In Love With My Best Friend escrita por Sany


Capítulo 27
Friends


Notas iniciais do capítulo

Boa noite ...



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♪♫♪♫♪♫♪♫

 

...E se você me conhece, como eu te conheço

Você deve me amar, você deve saber...

... E os amigos não me tratam como você trata

Bem, eu sei que há um limite para tudo

Mas meus amigos não me amam como você

Não, meus amigos não me amam como você...

... Nós poderíamos ser qualquer coisa, se nós tentarmos

Para manter esses segredos seguros...

... Então eu poderia tomar o caminho de volta

Mas seus olhos vão me levar de volta pra casa...

... E eu sei que há um limite para tudo

Mas meus amigos não me amam como você

Não, meus amigos não vão me amar como você

Oh, meus amigos nunca vão me amar como você...

(Friends- Ed Sheeran)

  

♪♫♪♫♪♫♪♫

            - É, ou não é um lugar lindo? – olhei para o meu melhor amigo esperando uma reação, mas ele estava concentrado em olhar aquela imensidão azul, eu sabia que ele nunca tinha ido à praia e nos últimos anos tinha falado tanto sobre que não conseguia conter a ansiedade em saber sua opinião.

            - É lindo sim. – sorri e o peguei pela mão – Vem, vamos chegar mais perto.

            - O seu pai... - ele apontou para o outro lado da rua, para o prédio onde papai tinha ido guardar o carro.

            - Ele sabe onde vamos estar. – havíamos acabado de chegar ao Distrito 4 para o casamento do meu pai e assim que ele parou o carro em frente o prédio eu desci apressada em mostrar a praia ao meu melhor amigo. O apartamento do meu pai ficava de frente para praia e ele sabia o quanto estava ansiosa para levar o loiro até lá, além do mais ele sabia o quanto eu gostava dali e tínhamos um acordo feito no último verão de que se não me afastasse do prédio e não falasse com estranhos eu podia ficar ali.

            - Não estamos com roupa apropriada. – revirei os olhos e continuei o puxando pela mão.

            - Vem logo Peeta. – nos aproximamos um pouco do mar e me sentei na areia respirando fundo em seguida – O pôr do sol visto do telhado da sua casa é lindo, mas não tanto quanto visto daqui. – ele olhou o chão por um instante avaliando por um momento antes de se sentar ao meu lado. 

            - Você gosta mesmo daqui, não é?

            - É o meu lugar favorito no mundo. – encostei minha cabeça em seu ombro e observei o horizonte esperando aquele momento tão adorável, eu poderia ver milhares de vezes o sol se pôr e ainda sim ter a sensação de ser a primeira vez.

            - É um belo lugar.

            - Vamos fazer um trato. – ele olhou pra mim por um instante – Você dividi o Pongo comigo porque somos amigos, então eu quero dividir esse lugar com você. Bem, eu sei que ele não é meu, é publico. – ele riu - Mas eu gosto daqui então, aqui no Distrito 4, essa praia será o nosso lugar certo?

            - Certo.

            - Obrigada, por vir comigo ao casamento.

            - Não tem o que agradecer, somos amigos não somos?

            - Melhores amigos, sempre. Não importa o que aconteça. – estendi o dedo mindinho para selar o juramento e ele riu antes de estender o dele.

            - Melhores amigos, sempre. Não importa o que aconteça.

 

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

 

            Não faço ideia por quanto tempo andei sem rumo pelas ruas do Distrito antes de parar o carro em frente a uma praia específica. A primeira praia que trouxe Peeta anos atrás quando viemos para o que seria o primeiro casamento do meu pai após o divórcio com minha mãe. Aquela era uma das minhas praias favoritas, exatamente pelas lembranças, meu pai morou naquele bairro por tantos anos e foi naquela praia que passamos parte dos verões da nossa adolescência já que, depois da primeira visita ele vinha todo ano. Havia sido ali que sentei com ele por horas a fio entre sorvetes, conversas vagas, tentativas de jogar vôlei. Foi naquele mar que mergulhamos diversas vezes, talvez fosse apenas mais um lugar dos tantos que frequentamos juntos ao logo dos anos, mas ainda assim era um ótimo lugar, era o nosso lugar. Um deles pelo menos.

