ICarly-Vantagens de Implicar Com Você escrita por dreams


Capítulo 2
Capítulo 2 - Tecnologia e Diálogo juntos


Notas iniciais do capítulo

Freddie viu que Carly estava ficando meio triste, então decidiu consolar.
Sam viu que os dois estavam ficando meio próximos, aquilo meio que a perturbou. Percebeu que tinha que sair dali.

Ainda separados, um em um canto dormindo, e uma levantando para saber o que aconteceu, ela observou Freddie. Observou por alguns segundos.

Ela agachou ao seu lado, e chegou perto de seu ouvido.



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–Ah, fala sério!

–Que foi, Spencer?- disse Carly, preocupada.

Spencer segurou seu braço que estava enrolado no gesso em frente ao seu rosto e mostrou pra Carly:

–É possível ver um camarão no meu gesso. Olha, aqui nesses espaços começa o rabinho do camarão, e...

–Spencer...-disse Carly

–Que?

–Não tem camarão nenhum aí. - Carly estava achando graça daquela situação. Seu irmão tinha uma imaginação muito fértil.

Ela não estava levando a sério aquela história de ter um camarão no gesso de Spencer.

–É claro que tem. E sabe o que mais? Aquela médica que me atendeu disse que adorava pescar. Talvez ela tenha colocado um camarão aqui por alguma razão. -Spencer estava criando expectativas de que a médica que o atendeu, sendo pescadora, colocou um camarão em seu gesso para chamar sua atenção.

–Eu acho melhor você não se machucar de novo porque isso te dá efeitos colaterais.

Carly não perdia uma chance de zoar seu irmão. Eles eram assim a maior parte do tempo. Risos e brincadeiras. Se brigavam, a briga não durava mais de dois dias.

Ela parou de olhar para o gesso de Spencer e entrou para o hall de seu prédio.

Logo eles viram uma cena que não era muito diferente.

Lewbert, o porteiro, estava dormindo.

–Devíamos acordar ele? -Ela perguntou.

–Devíamos.

Carly ia acorda-lo normal, apenas cutucando. Mas Spencer lembrou que na semana passada ele tinha deixado uma corneta perto do elevador.

–Não! Espera aí!

Ele foi pra perto do elevador e pegou a corneta.

–Vai fundo, maninha!

–Como assim? De onde você tirou isso?

–Semana passada eu usei essa corneta pra assustar aquele cara do terceiro andar que vive chorando alto por causa das novelas que ele assiste.

–Spencer, o cara do terceiro andar é o Lewbert.

–Ah, então beleza, vamos assustar ele de novo!

Carly tocou a corneta.

Lewbert nem se mexeu. Ele tinha um sono pesado.

Mas com o barulho, eles despertaram uma pessoa.

–Que que foi isso?- disse Sam. Perguntou para si mesmo, evidentemente.

Freddie, que estava dormindo, também não se mexeu com o barulho.

Ainda separados, um em um canto dormindo, e uma levantando para saber o que aconteceu, ela observou Freddie. Observou por alguns segundos.

Ela agachou ao seu lado, e chegou perto de seu ouvido.

Gritou:

–ACORDA, MENINO DE CUECA ROSA!

Freddie se mexeu rapidamente com o susto que levou. Quase bateu em Sam, mas ela se levantou antes que pudesse acontecer.

Ele levantou e ainda estavam em uma distância que os separavam.

–Fala sério! Precisa acordar alguém assim?

–Incrível. - disse ela, pensativa.

Enquanto ela estava super calma, ele estava com o cabelo bagunçado e suas roupas estavam amassadas. Fazia movimentos contínuos de limpar sua orelha em sua blusa.

–O que é incrível? E outra, minha cueca não é rosa, é vermelha!

–Não, usar cueca rosa você usa o tempo todo. Incrível é você não acordar com o barulho de uma corneta, mas acordar com o meu grito. - Sam estava se divertindo com o que havia acontecido.

–Claro! Experimenta ouvir um grito de uma pessoa bem perto do seu ouvido, ainda com bafo de coxa de frango, e...Espera aí, como você sabe que eu uso cueca rosa o tempo todo?

–Eu não sabia, você acabou de confessar - Sam amou tirar aquela confissão de Freddie.

–Escuta aqui, Sam, eu não disse isso!

E começava mais uma briga...

Até que não durou muito tempo porque Carly começou ouvir as provocações dos dois.

Ela e Spencer no hall, e eles presos no primeiro andar.

–Sam? Freddie?

