In Love With My Best Friend escrita por Sany


Capítulo 29
Epilogo.


Notas iniciais do capítulo

Olá meu leitores queridos...
O final demorou muito mais do que o previsto, mas entre os contratempos do dia a dia eu também estava me preparando para me despedir desse enredo por assim dizer.
Mas vamos ao capitulo.



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♪♫♪♫♪♫♪♫

O amor é uma coisa engraçada

Sempre que o dou, ele vem de volta para mim

E é maravilhoso…

...Oh, não é bom termos um ao outro nesta vida?

E estou ao seu lado

Mais do que apenas um parceiro ou um amante

Eu sou seu amigo

Quando você ama alguém

Seu batimento cardíaco bate tão forte

Quando você ama alguém

Seus pés não podem sentir o chão...

... Quando você ama alguém

Isso vem de volta para você.

(Love Someone - Jason Mraz)

 

♪♫♪♫♪♫♪♫

            O taxi parou em frente ao sobrado estilo colonial e assim que desci do carro senti aquela felicidade inexplicável que sentia toda vez que estava prestes a vê-lo. Namorar distância não estava nos meus planos, mas eu sabia que não era justo fazê-lo mudar todos os planos de voltar a morar no Distrito 12, próximo a Mags. Ele já tinha um emprego na escola secundária do Distrito e embora não tivesse fechado negócio com nenhuma imobiliária na época eu sabia que ele estava inclinado a comprar um imóvel no nosso antigo bairro. Então nosso lado racional acabou falando mais alto e nos últimos meses nossa vida era basicamente entre pontes aéreas e a contagem constante para os feriados onde tínhamos um tempo a mais para curtimos um ao outro.

            Usei minha chave para abrir a porta da frente e não estranhei o som ligado vindo da cozinha. Peeta adorava se arriscar cozinhado e fazia isso sempre com o som ligado. Tirei o casaco e pendurei junto com minha bolsa antes de ir em direção ao meu namorado, mas o encontrei descendo as escadas. Os cabelos molhados como quem acaba de sair do banho.

            - Ei! – ele se assustou com minha presença e estranhei sua reação a princípio. – Você chegou cedo. Achei que seu voo só chegaria daqui a duas horas, eu ia te buscar.

            - Tinha um voo mais cedo, tinha conexões, mas queria fazer uma surpresa. Então surpresa! – ele sorriu ligeiramente nervoso. – Você não gostou? Estou atrapalhando algo?

            - Não. – respondeu rápido. – Eu adorei. – se aproximou beijando meus lábios com carinho e pude sentir aquelas conhecidas borboletas no estômago que sentia sempre que o beijava depois de um tempo. – Só fiquei surpreso mesmo.

            - Queria um tempo a mais com você. – abracei sua cintura e ele fez o mesmo. - Sei que provavelmente minha mãe vai jantar conosco hoje então achei que seria bom chegar antes sem que ela saiba.

            - Isso é bom, mas na verdade ela e a vovó vão almoçar com a gente só amanhã.

            - Sério? – ele concordou e estranhei já que minha mãe gostava de me ver assim que chegava ao Distrito. – Então temos a noite toda só para nós?

            - Temos. – sorri com a ideia já que estava realmente com saudades dele.

            - Então você está cozinhando exclusivamente para mim?

            - Não, estou exatamente cozinhando, mas de certa forma sim, e você não vai estragar a minha surpresa então o que acha de um banho demorado lá em cima.

            - Quanto mistério, mas tudo bem. Eu sempre esqueço que a temperatura aqui é diferente do Distrito 4 então um banho quente vai fazer bem. Pelo seu cabelo molhado você tomou banho há pouco tempo, mas o que acha de me acompanhar?

            - Começa sem mim e te encontro lá em cima.

            - Certo. – beijei seus lábios mais uma vez antes de subir em direção ao quarto dele. Peeta era o tipo de namorado que faz sempre um pequeno gesto de carinho e eu particularmente adorava essas pequenas surpresas, fosse um buque de rosas chegando no meu escritório, um bombom, jantar em um restaurante novo, ou um prato diferente no jantar em casa mesmo ele nunca poupou demonstrações de afeto.

