto conhecido.

— O que? Não, eu não fui convidado e ele mora lá no 4.

— Eu estou convidando sou a filha do noivo, além do mais papai te adora e vou poder levar você a praia, espera ai – levantei e corri até a sala para pegar o telefone com ele atrás de mim, disquei o numero que já sabia decor.

— Katniss você enlouqueceu?

— Não – dois toques foram o suficiente para ele atender – Alô pai – vi Peeta se jogar no sofá enquanto minha mãe entrava na sala sem entender o que estava acontecendo, a conversa com meu pai foi rápida e como eu imaginei ele não viu nenhum problema em Peeta ir comigo, parte de mim sabia que mesmo se ele não gostasse do meu melhor amigo o que não é o caso ele teria dito sim só pela trégua ou pela culpa não sei ao certo - Pronto, você vai – disse assim que desliguei o telefone.

— Não eu não vou, tia Effie fala para ela – minha mãe que estava apenas observando riu.

— Não vou dar palpite nisso – ela disse saindo em direção a cozinha.

— Você vai sim, você mesmo disse que poderá ser divertido. Por favor Peeta você é meu melhor amigo, preciso de você lá comigo.

— Eu odeio esse olhar, não e justo – ele suspirou – Vou ver com meus avos sobre isso, mas não estou garantindo nada – não pude deixar de sorrir de todas as coisas que aconteceram na minha vida nos últimos anos Peeta era a melhor delas.

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Chegamos ao hotel onde seria realizado o casamento no horário esperado, Peeta havia me pego em casa pontualmente como sempre para irmos juntos. E assim que entramos no salão decorado de forma extravagante para cerca de quatrocentos convidados pude ver duas coisas obvias a primeira era que aquela festa sem duvida tinha custado uma fortuna totalmente desnecessária e a outra coisa obvia era que aquela festa não tinha nada que lembra-se os gostos do meu pai.

— Uau, quantas flores – comentei com Peeta enquanto entravamos de braços dados no salão onde a cerimonia civil seria realizada – Não tenho certeza se estamos no lugar certo parece uma floricultura – de fato a noiva ou quem quer que tenha decorado o lugar não tinha deixado nenhum espaço sem colocar arranjos de flores diversas, havia ficado um mistura gritante de cores que na minha opinião estava deixando o salão lembrando muito uma estufa com cadeiras organizadas no centro.

—Não seja maldosa – ele riu enquanto olhava o excesso de flores no ambiente, assim que nos aproximamos uma das recepcionistas veio para nos acomodar, mas assim que demos nossos nomes ela disse que meu pai estava me esperando na suíte do noivo, nos conduzindo em seguida a um dos quartos no terceiro andar.

— Docinho – ouvi a voz do meu pai assim que abriram a porta da suíte, e não pude deixar de sorrir ao olhar minha versão masculina parada em frente a janela. Lá estava os mesmos olhos acidentados que eu tinha herdado além do cabelos escuro e muitas das minhas feições – Minha filha chegou podemos começar a festa – ele disse animado embora as diversas garrafinhas de whisky vazias dessas que serviam nos hotéis indicasse que ele e os demais padrinhos já tinham começado a comemorar sem mim – Ei garoto você também veio – ele comentou assim que viu Peeta entrando atrás de mim.

— Olá pai – me aproximei e o abracei com carinho, em seguida Peeta também o cumprimentou e com um sorrio sincero desejou os parabéns pelo casamento, em seguida meu pai pediu para um rapaz que provavelmente trabalhava na organização do casamento para servir algo para brindarmos também.

— Muita gente lá em baixo? – ele perguntou em tom de brincadeira já imaginando a multidão que o esperava, embora eu duvidasse que ele soubesse a quantidade real de convidados.

— O senhor não imagina o quanto – disse com ironia e senti um leve cutucão do meu melhor amigo, e em seguida peguei a taça de champanhe que trouxeram, mas antes que a levasse aos lábios ouvi o pedido do meu pai.

— Vamos brindar – me segurei para não suspirar enquanto ergui minha taça – Ao meu sétimo casamento – ele mesmo propôs o brinde e Peeta o seguiu com o mesmo entusiasmo enquanto eu virava boa parte do conteúdo da taça, sem dizer uma única palavra – Pode falar Katniss, diz o que tanto te incomoda – suspirei enquanto observava Peeta bebericar sua própria taça, bateram na porta naquele instante e fiquei aliviada por um momento com o pretexto para não continuar com aquela conversa, um dos padrinhos foi ver quem era e voltou em seguida.

— Haymitch esta na hora de descer a noiva esta chegando – ele comunicou.

