Sam não sabia como havia aceitado fazer aquilo. Claro, Freddie foi um fofo ao pedi-la em casamento em um lugar tão especial para ela. Naquele velho elevador, um elevador que tinha tanta história para contar e tanto a oferecer a eles, além de que Freddie foi um completo babaca fofamente fofo ao não fazer como todos, que tiram uma caixinha preta ou vermelha e mostra aquele anel perfeito.

Freddie apenas sussurrou que os clichês não combinavam com ela, e que ela era a pessoa mais especial para ele no mundo todo. E ele havia dito, aqui uma transcrição perfeita, tal como Sam ouviu naquele lindo dia de domingo:

“Você sabe como sempre que eu fazia a contagem antes do iCarly eu parava no dois, e o um ficava no ar? E sabe como eu sempre apontava principalmente para você naquele momento? Você nunca me perguntou porque eu sempre apontei para você, mas eu sempre me perguntava, sempre com minha cabeça infantil jurando que era apenas mais fácil, e que vocês sempre entendiam isso. Mas eu apenas tentava me enganar para não assumir uma coisa que eu não aceitava. Você sempre foi minha numero um. Sério, mesmo quando eu tentei ter a Carly para mim, sempre foi você. Foi você nesse elevador tantas vezes, foi você no estúdio muitas vezes mais. E eu digo isso como a minha única verdade. E por querer que você seja sempre minha número um que eu te pergunto: Você aceita ser minha para a vida toda? Aceita que eu faça e às vezes queime o seu bacon de manhã? Aceita que eu te veja todas as manhãs e ame-a e aproveite cada minuto de quando você ficar grávida? Você aceita que esse idiota que não assumia a maior paixão que teve e que hoje não quer esconder? Finalmente, Sam, você aceita casar comigo?”

Ela ficou encantada, mas ao aceitar disse calmamente para ele: “Só não queime meu bacon.”

“Vou tentar” – Freddie havia dito antes de beija-la.

Agora ali estavam, Sam olhava para suas mãos nervosamente, ela estava suando. O vestido branco havia ficado lindo em Sam, era o vestido mais simples que Carly e Melanie havia escolhido. Sam havia dito que não queria nada exagerado. Afinal, o casamento era só para os amigos mais próximos, e algumas pessoas da família do Benson.

– Sam, está pronta? – Mel chegou com Carly, como elas estavam bonitas, Sam as encarava com os olhos marejados, ela odiava isso.

– Acho que sim. – a noiva disse checando os cachos de seu cabelo que caiam nas suas costas. – Estou nervosa.

– Freddie também. – Carly riu - Ele tava surtado quando fui falar com Gibby. Ele começou a gritar dizendo que sabia que você tinha desistido, e que não queria entrar se você não fosse dizer o não para ele. – Sam riu com a amiga, e aquilo a deixou mais leve. – Mas, a gente só veio dizer que está quase na hora. – Carls falou calma para a amiga.

De outro lado, estava Freddie todo nervoso conversando com Gibby sobre o que ele faria se Sam desistisse, quando um Spencer todo sorridente entra na sala e puxa o moreno nervoso de lado.

– Freddie precisamos conversar. – Spencer disse sério, deixando Benson muito mais nervoso. – De homem para homem. – continuou o mais velho, aquela expressão séria não combinava em nada com o Spencer que Freddie conheceu e com quem ele brincou a vida toda. – Agora você é um homem, e como seu pai não está entre nós – Lewbert soltou um “ei” lá trás, afinal ele se considerava o novo papai do Freddie.

– Você é meu pai também, Lew. Agora deixe o Spenc falar. – Freddie o acalmou, e o seu padrasto deu um grande sorriso.

– Você sabe, como você seu pai não está entre nós, eu tomei essa posição para ter uma conversa muito séria. Você sabe o que acontece depois que você se casar com a Sam, né? Tipo, vocês vão para a casa ou hotel depois da recepção, e bom, lá vocês vão ter que fazer “sexo” – ele disse fazendo aspas na palavra sexo, o que deixou a situação mais estranha ainda.

– Olha, Spencer... – Freddie tentou, em vão pois o mais velho continuou.