            Tinha deixado alguns pertences no armário dele para evitar ficar viajando com malas então separei uma troca de roupa enquanto preparava a banheira. Eu adorava aquela banheira na verdade, eu adorava tudo naquela casa. Quando Peeta a comprou fez questão de que estivesse junto e durante todo o fim do último verão tinha ajudado ele na escolha dos móveis incluindo a adorável banheira onde aliás estreamos a casa por assim dizer. Não tenho ideia de quanto tempo fiquei relaxando até sentir a água esfriar e nada do loiro aparecer.

            Conhecendo ele como eu conhecia, sabia que Peeta tinha me enrolado e não iria subir então, me troquei lentamente e quando desci as escadas já era noite. O som da cozinha estava desligado, mas notei o som de uma suave melodia instrumental que não conseguia reconhecer já que não gostava de música clássica tanto quanto ele, porém que devo admitir que era linda.

            - Achei que teria que buscá-la senhorita Everdeen. – ele apareceu na ponta da escada com um sorriso largo e pegou minha mão.

            - Bom, estava esperando alguém lá em cima. – brinquei enquanto ele me conduzia até a sala. – Uau! - a lareira estava acesa e as luzes estavam quase todas apagadas deixando um clima realmente romântico. Na mesa de centro uma garrafa de vinho e o fondue com diversos aperitivos.  Várias almofadas estavam no chão e durante as horas seguintes aproveitamos todo a clima de romance que ele tinha preparado.

            - Tenho algo para você.

            - O que?

            - Espere um minuto. – ele se levantou e foi em direção à cozinha, eu não tinha ideia do que poderia ser e alguns minutos depois não foi ele que entrou pela porta da sala. Da direção onde tinha ido veio andando um pouco perdido um filhotinho de dálmata com um laço de cetim vermelho no pescoço. Sorri antes de chamar o filhotinho que veio em minha direção animado e assim que o peguei no colo vi que era uma fêmea.

            - Ei, garota. Qual o seu nome? – olhei a plaquinha presa na coleira e assim que li senti meu coração acelerar, ao invés do nome e telefone que normalmente se coloca na plaquinha de identificação estava escrito “casa comigo”.

            - Espero que esse silêncio seja um sim. – não tinha nem ao menos notado ele se aproximar, mas quando o vi já estava se sentando ao meu lado. – Katniss Everdeen, eu amo você e não existe nada que eu queira mais do que passar minha vida ao seu lado, então dessa vez não quero dividir apenas a Perdita aqui com você. – sorri para a escolha do nome já que, quando pedi um cachorro para minha mãe era o nome que queria já que na época estávamos na fase dos 101 Dálmatas. – Eu quero dividir tudo, quero acordar todos os dias ao seu lado, então você me daria a grande honra de se casar comigo? – ele abriu uma caixinha preta onde estava um lindo anel de diamante corte princesa.

            Aquela era uma resposta fácil demais, porque por mais que eu nunca tenha pensado muito sobre casamento ao longo da vida, a resposta para a pergunta dele estava muito clara para mim.

            - Mas é claro que eu aceito. - nada poderia me deixar mais feliz, ao lado de Peeta Mellark eu me sentia completamente fora de órbita.

 

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Despertei lentamente sem muita coragem de abrir os olhos. Mesmo não tendo hora para levantar era como se meu corpo estivesse habituado aquele horário rotineiro. Senti o braço dele ao redor da minha cintura e sorri involuntariamente. Aquela era sem sombra de dúvida uma das melhores sensações do mundo, um misto de proteção e segurança que eu só sentia nos em seus braços. Virei meu corpo de forma preguiçosa e abri parcialmente os olhos só para vê-lo ainda dormindo. Os cabelos loiros ligeiramente despenteados o deixavam ainda mais atraente. Nada nesse mundo seria suficiente para explicar o quanto eu o amava.

—Você tem um despertador interno, só pode. – disse sem abrir os olhos e acabei sorrindo quando ele me puxou para mais perto. 

— É involuntário. - justifiquei - Mas sinceramente acho que vou dormir mais algumas horas. – ainda sem abrir os olhos ele riu.

— Se você tiver sorte, vai dormir mais uns 10 minutos no máximo. 

— Como você é pessimista, amor. 

— Realista na verdade. - sabia que ele estava certo, mas eu nunca tinha sido muito matinal apesar de tudo, então me limitei a me aninhar ainda mais em seus braços tentando voltar a dormir. 

