Hellfire escrita por PseudoL


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

A negrito estão as recordações de Hermione



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Hermione preparava-se para fechar a loja, reflectindo nas palavras de Draco, e nas de Harry, será que o ultimo tinha razão, e afinal o loiro em pouco tinha mudado desde os seus tempos de estudante, que a estava a tentar enganar.

Mas que razoes teria ele para tal coisa, afinal desde o final do 7º ano, repetido devido aos acontecimentos daquele ano, que não o via, e nesse mesmo ano não tinha havido confusões entre os dois. Chegaram mesmo a ser colegas de trabalho em Poções e cooperaram relativamente bem, sem conflitos mas mesmo assim sem grandes sinais de afecto. Ela estivera com ele quando Lucius morrera, nada de muito intimista, apenas umas palavras trocadas de apoio e uma mão no ombro.

Lembrava-se daquele dia como se tivesse passado naquele mesmo dia.

 

...Estavam os dois encarregues de um trabalho de poções em pares, num canto da biblioteca quando uma pequena coruja entra e pousa ao ombro do rapaz, pousando uma carta. O rapaz abre-a lentamente com as suas mãos trémulas, os olhos revelavam preocupação e tristeza, que se veio a realçar quando estes percorreram as primeiras linhas do manuscrito.

Estava imóvel, com uma expressão de choque, não reparara que a carta caíra das suas mãos. Uma única lágrima escorria lentamente no seu rosto pálido, que perdera a pouca cor que tinha. Ficara assim durante alguns momentos antes de abandonar o espaço rapidamente.

A rapariga tentara pegar na carta mas a coruja depressa lhe mordera a mão, parecia ter percebido que ela e Malfoy não era os melhores dos amigos, mas mesmo assim insistiu em pegar na carta e ler

"Draco, não sei como te contar isto, amanhã o teu pai vai receber o "Beijo da Morte", falei com a directora e hoje podes fazer uma última visita ao teu pai.

Tenho falado com ele sempre que vou a Azkaban, não parece o mesmo homem forte que sempre nos defendeu e amou, os seus olhos só revelam dor. Está sempre a dizer-me o quanto gostava de te ver, a pena que tem de não ter sido um melhor pai mais presente.

Filho, desculpa toda a incoerência do texto, o meu coração não me permite mais.

Com Amor

Narcisa Malfoy"

Saiu da sala a correr e fora procura-lo, na sua opinião nem um Malfoy por mais desprezível que fosse merecia tal coisa, não merecia estar só num momento critico. Percorrera as masmorras, frias e pouco iluminadas, mas em vão ele lá não se encontrava, entrara no Grande Salão alarmada, o que causou conversa num ápice, acabando então de ir para os jardins, onde o viria a encontrar perto do lago, sentado, de cabeça sobre os joelhos. Aproximou-se devagar e pôde reparar que ele chorava. Sentou-se à sua beira e colocou-lhe uma mão sobre o ombro, o rapaz assustara-se. Tentava limpar as lágrimas do seu rosto, odiava que o vissem num momento de fraqueza, mas era impossível disfarçar o sentimento de perda, o seu pai, que lhe servira de modelo, estava condenado. Inconscientemente repousou a cabeça no ombro de Granger, que lhe sussurrava palavras de conforto, que em nada tinham efeito.

Continuaram assim até Draco se recompor e desculpando-se dirigiu-se ao interior da escola...


Espantara-se ao ver de novo Malfoy atrás dela, de olhos inchados e com um ar preocupado e cansado. Parecia que se estava a repetir tudo de novo.


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