About you and me escrita por Bee


Capítulo 7
Capítulo 7 - THE OTHER SIDE OF THE DOOR


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, duas semanas longe de vocês foi um martírio. Mas é que a vida é complicada e principalmente quando você está na universidade e decide voltar a dançar. Obrigada pelos comentários, vou postar aqui e logo respondo. Estou adorando escrever essa fanfic, é uma montanha russa de emoções que me atinge. Mas eu amo vocês por estarem lendo (principalmente comentando) e sem pressão, se acharem que eu mereço uma recomendação, escrevam uma e me deixem feliz.
Bom, é dezembro, hora de ouvir aquelas musiquinhas chatas e tão significativas. Natal tá quase ai, e meu aniversário de dois anos de namoro também (Dia 24 hehe) E bom, eu estou feliz, tirando o fato que eu tenho aula e prova até dia 23. Bee chora eternamente por isso :(
Bom, é isso, espero que leiam e gostem desse capítulo, ele é bem legal e um ponto importante da história. Muahahahaha.
Beijos, e até lá embaixo.



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Sam chegou um dia após o trabalho no velho apartamento. O cheiro de casa a trazia uma felicidade única, ela não estava gostando nada do trabalho que havia encontrado. Mas não queria contar ao namorado, nem à Melanie, nem a ninguém, exceto Cat. Para Cat ela contava tudo. Contou que odiava aquele cheiro de doce o dia todo, odiava o seu chefe sexista e abusado, odiava a outra assistente administrativa.

Ela odiava tudo naquela fabrica. Ela já havia ido visitar aquele lugar, e tudo tinha parecido um sonho, mas aquilo era um pesadelo, e dos piores. Sam sorriu de chegar em casa, precisava de um banho quente e ouvir uma boa musica. Mas ao abrir a porta, deu de cara com Melanie e Carly, elas estavam vestidas de modo extravagante.

– Sam, quer ir para a balada? – Sam encarou Carly, ela nunca gostou disso de balada.

– Acho que hoje não, minha cabeça tá quase explodindo. Quero dormir. – Sam suspirou.

– Dia difícil? – Melanie perguntou.

– Extremamente. – Sam sorriu para a irmã, sim sorriu, pois estava cansada demais para ser rude. – Vou subir, até depois.

– Até, Sam.

Sam subiu as escadas, entrou no quarto e tirou a roupa e colocou um robe, entrou no banheiro do seu quarto e ligou a torneira pra encher a banheira. Estava arrumando a toalha no lugar quando percebeu que não tinha nenhuma toalha ali no seu banheiro. Procurou no seu quarto. Nada. Então resolveu roubar uma da sua linda irmã.

Estava descendo as escadas cantarolando baixo uma musica, quando ouviu uma coisa que não lhe interessava. Mas a curiosidade foi maior, e ela se deixou levar. E logo ficou a ouvir a história que Carly contava.

– É, eu preciso mesmo de um trato. Espero conseguir alguém para fazer... Você sabe. – a morena disse séria.

– Eu te entendo completamente. – Sam ouviu a risada melodiosa de Melanie e sentiu ânsia de vomito – Eu também estou com fantasmas lá, faz muito tempo desde a ultima vez.

– Eu não transo desde que terminei com o Freddie, e isso faz o que? Seis meses? – Carly assumiu.

– Não sabia que vocês... – Melanie disse chocada. Carly assentiu com a cabeça de maneira silenciosa. Sam estava chocada, mas estava triste em maior parte. Freddie havia dito que nunca tinha feito. Ele havia mentido.

Sam estava furiosa. Sam queria quebrar a cara dele. Freddie havia transado com Carly, e a loira duvidara que havia sido apenas uma vez. Ela estava quase espumando pela boca. Então ela engoliu a raiva, engoliu sapos, cobras, crocodilos, engoliu um ecossistema inteiro pra poder disfarçar. – Mel, tem toalhas limpas no seu banheiro? – Sam falou alto o bastante para ser ouvida, e terminou de descer as escadas.

– Tem sim, mas cadê as suas? – Mel perguntou carinhosa.

– Devem estar na minha bagunça. – Sam assumiu – Sabe que não gosto de limpar minha bagunça.

