Stupid Cupid escrita por Tessa


Capítulo 1
Grudes e espíritos


Notas iniciais do capítulo

HIIIIIIIIIII DE NOVO PEOPLE, WHAT'S UP?
Aí está o capítulo (que eu preparei com muito carinho pra vocês ♥), eu espero do fundo do meu coração que vocês gostem. Quando terminarem de ler, comentem, por favor, juro pra vocês que o dedo não cai, haha
Enfim, vou parar de enrolar e deixar vocês leem.
Beijoooooos



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Qualquer um nesse momento faria qualquer coisa para estar no meu lugar. Afinal, sou Lydia Martin: rica, popular, bonita, gostosa e qualquer garoto daria tudo para estar comigo. Sei que existem pessoas que me odeiam pelo meu jeito de ser, mas quer saber? Danem-se todas elas. Se eu me importasse com o que as pessoas pensam de mim, acho que nunca teria chegado onde estou hoje e, quem não gosta de quem eu me tornei, pode se explodir que eu não estou nem aí.

É claro que a popularidade tem seus altos e baixos. Por exemplo, por um lado é bom, porque eu consigo tudo o que quero; por outro lado é ruim, porque existem pessoas que acham que podem falar comigo quando quiserem, como um grude quando atinge sua perna ou sua mão. E é esse tipo de pessoa que eu mais desprezo na vida.

— Lyd, te indicaram como rainha do baile — Allison (minha melhor amiga) falou, olhando para o celular, onde estavam todas as indicadas para rainha.

— Que bom! Então temos que começar a fazer as campanhas e observar os votos de três em três horas — falei, animada. Eu não estava nem um pouco surpresa por ter sido indicada, já imaginava que isso fosse acontecer antes mesmo de anunciarem o baile em si.

— Acho que não vai ser necessário. O baile é daqui a dois dias e você está na frente, com noventa por cento dos votos — novamente, não me surpreendi.

— Quem são as outras concorrentes? — Malia (uma das minhas melhores amigas) perguntou.

— Kira Yukimura e uma tal de Hayden — Allison respondeu, ainda focada na tela do celular. Olhei para o mesmo e vi a porcentagem dos votos. Eu estava na frente com noventa por cento, a tal Hayden estava em segundo com oito por cento e a Kira estava apenas com dois por cento dos votos. Ri com aquilo.

Continuamos conversando sobre os preparativos para o baile, quando a pessoa a quem eu nomeei “grude” resolveu aparecer.

— Lydia! Lydia! — chegou ofegando onde eu estava. Provavelmente veio correndo.

— O que você quer, grude? Não te mandei me deixar em paz? — falei, irritada. Mas que garoto persistente! Às vezes dava vontade de bater nele, sério.

— É, eu sei. Mas eu preciso te falar duas coisas — falou e eu bufei, irritada.

— Já falou, agora vai embora! — retruquei, mais irritada do que parecia.

— Espera, juro que vai ser rápido. Só preciso de dois minutos, por favor. Eu fiquei a noite inteira ensaiando como seria isso, me dá dois minutos, por favor! — ele estava quase desesperado e, pela primeira vez na vida, eu fiquei com pena dele. Não deixei parecer com que estava, mas fingi o melhor que pude. Stiles me observava com um olhar muito desesperado, então não tive escolha a não ser concordar.

— Dois minutos — concordei e percebi o alívio transparecer por toda a sua face.

— Tudo bem, então vamos lá... Primeiro eu quero dizer que vi que você foi indicada para rainha do baile, então passei o dia inteiro votando em você — ele falou e eu, pela primeira vez na vida, me senti um pouco feliz em ouvir ele falando comigo. Mas eu sou Lydia Martin, com certeza centenas de pessoas desse colégio passaram o dia inteiro votando em mim para rainha do baile.

— É claro que sim, sou Lydia Martin — falei e gargalhei. Olhei para Allison e Malia, que olhavam encantadas para Stiles. Revirei os olhos e tornei a encará-lo — Qual a outra coisa que você quer falar? Fala logo, que eu não tenho o dia inteiro — falei, impaciente.

