Como não se apaixonar por Perseu Jackson? escrita por DaniiBraga


Capítulo 10
Afire Love


Notas iniciais do capítulo

Galerouuuuuus! De volta com mais um capítulo choroso pra vocês! Obrigada por todos que comentam e favoritam e etc! Amo vocês guysss!



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“Things were all good yesterday

And then the devil took your memory

And if you fell to your death today

I hope that heaven is your resting place

[...]

And my father told me, son

It's not his fault he doesn't know your face

You're not the only one”

(Afire Love - Ed Sheeran)

Poseidon POV

 

— Parada Cardíaca! Desfribilador! Carreguem em 100! -Apolo gritou na Emergência. - Afastem-se! - ele deu um choque e o corpo desacordado de Atena pulou na maca. - Novamente! Carreguem em 200!

— Não morra Atena! Por favor! Por mim! - eu gritava.

— Tirem Poseidon daqui. Você, enfermeira, leve-o para a sala de espera.

Uma enfermeira me empurrou com dificuldade para fora da sala, me deixando sozinho sentado na sala de espera. Respirava fundo, trêmulo e sem saber o que pensar. Eu tinha deixado Anfitrite! Eu ia ficar com ela finalmente, depois de tantos anos me escondendo e brigando. E isso aconteceu.

— Cadê a minha mãe? - Annabeth apareceu praticamente morta. Pálida, lábios roxos, tossindo e ofegante. Ofegante até demais para quem andava naquela velocidade. Percy estava logo atrás dela, sua expressão me assustou. Meu filho estava preocupado, devastado, até meio culpado. Parecia querer chorar a qualquer momento.

— Ela… Ela está sendo cuidada. - falei tentando ser firme.

— Mente tão bem quanto o seu filho. - ela debochou e teve uma crise de tosse, então quase caiu e Percy a segurou pelo braço, mas ela puxou o braço, o encarando séria. - Eu sei me cuidar.

— Não, não sabe. Enfermeira! - ele chamou uma que passava pelo corredor. - Pode examiná-la? Ela acaba de se afogar, mas parece instável.

— Claro, me acompanhem por favor. - ela sorriu.

Percy POV

 

Annabeth ameaçou correr a caminho da sala da consulta. Então tive que arrumar um jeito de conte-la. Peguei-a no colo, ignorando as unhadas que recebi pelo corpo e só a larguei na cama. A enfermeira estranhou, mas não falou nada, apenas chamou uma médica que examinou Annabeth enquanto eu assistia.

— Ela parece estar há muito tempo sem se alimentar, o que causou uma provável tonteira ocasionando o afogamento, a água salgada apenas contribuiu para as tosses. A deixaremos no soro e se quiser pode ficar com ela.

— Obrigado. - sorri. Annabeth revirou os olhos quando a médica saiu e a enfermeira voltou para colocá-la no soro. Fingiu não ligar para a agulha, mas fechou os olhos e eu apertei sua mão.

Finalmente, ficamos sozinhos.

— Última vez que você comeu. - falei grosso.

— Ontem à noite. - ela respondeu e desviou o olhar.

— Annabeth, são quase seis da tarde. Você não comeu nada até agora?

— É, Percy. Tá surdo ou o que?

— Por que caralhas você está fazendo isso tudo? Achei que tivesse melhorado desde a sua crise.

— Não. Vamos mudar de assunto. Minha mãe tá morrendo na sala ao lado, se você não se lembra,Perseu. Seu pai tá chorando lá por ela, nem entendo direito porquê, mas vamos, por favor, mudar de assunto! - ela acabou gritando e fechou os olhos.

— Para de ser assim, Annabeth. - virei de costas para sair da sala, quando a ouvi soluçando. Respirei fundo, fechei os olhos e senti meu coração quebrando. Fui até ela e sentei na cama, a envolvendo com meu corpo.

— Eu tento, s-s-sabe? Mas é difícil. E agora, minha mãe está morrendo ali! E eu não sei como lidar com tudo isso. Não sei como lidar com o que aconteceu com Octavian, com o que fiz aquela vez, com nossos pais juntos, com ela, que eu tanto brigo, morrendo! Com você!

