Megan depois de beber algumas doses de vodka chamou Murphy..

– Diga pra ele subir pelos elevadores de serviço. Assim ninguém vai ver ele. Now, vá! go! go..
– Tudo bem miss Megan!

O indiano foi procurar o hacker para dar o aviso enquanto ela foi na frente. Estava meio tonta por causa do álcool. Então ia andando mais devagar que o normal.
Chegou no terraço e se sentou em um banco bem perto da sacada que tinha uma vista maravilhosa da cidade.
Seu coração estava apertado, sentiu-se sozinha e triste, a bebida havia deixado-a melancólica e sensível. Porque ele não quis contar quem era? Será que só porque fazia bobagens não merecia ter um pouco de confiança?
Estava chateada, e nem sabia o porque. Mais ultimamente tudo o que ele achava a respeito dela era importante.
Por alguns segundos parou de pensar em seus problemas e ficou admirando a vista privilegiada que tinha..

“oh God.. É realmente uma cidade maravilhosa. As pessoas são tão different here, but é um different good.”

Pensava ela. De repente Davi sentou ao seu lado. Sem hesitar virou-se para ele - sua expressão baixa e seus olhos tristes denunciava que ela estava chateada - e perguntou:

– E então , porque não me contou ontem na praia que você era o golias?

Ele engoliu seco e fechou as mãos forte, não sabia o que dizer. Ela o encarava séria, com uma expressão de decepção e tristeza ao mesmo tempo. Ele se sentiu culpado e muito mal.

– Não queria que se afastasse de mim. - disse o nerd -
– Ou será que ficou com medo de que eu te entregasse pro meu Dad?! - Ele ficou calado e abaixou a cabeça. Ela continuou - Sabe Davi, eu achei mesmo que você era diferente, que podíamos ser bons friends que você gostava de mim. Via pelo jeito como me olha, mas você é igual aos outros. Acha que sou uma inconsequente que não merece like o mínimo de confiança...
– Não Megan, não é nada disso!
– É isso sim Davi. Com certeza você já leu nos sites o que dizem de mim e acreditou não é? Mas saiba que não me importo com a sua opinião, nem com a de ninguém! Estou cansada de apostar minhas fichas em pessoas que acham que só porque eu tenho tudo, eu não tenho sentimentos, que não preciso de nada.. - Ela começou a Chorar - Olha só não fala mais comigo okay, finja que não existo pra você.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Bons amigos? Ele repetia mentalmente. Não queria ser seu amigo, queria mais que isso. E viu nos olhos dela que era recíproco. E se arrependeu de não ter dito a verdade. Ela continuou dizendo que ele não confiava nela. Ele sentiu o coração apertar quando ela começou a chorar.
Ela queria que ele a deixasse em paz, mas como? Se foi por ela que ele entrou no concurso, foi por ela que se arriscou. Não ia deixá-la sair assim da sua vida. Ela se levantou, mas ele a puxou.

– Por favor me desculpa. Eu não confiei em você, é verdade, mas me arrependo. E eu nunca acreditei em nada do que li.
– Me largue, você está mentindo. Acha que sou like a insane..
– Não, não acho, acho que você só é uma garota carente que precisa de carinho. - secou suas lágrimas -
– Davi..

Ela estava bêbada e começou a Chorar mais ainda. O álcool havia feito bastante efeito. Ela se aninhou nele que a abraçava com carinho e passava a mão em seus cabelos.
Ficaram assim por alguns minutos. Depois que ela parou de chorar se afastou dele..

– Você já tá melhor? - perguntou o hacker -
– Yeah, thanks. - respondeu a bad girl secando as lágrimas com o dorso da mão -
– Espero que ainda me queira como amigo - Ele disse apesar de doer -
– Sorry.. Eu não devia ter dito isso.. não tenho direito de te cobrar nada..
– Você ficou chateada, - interrompeu ele - tinha o direito de se expressar, mais acho que beber não ajudou muito.

Ela encolheu os ombros meio envergonhada, sentindo uma pontada de dor de cabeça se aproximando.

