Lá E De Volta Outra Vez escrita por Pacheca


Capítulo 64
Serviço Secreto


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas, voltei de novo eeeee Agora sim começamos mais um arco nessa história, num é mesmo? Confesso que estou hypada de novo pelo jogo novo. Não tem a melhor mecânica, tem várias falhas, mas até agora estou gostando. ♥



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   Assim que todas as aulas se encerraram, eu liguei para minha mãe avisando que ia estudar com a Iris e por isso chegaria mais tarde. Ela ficou feliz em saber que eu estava indo ajudar uma amiga. Desliguei e passei no grêmio, avisando Nathaniel que eu não ia treinar com ele. Ele só concordou sorrindo e me deu tchau.

   – E lá vem ela. – Ouvi Armin falando assim que pisei no pátio. Ele já estava com Iris junto dele, ainda com aquele jeitinho estranho. Sorri fraco e me aproximei deles. – Vamos?

   – Claro, eu já avisei minha mãe que vocês vão passar a tarde lá. – Ela sorriu de verdade. Eu respirei fundo. Minha missão estava ficando cada vez mais difícil.

   Seguimos os três para a casa de Iris. Por sorte ela foi nos guiando, porque eu já tinha perdido noção do caminho. E que caminhada tensa. Ela parecia mais tranquila, mas nenhum de nós falou absolutamente nada.

   – Bem-vindos mais uma vez. – Entrei no apartamento, só agora me lembrando que eu ainda estava coberta de molho de macarrão. Ela fechou a porta e foi andando para a cozinha. – Vamos lanchar antes, eu estou com fome, que tal?

   – É, claro. Eu também. – E realmente estava. Depois do meu almoço ter sido trocado por um sanduíche, meu estômago estava começando a exigir mais. Entramos na cozinha, ela já estava abaixada revirando os armários.

   – Hum, eu tenho suco e alguns biscoitos. Foi mal, não fizemos compras ainda e não sobrou muito depois da festa.

   – Oh, nem o ponche? – Armin perguntou, risonho. Acabei rindo fraco enquanto Iris respondia com um biquinho.

   – Não, foi só pra festa. O pouco que sobrou minha mãe tomou.

   – Olá, crianças. – A mãe da Iris entrou na cozinha com tanta sincronia que chegou a nos assustar. Sorri, cumprimentando de volta. – Iris avisou que vocês vinham ajuda-la, é muito gentil da parte de vocês.

   – Imagina. Somos craques em história. – Armin respondeu risonho, ao que eu só quis manda-lo calar a boca. Ele estava piorando tudo.

   – Ainda assim, obrigada. Tem alguns bombons no jarro, se quiserem. – Iris agradeceu a mãe e juntou todo o lanche, para finalmente nos sentarmos. Fiquei grata por não ter escutado sobre as manchas alaranjadas.

   Sentados na mesa da sala de estar, a conversa fluiu com tanta naturalidade que nem parecia que todo o drama de mais cedo tinha realmente existido. Aproveitei para calar meu estômago, enquanto ia pensando no nosso plano prestes a tomar parte.

   – Bom, estou cheia. Eu vou passar no meu quarto rapidinho...Vocês esperam no terraço?

   – Claro.

   – O que vai fazer? – Armin falou junto de mim. Olhei para ele, mas ele tinha uma expressão tão normal no rosto que não parecia suspeito em nada.

   – Só vou checar meus e-mails, é rápido.

   – Por que você não faz no celular?

   Iris ficou quieta, com a carinha assustada de mais cedo, enquanto Armin esperava sua resposta. Fiquei de pé e o puxei pelo braço, sorrindo para Iris.

   – Vai lá, amiga, eu e Armin esperamos lá fora.

   – Eu não quero...

   – Mas eu quero, anda. – Falei firmemente, fazendo-o ficar de pé também. Iris correu até seu quarto, ao que eu reprimi Armin com um olhar duro. – Dá para parar com isso? Seja discreto.

