Destinos Traçados escrita por Sarake Kimaru


Capítulo 6
Capítulo 6 - Akatsuki


Notas iniciais do capítulo

Oi.

Estou sem moral para dizer qualquer coisa, então ai vai mais um.

Me perdoem.
Espero que gostem.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/669057/chapter/6

...

–Itachi meu filho venha cá.

O garoto se aproximou do mais velho.

–Que foi pai?

–Esse ano você vai terminar o colégio não é?

–Sim, se tudo der certo.

–Você não sabe como eu e sua mãe estamos felizes com isso, finalmente está amadurecendo.

–...

–Seu irmão também está bem empolgado.

–Eu sei. - sorriu ao lembrar-se de alguns momentos que tivera com seu irmão.

O mais velho sorriu.

–Me alegra saber que vocês se dão tão bem.

–Sim. Não deve se preocupar com isso, o Sasuke é um irmãozinho e tanto, esperto igual ao irmão.

Os dois sorriram com a lembrança do pequeno Sasuke. Depois uns segundos de silêncio pairavam no ar o que fez Itachi ficar nervoso.

–Que foi pai? Teve alguma coisa?

–Sabe Itachi, acho que chegou a hora de você saber um pouco mais sobre o que seu pai anda fazendo na Akatsuki.

–No Centro de Pesquisa?

–Sim.

–Aconteceu algo?

–Não querido, não aconteceu nada. - sorriu. - só acho que todos os frutos originados desse projeto você e seu irmão devem estar a par afinal é um projeto milionário.

–Sei...

–Mas antes de seu irmão saber preciso que ele cresça um pouco mais, se é que você me entende. Ele ainda é muito jovem pra entender tudo isso. - fixou a visão nos olhos do garoto. - Como você já vai completar a maior idade... acredito que já esteja na idade ideal.

–Sim, entendo.

–Vamos, me acompanhe até meu escritório.

Os dois se dirigiam até um cômodo espaçoso com vários livros e arquivos.

–Você já deve saber que esse projeto é algo que venho pesquisando desde o tempo de faculdade.

–Mamãe falou.

–Sim, certamente ela já falou. - Sorriu ao pensar que a esposa já vinha trabalhando o território para que seus filhos aceitassem com naturalidade os momentos que eles não podiam estar com seu pai aproveitando o feriado ou fazendo passeios. - Mas o que sua mãe talvez não tenha dito tão perfeitamente é sobre a importância desse projeto e os resultados que trará para a sociedade.

Andavam pela sala até o mais velho decidir se acomodar em um estofado qualquer.

–Porque não se senta?

O pedido foi feito e o menino assim o respeitou.

–Essa é a L.X. - apontou para um maquinário rústico que estava em cima da maior estante do cômodo.

–O que é isso pai?

–Isso meu filho é a solução para aqueles que sonham em voltar a andar após sofrerem as consequências de doenças e acidentes.

O filho observou com calma.

–É uma prótese?

–Não apenas isso meu querido. - o pai se levantou. - isso é um avanço da tecnologia, uma descoberta jamais investida, jamais acreditada.

–Do que está falando pai?

–Estou falando de um futuro onde eu trago esperança. - o pai se aproximou da estante, subiu em uma escada e retirou a prótese do alto. - Essa é apenas uma ideia rústica feita com o que eu tinha até o momento. - colocou a prótese na mesa larga que ficava ao lado dos estofados. - Essa não é uma prótese comum, ela funciona sobre um sistema supersensível a estímulos nervosos. Depois de anos de estudo consegui encontrar uma forma de nossos estímulos interferirem meticulosamente nessa pequena máquina, possibilitando ao usuário que sinta todas as sensações que seu membro primordial sentiria.

–Isso quer dizer que...

–Estarei dando uma segunda chance a vida Itachi. - seu pai tinha um brilho enorme no olhar e mostrava sua obra com empolgação e alegria. - Uma pessoa que perder as pernas em um acidente ou uma pessoa que por algum motivo possa vir a perder os movimentos desses membros terá uma segunda chance. Essa máquina permitirá não somente o retorno da função daquele membro, mas as percepções. Voltar a sentir o frio, o calor, a sensação de arrepio e mais de 100 percepções que o cérebro transmitirá.

–Pai, você está falando sério?

–Sim meu caro, estou falando mais que sério.

Itachi riu.

–Isso é fantástico!

–Sim, é surpreendente. - o pai se se encostou à mesa ao lado do invento enquanto viajava nas possibilidades.

–Então qual a demora pra por isso em prática?

–A Akatsuki precisa terminar o contrato. - disse sério.

–Que contrato?

–Bem, toda a base desse estudo foi idealizada quando eu não tinha ainda, relações com a Akatsuki. Mas ai quando eu percebi que precisa de suporte para alavancar o projeto, principalmente financeiro, encontrei um velho amigo de faculdade que me apresentou esse Centro de Pesquisa Avançada. - voltou a sentar-se. - No início tudo pareciam flores, fiz inúmeras pesquisas sobre como eles trabalhavam, seus projetos, a história... tudo parecia honesto e confiável. Decidi então me juntar a esse centro com a cara e a coragem, afinal, eu sabia que precisava de suporte. Mostrei o que eu estava trabalhando e eles gostaram. Comecei firme nos detalhes.