 O verão estava apenas começando, mas era possível ver um pequeno aumento no movimento, quase todos que ainda estavam na praia olharam quando passei em um vestido de festa longo no meio da areia, porém não fazia a menor diferença. Não quando eu tinha perdido tudo, não quando ele estava se casando com outra. Senti a areia molhada na beira do mar e não me importei quando a água molhou a ponta do meu vestido.

As pessoas pareciam tão certas de que ele sentia o mesmo, de que meus sentimentos não eram os únicos ali, e após a conversa com meu pai eu havia tido tanta certeza de que ele sentia o mesmo que um pouco de esperança se formou no meu coração. Nossa relação era tão diferente das outras pessoas, nunca nenhum outro amigo tinha sido como ele, ninguém seria como ele, eu havia sido tão estupida.

Sentei na areia, mais afastada possível das pessoas e olhei aquela imensidão azul tentando acalmar meu coração, tentando não chorar, mas no fundo eu sabia que não era aquele azul que acalmaria meu coração. Não era outro, um bem mais simples e que sempre esteve tão próximo. Porque os olhos dele sempre tiveram um efeito bem melhor do que qualquer outra coisa para o meu coração.

Senti a presença de alguém, mas não desviei meu olhar até sentir aquele perfume conhecido e assim que olhei para o lado pensei estar alucinando. Parado em pé ao meu lado olhando o mar, estava o dono dos meus pensamentos. Os cabelos levemente bagunçados pelo vento, as mãos no bolso da calça cinza, a blusa social branca estava com as mangas dobrada até o antebraço e os primeiros botões estavam abertos. Ele respirou fundo antes de sentar ao meu lado, mas se manteve em silêncio.

— O que você esta fazendo aqui? – perguntei alguns minutos depois quando tive certeza de que ele não falaria nada.

— Eu não tenho certeza.

— Você deveria estar indo para sua festa de casamento.

— Não vai haver festa. – senti me coração acelerar, mas nada disse – Não teve casamento. – ele olhou em minha direção – Glimmer e eu conversamos e... não era o certo a fazer.

— Por que não era o certo?

— Eu teria me casado com ela Katniss, porque na minha cabeça era o certo a se fazer. Estava tudo pronto, então ontem você bagunçou minha cabeça, me deixou confuso, mas não era certo deixa-la no altar. Não era justo ou correto, porém novamente Glimmer enxergou mais do que eu. – olhei sem entender – Ela nunca me magoou Katniss, anos atrás quando terminamos não foi por popularidade ou qualquer outra coisa. Ela terminou porque notou o que estava nítido e eu me negava a ver. Ela notou que eu amava você antes mesmo que eu notasse. Quando disse que terminamos porque ela queria mais do que eu poderia oferecer era porque, ela queria que eu a amasse mais. Ela achava que eu amava você do jeito que devia ama-la. Que eu amava você mais do que como amigo. No fim das contas a magoei não o contrario e ela estava certa. E, foi por isso que fiquei tão distante naquela época porque, eu me dei conta de que estava amando você, mas você estava conhecendo melhor o Marvel e depois vocês começaram a namorar e com o tempo comecei a temer perder o que tínhamos. E, eu acreditei que sempre seria seu melhor amigo, que você nunca me veria de outra forma então guardei o que estava sentindo pra mim. Até ontem.

— Eu fui tão tola. Só notei quando senti que tinha perdido você e estava tudo tão na cara. Você sempre foi tudo Peeta, sempre esteve ao meu lado em tudo, sempre foi diferente dos meus outros amigos, sempre foi mais importante do que qualquer outra pessoa que entrou na minha vida.