– Precisa organizar seu quarto às vezes, a empregada é paga só para um dia da semana. – Melanie disse, sua voz estava calma, porém Sam ouviu aquele tom de nervoso que conhecia tanto.

Ela odiava como Melanie poderia ser assim, falar doce mesmo quando estava irritada. Sam queria que a irmã fosse mais expressiva, pois assim essa não pareceria tão má perto da irmã gêmea. – Eu arrumo hoje. – Sam sorriu subindo as escadas – Talvez.

Sam chegou ao quarto e não conseguiu chorar. Queria, mas nenhuma lágrima saia daqueles olhos verdes. Ela não conseguia acreditar, ele mentiu para ela. Ele fazia sexo com Carly, e mentiu, mentiu dizendo que era virgem, que ela havia sido a primeira e única dele. Mas Carly havia sido a primeira. Ele devia estar feliz com isso.

Ela entrou na banheira que estava quase transbordando. E ficou lá, ficou deitada sentindo a água contra seu corpo. Ficou sentindo o peso de tudo que vinha acontecendo. Sentia-se traída, mesmo sabendo que havia sido antes de eles se relacionarem, mas sabia que ele sempre levaria com ele tudo aquilo.

Samantha pensou em confrontá-lo, gritar com ele, fazer um escândalo, bater nele com a meia de manteiga e terminar com ele. Mas ela sabia que isso seria loucura. Não seria ser ela. Então ela tramou seu plano, ela iria confrontá-lo, mas sem ser invasiva. Iria calmamente fazer ele confessar.

Mas e se ele não confessar?

“Se isso acontecer será comprovado que ele é o maior mentiroso de todos” Sam pensou enquanto esfregava o corpo como se para tirar a impureza de saber daquilo.

Mandou uma mensagem para Freddie, pediu que ele visse ali. Afinal ela estaria sozinha, sem perigo de serem descobertos. E não demorou muito para que ele batesse na porta, ela abriu, e ele como costume tentou beija-la. Ela não deixou. “Acabei de comer, ‘to com a boca suja” – Sam deu como desculpa. Mas era mentira.

Mentiras. Relacionamentos e mentiras não funcionam. Eles sempre desmoronam sobre si mesmos. Eles assistiram um filme romântico, do John Cusack, de 1989, Sam sorriu boba com a cena em que ele faz uma serenata com seu rádio tocando “In your eyes”. Freddie sorriu ao ver que a menina acreditava naquelas bobagens de serenata. Mas ele nunca poderia fazer isso.

– Essa é uma das minhas cenas favoritas de todos os filmes já feitos. Só fica atrás do filme inteiro de Clube da Luta. – Sam falou, ela sorria, mas apenas com a sua linda boca, seus olhos estavam apáticos, e Freddie sabia que algo estava errado.

– Você está bem, baby?

– Sabe o que estava me perguntando, Freddie? Como você e Carly nunca fizeram sexo. – ela soltou na lata. Mas tentou suavizar a questão. – Afinal, vocês namoraram por muito tempo, e bom, você esperou. Mas comigo você não estava a fim de esperar. – Sam sorriu doce, mas seus olhos estavam ácidos. Freddie sorriu em resposta.

– Bom, eu não estava pronto para fazer com ela. – Freddie parecia verdadeiro. Mas Sam sabia que isso era uma mentira deslavada. E se irritou ainda mais por isso.

– Estranho. – Sam concluiu. E ficou em silêncio, mas dentro dela ela estava em combate direto, queria gritar. Queria chorar, mas não chorava.

Até que uma lágrima perdida e solitária desceu pelo seu rosto. Queimava como uma trilha de fogo com acelerador. E a lágrima solitária não passou despercebida por Freddie, que sabia agora que algo estava muito errado.

– Você é um mentiroso de merda, Fredward Karl Benson. – Freddie então ficou assustado, ela sabia, claro que sabia. Como não saberia?

– Sam, desculpa, eu só... – Ele tentou gaguejar, mas Sam nem ao menos o deixou falar. Ela pegou aquela velha meia de manteiga. Freddie se levantou rápido.