— Podem ir descendo já estou a caminho, só quero ter uma palavrinha com minha filha – observei as pessoas saírem rapidamente do quarto provavelmente aliviadas em não ver aquela conversa. Meu melhor amigo estava seguindo o fluxo de pessoas, mas no momento em que ele alcançou a porta meu pai o impediu de sair – Peeta pode voltar, sei que ela prefere que você esteja aqui – sem contestar, mas não muito animado ele voltou e se sentou no sofá e assim que a porta se fechou meu pai se voltou novamente para mim – Vamos lá diga o que tem para dizer.

— Só espero que você seja feliz pai, só quero sua felicidade – disse com sinceridade, o que eu realmente desejava para ele, e optando por não dizer que eu duvidava muito que a felicidade dele estivesse ao lado da mulher com quem ele se casaria em alguns minutos.

— Não é isso não, seja sincera Katniss estou dando a chance de você falar tudo que esta pensando – não disse nada, mesmo sentindo vontade de abrir o jogo com ele - Vamos pode falar: Ela é nova demais para você pai. Literalmente tem idade para ser sua filha. Ela quer seu dinheiro e você não vai ser feliz ao lado dela – ele disse em voz alta tudo o que eu pensava.

— Pai eu realmente quero que você seja feliz, você estando feliz para mim tudo bem, não importa o que eu pense – ele riu alto.

— Se eu não te conhecesse poderia até acreditar - ele se aproximou e me olhou nos olhos – Docinho eu sei o que eu estou fazendo, não se preocupe não vou me machucar com esse casamento, e se não der certo sempre posso recorrer ao divorcio e a um oitavo casamento – mais uma vez ele fez piada e isso de alguma forma me irritava.

— Certo, vamos ao casamento então – embora eu quisesse usar um tom mais natural ou indiferente acabe falando de forma irritada.

— Katniss ...

— Pai esta tudo bem é sua vida e hoje é seu casamento, seu dia, vamos lá – sai pela porta e fui em direção as escadas, odiava o modo como meu pai levava a vida dele, ele era inteligente e um empresário bem sucedido cujo a fama por se casar tantas vezes já estava mais do que conhecida em todo o Distrito. Peeta segurou levemente meu braço quando estava chegando ao segundo andar

— Sabe que é deselegante deixar seu acompanhante para traz não sabe? – ele brincou

— Ele esta cometendo um grande erro.

— Ele é um adulto, sabe o que faz e só quer você aqui ao lado dele. Você não precisa concordar só esteja ao lado dele – concordei com a cabeça e aceitei o braço que ele me estendia então seguimos para a cerimonia.

As horas seguintes foram como eu previ uma cerimonia rápida onde a noiva chocou a todos com o vestido extremamente colado e curto em um tom vermelho combinando com as rosas do buque, fosse por ironia ou não meu pai não parou de sorrir durante todo o tempo, e me esforcei ao máximo para sorrir quando fomos cumprimenta-los, embora confesse que precisei de muito esforço pra não responder de forma mal educada quando a mais nova Sra. Everdeen sugeriu que marcássemos de fazer um programinha “mãe e filha” em breve e fiquei muito feliz quando a sessão de fotos acabou e pude me afastar dos recém casados.

As formalidades da festa foram sendo feitas uma a uma como eu conhecia bem afinal não é todo mundo que vai a seis casamentos do próprio pai em duas décadas, confesso que me diverti com Peeta ao meu lado como sempre estar ao lado dele era sempre bom, nos dançamos e rimos muito no decorrer da festa. O hotel ficava próximo a uma das praias do Distrito e um pouco depois da ultima formalidade da noite atravessamos a rua e sem a menor cerimonia tirei as sandálias e comecei a caminha na areia me sentando uns passos depois.

— Nunca vou entender esse seu fascínio pelo mar – ele comentou colocando seu terno nos meus ombros e se sentando ao meu lado na areia.

— Nem eu, ele só me acalma – encostei minha cabeça em seu ombro sentido o leve cheiro do seu perfume – O que eu vou fazer sem você esse verão? – perguntei baixinho e ele riu.

—O que você ama fazer, trabalhar.

— E nas minhas horas vagas?

— Sair com as meninas, faça compras ou vai visitar sua mãe.

— Odeio você

— Não odeia não.

— É não odeio – ele sorriu e me abraçou, não existia ninguém no mundo que me conhecia tão bem quanto ele, Peeta sempre seria mais que meu melhor amigo ele era parte da minha família.


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Notas finais do capítulo

É isso, espero que tenham gostado do capitulo. Fiquem a vontade para dizer o que acham se precisa melhorar algo, aceito ideias também. Obrigada pelos comentários. Beijos até o próximo.



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