Pude perceber ele respirar fundo várias vezes para dizer o que estava prestes a falar e aquilo me irritou muito. Quando eu abri a boca para repreendê-lo, pude ouvir claramente suas palavras trêmulas e nervosas:

— Quer ir ao baile de natal comigo? — de início, fiquei o encarando muito irritada, mas não respondi. Não, não respondi. Apenas ri alto. Mais alto do que eu planejava.

— Eu ir ao baile com você? — falei entre gargalhadas muito altas — Escuta bem, grude, eu não iria ao baile com você nem que você fosse o último garoto do universo. Entendeu? — falei, recuperando a voz e dessa vez o olhando com irritação.

— T-tá, t-tu-d-do b-bem ent-tão — ele gaguejou e, com uma grande decepção estampada no rosto, foi embora.

— Viram? É isso que me irrita. Qualquer um acha que pode conversar com a gente e nos convidar para o baile desde aquele seu discurso idiota, Allison — falei, olhando irritada para ela. Allison era a presidente da turma e ela fez um discurso que dizia que nerds e populares poderiam se misturar caso ela conseguisse vencer. E foi o que aconteceu.

— Ah, nem vem colocar a culpa em mim. Poxa, Lydia, coitado do Stiles. Não precisava ser tão grossa — ela falou e eu me irritei. Quantas vezes eu ainda precisaria dizer a ela que nerds e populares não se davam bem juntos?

— A Allison está certa, Lyd. Coitado do Stiles, você não precisava ter sido tão grossa — Malia completou a frase da Allison e eu fiquei, se é que era possível, ainda mais irritada.

— Olha aqui, vocês duas — falei apontando de uma para a outra com o dedo indicador —, não quero que vocês me digam o que eu devo ou não devo fazer em relação a garotos, entenderam? O Stiles é o ser humano mais desprezível que eu já conheci na minha vida. Ele mereceu muito bem o que eu disse a ele. Quantas vezes eu vou precisar repetir pra vocês que nerds e populares não podem se misturar? Isso iria dar uma grande confusão! — praticamente gritei com elas. Elas já tinham se metido demais na minha vida, de forma que eu achei que nunca mais as perdoaria, e eu já estava cheia disso.

Elas iam responder, quando uma pessoa conhecida puxou Malia pela cintura e começou a distribuir beijos por todo o seu pescoço.

— Oi, linda. Posso levar você em um lugar? Preciso te mostrar uma coisa — Theo falava, enquanto Malia ria e concordava com a cabeça. Mal pude perceber e ela já tinha ido embora.

— Que tal a gente esquecer que isso aconteceu? — Allison perguntou depois de uns cinco minutos de silêncio.

— Tudo bem — falei, me acalmando, e dei o sorriso mais sincero que pude.

***

Cheguei em casa cansada depois do dia que tinha tido no colégio. Estava cansada das minhas melhores amigas quererem se meter na minha vida sempre, cansada de ter que aturar Stiles no meu pé o dia inteiro, cansada de ter que assistir a Malia e o Theo e a Allison e o Scott aos beijos enquanto eu ficava como uma idiota roendo as unhas.

Afastei esses pensamentos da minha mente e fui até meu quarto descansar um pouco. Ainda estava cedo, não era hora de dormir, mas provavelmente a minha mãe me chamaria para ajudá-la a terminar de arrumar a árvore de natal e eu não estava nem um pouco a fim de ajudar, então dormir era a minha única desculpa para não precisar fazer isso.

Me joguei na cama e nem percebi quando finalmente adormeci.

***

Eu estava em um campo deserto, cheio de flores ao redor, onde uma luz muito clara atingia meu rosto com ferocidade.

A única coisa que eu podia enxergar era uma estrada deserta repleta de flores, pois a luz do sol estava me deixando quase cega. Não tinha sinal de vozes por lá, as únicas coisas que eu podia ouvir eram o som do vento que batia forte em meus ouvidos, os meus passos em meio àquelas flores e minha respiração que, por sinal, estava muito quente.

Comecei a procurar algum vestígio de que tinha alguém por lá, mas não consegui encontrar ninguém e aquilo me assustou.

— OLÁ? — gritei, mas (para meu desespero) ninguém respondeu — TEM ALGUÉM AQUI? — gritei novamente, mas ninguém me respondeu e aquilo me deixou apavorada.