   – Relaxa, foi só uma sacudida inocente.

   – Armin, a gente precisa descobrir o que aconteceu. Enquanto isso não acontece, para de pressionar a garota. Caramba. – Ele concordou, finalmente soltando seu braço do meu e ficando de frente para a porta da varanda. – Ok, qual seu plano?

   – Não sei, eu vou fazer o que der na hora.

   – A mãe dela está em casa, toma cuidado.

   – Eu sei, princesa, fica tranquila. Ela tem bastante e-mails, não?

   – Eu vou procura-la. Espera aqui. – Ele concordou com a cabeça. – É sério, fica aqui.

   – Valeu pela confiança. – Ele resmungou. Olhei feio para ele e mandei ele sentar. – Você fica linda sendo autoritária assim.

   Deixei-o no banco, revirando os olhos, e fui até a porta do quarto dela. Bati de leve, esperando ouvir alguma coisa. Nada além do rangido da cadeira do computador.

   – Iris, você vem? – Perguntei, esperando novamente. Ela se apressou em responder.

   – Só um minuto, já vou.

   Respondi com um ok e voltei para a sala, encontrando Armin sentado no sofá. Antes que eu o xingasse ele se justificou.

   – O sol está forte lá fora, meus olhos estavam ardendo. Enfim, ela vem?

   – Pediu um minuto.

   – Ok. Eu pensei em olhar os e-mails dela rapidinho, mas se gasta esse tempo todo...

   – Crianças, cadê a Iris? – A mãe dela surgiu vinda do corredor, fazendo nós dois endireitarmos as posturas. Eu tinha sentado ao lado dele tentando aliviar meu joelho por alguns minutos, mas com o susto quase fiquei de pé. Armin que me segurou com aquele abraço nos ombros.

   – Ela está acabando algo no quarto dela.

   – Oh, tudo bem. Avisem a ela que eu e Thomas vamos fazer algumas compras, ok? Não devemos gastar mais que duas horas. Fiquem à vontade.

   – Obrigada. – Ela pegou a bolsa e Thomas surgiu ao seu lado, acenando para mim. Retribui, sorrindo. Os dois saíram, o garoto claramente emburrado por ter que ir com a mãe. Mais cinco minutos e nada de Iris. – Não tem como uma menina de 16 anos receber tanto email, Armin.

   Fiquei de pé para ir atrás dela mais uma vez, quando ela apareceu na sala, ajeitando a trança. Armin murmurou um até que enfim, ao que ela retribuiu sem graça.

   – Desculpa, eu estava conversando com um amigo, ele precisava de algo urgente. Vamos?

   Concordamos, seguindo-a até o terraço, mais uma vez. Armin tinha razão, o sol estava bem claro. Devia estar bem pior para ele, que tem os olhos tão claros. Sentados no banco, peguei um pedaço de papel e cola dentro da mochila e fiz uma viseira improvisada. Ele olhou para mim enquanto eu colocava minha invenção na sua cabeça.

   – Ajuda? – Ele parou alguns segundos antes de mexer a cabeça, testando o aparato.

   – Na verdade, sim. – Ele concordou. Eu tinha tomado o cuidado de dobrar o papel onde o sol bateria, deixando-o mais grosso. – Obrigada, amor.

   – Nada. Bom, vamos começar. Por onde você quer partir, Iris?

   – Hum, não sei...

   – Que parte você não entendeu? – Perguntei, percebendo que ela ia precisar de alguns empurrõezinhos.

   – Ah, aqui. Eu tenho algumas coisas. – Ela pegou uma pasta na sua mochila, cheia de folhas avulsas. Pisquei, um pouco chocada com a quantidade de material. Tentei começar perguntando sobre a última aula de Faraize, mas ela ia me respondendo normalmente.

   – Iris, você sabe história mais que eu. – Achei sua última prova no meio das folhas avulsas, com um belo 9 estampado nela. – Geografia, por outro lado...

   – Oh, certo. Esse foi o 4. Desculpa.

