Destinos Traçados escrita por Sarake Kimaru


Capítulo 3
Capítulo 3 - Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Escrevi esse capítulo ouvindo umas músicas que nunca ouvi antes.
Bem lentas e calmas. Adorei!

Uma vez meu pai me disse que as músicas inspiravam ideias.
Resolvi fazer um teste há alguns dias e realmente funciona.

Ai vai uma dica. Claro que depende de pessoa para pessoa, mas não custa nada tentar.

Acredito que até o final do dia saia mais algum, mas ainda não tenho certeza.

Boa leitura!



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–Filho coloque o cinto de segurança, por favor.

–Já sei mãe.

–Coloque agora querido, é para seu bem.

–Tá mãe já coloquei.

–Muito bem.

–Mikoto.

–Sim querido.

–Aonde é que fica o local da loja que você quer ir?

–Fugaku eu repeti tantas vezes para você ontem a noite.

–Me desculpe estava muito cansado ontem, ainda não terminei aquele projeto da empresa e preciso de resultados o quanto antes.

–Sim, mas você precisa prestar mais atenção nas coisas que eu digo.

–Me desculpe querida.

–Sasuke você quer uma maçã?

–Não mamãe.

–Tome querido, maçã é uma fruta muito...

–Importante para nosso organismo.

–É isso mesmo, ainda bem que você sabe.

Pegou a maçã na mão de sua mãe.

–Mãe, o Itachi termina o colégio esse ano não é?

–É sim meu bem, seu irmão já está virando um homenzinho.

–Não vejo a hora de terminar o meu também.

–Porque Sasuke?

–Porque também quero ser um homenzinho.

Seus pais riram.

–Não se preocupe meu bem, sua hora vai che... FUGAKU CUIDADO!!

–MÃÃE!!!

...

7:00

Respiração descontrolada.

"De novo esse pesadelo!"

–Sasuke?

Olhou para o mais velho.

–Aquele pesadelo de novo?

Sentou na beira da cama com os braços apoiados nas pernas e visão direcionada a um ponto qualquer.

O suor corria por sua testa enquanto tentava controlar a respiração.

O mais velho desligava o despertador que não parava de tocar.

–Deveria abrir um pouco essas cortinas se quiser que esse quarto não mofe.

Direcionava-se para a porta quando olhou para trás e ainda via seu irmão na mesma posição sem dizer uma palavra.

–Não se atrase para a escola, não vai gostar de repetir o ano, acredite...

Sua última frase fez Sasuke se lembrar da época em que seu irmão estava no último ano e que não conseguiu concluir depois do acontecido com seus pais. Repetiu depois que superou o trauma.

Sasuke levantou-se, fez sua higiene matinal, vestiu o uniforme e saiu rumo a escola.

Depois do que aconteceu a seus pais, Sasuke constantemente sonhava com o momento do desastre, afinal ele também estava no carro e por pouco se salvou.

7:48 - Colégio R.U.A

O Uchiha chegava ao colégio com uma expressão séria e distraída, algumas lembranças o anestesiava.

–Sasuke?????

Naruto balançava seus ombros a fim de acordá-lo do transe.

–O que? - assustado - O que houve Naruto?

–Estou a cinco minutos te chamando, aconteceu alguma coisa?

–Não... não teve nada.

–Que estranho.

–Vamos para a sala.

–Certo.

Já na sala.

Poucos alunos já se encontravam com suas duplas. Muitas mesas ainda estavam vazias, principalmente a do Sasuke.

–A novata ainda não chegou. - disse para si em tom baixo.

Sentou-se em sua mesa e sentiu um vento fraco passar pelo seu rosto. Sua cadeira ficava ao lado das janelas e o céu estava azul claro com um sol irradiante.

Mais lembranças veio em sua mente, fechou os olhos.

...

–Não precisa se preocupar Sasuke, mamãe vai estar com você sempre que precisar.

–Mas mãe, aqueles meninos ficaram me perturbando dizendo que papai é um frouxo que não veio para o jogo nem para me ver perder.

–Eles disseram isso?

–Sim, disseram mamãe...

–Querido, você sabe que seu pai não pôde vir por causa do trabalho.

–...

Via a carinha triste do garoto.

–Eu tenho um segredo para te contar.

–Segredo?

–É sim, um segredo que seu pai me contou.

–Que segredo?

–Olha... eu vou te contar mas tem que me prometer que não vai contar pra ninguém nem pra seu pai.

–Por quê?

–Porque seu pai me pediu pra eu não contar pra ninguém. Posso contar com você para guardamos esse segredo?

–Sim mamãe.

–Seu pai está fazendo uma máquina que vai fazer todas as pessoas que não podem andar voltar a andar.

–Como papai vai fazer isso?

–Eu também não sei querido, mas ele sabe um jeito, só precisamos confiar nele.

–Eu vou poder brincar com aquele menininho do meu colégio que anda naquele carrinho?

Risos.

–Não é um carrinho querido, o nome daquilo é cadeira de rodas.

–Sim mamãe, isso ai...

–Claro que vai poder Sasuke.

–Papai é demais!