Comecei a correr como uma louca que acabou de se perder em um labirinto, mas não conseguia enxergar mais nada além de flores. Berrei várias vezes, tentei chamar alguém (se é que realmente tinha alguém por lá), mas nada me respondeu e eu me senti vazia e com muito medo. Onde eu estava? Onde estava todo mundo? O que eu estava fazendo ali? Como eu tinha parado naquele lugar sem fim?

Me sentei no chão com uma sensação enorme de desespero e comecei a chorar.

“Eles me abandonaram. Meus amigos me abandonaram. Eles não estavam aqui. Não queriam mais ficar comigo.”

De repente, eu vi uma garotinha ruivinha correndo e brincando com alguém e fiquei assustada. A segui, tentando descobrir quem era e o que estava fazendo ali comigo.

— Espera, Stiles. Você tem que correr mais devagar! Para, assim eu não consigo te acompanhar! — a garotinha falava, enquanto ria e ofegava.

— Com licença, garotinha! — a chamei, mas ela não me deu atenção e continuou correndo — Ei, eu estou falando com você! — gritei novamente, mas ela não me respondeu mais uma vez e correu em direção ao garotinho.

— Stiles, você tem que correr mais devagar, eu não consigo te acompanhar — ela falou, recuperando o fôlego, e então o garotinho retribuiu seu sorriso.

— Lydia, você tem que começar a praticar um pouco, você está cada vez pior — pude perceber, pelo seu tom de voz, que ele estava sendo sarcástico e, logo depois, a garotinha deu um pequeno murro em seu ombro direito — Ai!

A garota virou-se em minha direção e quando vi seus olhos verdes, imediatamente a reconheci. Aquela garotinha era eu, e eu estava brincando de alguma coisa com meu ex-melhor amigo, Stiles. Ele tinha me abandonado quando eu era criança e nós perdemos o contato. Nunca mais o vi desde aquele dia...

Uma figura se aproximava, ao longe, de mim, e estava cada vez mais próxima. Só quando ela estava muito próxima de mim foi que eu pude reconhecer quem era: o Stiles adolescente.

***

Acordei assustada, tentando recuperar o fôlego. Mas que merda de sonho foi aquele que eu acabei de ter? Por que eu tive esse sonho idiota? E por que Stiles estava no meio dele? Olhei para o relógio e vi que era onze e quarenta da noite. Pelo visto, eu dormi mais que o esperado.

Fui ao banheiro e lavei calmamente o rosto, tentando me acalmar. Era muito estranho ter um sonho sobre a sua infância e de repente se deparar com um idiota como o Stiles no meio dele.

Estava voltando para o quarto para dormir (e, dessa vez, planejando ter sonhos normais), quando me deparei com uma figura que me assustou mais que tudo na vida. Stiles estava sentado na poltrona que ficava logo ao lado da minha cama.

— AAAAAAAH! — gritei, o observando — O que diabos você está fazendo aqui, Stiles? — gritei novamente.

— Olá, Lydia. Vejo que, pela sua aparência, você teve um sonho e tanto, não? — do que diabos ele estava falando? E como ele sabia que eu tive um sonho estranho?

— O quê? Como você sabe disso? — perguntei, confusa (porém, assustada).

— Deixe eu tentar te explicar. Peço que você não se assuste; pelo menos até eu terminar, pode ser? — ele perguntou. Eu não queria aceitar, aquilo estava muito estranho e eu estava assustada, mas eu precisava de uma resposta para todas as minhas perguntas, então concordei com a cabeça — Ótimo. Para começar, eu não sou o Stiles; pelo menos, não o verdadeiro — completou ao ver a minha expressão confusa —. Na verdade, eu sou um espírito natalino. Eu vim aqui para que você possa se tornar uma pessoa melhor, porque, pelo que eu soube, você anda tratando as pessoas muito mal, e eu tomei a forma daquele que você mais despreza na vida para que você possa se acostumar com o que faremos a seguir. Eu te mostrarei três coisas: o seu passado, o seu presente, e, como consequência de tudo o que você viveu, o seu futuro — ele falou e eu não consegui fazer mais nada além de rir.

