Destinos Traçados escrita por Sarake Kimaru


Capítulo 7
Capítulo 7 - Sasori x Naruto


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Ai vai mais um capítulo. Que loucura, heim?
Os irmãos Uchiha possuem uma história e tanta.

Gosto de fazer essa transição entre o presente e o passado, vocês já devem ter percebido, mas espero que não dificulte o entendimento da história.
Me avisem se atrapalhar!

Boa leitura!



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Havia retornado a casa de infância.

Mentiu que iria resolver um trabalho de faculdade, mas saiu rumo ao seu passado. Não possuía familiares além de seus pais, ou se possuía não sabia. Nunca conhecera avós, tios, primos, nada! Sua mãe uma vez disse que tinha uma irmã, mas que a mesma havia morrido de câncer e os pais dela não suportaram a velhice por muito tempo. Já seu pai não tocava no assunto, preferia inventar histórias sobre parentes distantes que moravam em outros países e que perdera o contato.

Logo após a morte de seus pais, Itachi teve que amadurecer mais precocemente. Não tinha a quem recorrer, era apenas ele e seu irmão, teve que suportar a dor pelos dois ou melhor dizendo... sendo forte o bastante para recomeçar junto a seu irmão e preencher o vazio que havia ficado em ambos os corações.

Largou a escola, era seu último ano, mas precisava resolver muitas coisas e não conseguia conciliar. Já de maior teria que se responsabilizar não só por si, mas também pelo pequeno Sasuke. Nunca pagou uma conta, nunca comprou um quilo de alimento e muito menos não sabia o que era trabalhar. Teve que aprender sozinho e bruscamente.

A poupança dos pais o ajudou bastante, mas ele sabia que uma hora ia acabar e precisava manter a casa. Mas como continuar naquela casa onde as fortes lembranças perturbavam a paz e despertavam lágrimas secas e dolorosas? Decidiu vender algumas joias caras da mãe e alguns móveis antigos. Comprou uma casa menor e então recomeçou. Conseguiu um emprego numa padaria e continuou os estudos. O pequeno Sasuke teve que aprender a ficar sozinho em muitos momentos, mas ele sabia que seu irmão estava dando o máximo de si pela sobrevivência então não se queixava.

E agora depois de tanto tempo, Itachi retornava a velha casa de sua infância em busca de alguma pista. Ele sabia que precisava estar lá se quisesse entender o que estava por vir.

Talvez tenha algo que seu pai ainda não havia dito. Algum segredo que o tempo não permitiu que fosse revelado.

"Quem diria que eu voltaria aqui." - pensou assim que chegou na entrada da casa. Sua fachada era feia e estava desgastada com o tempo. Limo era encontrado nas pilastras, janelas, telhados, cerca e porta. O jardim com grama alta cobria as escadas e o caminho que dava até a porta.

A dez anos atrás prometeu que nunca mais voltaria ali e agora se via obrigado a rever tudo aquilo. Colocou uma chave antiga que guardava em uma corrente na fechadura da porta, abriu. A porta rangeu. Entrou e analisou tudo a sua volta. Apesar do tempo, muitas coisas ainda estavam em perfeito estado, lembrara-se de como sua mãe era cuidadosa com cada detalhe ali. O mofo tentava esconder a cor das paredes, mas o amarelo claro ainda era identificado. Os móveis que restavam estavam muito empoeirados, alguns já haviam se transformado em abrigo para as aranhas e suas teias, outros em abrigo para cupim. Mas o foco do rapaz não era verificar o estado de sua antiga casa e sim procurar respostas no cômodo mais importante para seu pai. O escritório de estudo.

Itachi acelerou os passos rumo ao escritório de estudo de seu pai, lá encontrou tudo como era antes. Impecável. Passou a verificar livro por livro, arquivo por arquivo, gaveta por gaveta, não encontrou nada.

–Vamos lá pai, me ajude! - parou no meio da sala para pensar. Olhou as coisas em volta e não via nem um lugar se quer que não tenha verificado, até que...- Isso aqui... o que é isso? - Curioso foi até um piso que estava solto logo embaixo da estante onde seu pai guardava o protótipo rústico.

Retirou o piso com dificuldade, lá encontrou uma caixa de madeira cheia de cartas com a caligrafia do seu pai. Abriu a caixa e passou a ler uma por uma.

–Quer dizer que... - se surpreendia com cada uma. Depois guardou todas em sua mochila e colocou a caixa vazia no mesmo lugar. Seu pressentimento estava correto, seu pai realmente deixou algo para ele e então agora ele sabia de tudo.

Trancou a casa e foi embora pensativo.

...

Itachi?

–Oi Sasuke.

–O que foi que teve?

–Não teve nada irmão, estava resolvendo meu trabalho como te falei.

–Até agora? Não ligou nem nada. Do jeito que saiu daqui fiquei preocupado.

–Me desculpe irmão se te preocupei. Mas fique tranquilo, deu tudo certo lá. Eu vou tomar um banho e deitar, estou meio cansado.

...

Bebeu mais um gole de sua água e decidiu retornar ao seu quarto, foi quando viu a porta do quarto do seu irmão aberta e decidiu dar uma olhada.

