In Love With My Best Friend escrita por Sany


Capítulo 15
You Belong With Me :


Notas iniciais do capítulo

Boa noite ... Estou um pouquinho atrasada com o capitulo, mas essa semana resolvi ao invés de escrever um capitulo daqui e depois começar outro da minha outra fic escrever um pouco desse ou pouco do outro e ver se funciona bem assim.
Brigadeiro de Nutella muito obrigada pela recomendação fico feliz que mesmo tendo começado a ler a fic agora esteja gostando a ponto de recomendar. Esse é especial para você.



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... No meio da noite

Eu sou a única que te faz rir

Quando você está prestes a chorar

E eu conheço suas músicas favoritas

E você me conta sobre seus sonhos

Eu acho que conheço seu lugar

Acho que sei, é comigo ...

(You Belong With Me - Taylor Swift)

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Despertei com o barulho de algo batendo no vidro da janela, olhei o relógio e ainda não era nem 4:00 horas ainda, me levantei e assim que afastei a cortina vi meu melhor amigo na janela do próprio quarto jogando grãos de feijão na minha janela como fazia quando éramos crianças e acabei sorrindo um pouco embora ainda estivesse com sono. Assim que me viu ele fez um sinal com as mãos indicando o andar de baixo e meneei a cabeça afirmando, peguei lentamente um cobertor pequeno no armário  e coloquei por cima do pijama antes de descer em silencio e sair pela porta da cozinha em direção ao quintal dos fundos sentindo o vento frio da madrugada. Avistei ele sentado na varanda de pijama também olhando as estrelas.

— Meio cedo para estar de pé não acha – disse me sentando ao lado dele apertando um pouco mais o cobertor no meu corpo.

— Não consigo dormir – eu daria qualquer coisa para não ver ele daquele jeito, eu queria ter algo a dizer a ele, queria poder fazer algo que diminuísse sua dor, mas não havia nada a se fazer só o tempo poderia amenizar as coisas.

— Você não dormiu direito durante todo o mês – comentei, eu havia visto a luz do quarto dele acessa por longas noites – Talvez seja bom procurar um medico pedir algo para dormir um pouco faria bem – ele estava se fazendo de forte na frente de todos, mas eu sabia que ele estava quebrado por dentro todos os sorrisos por mais fracos que fossem não passavam de um disfarce ele não queria preocupar ninguém.

— Eu estou bem Katniss, eu só não quero dormir – mesmo estando apenas com a luz da noite vi um brilho nos olhos dele e soube que ele estava segurando as lagrimas mais uma vez quando ele olhou para mim – Eu vejo ele nos meus sonhos, e no inicio é bom são lembranças momentos felizes então tudo muda e eu perco ele, ele simplesmente se vai de maneiras diferentes todas as noites então sinto como se estivesse vivendo tudo de novo – ele olhou novamente para o céu – E a pior parte e acordar e saber que ele não esta aqui.

Peeta sempre pareceu tão forte tão inabalável era estranho ver ele para baixo era estranho não ver o brilho em seus olhos, doía saber que ele estava sofrendo saber que estava de mãos atadas em relação a dor dele. Por mais que eu estivesse triste também não se comparava a ele.

— Se lembra quando quebramos a janela da sala? – ele confirmou com a cabeça – Você jogou a bolinha para o Pongo e acertou a janela em cheio e a vovó brigou com a gente porque ela já tinha avisado a gente para ir para pracinha umas três vezes, mas estávamos com preguiça então ela disse que não iriamos comer torta de chocolate naquele dia.

— Ele contrabandeou um pedaço da torta pra gente no quarto aquela tarde.

“Para não ficar com vontade” – falamos juntos e vi um sorriso fraco nos lábios dele com a lembrança.

— Ele nunca conseguia brigar com a gente, bastava fazer um olhar de arrependido e ele alivia a nossa barra, acho que o vovô sempre foi o melhor advogado de defesa que poderíamos ter – ele concordou – Eu sinto falta disso, sinto falta dele também, então eu tento me lembrar que ele sempre fez tudo para que sorríssemos, lembro que ele odiava nos ver triste ai eu tento sorrir por ele. 

— Ele odiaria me ver assim – me aproximei e ele passou os braços no meu ombro me abraçando.

— Sabe que ele entenderia, mas ainda sim odiaria – ficamos em silencio por um momento - E quando ele inventava cozinhar era muito divertido e bagunçado e eu adorava – ele riu de leve com a lembrança, tínhamos tantas lembranças boas.

— Lembra quando ele resolveu montar a estante da sala? – acabamos rindo da lembrança juntos – Sobrou tantas peças e a vovó disse que não parecia com a estante da loja, e de fato não parecia – acabamos passando as próximas horas em meio as lembranças, as vezes ele ficava em silencio por um tempo, mas mesmo no silencio eu sabia que no fundo ele não queria ficar sozinho, sabia que ele não queria dormir, sabia que ele preferia as lembranças seguras, as que ele poderia controlar que faziam ele sorrir involuntariamente – Desculpa por não deixar você dormir – ele pediu quando viu que o sol estava começando a nascer.

