No palácio o desespero de todos era evidente e Damon ao olhar para o temporal que fazia do lado de fora deixou cair uma lágrima, onde Elena poderia estar. Estavam todos quase a chorar que nem deram conta quando Margot foi a sala avisar que tinham uma visita que sabia de Elena. Todos despertaram e mandaram Miranda entrar.

Mikael: É verdade que sabe de minha filha?

Miranda: Sim. Depois que os homens do rei foram a vila o povo organizou uma busca mesmo com a chuva para procurar a menina e eu e meu marido a achamos.

Damon: E onde ela estava? Ela está bem?- era evidente a sua preocupação.

Miranda: Nós a encontramos debaixo da chuva desmaiada no cemitério. – Todos se olharam em choque, então era lá que Elena estava. – Meu marido a levou para nossa casa mas é melhor alguém ir buscá-la pois ela passou muito tempo na chuva e de certeza precisará de um médico.

Todos queriam ir buscar Elena mas Mikael receava a reação da filha ao ver um deles se estivesse acordada e acabou por ser ele a ir buscá-la. Quando entrou no palácio com Elena todos correram até ele e Damon observava como ela estava tão pálida. Mikael pediu que as mulheres trocassem a roupa dela e mandou chamar o médico pois Elena abriu os olhos na casa de Miranda mas tinha-os fechado novamente.

O médico informou que Elena estava com bastante febre e que possivelmente passaria mal a noite. Deu-lhes um charope para quando ela acordasse e pediu que colocassem durante a noite compressas de água fria na testa da mesma.

Ao ver todos falando com o médico Damon subiu as escadas e entrou no quarto de Elena. Ela estava a dormir e ele passou a mão no seu rosto e constatou que ela estava mesmo com febre. Sentou-se ao seu lado na cama e segurou a mão dela fazendo festas e falou para ela mesmo com ela a dormir.

Damon: Me perdoe Elena. Não queria que por minha culpa revivesse um momento tão mau de sua vida, quando falei o nome da bailarina a minha intenção era que ficasse magoada pois eu tive ciúmes ao vê-la dançar na festa da vila. A verdade é que desde que te conheci tenho sentido coisas que nunca senti: ciúmes, medo e quem sabe amor. Eu já beijei muitas mulheres mas o seu beijo foi único pois me fez sentir, você tem de me perdoar e a seus irmãos também. Volte a falar comigo Elena nem que seja para me tratar mal ou me responder torto mas fale Elena porque ser ignorado por você é muito doloroso. Quero que volte a ter aquele brilho nos olhos como quando falei que te ensinaria a lutar e que sorria como sempre fez. – Damon deixou cair uma lágrima e depois aproximou os seus lábios dos de Elena e beijou-a. Nesse momento Elena abriu os olhos com alguma dificuldade e nem sabia se o que via era real.

Elena: Damon.. – ele olhou para ela e sorriu.

Damon: Sim Elena sou eu. – Elena começou então a delirar com a febre.

Elena: Porquê ela? Porque todos traíram minha confiança? - Damon começou a colocar compressas de água fria na testa dela e a febre aos poucos ia baixando.

Car que tinha ido ver como a amiga estava ficou surpresa ao ver seu irmão cuidando dela e reparou que ele segurava a mão dela de forma terna.

Car: Que faz aqui Damon? Se ela acorda pode não gostar de te ver aqui.

Damon: Ela esta com demasiada febre para saber o que é ou não real. Eu apenas estou cuidando dela.

Car: Você pode negar até para si mesmo mas a forma como cuida dela me faz ver que você a ama Damon.

Damon: Não quero falar disso Car. Mas fique aqui comigo pois os pais dela podem não gostar de eu estar aqui sozinho.

Car: Eu fico. Os irmãos dela estão se sentindo culpados pelo que aconteceu. O senhor Grayson disse que ela estava na frente da campa do tal João e que havia uma rosa branca fresca lá. Ele devia ser mesmo como um irmão para ela.

Damon: Também me sinto culpado pois foi eu quem falou o nome dela. Acha que ela vai perdoar a mim e aos irmãos?

Car: Acho que sim. Ela só precisa de um tempo. Mas Sam está preocupado e com o Dean pois se ele voltar e ela ainda estiver doente é capaz dele querer bater em todos vocês.

Damon: Ele é bem capaz disso pois me ameaçou para eu não a magoar. – os dois se calaram quando Elena voltou a delirar.

Elena: João você está aqui? Como eu te vi morrer. Você será sempre meu irmão e sei que cuida de mim. – Damon e Car se olharam pois a expressão no rosto de Elena era de dor mas depois ela ficou calma e chamou por ele. – Damon, Damon não vai, fica aqui. – Car acabou sorrindo

Car: Acho que você não é o único que esta apaixonado e não sabe.

Damon ignorou a irmã e voltou a trocar as compressas de Elena. Jenna e Ester estavam na porta e ficaram encantadas com a forma como Damon cuidava de Elena. Car viu as duas e piscou o olho para ela que acabaram por deixar o quarto sem Damon as ver.

Os irmãos de Elena estavam mais calmos e agora apenas queriam encontrar uma forma de quando a irmã melhorasse lhes perdoasse e voltasse a ser a menina deles. Enzo deu por falta de Damon e chamou Stefan ao lado.

Enzo: Onde seu irmão se meteu?

Stefan: Eu acho que ele foi ver Elena pois o vi subir as escadas escondido.

Enzo: Acho que esse casamento não será um sacrifício para ele.

Stefan: Tá na cara que ele gosta dela mas que insiste em negar.

Enzo: Já você é o oposto deixa bem claro que quer algo com a Rebeka.

Stefan: Fala baixo quer que os irmãos dela me matem? Eu ainda nem falei com meus pais.

Enzo: Vocês só poderam casar depois do Damon e Elena por isso tem tempo para conquistar os cunhados.

No andar de cima Damon acabou dormindo enquanto cuidava de Elena e Car achava tão lindo ver os doi assim juntos que foi embora e os deixou sozinhos. Elena se remexeu um pouco e Damon acabou por a abraçar mesmo estando dormindo.