   – Tudo bem, vamos retomar daqui, ok? – Eu fui tentando ao máximo ajuda-la, por mais que as matérias em questão também não fossem meu forte. E Armin estava sentado, olhando para nós duas. Ele ficou de pé, batendo a grama dos jeans e pedindo licença.

   – Eu vou ao banheiro, meninas, já volto. – Olhei para ele. Era essa a deixa para distrair a Iris? Ele não tinha me dito absolutamente nada sobre o plano dele. Vi ele olhar para mim antes de passar pela porta da varanda, apartamento adentro.

   – Ok, onde a gente parou?

   – Podemos parar um pouco, se quiser. – Ela pôs o caderno de lado e esticou as costas. Engoli em seco, quanto mais distraída ela estivesse, menos ela notaria a ausência de Armin.

   – Certo. Eu confesso que geografia não é exatamente meu assunto preferido.

   – Nem me fala.

   – Então...você me viu hoje? Na cantina? – Que assunto horroroso, para ambas as partes da conversa. Ainda assim, eu vi a mancha na blusa preta e foi a primeira coisa que me veio à cabeça.

   – Sim...quer dizer, não. Me contaram o que aconteceu, mas eu não vi eu mesma. Você está bem?

   – Estou. Meu joelho precisa de um pouco de gelo, mas fora isso só machuquei meu ego.

   – Foi a Ambre? Ela nunca foi muito com minha cara, mas não me incomodava também. Ela me decepciona mais cada dia que passa. – Ela suspirou. Notei que ela estava menos otimista nesses últimos dias, contrário à personalidade dela.

   – Bom, é, ela nunca gostou de mim e sempre fez questão de mostrar. – Ri, tentando quebrar o gelo. – Nada mudou.

   – Acho que algumas pessoas são ruins, não dá pra fazer nada.

   – Bom, que tal deixarmos essas apostilas no chão e aproveitarmos seu balanço? – Perguntei, com o sorriso mais simpático que eu consegui dar e dando um leve impulso no chão. Ela sorriu de volta, os olhos brilhando. Como a Iris que conhecíamos.

   – Sabe... – Ela começou, hesitando um minuto, para logo em seguida fechar os olhos e sorrir. – Eu sinto como se esse balanço fosse o melhor lugar do mundo. Como se nada pudesse me acontecer aqui, protegida de todo o mal.

   O sorriso se foi, trocado por uma expressão de angústia. Arrisquei mais uma vez tenta-la fazer se abrir.

   – Iris, eu sei que tem alguma coisa errada. O que foi, hein? Confia em mim.

   – Não é nada sério, só minha nota baixa em história. Opa, geografia.

   Ela começou a se remexer sentada no banco, como se quisesse fugir do meu olhar preocupado. E logo o que eu temia aconteceu.

   – Cadê o Armin? Ele está demorando muito no banheiro, eu vou ver...

   – Pode ficar aqui e se acalmar, eu checo. – Me apressei em ficar de pé, quase fazendo meu joelho gritar.

   – Vocês estão esquisitos. Tem alguma coisa errada, eu vou ver. – Ela saiu na minha frente, ao que fiz o melhor para acompanhar seu ritmo. Eu tinha que impedi-la a qualquer custo, e aquela motivação só cairia por terra por uma razão.

   – Ai. – Resmunguei, segurando a cadeira da sala de estar. Ela se virou para mim, ainda com aquela cara fechada, mas preocupada. – Acho que eu preciso daquele gelo agora.

   Realmente, meu joelho parecia um pouco inchado. Ela suspirou e entrou na cozinha, abrindo o freezer da geladeira e pegando um pano para enrolar o gelo. Ela me entregou quando voltou para a sala. Sentei na tal cadeira que eu tinha segurado antes, pondo o gelo no joelho.

   – Obrigada.

   – Bom, eu vou checar o Armin. Licença. – Eu não tinha mais o que fazer. A não ser minha última ideia mirabolante.