– Eu sei que não deve querer falar comigo sobre isso, mas é preciso. Vocês vão sim fazer “sexo” e vocês tem que se prevenir, pois você sabe, são tão novos, além de todas as doenças possíveis que poderiam pegar. – Spencer continua falando animadamente, mas sua face está séria como se a vida deles dependesse disso.

– Spencer, eu e a Sam já fizemos amor. – Freddie esclareceu nervoso, esperando a expressão chocada do amigo.

– Eu sei, claro que fizeram, desde que se conheceram. – Spencer fala docemente – Mas “sexo” é quando vocês se conhecem intimamente.

– Isso que eu to dizendo, já conheço a Sam intimamente, até bem demais. – Freddie fala corando violentamente – Eu já fiz amor com a Sam e sexo também. – E ali está a cara chocada de Spencer.

– Vocês o que? – ele grita.

– Sabe como é... – o moreno fala olhando para seus pés, as mãos no bolso da calça social preta.

– Você nunca fez com minha irmã, não é Gibby? – Spencer olha alarmado para o gordinho que até então só ria, nesse momento, Gibby não riu, apenas deu de ombros.

– Aconteceu.

– Aconteceu? Então foi só uma vez? – Spencer perguntou alarmado.

– Não, foi mais para muitas vezes. – Gibby fala antes de realmente perceber o que estava falando. – Ah Spenc, a gente já namora a muitos anos, são quase 4 já, então era de se esperar que a gente já tivesse feito.

– Ah vocês. – Spencer grita desesperado. – Ok, mas então você nunca machuque minha irmã – ele falou apontando para o Gibby – e você nunca magoe a minha loirinha, que também é minha irmã – disse então para Freddie, que jurou de dedinho nunca machuca-la. – Ou eu quebro vocês. – eles riram desesperados com isso. – O que?

– Vamos dizer que você não assusta ninguém, Spenc. – Gibby disse para o cunhado que ficou triste em saber disso.

– Então eu pago alguém para fazer isso, tipo a Sam. – Spencer fala agora confiante. – Mas nunca machuquem elas, ou eu cortarei alguma coisa muito importante do corpo de vocês, algo que vocês tem usado muito pelo que parece.

Tanto Gibby quanto Freddie protegeram seus membros. Spencer se sentiu vitorioso de ter assustado eles, finalmente.

Freddie estava parado na porta do igreja, era a hora da verdade. Sua mãe parou ao seu lado e com uma voz doce que não a pertencia apenas sussurrou:

– Você escolheu bem até, filho. – ela sorriu, encaixando seu braço no do filho pronta para leva-lo ao altar – Mas se ela algum dia voltar a ser malvada com meu Freddie-Bear me avise. E deixe sua casa sempre 100% anti-bacteriana.

– Eu sei, mamãe. – Freddie sorriu nervoso, estava na hora. Seus padrinhos já estavam posicionados, Gibby, Beck e Spencer. E as madrinhas de Sam estavam lá também Carly, uma super grávida Jade e Cat.

Já contamos que em 2014 Beck e Jade fugiram para Las Vegas e casaram? Foi maravilhoso, muito divertido, principalmente porque eles passaram a maior parte da viagem brigando, e os salvadores foram Freddie e Sam, também padrinhos. E agora eles vão ter um filho, um menino, segundo Jade.

Ele começou a entrar naquela igreja e o caminho até o altar parecia nunca acabar, sua mãe beijou as bochechas dele e o deu um abraço apertado, quase amassando o terno preto dele. Mas todo o nervosismo se dissipou quando ele a viu, o vestido branco fazendo jus ao seu lindo corpo, o cabelo do jeito que ele gostava e o melhor de tudo, o sorriso que ela trazia.

Ele só conseguia pensar em como ela estava linda e que se aquilo que ele estava experimentando era amor, então o amor era muito fácil. Era a melhor coisa que ele já havia experimentado.

Na recepção naquela noite, Sam havia o dito o quanto ela havia aprendido com ele. Sobre ceder, ceder amor, espaço, comando e ceder principalmente durante as brigas, como ele havia a ensinado a perceber o amor como uma coisa deliciosa de se aproveitar, e como ela havia percebido as coisas simples da vida ao lado dele.