–É sim, mas tem que guardar segredo.

–Tá bom.

–Agora mamãe precisa ir.

–Mas...

–Xau Sasuke.

...

–Sasuke?

Uma voz delicada tentava retirar Sasuke de suas lembranças.

–Olá? Sasuke?

Ele abriu os olhos e virou para saber quem o chamava.

–O-oi. - se espantou ao descobrir quem era.

–Desculpa ter atrapalhado seus pensamentos.

–Tudo bem, eu viajei um pouco. Haruno Sakura certo?

–Isso.

A rosada sorriu simpaticamente e o moreno apenas a observava tentando retornar ao mundo real.

A atenção foi retomada em direção ao professor que acabara de chegar à sala.

–Bom dia pessoal! Meu nome é Orochimaru. Sou o novo professor de Biologia e preciso passar alguns informativos.

Todos olhavam atentamente.

– Nessa unidade teremos um trabalho interdisciplinar em dupla e como o próprio nome diz a nota que tirarem valerá para todas as matérias. Esse projeto objetiva a ampliação do conhecimento nas diversas áreas. O tema baseia-se nas questões humanitárias que envolvem o mundo e que podem ajudar pessoas, porém o assunto é livre.

–Professor, quanto vale esse trabalho?

–O valor da terceira nota, como a terceira nota vale 10 então...

–Muitos pontos professor, se o trabalho não for bom a gente vai perder muito.

–Então se esforcem para não perder.

Confusão.

–Meninos, vocês devem parar de acreditar que tudo é o fim do mundo. Vocês já estão no último ano, acreditaram mesmo que as coisas seriam fáceis como no ensino fundamental? Vamos lá, se fizerem um bom trabalho tirarão a nota que querem.

–Para quando professor?

–Final da unidade, ou seja, vocês terão muito tempo para trabalhar. Podem se utilizar de materiais visuais a vontade, pois eu aconselho. Os jurados serão cinco professores que serão sorteados até o final desse mês. Podem procurar ajuda, mas a ideia deve ser inteiramente de vocês. Então, bom trabalho!

–Professor não tem um roteiro ou algumas observações do que pode ser usado ou não pode?

–Bem lembrado, estarei passando o roteiro para vocês agora mesmo. – distribuía duas folhas para cada dupla – quaisquer dúvidas podem perguntar aos professores. A diretoria disponibilizou um pequeno treinamento e todos os professores estão habilitados a falar sobre.

As aulas antes do intervalo passaram depressa, e até então Sakura e Sasuke não havia trocado muitas palavras.

–E então, já tem alguma ideia de como podemos começar? – a rosada tomou a iniciativa.

–Não, não tive nenhuma ideia. E você?

–Mais ou menos. – a rosada falou empolgada.

–Então diz ai.

–Bem como o tema são as questões humanitárias, então acredito que as instituições sociais que contribuem para acolher e ajudar pessoas com necessidades especiais seriam um bom alvo. Poderíamos pesquisar sobre abrigos de idosos, creches, orfanatos de crianças com deficiências físicas e mentais, instituições que fornecem tratamento e terapia psicológica a crianças com câncer. Poderíamos pensar em entrevistar grupos artísticos sociais que costumam fazer visitas vestidos de personagens infantis e palhaços e até mesmo faze um documentário. – Todos já haviam saído da sala, mas a rosada continuava lá falando tudo o que pensava enquanto esboçava tópicos atrás de uma folha.

Sasuke apenas a observava e se surpreendia com cada ideia, percebia a empolgação da moça e como gostava de falar sobre o assunto.

– E então o que você acha? – perguntou receosa da opinião do rapaz.

–Eu acho que você sabe do que está falando. Suas ideias parecem ótimas. Você já participou de algo parecido?

–Bem... mais ou menos. – olhou para o papel com um olhar triste – eu costumava acompanhar meu pai quando ele visitava esses lugares.

–Entendi. Isso é ótimo, seu pai pode até ajudar a gente já que ele sabe sobre essas coisas.

A Haruno levantou da cadeira ainda com o olhar triste.

–Ele ajudaria sim... ele iria adorar se ainda estivesse vivo. – fechou o caderno e guardou os papeis – Acabei atrapalhando seu intervalo. – disse isso após perceber que todos já haviam saído da sala.

Sasuke nada disse, apenas permaneceu surpreso com aquela declaração. Ele não poderia imaginar.

–Nos falamos depois. – ela andava rumo a saída.

–Sakura... eu não...

Ainda de costas.

–Tudo bem Sasuke, você não tem culpa alguma. Vou fazer um lanche e depois falamos mais sobre o trabalho – disse baixo.

Sasuke nem conseguia sair do lugar, ficou pensativo.

Levantou-se, colocou as mãos no bolso e encostou na janela com as costas.

Sentiu um vento frio soprar sua nuca.

Virou-se de leve e viu o tempo fechar.

"Acho que vai chover."

Enquanto isso nos corredores do último andar.

Sakura se encostou em um armário, enquanto sua franja cobria seus olhos uma lágrima silenciosa deslizava por seu rosto.

"Pai"


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!

Até o próximo!



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