   – Iris. – Falei mais alto que o normal, mas ela nem se virou. – Vou pegar um copo d’água, ok?

   Fiquei de pé, segurando o gelo e indo buscar a suposta água. Depois, voltei para a sala e vi Armin de pé, o celular colado na orelha, na saída do corredor. Iris o observava, cética.

   – É, eu sei, mas eu preciso estar ai para resolver. É... – Ele segurou o portal do corredor, olhando para nós duas. – Você vai sobreviver por mais um pouco, Alexy, não precisa botar um ovo. Tá, até mais. Aham, tchauuu.

   – Estava no celular?

   – Hum? Oh, é. Alexy me ligou sobre o carregador do celular dele que parou de funcionar e ele quer que eu arrume a coisa pelo celular.

   – Ele tem suas manhas, vai.

   – Óbvio, senão não seria ele. O que é isso? – Ele perguntou meu saco de gelo improvisado, que eu tinha por sorte lembrado de continuar pressionando contra o joelho.

   – Gelo. Começou a doer um pouco. Bom, vamos voltar a revisar ou...?

   – Eu acho que está um pouco tarde. Vocês podem ir, já me ajudaram bastante por hoje. – Iris falou, olhando pela janela aberta do apartamento. Realmente, o sol já não estava tão forte, mas ainda tínhamos pelo menos uma hora antes da luz ir embora.

   – Eu concordo, acho que já fizemos o bastante, logo você vai estar tranquila. – Aquilo era o jeito dele de falar que tinha conseguido? Eu esperava muito que sim. Sorri, concordando finalmente.

   – Ok, acho que podemos encerrar por hoje. Vamos, então?

   – Obrigada, gente. Me avisem quando chegarem em casa. – Aceitei e deixei o gelo na cozinha, enquanto Armin pegava nossas coisas no terraço. Ela nos deu um abraço na porta e acenou enquanto descíamos para o parque. Armin olhou por cima do ombro se ela ainda estava em vista.

   – E então? Armin.

   – Vem cá, estamos muito na vista dos outros. – Ele me puxou para perto de umas árvores, uma parte mais afastada do caminho de pedra do parque. – Aqui está bom.

   – Armin, fala logo. O que foi?

   – É merda séria. Tipo, muito feia mesmo. – Empurrei seu ombro, mandando ele desembuchar. Ele olhou ao redor mais uma vez antes de responder. – Tem alguém ameaçando a Iris.

   – Para. Armin, como assim? Fala tudo de uma vez.

   – Calma, eu vou falar. – Ele me fez parar de gesticular tanto, como eu não tinha notado que estava fazendo. – É tudo anônimo, e com o pouco tempo eu não tinha como rastrear quem enviou, mas em resumo esses e-mails mandam ela fazer diversas coisas em troca de manter o segredo dela. Só que eu não sei o que é esse segredo em jogo.

   – Ok, que tipo de coisas?

   – Nada agradáveis. Ir mal em algumas matérias, ficar parada sozinha tarde da noite em ruas desertas...

   – Merda. A Iris deve estar surtando, seja lá o que for. Você leu mais algo?

   – Ainda não. Eu gravei os e-mails num pen drive para poder estuda-los mais a fundo. Não hoje.

   – Armin...

   – Minha linda, a gente fez mais que muito hoje. Descansa, tá? Você precisa mais que eu. – Ele apontou meu joelho e me deu mais um daqueles beijos na cabeça dele. – Eu te mostro tudo depois. Juro que não vou te deixar de fora.

   – Ok, ok. Me liga quando chegar em casa. Por favor.

   – Fica tranquila. Boa sorte com seu joelho. – Ele me soltou e tomou seu rumo. Aproveitei que já estava perto de casa e fui direto para lá, pescando o celular do bolso. Assim que entrei, depois de checar que ninguém estava em casa, disquei o número.

   “Alô?” A voz melódica e no timbre maravilhoso me atendeu, um pouco distraído.