— Não tem problema – disse sincera – Você sabe que pode contar comigo para um bate-papo noturno sempre.

— Eu sei. Obrigado por estar sempre comigo. Eu me sinto melhor quando estou com você.

— Eu sempre vou estar com você, somos o karma um do outro – brinquei.

— O que acha de um café?

— Acho ótimo, estou meio dolorida de ficar sentada no chão.

— Vamos mostrar que aprendemos com o melhor e bagunçar a cozinha – ele estendeu a mão e aceite antes de seguirmos em direção a casa dele, não importava se tinha acordado no meio da noite ou se tinha passado horas sentada no chão do lado de fora ele precisava de mim e eu estaria lá sempre, assim como sabia que ele estaria lá por mim.  

 

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            — Eu sabia que isso iria acontecer, sabia que você iria admitir – Johanna sorriu sarcástica – Entra – entrei e me sentei no sofá ainda meio perdida com o celular na mão – Então você enfim se deu conta do que estava na cara durante todos esses anos – ela foi até a cozinha e voltou com duas taças de vinho me entregando uma.

            - Ele esta na minha vida a tanto tempo, sempre presente sempre do meu lado e eu não sei viver sem ele nunca soube.

            - Nunca imaginei que você seria o tipo apaixonada, mas é um amor antigo então entendo – ela se sentou ao meu lado bebendo um gole do vinho – Só não entendo o porque você esta aqui. Não estou expulsando você só acho que você deveria estar no apartamento dele, dizendo isso para ele.

            - Ele não esta aqui, ele foi para Capital ver o desfile da Glimmer.

            - Bom veja o lado bom, você vai ter tempo para pensar no que dizer a ele, mas não se preocupe esta na cara que ele te ama também – olhei para ela surpresa – Qual é Katniss ele faz tudo por você, te daria o mundo se você pedisse, vocês vão formar um lindo casal relaxa. Alias quero ser a madrinha, por ter visto seus sentimentos antes mesmo de você.

            - Ele vai pedi-la em casamento hoje – vi a surpresa no olhar dela – Isso se já não pediu – senti novamente o aperto no peito se intensificar, aquela angustia horrível.

            - Eu não acredito nisso – ela suspirou – Katniss ... – ela se levantou e foi até a cozinha novamente voltando com uma garrafa de vodca e dois copos, e sem falar nada tirou a taça da minha mão – Você precisa de algo mais forte – ela me entregou o copo e acabei virando o mesmo sentindo o liquido queimar na minha garganta. Eu estava perdendo ele e aquilo me apavorava. Johanna não disse nada naquele momento apenas me acompanhou em algumas doses não tinha o que fazer naquele momento e a única coisa que eu queria era esquecer.

            Acordei no dia seguinte sentindo o peso da dor de cabeça por conta das inúmeras doses de vodca não era minha primeira ressaca, mas de uma forma estranha ela parecia ser a pior, como tudo tinha mudado tanto de um dia para o outro? Como uma única informação havia virado tudo de ponta cabeça.

            - Bom dia bela adormecida – Johanna entrou na sala com uma xicara nas mãos – Não vou nem perguntar se dormiu bem.

            - Como tudo mudou assim? – eu devia estar em um estado deplorável pela cara da minha amiga – Como eu não percebi antes?

            - Toma um pouco de café vai fazer bem – ela estendeu a xicara e peguei fixando os olhos na bebida escura. 

            - Você estava certa o tempo todo. Eu odeio Glimmer Rambin porque ela é importante pra ele, sempre foi mais do que qualquer outra, ele sempre odiou boatos no colégio ele sempre foi na dele sabe, poucos amigos, tímido, no ensino médio ele evitava chamar atenção, mas quando ela surgiu ele encarou de frente. Ainda me lembro do dia que ele entrou no colégio de mãos dadas com ela, eles foram o assunto do momento, mas por ela ele não se importou ele ergueu a cabeça e fingiu não ouvir o que diziam e no fim ela o magoou e mesmo assim ele vai se casar com ela.

            - O que aconteceu entre eles afinal, por que terminaram?

            - Não sei direito ele não falava sobre isso, sei que ela queria mais do que ele poderia oferecer, eu acho que era popularidade não sei. Eu sei que ela o deixou arrasado ele ficou estranho por dias e então eles se reencontram e em seis meses ele diz que vai pedir ela em casamento – tomei um pouco do café e senti o amargo, estava forte e sem açúcar – Acho que ele ama ela, ele não faria isso não se casaria se não amasse.

            - Ele ama você Katniss esta nítido isso, vai lá luta por ele pelo que você esta sentindo.

            - Se ele não sentir o mesmo eu vou jogar mais de vinte anos de amizade fora, eu não posso viver sem ele eu não consigo imaginar minha vida sem ele, Peeta Mellark é meu oxigênio sempre foi desde que o vi pela primeira vez no parquinho segurando um carrinho. Ele mudou a minha vida eu só demorei demais para perceber que ele era o grande amor da minha vida.

            - Então o que você vai fazer?

