You escrita por PepitaPocket


Capítulo 23
Sayonara


Notas iniciais do capítulo

Capítulo, escrito pelo celular, então peço desculpas antecipada por qualquer erro de digitação.



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Tatsuki queria sair correndo de novo, mas se sentiu tão sem energia depois daquela noite maluca, que ela acabou se deixando cair no sofá, exausta. 

Uryuu parecia compartilhar seu sentimento e também se deixou relaxar.

— Finalmente você vai me ouvir. – Ele dissera de repente, atraindo a atenção de Tatsuki que o encarou com raiva.

E, ele se sentiu injustiçado por causa disso, pois em sua concepção ele não tinha feito nada de errado. Ao, menos não com ela diretamente.

Aliás, foi por ter tentado fazer tudo corretamente, que toda aquela confusão aconteceu. Ele queria muito lhe dizer aquilo, mas estava com medo de dizer a coisa errada, depois de tudo.

Então ficou em silencio, a espera que ela começasse a lhe dizer alguma coisa. 

Mas, Tatsuki também não sabia o que dizer.

E, ficou a espera que ele dissesse algo.

E, por conta desse impasse eles acabaram caindo em um desconfortável silêncio.

Estavam sentados frente a frente um para o outro. E, quase ao mesmo tempo um misterioso impulso os levou a se sentar, um do lado do outro.

No entanto, eles acabaram se cruzando e trocando de poltrona apenas, ficando frente a frente de novo.

Percebendo o que fizeram, acabaram dando um riso nervoso, enquanto trocavam um sorriso cumplice.

— Está tudo certo. – Ishida dissera, ao mesmo tempo que ela dissera:

— Está tudo errado. 

O bioquímico soltara um suspiro de aborrecimento, desejando ser uma vez na vida, mais eloquente.

— Eu terminei com Karin e até onde eu sei você é solteira. – Ishida disse buscando seu olhar, mas ela não o encarou.

Pelo contrário baixou a cabeça.

Coisa que ela não estava acostumada a fazer.

— Então, qual o problema de a gente ficar juntos? – Para sua surpresa Ishida se agachou na sua frente, buscando seu olhar, e na posição que ele estava foi inevitável, encará-lo, enquanto ela continuava sentada na poltrona.

— Nada é tão simples. – Ela disse controlando-se para não dar uma de maria chorona na frente dele.

— Então cabe a nós simplificar. – O bioquímico falara tentando ir direto ao ponto.

— Eu quero ficar com você, e se a gente não vai ficar juntos, vai ser só porque VOCÊ não quer.

Ele falara tentando manter a calma, mas estava difícil estando ali tão próximo dos lábios dela. Um movimento, e ele poderia tocá-los novamente, mas o que parecia fácil, tornara-se difícil, porque a jovem estava determinada em usar qualquer meio que estivesse ao seu alcance para afastá-lo.

E, aquilo era no mínimo frustrante.

— Não seja injusto. – Ela disse perplexa, por aquelas palavras.

— Injusta está sendo você, em não me dar uma chance, só por solidariedade feminina. – Ele disse chutando totalmente no escuro, tentando encontrar uma razão lógica para ela não o querer?

— É por isso que VOCÊ acha que eu não estou afim de você? – Mas, a julgar pela reação dela as palavras dele foram equivocadas, mais uma vez.

— É, claro que está afim de mim. – Ele disse com uma segurança enervante.

As bochechas de Tatsuki coraram ferozmente, num misto de raiva e vergonha. Mas, ela não conseguiu se zangar totalmente com ele, não quando ele sorriu daquele jeito, tão único.

Na verdade, ela sentia que aquele sorriso genuíno poderia derreter um iceberg colossal.

— Não quero que pense que sou convencido, mas você me olhando desse jeito... – Ele falara não resistindo em acariciar a bochecha dela. – Não tem como não ter certeza que você está afim de mim.

Tatsuki sabia que deveria ter dado um cutuco bem forte, nele naquele instante. Mas, não teve energia, por conta de seus olhos azuis, a fitando de um jeito tão terno, que quem se via derretendo agora era ela.

Ainda mais quando ela pensava na natureza fria de Ishida. E, no quanto ela deveria se sentir especial, por ele se abrir para ela daquele jeito.

Será que não era o caso dela fazer o mesmo.

— Você não entende. – Ela disse com seus olhos marejando-se, e os lábios tornando-se trêmulos.

— Se você explicar, juro que vou entender. – Ele dissera estreitando seus olhos, enquanto fitava um ponto do chão, porque por algum motivo, ele não conseguiu continuar encarando-a olho no olho.

Talvez por que sua tristeza fosse algo que ele não conseguia suportar.

— Eu.. Eu... Não quero me envolver com alguém como você... – Ela disse dando o seu melhor para se explicar, mas aquelas palavras soltas, estavam deixando-o mais confuso para dizer a verdade.

— Não estou a sua altura, é isto? – Ele perguntou baixinho, ainda sem levantar a cabeça.

— Não! – Ela responde mais chorosa do que pretendia. – O problema aqui sou eu, ok? – Tatsuki respondendo parecendo aflita demais aos olhos do bioquímico que apenas balança a cabeça com frustração, pois aquilo é complicado demais para alguém tão pragmático.

— Eu acho que você só está inventando desculpas para a gente não ficar junto. – Mas, não sou eu que vou ficar aqui, implorando algo que você está deixando claro que não vai me dar.