–Mãe! – Sasuke sussurrava.

O irmão suava enquanto passava por outro pesadelo.

“Coitado.” – Itachi ficava apreensivo em ver aquela cena, mas não podia fazer nada e isso o deixava mais preocupado. – “Até quando vai continuar com esses pesadelos Sasuke?” – pensou.

Sua cabeça estava a mil, mas precisava descansar para o outro dia. Cobriu seu irmão com o cobertor, fechou a porta e retornou ao seu quarto.

No outro dia, Sasuke acordava ofegante. Passou a mão no rosto e foi direto fazer sua higiene matinal.

Arrumou sua mochila e dirigiu-se para a cozinha em busca de seu irmão.

–Itachi?

Sem respostas percebeu que o mesmo já não se encontrava. Tomou um copo de leite e decidiu adiantar seu lado. Quando fechava a porta, ouviu um carro buzinar na casa ao lado.

–Bem na hora Sasuke, vamos? – A mãe de Sakura gritava para o garoto ouvir.

O moreno sorriu e foi em direção a Sr. Haruno enquanto procurava a Sakura pelo carro.

–Bom dia Sr. Haruno!

–Bom dia Sr. Sasuke!

–Me desculpe, esqueci. – sorriu sem graça.

–Então começa de novo.

–Ok... Bom dia Mebuki.

A mais velha riu com a expressão embaraçada do garoto.

–Bom dia Sasuke.

–Mamãe pare de perturbar o Sasuke.

– Tá bom. Já parei. – entrou no carro.

Sasuke que até então não havia visto a rosada, direcionou o olhar para a porta da casa quando ouviu a voz da rosada de longe.

“Linda!” – ruborizou de leve.

O fato é que mesmo com aquele uniforme comum, a Haruno ficava deslumbrante. Talvez porque ela não era desleixava como as outras meninas. Preocupava-se em vestir o uniforme completo, até mesmo aquele casaco calorento e isso fazia uma diferença imensa. Sem contar com a leveza daqueles cabelos finos e sedosos e o brilho daqueles olhos esverdeados. Realmente uma coisa muito incrível de se apreciar de manhã cedo.

–Bom dia Sasuke!

–Bom dia S-Sakura!

–Vamos?

–Com certeza! – Sasuke fez questão de abrir a porta do carro para a moça e a Mebuki seguiu caminho.

Chegaram juntos à escola e se fossem um casal, definitivamente, seria o casal mais cobiçado da escola. As meninas como de costume suspiravam quando o Sasuke passava e agora os meninos encontraram a garota perfeita para fazer o mesmo. Os dois não reparavam as expressões e os comentários, pois estavam muito ocupados conversando sobre quando iniciariam o trabalho, até que foram interrompidos bruscamente por um ruivo eufórico.

–Sasuke corre!

–O que foi Gaara?

– O Naruto tá pegando um pau com o Sasori.

– O quê?

Correu seguido por Sakura e Gaara para ver o que estava acontecendo. Chegando ao pátio da escola, Sasori e Naruto se estapeavam enquanto uma pequena plateia se formava.

–Que merda é essa?

Neji e Shimakamaru chegaram quase que no mesmo instante.

–Pessoal, vamos separar esses dois antes que eles se matem. – disse Sasuke sendo seguido de Neji, Shikamaru e Gaara.

–Me solta eu vou arrancar os dentes desse imbecil!- Naruto tentava se soltar dos braços de Gaara e Sasuke.

Sasori tirava sarro da cara do loiro.

–Venha se você tiver coragem, não tenho culpa se você não aceita a verdade.

Sasuke percebeu que a coordenadora se aproximava da confusão então se aproximou do amigo e falou baixo:

–Naruto, a coordenadora está se aproximando, se não se controlar agora mesmo você vai levar outra suspensão. Seja lá o que esse merda tenha dito precisa se conter, depois a gente resolve.

Naruto ouviu com atenção o que o amigo disse. Respirou firme e controlou a raiva.

–Vamos sair daqui pessoal. – Gaara disse chamando a atenção para que Neji e Shikamaru soltasse Sasori.

–Acabou a palhaçada podem cair fora. – Neji tentava dispersar a plateia.

–Os otários estão com medinho?

–Acho melhor você cair fora antes que sobre uma suspensão pra você. – Shikamaru disse ao perceber que a coordenadora estava bem próxima de Sasori.

– O que está acontecendo aqui?

–Bom dia Sra. Shizune. Por um momento houve um conflito de ideias entre os rapazes. –Sakura que não tinha nada a ver com o assunto tentou livrar a cara de todo mundo. –Mas eles conversaram e acho que tudo se resolveu. Não tem com o que se preocupar. –sorriu.

Por sorte Sasori estava de costas e ela não viu a faísca de sangue que escorria pelo canto do rosto e o Naruto conseguiu esconder uma mancha vermelha do braço esquerdo atrás de Sasuke.

–Ok, agora façam o favor de retornar as suas respectivas salas. A aula já está para começar.

Todos dispersaram rumo a sala de aula.

–Aquele imbecil ainda me paga. – Naruto disse baixo para si.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?

Até o próximo!



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