— Ontem você me deixou confuso, e mal consegui dormir pensando no que tinha acontecido e hoje quando Glimmer me pediu para escolher eu só conseguia pensar em você e no fato de que acho que nunca vou amar ninguém como sempre te amei. – senti meu coração acelerar e no momento em que ele olhou nos meus olhos eu soube que era verdade, e vendo o azul dos olhos dele senti meu coração mais leve – Eu não tenho ideia do que é o certo a se fazer, mas eu sinto que o certo é estar com você.

— Eu falei sério quando disse que você era a minha pessoa Peeta, não existe ninguém nesse mundo que me conheça melhor do que você e ninguém que eu queira estar mais do que quero estar com você. Você é a primeira pessoa que me vem à mente quase todas as manhãs e normalmente a última que eu penso antes de dormir. Você me conhece melhor do que todos os outros, não existe nada que eu não queira dizer a você, é engraçado como sempre que algo acontece não importa se é algo sério ou uma bobagem é para você que quero contar. E, embora eu nunca tenha sido de pensar muito no futuro, você sempre esteve nele porque não consigo imaginar minha vida sem você. Não dá para imaginar ser feliz sem você por perto.

— Foi aqui que juramos ser melhores amigos sempre, lembra? – concordei com a cabeça.

— Como se fosse ontem, tínhamos nove anos e você nunca tinha vindo até aqui e ironicamente eu nunca mais consegui vir sem você. Não tinha a menor graça.

— A minha vida sem você não tem graça, Katniss.

— O que vamos fazer agora? Eu não sei se posso continuar sendo sua melhor amiga, não sentindo o que eu sinto.

— Acho que podemos ser o que quisermos, acho que não existe nada que não possamos fazer juntos. – sorri porque eu sabia que ele estava certo. Ao lado dele eu me sentia capaz de qualquer coisa.

— Eu amo você, Peeta Mellark.

— Eu também amo você, Katniss Everdeen. - ele se aproximou um pouco mais passou polegar lentamente no meu rosto e por um instante parecia que não havia mais ninguém ao nosso redor, existia apenas eu e ele no mundo. E, quando ele selou nossos lábios em um beijo ainda melhor do que o da noite anterior nada mais importava, não sei quanto tempo ficamos ali, mas assim que olhei novamente em seus olhos tudo parecia fazer sentido.

— Você ainda é meu melhor amigo. Sempre vai ser, mas eu quero que você seja mais, muito mais. A gente pode fazer dar certo, não pode? - ele concordou com a cabeça.

— Você sempre foi muito mais e agora eu quero tudo com você, Katniss e nada nesse mudo pode acabar com o que temos, nada. – sorri antes dele me beijar novamente, um beijo sem culpa, um beijo cheio de sentimento, um beijo que me fez sentir como se meu mundo tivesse ganho cor novamente. Como se a minha felicidade estivesse ligada a dele. Talvez estivesse afinal, ele era parte da minha felicidade.

  Nada mais importava a não ser eu e ele. Éramos amigos. Sempre seríamos, mas também éramos apaixonados um pelo outro. E ali nos braços dele eu senti pela primeira vez a certeza de que não havia outro lugar onde queria estar. E, qualquer medo que tenha sentido ao longo dos últimos meses, se foi. Peeta me fazia sentir toda a segurança que precisava, sempre foi assim.

Não tinha ideia do que aconteceria dali para frente. Havíamos passado por tantas coisas juntos. As diferenças em várias fases, desde a infância onde normalmente meninos e meninas formam grupos separados, a adolescência onde a descoberta do sexo oposto tende a complicar as coisas, os bons e maus momentos que a vida proporcionou a cada um de nós e nos mantivemos sempre juntos. Mas sabia que ele estava certo, podíamos ser o que quiséssemos, porque eu nunca amei ninguém como amava Peeta Mellark.


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Notas finais do capítulo

É isso ... O que acharam desse momento?
Bom eu comecei a postar uma nova fic chamada Outside Plans, e vou deixar o convite para que vocês deem uma conferida, ela é Peeta/Katniss e vai ser um prazer ver vocês por lá.

https://fanfiction.com.br/historia/708743/Outside_Plans/

Adorei os comentários no capitulo anterior, espero que tenham gostado do capitulo.
Beijos.



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