Havíamos ido dormir muito tarde na noite anterior, organizando toda a decoração da sala para aquela manhã e confesso que havia dado trabalho já que Peeta gostava de tudo perfeito naquela data.  E, depois quando enfim terminamos nossa prioridade não era bem dormir e sim aproveitar um ao outro sem pressa nenhuma pelo máximo de tempo que nossos corpos aguentassem e o resultado disso tinha sido apenas algumas horas de sono. Não que eu reclamasse longe disso afinal, por ele passaria noites em claro como já tínhamos feito antes. 

Nem peguei no sono quando passos apressados foram ouvidos no corredor e logo a porta do quarto foi aberta em meio a gritos e latidos.

— Mamãe, é hoje... mamãe, é hoje. - nunca iria entender de onde ele tirava toda aquela animação às 7 horas da manhã. – Acorda, mamãe. - senti o colchão afundar e suas pequenas mãozinhas me sacudirem, enquanto sua fiel companheira caminhava agitada pelo quarto ainda latindo.

— Já estou acordada meu amor. – me virei apenas para encontrar os olhos azuis que tanto amava me fitando ansioso e beijei seu rostinho.

            John com seus recém-completos cinco anos era quase que uma cópia autenticada do Peeta naquela idade. Ver meu filho era como voltar no tempo para época em que conheci meu marido, os mesmos olhos, os cabelos loiros encaracolados – um pouco mais escuros que os do pai –, um sorriso doce e sincero que ambos compartilhavam. Sorriso esse que era quase uma marca registrada dos homens da família Mellark já que, vovô tinha o mesmo sorriso. Vendo meu primogênito eu sabia que a homenagem era justa mesmo não tendo conhecido o bisneto, eu sabia o quanto ele se sentiria feliz com o seu pequeno xará.    

            - Acorda, papai. – meu pequeno pulou para o meio da cama e começou a sacudir Peeta que fingia dormir. – É natal papai, temos que ver se o papai Noel deixou presentes. – sorri olhando os dois e qualquer vestígio de sono se foi. – Mãe, o papai não acorda.

            - Uh, já sei vem aqui. – ele se aproximou e falei baixinho próximo ao seu ouvido. – Vamos fazer cosquinha que ele acorda. – com um sorriso largo ele pulou em cima do loiro e juntos começamos um verdadeiro ataque. Peeta tinha sensibilidade a cócegas e não foi preciso muito para que ele estivesse pedindo para pararmos. Enquanto Perdita aproveitava a algazarra para subir em cima da cama também.

            - Isso não é justo, e vai ter volta. – prometeu abraçando John e sinalizando para que Perdita deitasse ao lado dele fazendo carinho nela em seguida.

            - Você não acordava e hoje, é natal. Vamos abrir os presentes.

            - E, quem disse que tem presentes?

            - Eu fui um bom menino esse ano.

            - É mesmo? Mas esse bom menino ainda não desejou feliz natal para ninguém hoje.

            - Ih, é mesmo. Feliz Natal papai, feliz natal mamãe. – ele nos prendeu em um abraço apertado. É incrível como um simples abraço faz minha manhã mais colorida. – Agora, a gente pode ir abrir os presentes?

            - Só depois do café da manhã.

            - Por quê?

            - Porque, a vovó e a bisa estão vindo e é legal todos estarem juntos, está bem? – ele concordou com a cabeça embora tenha feito um bico com o canto da boca. – O que acha de ajudar o papai a fazer panquecas?

            - Legal, você também vai ajudar mamãe? – antes que pudesse responder o som conhecido veio do quarto ao lado pela babá eletrônica.

            - Daqui a pouquinho. – prometi levantando da cama e pegando meu robe antes de sair em direção ao outro cômodo enquanto ouvia Peeta falando algo sobre escovarem os dentes primeiro. – Você acordou cedo meu amorzinho. – assim que ouviu minha voz o pequeno parou de chorar e acabei sorrindo assim que me aproximei do berço. Meus filhos tinham o poder de me fazer sorrir involuntariamente.  