–Carly! -disse Sam olhando para baixo.

–Carly, tira a gente daqui! -disse Freddie, quase implorando.

–É, nenhuma menina quer ficar presa em um elevador com um cara que usa cueca rosa.

–E nenhum cara quer ficar preso em um elevador com uma menina que não divide comida!

–Você vai começar com a história da coxa de frango de novo? Eu não sabia que você tava com fome...

Uma briga estava pra começar, mas Lewbert interrompeu.

–Calem a boca! Tem gente aqui querendo dormir!

Ele estava todo desajeitado na cadeira, com suas pernas em cima da mesa, meias listradas, sendo uma delas furada.

–E tem gente aqui querendo sair desse elevador! -disse Freddie.

–É, a mãe do Freddie já deve ter chamado a polícia pra descobrir aonde ele tá.

Freddie não gostou de primeira desse comentário da Sam, mas depois ele concordou. Sua mãe era, de fato, muito protetora.

E realmente, ela havia chamado a polícia.

Marissa veio na velocidade da luz descendo as escadas pra falar com a polícia.

–Policial, por favor! O senhor tem que me ajudar a achar meu filho, o meu menino!

–Hmm, não precisa senhora. Ele está ali no elevador. -disse Spencer.

–Freddie! Você ta bem? Mas quem é essa? É a sua namorada? -disse se dirigindo a Sam.

–A senhora ta brincando, né? Eu prefiro beijar um búfalo do que beijar seu filho. -disse Sam na maior calma do mundo.

Freddie não disse nada, apenas assentiu.

–Bom, acho que não tenho nada pra fazer por aqui. -disse Jorge, o policial.

–Não, já está tudo resolvido. Mesmo assim, obrigada. -agradeceu Marissa.

O policial, que já estava indo embora, parou em frente ao Spencer.

–Que legal, é um camarão no seu gesso?

–É! Dá pra ver que aqui começa o rabinho...

–É, da mesmo! - disse Jorge.

Carly achou graça de ver que realmente dava pra ver o camarão no gesso do Spencer.

–E aí, o senhor vai tirar o meu filho de lá de cima ou não?- perguntou Marissa se dirigindo à Lewbert.

–Ta bom, ta bom...-disse Lewbert, com o seu jeito reclamão de ser.

Ele fez uma ligação e vieram homens consertar o elevador.

Já eram sete horas da noite quando Carly, Sam e Freddie estavam vendo filme.

Estava tudo silencioso, apenas o som do filme era possível de ouvir.

Sam estava em primeiro, Carly no meio, e Freddie do lado dela. Era sempre assim, Carly no meio dos dois. Se eles sentassem um do lado do outro, já iam começar as brigas.

–Tá chega, isso é ridículo.-disse Carly desligando o filme e levantando do sofá.

–Qual foi, Carly?

–Pera aí, Carly!- disse Sam, que pela primeira vez, estava concordando com Freddie. Nenhum dos dois queriam parar de assistir aquele filme.

–Vocês ficaram fora o dia todo, fiquei esperando tomar vitamina com vocês e nada! E aí a gente simplesmente chega e não conversa, e fica vendo um filme.

–Algum problema nisso?- perguntou Freddie, pegando uma pipoca do balde de Sam, que não reclamou.

–Sim! Quero conversar com meus amigos, pode ser?

Carly era aquele tipo de pessoa que adorava curtir e aproveitar o tempo, e diálogo era essencial.

–Carly, eu sei que você curte diálogo, mas como você quer dialogar com essa geração de tecnologia?- perguntou Freddie.

–Não seja burro, Benson. Dá pra juntar os dois. -disse Sam retrucando Freddie, mas ainda sim tentando ajudar Carly.

–É sério, Freddie. E quer parar de ser irônica, Sam?

–Ta bom, nós ficamos presos no elevador, foi isso. -disse Freddie tentando começar um diálogo pra tentar deixar Carly feliz.

–É, e foi insuportável.

–Eu dormi, nem teve como eu te irritar.- Ele respondeu em sua legítima defesa.

–A sua respiração me irrita.

Ele não fez nada mais do que assentir.

–Querem parar os dois? Não tem um momento que vocês não discutem!

Eles ficaram um pouco em silêncio.

Freddie viu que Carly estava pensativa e decidiu perguntar sobre o que ela estava pensando.

–O que foi, Carly?

–Nada, é só que...Vocês já pararam pra pensar que talvez a gente tem sempre a mesma rotina?

