Plano de Mestres escrita por livsnow


Capítulo 6
CAPÍTULO V


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi oi! Como vão? Ok, esse é oficialmente o último capítulo antes da minha prova de sábado. Ainda não respondi todos os reviews (Blame it on HIMYM), mas os responderei assim que puder, postei logo o capítulo pois estava ansiosa para vocês lerem! Espero que gostem!



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— Então, você vai ter mesmo que fechar a biblioteca mais cedo amanhã? — perguntei para a senhora Maurissen na tarde de quarta-feira.

— Ah, sim, minha querida, infelizmente — ela respondeu com seus olhos ternos de sessenta anos.

— É uma pena, mesmo — eu disse com uma expressão triste, levemente dramática — É porque temos essa prova na sexta, sabe? E eu realmente precisava ficar aqui até mais tarde amanhã... Mas, como não tem outro jeito... Vou ter que me virar, eu acho...

— Oh, querida — ela disse com uma voz amável e segurou minha mão, que estava apoiada no balcão central da biblioteca — Eu sinto muito...

— Não teria como a senhora deixar a chave com outra pessoa? — perguntei esperançosa.

— Mas com quem? Todos os monitores estarão ocupados demais com os preparativos da festa e do simulado...

— Bom... Eu conheço essa biblioteca como ninguém... Seria um prazer ajudá-la. Se me permitir, eu posso fechar a biblioteca amanhã. Prometo que cuidarei de tudinho, guardarei todos os livros, e assim que acabar de estudar tranco tudo.

— Ah, mas é muito trabalho, menina...

— Eu tenho um amigo que pode me ajudar a guardar os livros.

— Bom... — ela lançou-me um sorriso amigável — Acho que seria muito ruim se eu a atrapalhasse nos estudos. Poderá ficar com a chave amanhã, mas só se prometer que irá fechar tudo na hora certa.

— Prometo — eu disse com um sorriso.

Ótima jogada, Annabeth Chase.

***

— Hey, o que foi? — Percy perguntou se aproximando de mim em um banco no pátio da escola.

— Tenho uma boa notícia e preciso de um favor.

— Primeiro a boa notícia.

— Consegui a chave da biblioteca para hoje à noite.

— Sério? — ele me perguntou surpreso — Isso é ótimo!

— Sim — assenti com um sorriso e me levantei do banco, o guiando em um passeio pelo campus em direção a biblioteca — Mas vou precisar de sua ajuda porque prometi à senhora Maurissen que fecharia a biblioteca e guardaria todos os livros no final do dia, só que é muita coisa pra eu fazer só. Eu ia com uma das meninas, mas Silena tinha aula extra de literatura e Rachel curso de Artes, os gêmeos tinham treino e Thalia achou a ideia de passar um minuto na biblioteca guardando livros entediante demais pra ela. Então, restou você.

— Bom, acho que não tenho um plano melhor para passar o resto da minha tarde — ele assentiu enquanto caminhávamos.

Assim que chegamos na biblioteca, chequei no grande relógio da parede e eram quatro e meia, senhora Maurissen disse que sairia daqui a uma hora. Abri um livro de química, aproveitando para revisar alguns assuntos para a prova de amanhã, e fiquei estudando até dar a hora de ela sair. A senhora me entregou as chaves, me fazendo prometer que tomaria conta de tudo, e saiu se despedindo de mim e Percy.

Quando estava mais perto das seis horas, eu e o moreno nos dividimos para guardar todos os livros que os alunos deixaram espalhados pelas mesas e balcão, e quando deu seis e meia, a hora de fechar, um dos monitores veio colocar o restante dos alunos para fora, apenas deixando eu e Percy lá. Eu terminei de arrumar alguns arquivos no balcão e sai do local, fechando a biblioteca e guardando a chave na bolsa.

— Bom, parte um, feita — eu disse me virando pra ele — Será que Thalia e Luke conseguiram a outra chave?

— Provavelmente — ele respondeu — Acho que só saberemos mais tarde.

— Sim — assenti — Hum, eu tenho que resolver algumas coisas no dormitório, te encontro depois do jantar, então?

— Claro. Até mais tarde — Percy se despediu de mim enquanto eu fazia meu caminho para o dormitório feminino.

— Até.