Uryuu, dissera fazendo uso de seu orgulho para se proteger daquela rejeição para lá se frustrante.

As palavras duras dele pareceram causar um choque de realidade em Tatsuki que marejou seus olhos, e chegou abrir a boca para dar uma resposta, mas não conseguiu formular nada.

— Eu não sei porque você está fazendo isso. – Ele disse sentindo um estranho embargo em sua garganta, seu pomo de adão subindo e descendo de um jeito irritante. - Mas, vou respeitar sua decisão, mesmo que não concorde.

Ele disse enfim se levantando, pois já tinha ultrapassado todos os limites de seu orgulho, por algo que aparentemente não era para ser.

— Uryuu, por favor não faça assim. - Ela disse se levantando e apressando o passo na direção dele que permaneceu de costas para ela, apenas para ela não vê-lo chorando.

O fim de cinco anos de relação não o fez chorar uma única lágrima, mas o fim de algo que talvez nem tenha o começado o fez chorar como há muito não fazia.

— Sayonara, Arisawa-san. - Foi tudo o que ele disse, pois se ele olhasse para trás ele continuaria quebrando seu orgulho para algo que no fim não valia a pena.

Orihime continuava abraçada a suas almofadas tendo as mesmas, como seu único consolo, enquanto apenas para se martirizar ela olhava para a foto enviada por Matsumoto.

Seus olhos marejaram-se, enquanto um filme passava em sua cabeça.

O primeiro encontro.

O segundo encontro.

A briga.

Ele pedindo desculpas.

O passeio na praia.

O primeiro beijo.

A dança e o segundo beijo.

O tempo que eles passaram naquele sofá vendo comédia ruim ou apenas conversando. 

A ida ao aniversário e a primeira noite deles que foi especial, mesmo sem eles terem feito nada do que "adultos apressados" fazem.

E agora o fim inesperado enquanto ela chorava sem parar, ao mesmo tempo que lembrava das palavras ditas por seu irmão em seu leito de morte:

"Jamais dê o direito a alguém de magoar você Orihime, muito menos lhe ofender."

Aquela foto fazia as duas coisas ao mesmo tempo e o causador era o ruivo agarrado a uma garota do tipo que ela nunca conseguiria ser, e isso só a deixava ainda mais triste.

Pois, estava de certa forma traindo seus sentimentos dessa maneira.

Por isso, com os dedos trêmulos e ainda mais atrapalhados, ela lutou com sua coordenação, ela lutou com seus sentimentos e com seus receios, mas enfim ela continuará escrever.

"Espero que sejam felizes, sayonara". - Ela escrevera enfim, mas vacilou na hora de enviar.

Mas, acabou por clicar, assim que viu a silhueta de Tatsuki entrando no quarto.

E a expressão chorosa de sua amiga, denunciava que as coisas deram errado para sua amiga também.

Então as duas se abraçaram e choraram juntas suas amarguras amorosas.

SPLAFT!

Ichigo havia acabado de afastar Senna de si, a encarando de um jeito que deixou a moça exaltada.

Ela ainda tentou usar seu charme, mas aquilo não funcionou.

— Eu sei que você me quer, Kurosaki-kun. - Ela disse dando um sorriso presunçoso que praticamente esfregou na cara do rapaz, o óbvio.

Senna, sempre o tratou como um brinquedinho sexual, e ele se sentia enojado de si mesmo, por ter se deixado cair naquele tipo de expediente.

— Tenho nojo de você isso sim. - E isso lhe rendeu uma segunda bofetada.

— Como se atreve a falar comigo assim? - Ela perguntou o encarando de um jeito quase insano. 

Ichigo esfregou a mão nos cabelos tentando se acalmar, para não fazer merda.

Mas, ao olhar mais uma vez para Senna ele não sentiu nada. Então no fim, aceitou que não valia a pena continuar discutindo o que já passou.

Pois, em seu coração havia uma única mulher, e seu nome era Orihime.

Essa perfeição o fez rir como um lunático o que irritou a garota que fez menção de lhe bater de novo, porém dessa vez ele estava preparado e segurou sua mão.

Fazendo a recuar não pelo gesto em si, mas pelo desprezo que havia em seu olhar.

— Seja feliz, Senna. - Foi o que ele falou, antes de levar a mão nos bolsos e girar nos calcanhares com um aceno.

— Sayonara! - Ele dissera se sentindo leve como pluma, por estar conseguindo virar a página, enfim.

Ao longe ele escutou ela gritar um "volta", mas ele tinha superado sua síndrome de cachorrinho apaixonado.

Emocionado ele olhou para o mar e jurou ter visto o rosto de Orihime na quebra das ondas, no reflexo do céu e até mesmo nas nuvens.

Isso o fez sorrir, ao mesmo tempo que puxava o celular, estava morrendo de saudade.

Ele sabia que tinha de pedir desculpas, mas iria passar em uma floricultura para comprar flores, iria se ajoelhar a seus pés e pedi-la em namoro.

Ele se sentia um pouco bobo, com essa ideia, mas ele tinha certeza que sua princesa iria adorar algo assim e ela merecia todos seus esforços para fazê-la feliz, pois ele queria que aquilo desse muito certo.

Mas, tudo mudou quando ele abriu o celular e se deparou com uma mensagem inesperada


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