–Sim, todo mundo tem sua rotina. É que nem meu avô, ele só dorme, arrota e solta pum- disse Sam, na maior sinceridade do mundo.

–Não, é sério. Eu queria fazer alguma coisa diferente...Esses dias eu tava pensando....talvez eu não tenha nenhum talento.

Eles ficaram em silêncio mais uma vez, tentando entrar no mesmo raciocínio que Carly.

Freddie viu que Carly estava ficando meio triste, então decidiu consolar.

–Olha Carly, algum dia você vai descobrir no que você é boa. Fique tranquila.- Ele levantou e começou a ir em direção à ela.

Sam viu que os dois estavam ficando meio próximos, aquilo meio que a perturbou. Percebeu que tinha que sair dali.

–Então tá, eu vou pra casa.

–Não! Espera!-disse Carly.

–Deixa ela ir, ela não faz diferença aqui mesmo. -Freddie começou a implicar.

Era incrível como eles implicavam um com o outro em tão pouco tempo.

–Cala a boca, Benson. -Ela então, não conseguia ficar calada.

Quando ele provocava, ela precisava retrucar.

–É isso! Geração de tecnologia, diálogo e tecnologia juntos...

Freddie e Sam não estavam entendendo o porque que Carly estava repetindo as palavras que eles tinham dito.

–Hmm, aonde você quer chegar?- Ele perguntou.

Ela estava tão pensativa, então continuou:

–Sabe, você sabe mexer muito bem com coisas relacionadas à tecnologia, Sam...

Freddie interrompeu Carly.

–Sam sabe cortar presuntos, continue...

Sam olhou imediatamente para Freddie, Carly ficou apenas assistindo o olhar de Sam para Freddie. Ela pegou uma tesoura que estava em cima da mesa. Começou a cortar as unhas dele.

–Não, Sam! O que você ta fazendo? -Ele perguntou.

–Cortando suas unhas, só pra você ver que eu sei cortar muito mais coisas além de presunto.

–Você é maluca! - disse Freddie.

–Pode até ser, mas você mereceu.

–O que foi que eu fiz?- Ele estava incrédulo de que realmente ela tinha cortado uma de suas unhas. E pior, ela estava muito bem cortada.

–Você disse que eu só sirvo pra cortar presuntos.

–Mas você só sabe fazer isso mesmo. -Retrucou ele.

–Claro que não, Freddie Benson.

Quase começou mais uma briga.

–Parem! -disse Carly, com firmeza.

Os dois pararam imediatamente.

–Sam! Larga essa tesoura! E Freddie, a Sam não serve só pra cortar presuntos!

Eles foram se acalmando aos poucos.

–Será que eu posso falar a ideia que eu tive com a ajuda de vocês, sem vocês me interromperem? - Carly estava quase se acalmando.

Eles ficaram em silêncio e assentiram.

–Ótimo. Eu pensei em a gente fazer um site!

–Um site? Pra que?- disse Freddie.

–EU FALEI PRA VOCÊS NÃO ME INTERROMPEREM!- Carly respondeu.

Era muito difícil deixar Carly nervosa, e eles conseguiram.

–Um site, um site em que a gente faça vídeos e fale sobre diversos assuntos. Sabe, seria legal se nós começássemos a fazer coisas diferentes. -disse Carly, agora mais calma do que o normal.

–Tá, e quem vai dirigir o site? -perguntou Sam

–Helloo! Eu sou o que pra você? Um fantasma? - perguntou Freddie.

–É isso mesmo, fantasma rosa. -Ela ainda estava adorando o fato de que ela sabia a cor da cueca de Freddie. Adorava zoar ele por isso.

–Mas se eu sou rosa, você consegue me enxergar, Puckett.

Freddie chamou Sam pelo o sobrenome, ele nunca tinha feito isso. Apenas Sam sempre o chamava de Benson, seu sobrenome.

–Aí, você nem queira me imitar! Quem te chama pelo o sobrenome aqui sou eu, Benson!

E aí eles começaram mais uma briga boba.

Os dois sentados no sofá, ainda com uma determinada distância entre eles.

Ambos apontando o dedo indicador um para o outro, e discutindo.

Carly sem paciência, deixou os dois ali da sala, e foi para a cozinha beber um suco.

Mas não adiantou nada, ela ainda ouvia a discussão. Também, a sala e a cozinha eram praticamente juntas.


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Notas finais do capítulo

Era incrível como eles implicavam um com o outro em tão pouco tempo.
Quando ele provocava, ela precisava retrucar.



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