— Eu sei… Eu sei… Só… descansa, Annie.

— Meu cérebro não para. - ela murmurou.

— Olha. Eu não odeio você. Não te acho uma vadia. Você só sempre agiu como achou ser legal para aparecer para as pessoas que você convivia! Não posso julgá-la. Somos humanos, cometemos erros, brigamos, e tudo mais. Você não precisa se cortar, ou beber, ou beijar alguém, ou até mesmo transar para poder mostrar quem é para o mundo ou para se entender! O que você pensa, você tem que defender. Pode agir como acha certo independente dos seus amigos, pode ser você Annie.

— Eu… não sei quem eu sou. - ela disse sonolenta, já com os olhos fechados.

— Você… - suspirei. - Você é a menina mais linda que eu já conheci e vi desde os meus malditos 6 anos, quando fui me declarar para você. Seus cachos são lindos, seus olhos cinza sempre passaram todo o peso dos seus sentimentos pra mim, sua boca sempre me deu vontade de te beijar para evitar que despejasse um ódio sem sentido em mim. Você é inteligente, sabe como intimidar as pessoas, convence a todos muito fácil, tem estratégias de vida, se deixa levar pelos outros por ser inocente e ao mesmo tempo muito sagaz. Você é forte mas no fundo é fraquinha e precisa de alguém para ser sua base. Você ama demais e por isso, se acha fria como um iceberg. Você é ciumenta, possessiva, se importa com os outros, ingênua e nunca se apaixonou porque é muito difícil interpretá-la e impressioná-la. Você ama a sua mãe, por isso briga com ela. Aliás, você briga com todos que ama… Annabeth Chase, você é a garota que eu amo, mas odeio muito por não conseguir entendê-la lá no fundo.

— Ela dormiu. - meu pai apareceu na porta e confirmou o que eu já sabia.

— Eu sei. - respondi deixando algumas lágrimas caírem. - Por isso continuei. - acariciei o rosto dela, vendo meu pai caminhando até mim. - Ela é linda, não é? - perguntei sorrindo.

— Elas são. - ele respondeu. - Ela conseguiu sobreviver, mas levaram pra uma cirurgia. Tem um sangramento no cérebro, pode ser sério. - meu pai tinha uma expressão cansada que me dava pena.

— Vai pra casa. Vou ficar com ela aqui. Depois te dou notícias. Você está péssimo.

— Tem certeza?

— Vai.

 

Annabeth POV

 

Eu sei que não estou certa. Mas fingi dormir. Eu precisava ouvir Percy Jackson pela primeira vez, sem ter de responder nada. Porque a cada dia eu sentia algo novo por ele, mas também sentia uma insegurança aumentar. Eu não sabia o quê era aquilo, e isso sinceramente me preocupava. Mas escutá-lo falar aquilo tudo, me despertou diversas sensações novas e um sonho, que eu não esperava.

Eu tinha acabado de acordar. Era adulta e soube disso assim que me olhei no espelho do banheiro da minha casa nova. Eu estava com uma camisola vermelha rendada, longa, cabelos meio bagunçados, sorriso bobo no rosto e um chupão no pescoço, que misteriosamente me fez rir ao encontrá-lo.

— Já disse como gosto de você usando vermelho? - ele me abraçou por trás e me senti momentaneamente preenchida. Quase quis chorar de felicidade. Então vi seu rosto.

— Perseu. - falei e me permiti ficar em choque. Mas o que falei em seguida não foi o que realmente quis. Ele me encarou preocupado. Olhei para o objeto em cima da pia, logo, ele seguiu meu olhar, meio assustado. - Eu… Eu estou grávida.

— Anna… Annabeth! Eu-eu não sei o que dizer, minha Sabidinha! - ele me pegou no colo e me jogou na cama. Começamos a rir e então ele me beijou. Era exatamente igual ao beijo que eu conhecia, mas de uma forma diferente. Completamente paradoxal.

— Eu… Amo… Você. - falei entre beijos e ele sorriu, sem se afastar de mim.

— Eu também. Eu também, Annabeth Chase.

