Soluço: O Príncipe dos Dragões escrita por GMCASTRO


Capítulo 51
51. O Indesejável




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Durante a madrugada, algumas milhas de distância da tribo Hooligans. Navios da tribo inimiga se aproximava.

— Alvin! Estamos quase chegando! – anunciou um dos exilados.

O mesmo sorriu diabólico.

— É... estamos! – disse, empurrando o coitado – E quando mais perto chegarmos, mais forte é o cheiro.

Um dos capangas olhou-o, confuso.

— Cheiro de que?

Alvin aproximou-se, ainda sorrindo.

— O cheiro da destruição de Berk! – riu.

Em Berk...

“Tudo pronto?”

O dragão negro aproximou-se ao lado.

“Sim, só aguardando às ordens!”— olhou para o horizonte.

O jovem concordou e entrou em casa, subiu as escadas para o andar de cima. Soluço entra no quarto e ver o pequeno ruivo. Rhuan dormia calmamente, abraçado com seu pelúcia.

Com cuidado, o pai da criança aproxima da cama e senta, observando o pequeno. O garoto se mexe, virando para o outro lado enquanto murmurava algo. Isso fez o pai sorrir e acaricia os fios de cabelo do mesmo, deixando mais relaxado.

— Soluço? – o mesmo sai do quarto tentando, com muita cautela, sem fazer barulho.

O rapaz desce e ver sua irmã.

— Skyller...

— Recebi a sua mensagem! – fala – O que você vai fazer? E por que está vestido assim? Soluço...

— Olha, não temos tempo! Só quero que cuide do Rhuan pra mim – disse ele, sério.

— Tá, mas, Soluço... o papai e a mamãe sabem? – ele desvia o olhar, assim dando a entender à resposta – Soluço!

O jovem dragão pediu silêncio e apontou pra fora. Saíram de casa, então a sua irmã repreende.

— Soluço! Você não pode sair sem falar com eles! Ainda mais sozinho!

— Skyller...

— Ele não vai sozinho! – ambos olharam numa certa direção – Nós vamos enfrentar aqueles miseráveis!
Astrid, Heather, Perna-de-peixe, Melequento e os Cabeças estavam montados em seus dragões.

— O que vocês estão fazendo? – perguntou Soluço.

— Vamos com você, Soluço! – disse Heather aproximando do menino dragão.

— Como uma equipe! – fala o Ingerman, determinado.

— É claro que com a minha ajuda, vencer vai ser fácil! – gabou-se Melequento, fazendo os irmãos ruivos revirar os olhos.

— É só usá-lo como isca – Durão riu.

— Ou como escudo! – completou a Quente, deixando o mesmo emburrado.

— Como... – foi interrompido.

— Te conhecermos o suficiente... – fala a cavaleira de Tesoura-de-vento.

— Sabíamos que não iria ficar parado, então, vimos-lhes para ajudar! – Perna-de-peixe sorriu.

— Gente, olha eu...

— Soluço, nós vamos com você! Não precisa fazer isso sozinho! – Astrid aproximou-se e colocou sua mão no ombro dele – Juntos, protegermos Berk!

Ele olhou nos olhos azuis da mesma e assentiu, sorrindo. Olhou para sua irmã, dizendo que vai ficar tudo bem e ela o abraçou.

— Toma cuidado, irmão... – sussurrou antes de se afastar, o mesmo deixar um selar em sua testa e caminha em direção ao Fúria da Noite. Montou-o, colocou o capacete e assim partiu em frente, junto com seus cavaleiros de dragões.

Nesse momento, o Chefe de Berk seguia seu caminho para o Grande Salão, onde teria mais uma reunião com conselho. Desta vez, para por a estratégia da batalha (claro sem saber que seu filho e outros tinham saído).

Gosmento procurava seu filho pela Vila, revoltado, aquele maldito garoto deveria estar ali para mostrar que serve pra liderar.

— Melequento! – gritou enquanto olhava ao redor.

— Algum problema, Gosmento? – pergunto o Stoico.

— Bem... é que...

— Onde está o seu filho, não me diga que o mesmo vem? – Gosmento sorriu nervoso e o Chefe suspirou – Pois bem, vamos logo! Não temos muito tempo.

— Certo chefe... – resmunga, irritado – Ah, quando eu achar esse moleque...

Valka chega na casa do seu filho, bate na porta e quem atente à sua filha.

— Mãe! – a mulher entrou, olhando e perguntou.

— Filha, cadê seu irmão? – Skyller sorriu amarelada.

Na casa dos Hofferson...

— NÃO ACREDITO QUE VOCÊ DISSE ISSO PRA ELA! TÁ QUERENDO MORRER, FILHA DE TROLL?!

A morena dos olhos escuros gritou com sua amiga, depois de ter ouvido o que a mesma fez. Nina deu de ombros, sem se importar enquanto alimentava o seu namorado.

— Em minha defesa, só disse a verdade!

Katla suspirou e olhou para um certo ponto, pensando. Lodin só observava, já que sua boca está cheia.

— Você vai pedir desculpas pra ela! – disse.

Nina a olhou, incrédula.

— Mas, eu não fiz nada! – Lodin abriu a boca, só que a namorada enfia o pedaço de pão – Não diga nada!

— Vai se desculpar e acabou! – Nina bufou.

— Não sei por que você está assim, aconteceu alguma coisa? – perguntou ela, desconfiada.

— Não, nada! – ao lembrar, suas bochechas denunciaram.

— Ahá! Você não me enganar! Me conta, agora! – disse encarando a amiga.

Com vergonha, Katla abaixou a cabeça.