***

— Hey, meninas — eu chamei a atenção das minhas colegas de quarto — Como amanhã é o simulado, Thalia me pediu pra ir tirar umas dúvidas de química que surgiram em cima da hora. Se acabarmos muito tarde, eu talvez durma no quarto dela, ok? É melhor do que me aventurar depois do toque.

— Certo — Silena disse, mas ainda sim notei um tom de desconfiança — De qualquer jeito, você avisa a gente né? Se for dormir fora.

— Aviso — respondi enquanto colocava um livro de química na mochila que eu carregava, junto com comida para passar a noite e uma farda do colégio, caso eu não tivesse como vir aqui antes da aula amanhã.

— Boa noite, amores — eu disse caminhando até a porta quando meu celular tocou com uma mensagem.

Traga um casaco – P. Jackson”

Dei meia volta e revirei meu armário procurando meu casaco, mas não achei. Lembrei-me que havia colocado na lavanderia no final de semana e esqueci de pegar. Achei um cardigã verde escuro e o enfiei na mochila. Vai ter que servir. Quando virei-me para as meninas, Rachel me encarava com uma sobrancelha erguida.

— Vai que eu sinto frio durante os estudos? — disse abrindo a porta e sai antes de qualquer resposta — Boa noite!

Caminhei até o saguão, onde Thalia havia combinado de se encontrar comigo. Ela estava sentada no sofá digitando algo em seu celular, e assim que me viu levantou-se com um pulo.

— Pronta, loirinha? — ela perguntou colocando a mochila nas costas.

— Claro.

— Então, vamos.

Caminhamos rápida e silenciosamente pelo campus. Quando chegamos do outro lado, no dormitório masculino, percebemos que haviam pouquíssimas meninas por ali. Chequei no relógio e eram oito horas, uma hora antes do toque de recolher. Esse era o horário que as meninas geralmente iam embora, em vez de chegar. Andamos pelo corredor em silêncio, eu com a cabeça baixa, como que prevendo a ilegalidade de nossas futuras ações. Dei três batidas na porta e Luke veio atender, vestia uma calça de moletom e uma regata.

— E aí, meninas — ele disse dando passagem para a gente — Entrem.

Percy estava deitado na cama de solteiro vestindo praticamente as mesmas roupas que Luke, e Nico na cama de cima do beliche. Ambos nos cumprimentaram e sentei em uma das cadeiras da bancada, enquanto Thalia sentou-se na cama de Luke com o loiro.

— Pegaram a chave? — perguntei para Luke e Thalia.

Ela abriu um sorriso maléfico e pegou um objeto no bolso da mochila.

— Acha que brincamos em serviço? — ela nos mostrava a chave.

— Como conseguiram? — perguntei.

— Luke estava “tirando uma dúvida” com o professor de física e eu peguei uma das cópias que ficavam nos armários dos professores enquanto os dois estavam de costas para mim. Na verdade, foi até mais fácil do que eu imaginava — ela respondeu como se tivesse pego um copo de água, e não roubado uma chave — E você? Conseguiu como a chave da biblioteca?

— A Sra. Maurissen ia sair mais cedo hoje, e eu disse a ela que precisava ficar estudando lá até mais tarde. Pedi a chave a ela, ela me deu.

— Simples assim? — Nico perguntou surpreso.

— Sim — dei de ombros — Tenho uma cara confiável, eu acho.

— Claro — ele assentiu, rindo — Ah, já sabemos o plano de amanhã.

— Já? Qual vai ser?

— Você tem um relógio sem ser de ponteiro? — Percy perguntou se sentando na cama e eu assenti que sim — Ótimo. Então, o plano, basicamente, é fácil. A prova tem sessenta questões, uma hora tem sessenta minutos. A ideia é, quando tiver faltando duas horas para acabar a prova, a gente começa a passar as questões. Para cada alternativa um gesto: A – toca no olho, B – na boca, C – no cabelo, D – na orelha, E – no nariz. Para cada resposta, um minuto, exatamente um minuto. Cada um de nós terá exatamente duas horas para fazer as questões de sua matéria, e então começamos a passar. Ok?

— Certo. Gestos. Minutos. Questões. Ok — repeti e repassei em minha cabeça a sequência das alternativas e seus respectivos gestos — Genial.