Ela não disse na frente de todos, não o disse em um discurso para os convidados, mas sim somente para ele, quando tinham um tempo a sós. No seu discurso disse apenas que não entendia como havia se apaixonado e se casado com um nerd tão idiota e nerd. Como o relacionamento deles era uma bagunça e uma doce confusão o tempo todo. E como o ódio e o amor para eles eram sentimentos tão opostos quanto eles, mas que de algum jeito haviam se complementado. Não completado, não havia como completar algo que já era repleto, mas complementado, ajeitado, melhorado a cada dia. Como ela estava tentando melhorar para ele, aprender com ele, do mesmo modo que ele havia feito. E disse por fim, que ela não mudaria nada naquilo. Afinal os tropeços asseguravam a caminhada deles.

Afinal, Freddie havia percebido, aquilo era tão fácil, aquilo que chamavam de amor. Todos tentavam dificultá-lo, colocando pedras no caminho, construindo muralhas e bloqueando o amor mais puro, mas o amor que Freddie sentia era tão simples e puro que não tinha como dificulta-lo, não mais. Ele já havia feito isso muitas vezes, tantas vezes que ele havia até perdido a conta da confusão criada no passado. Mas agora ele só queria aquilo da maneira mais simples e bela, e essa forma se resumia em uma palavra e três letras: Sam.

– Você está tão calado, tão sério. – Sam fez uma careta para o seu então, estranhamente, marido – Você fica tão nerd assim.

– Não estou sério, estava só pensando. – Freddie disse, todos ali comemoravam o casal, eles estavam dançando. Sua primeira dança como casal.

– Pensando que agora é muito tarde para fugir? – a loira disse com um sorriso – Por que você sabe que é, né?

– Sei, mas não é isso. Estava só pensando em como te amar é fácil. – ele disse com aquele sorriso, aquele sorriso encantador que sempre tivera uma dona, ela respondeu com uma careta e um “nheeeeeeeé”, ela não concordava, mas ele não ligava, apenas imitou o gesto dela. Era tão infantil, mas tão bom.

Logo Carls e Gibby estavam na pista também, Melanie e seu novo namoradinho de uma noite, André, também. Jade e Beck lutavam para conseguir se encaixar um com o outro com aquela barriga enorme entre eles. Cat e Robbie dançavam calmamente. Mas o que mais surpreendeu o recente casal foi Pam e John abraçados, dançando, como um casal de namorados do colegial.

– Acho que todos aqui são fáceis de amar. – Sam admitiu e se sentiu ridícula por isso. – Exceto eu e Melanie.

– Você é fácil de amar, só é difícil de suportar. – Freddie disse com um sorriso idiota, ele esperava que sua mulher o batesse, mas ela apenas deu a língua para ele.

– Agora você terá que suportar esse peso pelo resto de sua vida, você prometeu em frente ao padre, a nossos amigos, e as famílias, então tá preso para sempre perante Deus. – ela disse com um sorriso, jogando na cara dele que agora ele teria que suportar e carrega-la para cima e para baixo.

– Bom, acho que não será tão ruim.

E não foi, nunca seria. Não foi durante o primeiro ano, nem durante os dez primeiros. Eles estavam felizes juntos e apenas isso importava. Eles se amavam e só isso fazia com que o casamento fosse fácil, claro, o amor não era tudo, não pagava as contas, nem os trazia alimento (E sabemos o quanto Sam come), mas para isso serviam o restaurante de Sam e Gibby e a loja High-tec do nerd.

Os filhos, bom, não sabemos nada ainda deles. Mas um dia eles podem dar o que falar. Por hora, só digo que são dois meninos, e que eles tem apenas 3 e 6 anos. E que mais velho é o melhor amigo do filho de Jade e Beck. Não posso contar mais pois isso é vida pessoal deles, e quem sabe tenhamos mais noticias em breve, não é?

Por hora vamos deixar que eles vivam sua vida como deve ser, sem Creddianos loucos ou Seddianos Roxos se intrometendo, vamos deixar que eles aprendam e caiam para sempre crescer. Acho que é isso.

E fim.