            Diferente do John que foi planejado, Levi foi uma verdadeira surpresa. Na minha segunda gravidez não houve uma conversa ou planos como aconteceu na primeira, mas como Peeta mesmo disse quando soube, foi uma das melhores surpresas das nossas vidas e amamos tanto a descoberta quanto da primeira vez. E, agora com oito meses, meu caçula era um misto de nós dois. Os cabelos escuros como os meus, assim como muitos dos traços que herdei do meu pai, Levi tinha muito mais dos Everdeen do que o irmão, mas seus olhos eram incontestavelmente idênticos aos do pai.

             Após a minha rotina matinal desci as escadas com meu pequeno balbuciando animado e encontrei a cozinha em constante movimento. John estava em um banquinho mexendo uma massa provavelmente de panqueca com Perdita na espera por algo para ela, enquanto Peeta estava no fogão. Os dois estavam falando sobre fazer um boneco de neve mais tarde e sorri ao ver que ainda estava nevando.

            Eu havia passado grande parte da minha vida com medo do amor e das consequências dele sem ter a menor ideia do quanto era incrível viver algo assim. E, hoje eu não trocaria minha pacata vida no Distrito 12 com manhãs cheias de risos por nada nesse mundo. Minha carreira era bem mais tranquila aqui, o que atualmente era algo que agradecia muito, já que me permitia mais tempo com meus filhos. E, mesmo sentindo falta do meu pai e dos meus amigos, aqui tínhamos Mags e minha mãe que moravam a alguns minutos apenas e estavam sempre presentes. Aliás o nascimento dos meninos tinha dado um brilho novo a Mags que paparicava os pequenos em uma disputa silenciosa com minha mãe que não ficava atrás nos mimos.

Peeta adorava lecionar para os alunos do ensino médio e segundo ele não sentia falta das aulas na universidade, isso também permitia mais tempo em casa e não tínhamos do que reclamar.

            Chegar ali não havia sido fácil. Entender meus sentimentos foi algo complicado e difícil. No começo basicamente comprovei aquele velho ditado de que “só se dá valor quando se perde” e. eu quase perdi Peeta para entender o quanto o amava. Mas talvez se tivesse visto o quanto o amava antes não tivesse dado certo, de certa forma acredito que precisávamos viver tudo que vivemos antes. Aprender um pouco mais sobre nós mesmos e a importância que tínhamos um para o outro. Claro que, eu gostaria de não ter magoado ninguém nesse percurso, mas de alguma forma Glimmer Rambin precisava fazer parte da nossa história e saber que no fim ela encontrou alguém me deixa feliz. E, assim como Peeta, desejo que ela e o marido – um fotógrafo que conheceu há uns dois anos - sejam muito felizes juntos assim como nós éramos.

            Claro que, não tínhamos o casamento perfeito acho que ninguém tem, e se como amigos tínhamos nossos pequenos conflitos como casal tínhamos também assim como todos os outros. Mas nunca deixamos de resolvê-los ou de pensar nos sentimentos um do outro, mesmo quando estávamos chateados ou durante uma discussão.

— Olha só quem resolveu nos fazer companhia. – me aproximei e beijei seus lábios com carinho após colocar Levi na sua cadeira alta.

— Saudade?

— Sempre.

Peeta ainda é meu melhor amigo e nada no mundo vai mudar isso, não mesmo. De alguma forma um tanto sentimental acredito que nossas vidas foram predestinadas no instante em que nos falamos naquele parquinho pela primeira vez. Ele estava destinado a fazer parte da minha vida e de me ajudar em cada obstáculo da melhor maneira possível. Estava destinado a ser essencial na minha vida, primeiro como amigo e depois como amor. E, agradeço todos os dias por isso. Agradeço pela família incrível que formamos juntos e por tê-lo em minha vida porque, podemos não ter a vida perfeita, mas tenho certeza de que nenhum homem me faria mais feliz do que ele.


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Notas finais do capítulo

É isso, In Love With My Best Friend chegou ao fim e só tenho a agradecer a vocês por acompanha-la durante esses meses.
Muito obrigada pelo carinho de vocês, por cada MP, comentário eu adorei saber o que estavam achando de coração.
Euviviribeiro, Ferjv, Paulinha, Brigadeiro de Nutella, Gabi ferreira e Bel Obrigada por recomendar a fic vocês me deixaram muito feliz.
Espero que vocês tenham gostado da fic tanto quanto gostei de escrever.
Ótimo final de semana.
Beijos.



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