– Eu acho que já vou indo.. - disse ela virando as costas e andando em direção aos elevadores -
– Espera, quero falar com você. - disse ele fazendo-a parar e voltar -
– Oh Yeah, foi o que me disse a algumas horas. . Mas eu não deixei right? - disse ainda mais envergonhada -
– É que você deixou cair isso aqui lá na praia ontem. - disse o nerd tirando o Marraphone dela do bolso da calça -
– Oh God.. - Ela riu pela primeira vez desde que ele havia chegado - Eu pensei que estava em casa.. - disse a loirinha pegando de sua mão - thank you!!
– Por nada.. E ai, vamos voltar pra festa?
– Yeah..

Eles foram caminhando lentamente até a porta dos elevadores, estavam lado a lado, a tensão que tinha ali à poucos segundos havia se tornado pó, pois nada sobrou além de sorrisos.
Levemente distraída com seu Marraphone, (que estava absolutamente lotado de mensagens) Megan pisou em falso, fazendo seu corpo curvar-se em direção ao chão. A queda parecia certa, sem chance de parar. Mas duas mãos fortes a ampararm antes que pudesse tocar o chão, trazendo de volta para cima.
A forca e delicadeza com que ele a puxou despertou nela uma vontade de ter essa pegada de novo.

Seus corpos estavam colados, o coração se acelerou de um momento para o outro, a respiração ofegante e o desejo inevitável. Como um dejavu da praia eles estavam se fitando, alternando entre a boca e os olhos.
Ela decidiu não que iria deixar aquela cena se repetir, então em um impeto puxou seus cabelos e lhe trouxe para bem perto de si, onde suas bocas ficaram se enconstando.
Com essa proximidade o desejo dela simplesmente aumentou, e como uma boa predadora tratou logo de atacá-lo. Avançou em sua boca sedenta, beijando, mordendo, como se fosse o último. Ele a apertou forte e correspondeu ao beijo com ainda mais intensidade. Suas mãos subiam e desciam por suas costas e pescoço. Ela arranhava suas costas, puxava seus cabelos.
Quanto mais beijavam mais sedentos ficavam, era como uma necessidade, uma fome interminável, nunca estavam saciados.

Ele desceu os beijos para o seu pescoço, ela gemia, estava ficando quente demais ali..
Ele a puxou mais para si, sua proximidade era tanta que até poderiam ser um só corpo.
Em um movimento rápido ele levantou suas pernas que se enroscaram em seu quadril, os corpos de ambos ardiam em um calor incontrolável, um prazer inexplicável. Ele foi andando com ela em seu colo até o parapeito da janela, onde a sentou , segurando em suas costas com firmeza, dando segurança. Ele finalmente separou os seus lábios dos dela e ficou olhando admirado. Não se importava com o cheiro terrível de vodka do hálito dela, o que importava para ele era o doce gosto de seus beijos.
Ela sorria e mordia o lábio inferior com cara de menina sapeca, então querendo mais daquele momento o puxou pelo quadril com suas pernas e começou outra sessão de beijos intensos..
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Quando Megan finalmente se deu conta que haviam passado muito tempo ali, deu um pulo um tanto perigoso do parapeito.
Ajeitando as mechas do seu cabelo bagunçado e remexendo na bolsa. Davi a olhava sorridente, com vontade de atacá-la mais um pouquinho. E foi o que fez. Se aproximou dela devagar e a puxou com força virando seu corpo para sí, ela o olhou com cara de safada, mas logo lembrou-se que teriam de voltar pra festa.

– Stop Davi. Me largue right?
– Porque? Se eu tô vendo nos seus olhos que você ainda quer mais.
– Come on.. - ela deu um selinho nele - Precisamos voltar pra festa, now!!
– Ah, ninguém vai dar nossa falta.
– Oh God!! Okay, é o seguinte Davi, eu vou descer. Se quiser pode ficar ai. Right? Depois nos falamos. Bye… - ela se virou mais ele a puxou de volta -
– Espera!! O que aconteceu aqui…. Você não vai me ignorar e fingir que nada aconteceu, né?!
– Não mesmo!! - ela voltou e deu um beijão nele de tirar o fôlego - Me ligue mais tarde. - disse e saiu caminhando até os elevadores, onde segundos depois desapareceu.