Passamos o resto da noite conversando. Quando deu nove horas, pontualmente, o toque de recolher soou. Ouvimos do lado de fora pessoas se arrastando lentamente para os corredores de seus dormitórios, enquanto os monitores tentavam manter a ordem. Por um momento achei que entraríamos em problema quando alguém veio bater na porta. Achei que era um dos monitores, mas era só um amigo dos meninos, um tal de Beckendorf, entregando uma toalha que Percy havia esquecido do ginásio. Por sorte, ele não viu nem a mim nem Thalia, e o resto da noite correu tranquila. Comemos uns dois pacotes de salgadinho que eu e Thalia havíamos trazido, assistimos alguma coisa no computador de Percy até que por volta das onze e meia seu celular toca.

— Alô? Fala, Grover! Já colaram as folhas? Acabaram de colar? Beleza, cara. Valeu mesmo, fico te devendo essa. Não, não vou fazer nenhuma merda, prometo. Prometo, porra. Você não vai perder seu emprego. Não, não vou ser expulso. Relaxa, cara. Fico te devendo mesmo. Falou.

Ele desligou e todos olhamos pra ele com cara de expectativa. Grover Underwood era o cara que estava do outro lado da ligação. Ele era um dos monitores do dormitório masculino, já o havia visto conversando com Percy uma vez, acho que eram amigos.

— Grover disse que eles acabaram de colar as folhas. Daqui a uns trinta minutos tá limpo pra gente ir, os monitores já vão estar nos quartos, e os seguranças ainda não estão no campus, só na guarita, eles só saem mais tarde, ou então se verem algo nas câmeras. Então, não podemos deixar as câmeras pegarem a gente. Ok?

Assentimos e repassamos o plano umas duas vezes para ter certeza que tudo estava memorizado. Quando eram aproximadamente meia noite, decidimos colocar o plano em ação.

— Primeiro passo, casacos — Luke disse vestido um moletom cinza.

Peguei o meu cardigã e vesti, sem entender muito bem o ponto daquele passo. Percy ficou me encarando enquanto eu fechava os botões.

— Que foi? — perguntei.

— Eu pedi um casaco — ele disse.

— Percy, casaco, casaco, Percy — disse apontando para minha vestimenta.

— Não um casaco assim, um de verdade, com capuz e tudo.

— Você não disse.

— Tava implícito.

— Não, não estava — disse cruzando os braços e ele rolou os olhos. Caminhou até o armário e tirou de lá um casaco – com capuz ­– azul marinho, com um tubarão, símbolo do time de natação daqui, estampado.

— Toma, veste esse — ele jogou pra mim enquanto vestia um casaco preto. Eu fiz o que ele pediu e ele estendeu a mão até mim, colocando o capuz sobre minha cabeça — Viu? Com capuz. Fica mais difícil de ser pego pelas câmeras.

Assenti em silêncio, ajeitando uma mecha do meu cabelo que havia ficado para fora do casaco.

Saímos de um em um do quarto, a cabeça baixa, a visão de um lado para outro vendo se não vinha ninguém, sempre andando perto da parede, em fila. Aparentemente, os meninos e Thalia sabiam onde ficavam as câmeras, então sabiam como contorná-las – fiquei com medo de perguntar como chegaram a essa descoberta. Dentro de alguns minutos de muitos batimentos acelerados, estávamos no bloco principal, o das salas de aula e afins.

— Ok, eu e Nico vamos pra lá — Thalia sussurrou apontando para o outro lado. Assentimos e fomos em direção a biblioteca.

Caminhávamos lentamente, nós três, o medo constante de ser pega dominava o meu ser. Assim que Luke teve certeza que o corredor da biblioteca estava vazio, nós demos passadas rápidas e silenciosas para lá. Um gato pardo passou por nós no escuro e eu segurei um grito.

— Puta que pariu — sussurrei com a mão no peito, assustada.

No escuro, senti Percy segurando minha mão e olhei para ele. Ele me encarava com uma certa calma e serenidade nos seus olhos verdes, e só então percebi que eu tremia e ele tentava me acalmar. O gato passou de volta por nosso pequeno grupo, Percy assentiu levemente com a cabeça e eu assenti de volta. Continuamos a caminhada.

— A chave — Luke sussurrou quando chegamos na porta.

Tateei meus bolsos até achar a chave. Não tremia tanto mais de nervoso, mas estava muito escuro e não consegui abrir a porta. Entreguei a chave para Luke, que se inclinou o achou o buraco da fechadura. Assim que ele destrancou, entramos os três juntos.