— Espírito natalino? Ah, por favor, conta outra — falei, caindo na cama de tanto rir — Olha aqui, Stiles, eu não estou no clima para brincadeiras, então levanta essa bunda suja da minha poltrona e vai embora. E eu juro pra você que amanhã eu vou te matar por ter invadido a minha casa no meio da noite — eu esperava que ele ficasse decepcionado, me implorasse para ficar ou qualquer outra coisa assim, mas ele apenas riu.

— Olha, me falaram o quão ignorante você era, mas eu vejo que você não está nem perto do que eu pensava que era — falou e eu me irritei.

— Para de brincadeira e vai embora ou eu te juro que chamo a polícia! — praticamente gritei.

— Você não acredita em mim, não? Então vamos ver se agora você acredita — e, dizendo isso, apontou o dedo para um dos meus porta-retratos que, imediatamente, caiu no chão. Saltei da cama e gritei.

— Que diabos você fez? Como você fez isso? — perguntei, assustada.

— Eu já te disse que sou um espírito natalino e que te levarei para o seu passado, presente e futuro. São onze e cinquenta e cinco, nós saímos meia-noite em ponto. Eu não vou embora até cumprir a minha tarefa, entendeu? — do que diabos ele estava falando?

— Você acha que pode entrar na minha casa no meio da noite, dizer que é um espírito natalino, fazer um truque de mágica idiota que quebrou o meu porta-retrato favorito, que eu irei te seguir numa missão idiota de mostrar a minha vida inteira? — perguntei, indignada. Aquilo com certeza era um sonho idiota ou coisa da minha imaginação.

— É, e se ainda não acredita em mim, lembre-se do seu sonho. Eu fiz você ter aquele sonho para que você possa entender mais ou menos o que a gente vai fazer hoje. Aquilo que você viu no seu sonho foi uma cena do seu passado, e aquela pessoa que andou até você era eu — ele falou e eu fiquei ainda mais confusa. Ok, aquilo não era normal. Como ele sabia como tinha sido o meu sonho? Tá! Ou eu estava enlouquecendo, ou aquilo era um sonho estúpido. Provavelmente os dois.

— Isso não está acontecendo, isso é apenas um sonho — repeti diversas vezes em voz alta enquanto ele me observava.

— Temos um minuto — falou, olhando para o relógio — Se você tem tanta certeza de que isso é um sonho, provavelmente não fará mal me acompanhar, certo? — ele perguntou e, pela primeira vez, eu percebi que ele estava certo. Eu poderia voltar a dormir na minha cama e provavelmente acordaria daquele sonho maluco, mas algo me mantinha presa a ele e me mandava segui-lo. E o pior: eu queria segui-lo. De qualquer forma, eu estava sonhando e o que quer que fosse acontecer comigo não me machucaria — Temos dez segundos. É melhor se decidir — completou.

E agora: arriscar ou não arriscar?

— Não me fará mal. Eu estou apenas sonhando. Eu logo irei acordar. Eu preciso ir — falei e, sorrindo, ele me estendeu a mão e eu logo a segurei — Isso é loucura — completei, tremendo, e percebi ele dar uma pequena risada antes de falar:

— Três, dois, um... — e então tudo ficou escuro e, depois de mais ou menos dez segundos, eu estava novamente naquele campo do meu outro sonho.


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Notas finais do capítulo

"Ah, Argent, o capítulo ficou uma bosta!", relaxem, gente, é apenas o primeiro, com o decorrer do tempo tudo vai melhorar, I promise ^^
Mais uma vez: comentem, seja elogiando ou criticando (desde que sejam críticas construtivas, claro).
Betagem feita pela diva da Clenery Aingremont, do Perfect Design. THANK YOU SO MUCH, CLENERY ♥
É isso, gente. Volto dependendo de como a fanfic vai ser acompanhada, haha
Beijooooooooos
PS: Sim, a Lydia sabe quem é o Stiles e que ele era amigo dela, mas ela finge que não sabe (principalmente para si mesma), porque ele a magoou muito quando a abandonou, e essa ferida ainda não se fechou. Nem o próprio Stiles sabe que ela se lembra dele, e por isso ela o despreza tanto.



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