   – Numa escala de 0 a 10, quais as chances de você vir me visitar?

   “Agora? 10.”

   – Eu preciso muito de você. Por favor.

   “Eu chego logo.”

   E desligou depois de me mandar um beijo. Suspirei, tirando a roupa manchada e indo tomar um banho de uma vez. Me enfiei no primeiro par de shorts e camiseta que achei, secando o cabelo com uma toalha. Logo escutei a campainha tocar. Sorri, passando um pente uma última vez nos cabelos e indo abrir a porta. Uma pontinha de ansiedade me tomou, mas a sufoquei e sorri para o garoto alto na minha porta.

   – Oie. – Puxei-o pelo casaco, iniciando o abraço que eu sabia que ia receber de qualquer jeito. Ele fechou a porta com cuidado atrás de si e me apertou, calado. Suspirei, me aninhando mais ainda em seu peito.

   – Está tudo bem? Você me parece tristonha.

   – Estou melhor agora. Vem, vamos sair da sala. – Puxei-o para o meu quarto, sentindo a ansiedade ir crescendo aos poucos, como um bicho no meu estômago. – Senta ai.

   Sentei na cama, batendo o lugar do meu lado com a mão, como quando se faz para crianças. Ele sorriu, me obedecendo e passando os braços ao meu redor. Senti os lábios dele contra minha orelha, bem no meu ponto fraco. Tentei me afastar, sorrindo. Ele sorria também antes de mordiscar o lóbulo e sussurrar no meu ouvido.

   – Relaxa, vai. O que aconteceu? Me fala.

   – Eu tive que enfrentar a idiotice e maldade humana duas vezes hoje.

   – A cantina?

   – Também. Eu não te vi no almoço quando...bom, quando ela decidiu me humilhar publicamente.

   – Eu acabei almoçando tarde, fiquei distraído numa das salas escrevendo e quando vi já tinha passado o horário. Eu não te vi, mas a Priya me contou o que aconteceu.

   – É, eu vi vocês dois. Confesso que eu esperava que você viesse falar comigo.

   – De verdade? Me desculpa, eu até pensei em fazer, mas...

   – Eu estou sendo dramática, vai. Não faz essa cara. Eu não estou morta, meu joelho vai estar ótimo amanhã, e você está aqui agora. É o que me importa.

   – Eu só não quero que você se sinta sozinha.

   – Eu nunca me sinto sozinha com você. – Colei minha testa na dele enquanto falava, para logo em seguida dar um beijo nele. Ao que ele respondeu de prontidão, respondeu até demais.

   Num segundo eu estava sentada com ele ao meu lado, e no seguinte estávamos os dois deitados na minha cama, com movimentos mais e mais urgentes. Quando senti sua mão descer para meu quadril, interrompi o beijo e respirei fundo.

   – E também teve a Iris.

   – O que tem ela?

   Respirei fundo e contei a história toda, revivendo o dia da festa e logo em seguida falando sobre o telefone, os e-mails, como Armin se envolveu e como estávamos unidos para tentar descobrir tudo. Ele escutava, atencioso.

   – Eu vou ajudar vocês. Pode contar comigo pro que precisar. Eu ficarei com você em qualquer coisa.

   – Você exagera as vezes, sabia? – Comentei, achando o jeito sério dele bem fofinho. Ele ia se defender, mas o calei com um selinho. – Eu não vou te obrigar a nada, muito menos a se meter numa bagunça dessas.

   – Você é quem nunca quer ajuda. – Ele retrucou, me apertando mais no nosso abraço e me olhando nos olhos. – Eu não me sinto obrigado, eu só quero que você se escore em mim como eu sei que posso fazer com você.

   – Obrigada. – Sorri, aproveitando o carinho que ele me dava, passando a ponta dos dedos pelo meu rosto. Ficamos no nosso mundinho, perdidos um no olhar do outro, enquanto meu coração ia se acalmando. Esse chantagista ia aprender qual era o lugar dele rapidinho.    


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam ♥