– Você é um mentiroso. – Ela disse de maneira agressiva – Você acha que eu sou idiota ou o que? – “Sam... Por favor” ele pedia, ela parecia não ouvir – Você me deixou esperançosa, sabe? Quando me livrou antes de Carly partir. Pensei que ainda sentia algo por mim, e nosso ciclo vicioso começa ai. Você beijou Carly naquele mesmo dia. E logo após começou a namorar com ela. E eu fiquei a ver navios.

– Sam, você não entende, deixa só eu te explicar? – Freddie pediu, ele estava encostado na porta do apartamento. Sam o olhava com aquele olhar. Ele não sentia nenhuma falta daquele olhar, os olhos delas estavam cinza, não era algo que ele gostava.

– E você mente para mim agora depois que nós estávamos bem? Eu não ia me importar em saber que você dormiu com a Carly, vocês estavam juntos, era normal, não é? Você mentir para mim não é algo que eu aprecie. – Sam vociferava, mas sua voz parecia tão magoada que Freddie só queria abraça-la e afagar aqueles cabelos lindo.

– Não é como você pensa. – ele tentou novamente.

– É sim, Freddie. Por que você não me contou? Por que me enganou?

– Porque tive medo de você me largar. Eu te amo, Samantha.

– Se ama deveria me contar a verdade, que relacionamento se constrói sobre mentiras? – Sam questionou, os olhos queimando.

– Desculpa, Sam. – Freddie pediu, tentou se aproximar dela, ela veio na direção dele, mas não o abraçou. Apenas abriu a porta e disse: “Você sabe o caminho” – Sam, me desculpa mesmo.

– Desculpas não apagam o passado assim como Band-aids não curam buracos de balas, Freddie. – ela indicou a porta novamente. E ele se deu por vencido, e saiu.

Assim que ele saiu, Sam fechou a porta, e se sentou contra ela. Freddie havia feito o mesmo do outro lado da porta.

– Sam? Eu sei que está ai. – ele disse, estava calmo por fora, mas seu coração estava aos pedaços.

Ela não ia o responder. Sam estava magoada demais para falar qualquer coisa. Freddie suspirava pesadamente ali. – Eu fui idiota, amor. Eu fui um idiota por ter beijado Carly, mas ela me disse que você havia dito que tudo bem, que não me amava mais. Ela disse que você não estava mais interessada em mim. E por isso eu fiquei com ela. – ele contou, a voz baixa – Mas fui um idiota em ter acreditado, acredite que eu sei como fui idiota. Você foi a melhor coisa que me aconteceu, eu só não queria te perder agora que acabei de te conquistar, Sam. Eu não senti nada fazendo sexo com a Carly, foi falso, foi como me deitar sobre uma cama de espinhos.

Sam estava morrendo por dentro também. Mas seu silêncio gritava. Ela fingia ignorar o que ele falava, mas tudo que ele falou mexeu com ela. As lágrimas rolavam de seu rosto, sua cabeça doía de tanto chorar, mas ela não ia voltar atrás, Sam era orgulhosa, Sam não desistiria fácil. Maldito orgulho burro, o orgulho de Sam era burro como uma porta. Sam se sentia miserável.

– Ela era minha melhor amiga. – Sam sussurrou para si mesma, mas Freddie ouviu.

– Minha também, Sam. – ela sussurrou um “vai embora, Freddie”, mas ele continuou. – Por isso acreditei nela. Ela disse que você tinha seguido em frente, que você escreveu a ela contando sobre um novo garoto lá em Los Angeles. Um tal de Dice, disse que você estava namorando com ele, e que estava feliz. – Ele sorriu, mas aquele sorriso irônico – E eu acreditei nisso. Fui estupido, eu sei. Mas eu fiquei magoado em saber que havia seguido em frente, e resolvi seguir também. E Carly estava aqui, estava se jogando para cima de mim como se eu fosse o último sapato na liquidação. Desculpa, Sam, eu deveria ter sido mais esperto.

Sam encarou seu PeraPhone, ele estava ligando para ela. Aquela foto fofa que ela havia tirado dele enquanto ele passava a noite no seu apartamento. Ele deitado na cama, e ela sobre seu peito. Ela odiou aquela foto. Odiou ele estar ligando para ela.