            - Não sei – respondi sincera, eu não fazia ideia do que faria.

            Os dias seguintes formam uma tortura. Fazia uma semana desde que assumi meus próprios sentimentos, e consequentemente dez dias que não falava com ele, dez dias desde que brigamos, dez dias infernais sem ele. A noticia do noivado dele se espalhou como fogo em pólvora e como era esperado ela havia dito sim.

            Ele me ligou quatro vezes no domingo provavelmente depois de ver que havia ligado, mas como não atendi ele não ligou novamente e eu fui covarde demais para ligar ou para procura-lo depois disso. Eu não sabia o que fazer ou dizer, metade de mim queria falar tudo, expor meus sentimentos a outra metade acreditava que o melhor era deixar as coisas como estavam essa parte acreditava que eu não tinha o direito de bagunçar a vida dele, tinha medo de perder tudo de perder a amizade dele.

            O barulho do celular tocando me tirou dos meus pensamentos e por um minuto pensei que era ele, mas assim que vi o visor vi que era uma chamada de vídeo da minha mãe.

            - Oi mãe – atendi tentando sorrir.

            - Tudo bem querida?

— Tudo

— Sabe que é feio mentir para a própria mãe não sabe – tentei não revirar os olhos, minha mãe tinha o dom de me ler muito bem – Você esta com uma cara péssima filha.

— É só cansaço mãe, estou trabalhando demais – justifiquei com uma meia verdade.

— Mentindo outra vez acho que seu pai e eu educamos você muito mal – ela sabia mais do que estava parecendo, mas me fiz de inocente.

— Não estou mentindo mãe, olha – mostrei o monte de papeis em cima da minha mesa de centro, estava levando trabalho para casa a semana inteira – Viu? Estou trabalhando muito.

— Imagino que esteja, isso tudo para evitar falar com o Peeta. E não negue estou sabendo que vocês não se falam desde que sai dai.

— E como esta sabendo disso?

— Filha você sabe que os Mellark são parte da nossa família.

— Mags – as duas eram tão amigas que não me surpreendi.

— Na verdade não, recebi uma ligação de um loiro que me adora para contar sobre o noivado dele e quando perguntei de você fiquei sabendo de um desentendimento entre vocês e pela sua cara esta claro que ainda não se falaram para resolver isso – Peeta adorava minha mãe e ela por sua vez o tinha como um filho.

— Mãe não foi nada só discordamos de algo.

— Esse algo é o casamento dele Katniss.

— Vai me dizer que estou errada mãe? – ela não podia apoiar essa loucura.

— Não, sei que você não gosta da Glimmer desde que eram adolescentes, mas vocês são melhores amigos a mais de vinte anos precisam resolver as coisas – ela suspirou – Já tem 10 dias Katniss, vocês nunca ficaram tanto tempo brigados.

— Eu sei mãe.

— Então tenta fazer alguma coisa ou eu vou ter que pegar um voo até ai e colocar um de frente para o outro para se entenderem como quando eram pequenos? – acabei rindo da lembrança de quando tínhamos sete anos e brigamos dois dias depois de fazermos voto de silencio um com o outro minha mãe simplesmente colocou um de frente por outro nos obrigando a resolver nossa briga.

— Não vai ser preciso mãe.

— Acho bom – ela ficou em silencio por um momento – Sei que sentem falta um do outro então se acertem.

— Certo mãe.

— Preciso desligar agora, mas espero que tenham se acertado da próxima vez que falar com um dos dois – nos despedimos e acabei deixando o trabalho de lado, eu realmente queria falar com ele deixar a briga de lado, cheguei a pegar o telefone, mas no fim não liguei. 

            Três dias depois eu ainda não tinha tomado coragem, mergulhei com tudo no trabalho mantendo minha cabeça o mais ocupada possível.  Mas naquela tarde algo estava me deixando angustiada, olhei pela janela do escritório sem conseguir me concentrar no monte de papeis na minha frente, a falta dele estava acabando comigo como eu queria ir até ele e dizer que eu o amava mais do que como um amigo, como eu queria ter percebido antes queria não ter sido tão cega. Fui tirada dos meus pensamentos pelo som do toque do meu celular e assim que o peguei vi que era minha mãe, provavelmente para saber se Peeta e eu já tínhamos conversado. Eu não estava nem um pouco animada para o sermão que receberia dela por ainda não ter me entendido com ele, mas eu sabia que não atende-la seria pior.

            - Oi mãe, será que eu posso te ligar depois estou no trabalho – eu não queria falar sobre Peeta naquele momento e eu sabia que se falasse com ela não teria como.

            - Katniss – a voz dela estava nervosa e senti meu coração apertar ao ouvir esse tom – Filha é a Mags.


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Notas finais do capítulo

É isso, o que será que aconteceu com a Mags??
Vamos entrar em uma fase com algumas recordações um pouco mais tristes, mas a amizade quando verdadeira é para todas as horas e esses dois estiveram presentes em cada momento um do outro (mas não se preocupem que não serão muitas).
Espero que vocês gostem do capitulo.
Beijos