— Não liguem a luz! — eu disse num tom baixo — Vão ver as janelas acesas.

— Certo — Percy assentiu e ligou o flash do celular, iluminando o cômodo.

O colégio parecia incrivelmente estranho de noite, vazio, silencioso. Meu medo dava a terrível sensação de que alguém ou algo estava prestes a surgir a cada curva que dávamos, a cada passo. Ainda sentia meu coração batendo forte quando sentei numa cadeira perto do balcão principal, onde ficava a impressora. Os meninos juntaram-se a mim e sentaram cada um em uma cadeira.

Ficamos em silêncio na maior parte do tempo. Uma vez ou outra algum dos meninos soltava um cochicho, e depois o silêncio voltava. Não sabia que horas eram, mas na minha cabeça já calculava terem passado meia hora.

— Eles não deviam estar de volta? — disse preocupada.

— Sim — foi a única resposta de Percy e soube que ele também estava preocupado.

Não falamos mais nada, cada um concentrado em seus próprios pensamentos. Minutos depois, ouvimos batidas na porta. Luke foi o primeiro a se levantar, ligando o flash de seu celular e caminhando até a porta, seguido por mim e Percy. Ouvimos outra batida e Thalia sussurrando:

— Somos nós! Abram logo.

Luke girou as chaves e Thalia e Nico entraram apressados na biblioteca.

— Os seguranças já tão aí fora, caralho — o di Angelo disse.

— O quê?! Mas já? Tem certeza?

— Claro que a gente tem certeza né, porra — Thalia disse sentando-se na cadeira — Eu acho que vi quando quase íamos sendo pegos.

— Uou, eles viram vocês? — Luke perguntou.

— Não, eles quase viam. Saímos a tempo — Nico respondeu.

— Bom, mas vocês conseguiram mudar os nomes? — perguntei pra Thalia.

— Loirinha, eu realmente não brinco em serviço — ela me disse tirando um pen drive do bolso.

— Cadê a impressora? — Nico perguntou tirando sua mochila das costas e pegando o notebook de lá.

— Ali — indiquei com a cabeça a parte de trás do balcão.

Ele caminhou até o local, se guiando pela luz de seu celular, e assim que chegou ligou o computador e o plugou na impressora. Segundos depois, di Angelo chega até nós com cinco folhas de papel.

— Eu acho que aqui tem cola, certo? — ele perguntou com um sorriso divertido no rosto. Eu peguei dois tubos de cola branca e todos nós nos preparamos para sair, à mercê dos seguranças.

Colocamos os capuzes de volta, e saímos da biblioteca do mesmo jeito que saímos do dormitório: os cinco alinhados, cabeças baixas, passos atentos, olhares alerta. Tínhamos que chegar no mural de avisos, e para isso precisávamos atravessar três corredores inteiros: o suficiente para me deixar aterrorizada. Felizmente, tudo estava ocorrendo bem. Nenhum sinal de nenhum segurança por perto.

Até que, é claro, alguma coisa tinha que dar errado.

Um gato, do nada, passou perto de nosso grupo e Thalia levou um susto, cambaleando pro lado e esbarrando em um vaso de plantas. Foi tudo rápido demais, e ao mesmo tempo lento. O barulho. O vaso balançando. O vaso caindo. A terra se esparramando no chão. O gato indo para longe. Thalia soltando um palavrão. Todos os cinco com olhos esbugalhados, sem saber o que fazer.

Luke, que era o primeiro do grupo, colocou uma mão na boca de Thalia, a impedindo de fazer mais barulho, e olhou pra gente, um olhar de como quem dizia que não havia a pena xingar o gato – ou Thalia. Ao longe, ouvimos um homem gritar:

— Quem está aí?

Como que planejado, todos nós corremos o mais silenciosamente possível, seguindo Luke. Ele nos guiou até uma porta de madeira, que abriu na primeira tentativa. Nos enfiamos no cômodo instantes antes de ouvir passos pesados no nosso corredor. Conseguia ver por debaixo da porta luzes se aproximando.

— Quem está aí?! — a voz repetiu, se aproximando da porta.

O cômodo era escuro e bem apertado. Não tinha como definir, mas acho que era um armarinho. Todos os ombros colados um no outro, as respirações aceleradas. Meu coração batia num ritmo rápido demais, e eu voltara a tremer. Senti uma mão no meu ombro e percebi que era de Percy, que se encontrava a minha frente, virado pra mim. Deixei minha cabeça pender em seu ombro.