– Tudo bem, Sam. – ele disse como respondendo o pensamento dela – Eu vou te deixar em paz, por hoje. Podemos conversar amanhã com calma? – ela não respondeu – Te amo, Sam. Por favor, me desculpe.

Ela ouviu o barulho dele levantando. E então sentiu seu celular vibrar mais uma vez. “Eu te amo, nunca duvide disso” – a mensagem dizia. E por incrível que pareça, ela não odiava ele, e nem duvidava que ele a amava. Mas aquele velho orgulho idiota.

Sam passou a noite recebendo mensagens de Freddie. Ele pedia desculpas, ele dizia que a amava, ele dizia que Carly sempre havia sido um erro, e que o único motivo de ter beijado ela foi a força do hábito, pois havia sido sempre o sonho dele. Um sonho que virou em pouco tempo um pesadelo.

Ela passava as fotos recentes e as antigas que eles haviam tirados. Os vídeos publicados no The Slap, aqueles muito antigos que remetiam ao namoro deles. Ela lembrava da briga, lembrava da porta, e da insistência dele. Ela sabia que havia cometido um erro. E Freddie também. Ela queria um abraço dele.

Sam não foi trabalhar naquele dia, e pediu sua demissão naquela tarde. Não aguentava mais a empresa. Ela ouviu batidas na janela de seu quarto e abriu a janela que dava para a escada de emergência. Freddie ali estava. Ele sorriu, e a olhou nos olhos da forma como só Freddie sabia fazer.

– Quer ouvir o que tenho para dizer hoje, amor?

– Não. – Sam disse, seu coração gritava sim, seu orgulho não. - Vá embora, Fredward.

– Não, eu não vou. Eu vou ficar aqui até você falar comigo. Eu vou ficar gritando que sou loucamente apaixonado por você o dia todo, se quiser. Eu vou ficar aqui, pois você tem que me perdoar.

Sam virou as costas. Não podia aguentar. Ela se fechou no banheiro, o banheiro que já havia sido um antro de amor. Parecia não ter para onde fugir, qualquer lugar a lembrava dele, e o fato de ele estar ali, na janela, a olhando não ajudava.

Ela queria gritar para que ele ficasse, que ele entrasse e que a beijasse como só ele sabe. Que ele a olhasse nos olhos e dissesse que a ama. Queria ter aqueles olhos cor de almondegas, queria ver mais uma vez o sorriso dele. Queria ouvir ele dizendo que a amava. Mas o seu orgulho não ia deixar. Então ela apenas se calou. E o evitou. Até que finalmente ele foi para seu próprio apartamento.

Ela queria gritar, mandar uma mensagem pedindo que ele voltasse. Ela olhou seu celular. “Eu te amo” brilhando na tela, ele ia mandar quantas mensagens daquela? Aquilo não facilitava. Então Sam apenas suspirou pesada, e decidiu se afogar em uma boa peça de presunto.

Por que ele não voltou?

In the heat of the a fight I walked away ignoring words that you were saying

trying make me stay. I said, "this time I've had enough. "

And you've called a hundred times. But I'm not pickin' up

'cause I'm so mad. I might tell you that it's over. But if you look a little closer

I said, "leave, ", but all I really want is you to stand outside my window, throwing pebbles

Screaming, "I'm in love with you. " wait there in the pourin' rain

Come back for more and don't you leave

'cause I know all I need is on the other side of the door


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Já assistiram o filme citado? É um clássico, tem um cena clássica e linda que eu amo, essa aqui: http://www.nemumpoucoepico.com/wp-content/uploads/2014/04/sayanything.gif, aaah, eu amei escrever esse capítulo mas fiquei com dor no coração também. Bom, além disso, vocês viram minha referencia a diva divonica Taytay? Só percebi quando li pela quinta vez que o filme é de 89, que é o nome do cd dela hahaha Além da referencia obvia a Bad Blood (se eu contar que usei essa referencia numa prova hoje vocês brigam comigo? Era sobre literatura pós colonialista, e tinha sentido.) Finalizando, to faladeira. Beijos e até o próximo capítulo. Quero comentário falando sobre o que capítulo e sobre o que querem no próximo.



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