— Ontem à noite, fui na casa do Soluço e...

[...]

Soluço observava os exilados através da luneta enquanto os cavaleiros aguardavam. Bem, mais ou menos.

— Quando vamos atacar? Não vim aqui à toa! – reclamou o Jorgenson.

O ruivo o ignora. Dente de Anzol revirou os olhos e olhou para os outros dragões.

“Me digam, como que fiquei com esse idiota?!”

“Porque ele te escolheu?”— ironizou a Nadder Mortal, fazendo alguns dragões rir.

O Pesadelo Monstruoso bufou.

“Sério, estou à ponto de jogá-lo no mar! Ele é muito exibido!”

“Então...”— Arroto olhou para o Vômito, que entendeu.

“Vocês se combinam!”— riram.

O dragão rosnou.

“Eu gostei dele!”— disse Batatão, alegre.

“Batatão, ele não é tão...”— Tesoura-de-vento tentou dizer algo pra não ofender o cavaleiro.

O Zíper-Arrepiante começaram à falar, mais uma vez.

“Como você aguenta ele?”— perguntou Arroto.

“É parece pesado, eu não aguentaria. Eu acho"— disse Vômito ao analisá-lo.

“Bom...”— foi interrompida.

“Atenção!”— alertou o príncipe.

— Ei! O que houve? – perguntou Ingerman, ao não entender o que o amigo disse.

— Acho que nossos dragões estavam conversando – opinou Heather.

— Desde quando ele entende? – O Jorgenson cruzou os braços. Todos olharam torto pra ele – O quê?

— É sério, Melequento?! – Perna-de-peixe.

— E ainda diz que nós somos idiota, humpf...

— Concordo com você, maninho! – fala Quente.

— Concordo com a sua concordância, mana! – gêmeos batem a cabeça.

— Astrid, venha aqui! – chamou o Soluço. A Hofferson aproximou, o jovem entregou a luneta – Olha!

A guerreira olhou e franziu.

— Estranho, tem bem menos de frota o que foi dito – o jovem concordou.

— O que o Alvin está tramando? – perguntou, pensativo.

— O que importa?! Vamos logo, acabar com isso! – Melequento estava inquieto e bravo.

— Tá bom, vamos! Se preparem! – disse Soluço.

— Pera aí! Quem te nomeou o líder? – perguntou o idiota do Jorgenson, fazendo o pessoal olharem com mais raiva dele.

— Enfim, vamos! Mas, lembre-se... sobre os dragões, vocês vão só guiá-los e respeite eles! – Melequento abre a boca – Ou seja, nada de xingamento! Eles têm nomes!

Soluço ordenou que ficam em formação “V" e começaram à tirar.

O chefe dos exilados mandou abrirem a carga, soltando os transformaça. Perna-de-peixe desvia de uma pedra e ataca, mas é quase atingido por um ácido do dragão.

— Soluço! Aqueles dragões vão para Berk! – disse Astrid.

— Eu cuido deles! – Banguela voa mais rápido para alcançá-los – “Jato de plasma, amigão!”

Como pedido foi feito, os dragões ficaram revoltados e olharam para trás. Ao perceberam quem era e com medo, foram em outra direção. Heather chegou do jovem dizendo que os levariam para ilha deles.

Alvin os observa até decidir bater retirada. Os cavaleiros comemoram, exceto o filho de Stoico. Pois, algo não estava fazendo sentido.

Ao voltarem para ilha, Melequento anuncia que derrotaram os exilados. Sobre o comando dele, é claro. O jovem ruivo olhou para horizonte, pensativo. Banguela percebeu o comportamento de seu amigo, tocou sua mão com o focinho.

— “O que te aflige?”— perguntou.

Soluço o olhou e fez carinho em sua cabeça.

“Isso foi muito fácil. Fácil demais!”

O dragão teve que concordar, ainda mais se tratando do cara que tentou matar eles.

“O que iremos fazer?”

“Ficarmos em alerta! Comunique para os dragões ficarem de olho nas entradas da geleira!”— Banguela concordou e saiu.

— Papai!!! – Rhuan corre em sua direção e agarrar sua perna – Onde você estava?

Stoico, Valka e sua irmã vinham atrás. Soluço abaixou na altura da criança e sorriu enquanto ajeitava o cabelo rebelde, pelo menos tentava.

— O papai teve quer espantar alguns inimigos.

Na visão de Soluço, os olhos da criança brilharam.

— Eles foram embora? – perguntou, bem animado. O pai assentiu - O PAPAI É MELHOR!!! – gritou, fazendo o mesmo rir.

Soluço olhou para os pais. Levantou-se e foi até eles, Valka com braços cruzados. O jovem sorriu de leve.

— Desculpe... – a mãe suspirou e abraçou o filho.

— Na próxima nos avise!

— Ok!

Olhou para o Stoico que deu um sorriso.

— De novo! – O mesmo deu de ombros, sorrindo.

Pouco depois, todos estavam comemorando. Exceto o Soluço, não de pensar e o pai dele percebeu. Já que ambos estavam na mesma mesa, assim como resto da família.

— O que houve filho? Desimpede! – o mesmo respirou fundo.

— Só achei estranho. Não sei, é que achei que Alvin tivesse um plano melhor do que esse – murmurou.

— Ah... Que bom que ele não tem. Agora, relaxe e aproveite! – o jovem sorriu, porém, não poderia relaxar.

Nas docas de Berk, alguém desembarca no local. Com sua sacola, com seu cajado e sua ovelha, ele respira o ar e então sorrir.

— Ah, Fungos! Como é bom estar em casa! – sorrir.

 


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