— Estou com medo, porra — sussurrei num tom tão baixo que não sabia nem se ele havia conseguido ouvir.

— Eu sei — ele respondeu no mesmo tom e o aperto em meu ombro aumentou.

— Olha aqui, eu espero que não seja um dos pirralhos fugindo do toque de recolher — a mesma voz falou e eu percebi que estava absurdamente perto da porta.

— Hey, Larry — uma segunda voz masculina chamou o primeiro segurança — Acho que não era aluno. Olha o que eu achei. Provavelmente era mais um desses gatos que ficam por aí.

— Um gato derrubou a porra de um vaso inteiro? — o tal de Larry perguntou.

— Devia ser um gato grande, porra — o outro retrucou — Vamos, não tem nada aqui.

O primeiro segurança se convenceu e se distanciou da porta. Segundos depois, ouvimos os passos indo embora. Soltei um suspiro de alívio.

— Como você sabia que a porta estava aberta? — ouvi Thalia perguntar num sussurro.

— Eu não sabia — Luke respondeu num sussurro.

Esperamos mais alguns instantes e saímos do nosso esconderijo improvisado. A essa altura, já estávamos no começo do corredor onde ficava o mural de avisos. Caminhamos até a parede onde as listas estavam coladas e, com cuidado, arrancamos e colamos nossas folhas por cima. Terminamos o serviço rápido e assim que o fizemos voltamos para o dormitório dos meninos, tomando cuidado com câmeras, seguranças, gatos e qualquer diabos que aparecesse no nosso caminho. No fim, chegamos sãos e salvos.

— Annie, eu acho que vai ser mais fácil a gente dormir por aqui mesmo — Thalia disse pra mim quando entramos no 221-B — Algum problema?

— É... Melhor que atravessar o campus agora — dei de ombros. Não seria minha melhor opção, mas era tudo o que eu tinha.

Os meninos pegaram travesseiros extra e dois sacos de dormir, acompanhados de cobertores, e nos entregaram.

— Eu queria que tivesse um sofá aqui — resmunguei pegando meu travesseiro.

— Ei, meninos... Soube que um de vocês ia ceder a cama pra mim... — Thalia disse olhando pro beliche onde Nico e Luke deitavam.

— Nem vem — Luke disse.

— Cadê o cavalheirismo? — ela perguntou.

— Vocês que lutaram por igualdade.

— Babaca.

— Mas a cama é grande o suficiente pra nós dois — o loiro disse do alto, olhando pra baixo com um sorriso maroto.

— Cai fora, Luke, ela tem medo de altura — Nico disse — Enquanto isso, minha cama é aqui embaixo...

Os três riam da situação, e eu conclui que coisas assim aconteciam com frequência. Agora entendi o que ela queria dizer com “competição”.

— Quer saber? — ela disse curvando os braços e virando-se para Percy, deitado em sua cama — Percy, eu tenho o direito de sangue de dormir na sua cama.

— Oh, priminha — ele disse rindo da fala dela, enquanto ela caminhava em sua direção — Não saio daqui nem que você me pague.

— Não precisa, idiota — ela disse e empurrou as pernas dele — Só vai mais pra lá.

Mesmo a contragosto, Percy se encolheu em um lado da cama, enquanto Thalia deitava-se do outro, de costas para ele e no sentido contrário.

— Chute a minha cara e você vai se arrepender pra sempre — ela ameaçou encarando os pés do primo.

— Sh... Zoada — foi a única coisa que ele disse.

Eu ri da situação dos quatro, e me recolhi a insignificância de meus dois sacos de dormir empilhados. Não era nem de longe confortável como uma cama, mas depois do longo dia de hoje, eu estava tão cansada que nem liguei.

— Boa noite, amores — Thalia disse, um sarcasmo no seu tom de voz, e as luzes se apagaram — Durmam bem que amanhã tem provinha.

— Eita, porra — ouvi a voz de Luke — Com tudo que aconteceu hoje, quase ia me esquecendo.


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Notas finais do capítulo

EI AÍ? Gostaram? Espero que tenham gostado, pois eu amei essa ideia haha
Próximo capítulo tem festinha tuts tuts, o que acham que vai rolar?!
Vejo vocês nos reviews!
Um xêro!



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