–E ai? - curioso.

–Logo nos dois primeiros meses meus avanços foram poucos, mas aprendi muito sobre como lidar com os equipamentos, quais materiais seriam adequados e fiz amigos. Todos os que estavam do meu lado também pareciam fascinados com minha descoberta, além das experiências adquiridas após anos trabalhando naquele centro. -Entristeceu o semblante de repente. - Mas ai os líderes, presidentes e diretores queriam resultados o quanto antes. Então começaram a nos pressionar.

–Por isso o senhor ficou tão ausente de nós nos últimos meses?

–Sim querido, foi por isso. - se entristeceu mais ainda com aquele desabafo. - Eles queriam resultados em três meses, mas sabíamos que era quase impossível. Apesar de o estudo ser consistente, muitos detalhes ainda deviam ser pensados.

–O que fez?

–Por sorte, aqueles que estavam comigo confiavam em mim então nos empenhamos ao máximo e no tempo exato conseguimos uma pequena demonstração. Instalamos uma mínima prótese em um cachorro deficiente e então ele conseguia mexer uma pequena parte. Era pouco, mas o suficiente para despertar olhares curiosos e ambiciosos. Eles queriam aumentar nosso pessoal e investir mais dinheiro em todo o material que precisássemos. Naquele enorme centro de pesquisa não se falava outra coisa, até que eu entendi o que queriam.

–Lucrar as suas custas?

–Pior! Por serem os principais investidores eles poderiam até dizer que foi ideia deles. Foi ai que parei tudo o que estava fazendo e disse que as pesquisas já estavam patenteadas em meu nome e que eu só iria prosseguir se um contrato fosse elaborado segundo minhas cláusulas.

–O que disseram?

–No momento nada, ficaram assustados. Não esperavam que o pesquisador maluco dissesse alguma coisa. Isso já faz duas semanas, amanhã irei à empresa assinar o tal contrato e se tudo correr como o esperado todo o projeto só tomará prosseguimento com meu consentimento ou de minha família.

–Mas isso não é perigoso pai? Sei lá, você me disse que esses homens são ambiciosos eles podem tentar qualquer coisa pra tirar você do caminho.

–Mas seu pai é o cabeça meu caro, eles não iriam tentar nada contra alguém que é interessante para eles.

–Ainda é interessante né? E quando deixar de ser?

–Não se preocupe moleque, isso não vai acontecer. - Fugaku tentava mudar o assunto, sabia que o que seu filho dizia fazia sentido. - Agora que você já sabe de tudo, o que acha de ir comer porcaria a tarde toda com seu pai pra dar uma animada no dia? - se levantou fazendo o menino o seguir até a saída da sala.

–Pai eu não sou mais criança, pare de me tratar como se tivesse a idade do Sasuke. - bufou de tédio.

O mais velho gargalhou ao apagar a luz do cômodo e fechar a porta.

–Esses meninos de hoje... - continuou rindo.

"Independente do que me aconteça não vou deixar nada acontecer com vocês!"

...

Já passava das três da manhã e Itachi não conseguia dormir. Lembrava dos momentos que havia tido com seu pai há muitos anos atrás e do que havia acontecido no dia anterior.

No dia anterior, Itachi havia recebido uma ligação do Centro de Pesquisa Avançada Akatsuki querendo marcar uma reunião para conversar sobre a prótese L.X., projeto que seu pai dedicara anos estudando. O que o rapaz não imaginava era que a tal Akatsuki continuaria com o projeto mesmo depois da morte de seu pai e sem o consentimento dele, o filho mais velho.

“Eles querem se apoderar do projeto que não é deles.”

...

–O-oi... - assustou-se quando percebeu que seu irmão estava logo atrás do sofá.

–Aconteceu alguma coisa?

–Não Sasuke, não aconteceu nada. - levantou-se.

–Então porque está assim?

–Assim como?

–Sério... apreensivo. Quem era no telefone?

– Na verdade Sasuke, eu não queria te preocupar... he he, é uma besteira da faculdade.

...

Teve que mentir para seu irmão. Falar sobre a ligação que recebera, faria Sasuke se lembrar dos pais constantemente e investigar o caso. Conhecia o moleque e principalmente o seu gênio. Sabendo que seu irmão não se conformava e não superava a morte deles seria o mesmo que assinar um atestado de dias vendo-o sofrer com o mesmo pesadelo que tinha por anos. Preferiu mentir.

“Foi o melhor a ser feito.”

Levantou da cama, foi a cozinha tomar uma água para aliviar os pensamentos.

...

–Vai pra onde Itachi?

–Vou resolver meu trabalho da faculdade.

–Mas eu pensei que...

–Não se preocupe Sasuke, não demoro.

–Ok... boa sorte.

...

Mentiu de novo.

“Droga!”

Culpava-se por isso, odiava mentir para o irmão. Itachi sentou em uma cadeira da cozinha e remoia cada mentira que havia dito para Sasuke.

“Não podia dizer aonde iria, ele iria junto.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destinos Traçados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.