Então o sonho mudou. Minha barriga estava enorme, eu voltava do trabalho e tinha passado no médico para pegar meu exame de sangue, que eu fizera escondido de Percy. Teríamos gêmeos, um casal. E eu o contaria isso esta noite. Eu entrei em casa, subi as escadas depois de largar tudo no sofá. Até que ouvi barulhos estranhos e entrei no nosso quarto.

— Rachel? - murmurei ao ver a cena que me partiu em milhares de pedaços. Percy beijava Rachel. Rachel beijava Percy. Não. Podia. Ser. Percy nunca faria isso comigo. Não depois de casarmos, termos dois filhos. Não, ele não faria.

— Annabeth?! - ele me olhou surpreso e empurrou Rachel, vindo em minha direção, mas apenas estiquei o braço para que não se aproximasse.

— Não. Por favor não. - eu já chorava e soluçava. - Me diz que é mentira. Não, Percy. Eu amo você. Não faz isso comigo. - gritei.

E então acordei. Percebi que eu gritava. Não estava mais no Hospital. Estava no quarto dele. No quarto de Percy Jackson com uma blusa dele, enorme em mim, é claro. Sentei na cama nervosa e senti o cheiro dele na camisa. Fechei os olhos reconfortada por minutos, mas então pensei onde ele estava, por que viemos pra cá, quem tirara minha roupa e por que colocaram essa blusa dele em mim. Foi quando ele abriu a porta, ofegante.

— Eu… Ouvi você me gritar. Está tudo bem, Annie? - ele se apoiou nos joelhos e respirou fundo.

— Tá…

— Ahn.. Que.. Bom. - ele coçou a cabeça, sem graça. Aparentemente, ele lutava antes de subir, pois usava só uma bermuda azul escura e umas bandagens nas mãos.

— Eu… ér…

— Te trouxa porque você estava dormindo um sono profundo e acabamos com o soro, você parecia muito cansada e suas roupas estavam molhadas por causa do biquíni da praia, aí coloquei essa blusa em você e deixei secar as coisas.

— Você… trocou minha roupa? - arregalei os olhos.

— Eu já fiz isso antes Annabeth. Já te dei banho. Só… por favor, não discuta comigo. Não estou em condições de começar uma discussão com você, além de que sua mã…

— Não vou discutir. - ela murmurou. - Obrigada. Obrigada por cuidar de mim, sempre.

— Ah.  De nada.

— Eu ouvi.

— Que?

— Eu ouvi tudo o que você falou no Hospital. Eu não estava dormindo. Ouvi você falando como eu sou e como me amava e… - ele me interrompeu.

— Já entendi. Pode zoar. Pode rir da minha cara. - ele colocou o rosto entre as mãos.

— Eu… Eu não vou zoar. Só me diz antes de tudo: o que aconteceu naquele dia?

— Você estava bêbada, vomitando e se cortando. Eu fui te ajudar mesmo você me odiando, te dei banho, ouvi você falar da sua relação com a sua mãe, mas… - ele ficou mudo e depois continuou. - Você falou que queria saber como fazer para não se apaixonar por mim. Você me confundiu com o Jason e acabou dormindo no meu braço no ginásio. Te levei para a enfermaria e cuidei de você por um tempo, mas achei que não fosse gostar de me ver lá quando estivesse sóbria.

— É, eu não gostaria antigamente. Mas sabe que hoje… Quando acordei de um pesadelo que tive, eu gostei de te ver aqui. Eu acho que eu estou me apai…

O telefone tocou e ele atendeu rapidamente por ser Poseidon. Senti algo queimando dentro de mim.

— Ela, o quê?!!! - ele gritou e me encarou, perplexo. Desligou o telefone e o jogou na cama, sentando-se em seguida.

— Pode dizer. - me fingi de forte.

— Atena está com amnésia. Não sabemos anda o grau da amnésia, mas ela só lembra de você. Dentro da barriga dela.

Não era possível.


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Notas finais do capítulo

E aí gente? O que a Annie ia falar pro Percy? Como será que Atena está? hahahah espero que tenham curtido, até o próximo >



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