Little Big Brother escrita por Nicholas Sanders


Capítulo 3
III - Who Am I?


Notas iniciais do capítulo

Olá, senhoras e senhores! Consegui trazer o capitulo para vocês, felizmente! Tinha empacado nele até hoje(ontem, para vocês), mas consegui terminar!
Para quem está acompanhando minha outra fanfic, Addiction, um aviso: Ela vai ser postada assim que possível! Estamos em fase de betagem e é um pouco demorado, mas em contra partida a qualidade da escrita de Addiction é muito melhor que de LBB! Haha

Boa leitura!

PS: Feliz Halloween! E quem mais está de luto pela morte de Lily e James? çwç Vou vestir preto o dia todo, haha.



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Thomas deitou-se observando o teto distraído. Seu cérebro não conseguia compreender porque infernos aquilo estava acontecendo. Era impossível. Aquilo não podia ser real, poderia? Era impossível! Harry Potter não poderia ser real.

Mas ele não conseguiu ignorar no fundo de sua mente a vozinha irritante que lhe dizia que ele achava que seu nome era Harry quando tinha acordado pela primeira vez depois do incidente. E, acima de tudo, ele não podia ignorar a vozinha que dizia que ele já tinha visto aquela cena antes... Severus e Lily, mas... sem ele.

Isso o apavorou. Não fazia sentido. Ele não queria aceitar. Fechou os olhos, respirando fundo e tentando permanecer calmo. Não era bom fazer muito barulho. Sev odiava quando era acordado no meio da madrugada pelos hábitos insones do irmão.

Mas e se... Ele se permitiu pensar. E se for real?

Pela primeira vez, ele permitiu esse pensamento, seriamente. Se fosse real, infelizmente, tudo fazia mais sentido. Explicaria porque ele não se lembrava muito do passado com Severus, mesmo que sua memória ressurgisse quando alguém contava um fato. Explicaria porque ele tinha a sensação que já sabia de tudo que estavam ensinando-o na escola. Explicaria porque nada do que Eileen falava para ele era uma surpresa. Ele já sabia sobre magia. Como... Como Harry Potter.

Engoliu em seco. Eu sou Harry Potter, repetiu, mentalmente uma e outra vez. Eu sou Harry Potter. Eu sou Harry Potter.

Ele se sentiu um idiota, desde que aquilo soava muito mais crível agora. Soltou uma risada um pouco baixa e histérica.

Bem, eu posso só ter feito um acordo com o diabo para voltar ao passado como o irmão do professor seboso de poções. É claro que isso é crível. Com certeza, porque não?

Ele fechou os olhos. Esperaria. Esperaria seu aniversário de onze anos, esperaria primeiro de setembro.

James Potter e Sirius Black. Lembrou. Se eles estiverem lá, é real. Muito real.

Bom que Thomas era um garoto paciente.

TS-TS-TS-TS-TS-TS

Nas semanas que se seguiram, Thomas, Severus e Lily passaram a se tornar cada vez mais amigos. Bem, Severus e Lily estavam se tornando amigos. Thomas estava lá só para impedi-los de se meter e encrencas, ou para tira-los das que eles se enfiaram. Se qualquer coisa, o menino se sentia como uma babá mal paga. E, considerando que ele possivelmente tinha mais de dezoito anos mentalmente, fazia sentido. Ele gostava de pensar sobre isso, uma vez que aceitou a possibilidade. Era engraçado e ele se sentia menos culpado de não gostar muito das crianças da sua idade. Sev e Lily eram os únicos, mas, mesmo eles eram supreendentemente maduros. Sev por causa do abuso e Lily porquê... bem, ela era Lily. Ela era simplesmente anormalmente inteligente para sua idade.

Não uma aberração inteligente como Thomas, mas, mesmo assim.

Conforme o tempo passou, o moreno se sentia cada vez mais estranho. Eileen dizia que era a puberdade chegando. Levou algum tempo para perceber que era a puberdade mágica, e não a fisiológica que ela estava falando. Explicava muito do porque ela ria quando ele corava no instante que ela entrava nesse assunto.

A puberdade mágica era o ponto mais alto do início do amadurecimento da magia. Normalmente ocorria em torno dos treze anos e era o ponto que sua magia ficava mais descontrolada e forte. Mentalmente ele se lembrou de Harry Potter fazendo a tia virar um balão aos treze anos.

Thomas se sentiu satisfeito, porque isso significa que sua magia amadureceria antes, o que o permitiria controla-la melhor pelo tempo que ele estivesse no colégio. Infelizmente, seu pai não era muito satisfeito. Sua magia acidental simplesmente explodia a cada poucos segundos, e foi muito difícil explicar para os vizinhos porque ele estava no telhado depois que tinha sido trancado no porão e tinha começado a se sentir claustrofóbico.

Era o último semestre de aula antes do verão que ele faria onze anos quando as coisas se tornaram confusas. Ou mais do que já eram, para falar a verdade.

A escola tinha organizado uma excursão e, de primeira, nem Sev, nem Thomas iriam. No entanto, após uma ligação da escola questionando porque Tobias não iria deixar, eles foram permitidos. Isso, é claro, após uma grande rede de gritos e uma surra bastante ruim, quando Tobias decidiu que os meninos tinham armado isso para poderem ir. Além disso, Tobias tinha ficado com muita raiva quando o cinto que ele estava usando para bater neles tinha se tornando um ursinho de pelúcia graças a magia de Thomas. A raiva dele era tanta que, mesmo com o bichinho sendo fofinho e macio a surra ainda tinha doido como o inferno.

A excursão seria para uma casa de campo em Lake District, um pequeno distrito ao norte da Inglaterra. As crianças pegaram o trem na sexta feira no período de aulas e ficariam até domingo à tarde, quando pegariam o trem de volta para a cidade. Thomas estava se contorcendo sob os vergões em suas costas durante a viagem quanto ele foi chamado pela professora. Saiu do vagão com um olhar confuso para seus dois amigos, e a seguiu obedientemente.

— Sente-se, sr. Snape. — A professora pediu, apontando para o compartimento que ela e a diretora estavam usando para a viagem.

O menino obedeceu, inquieto. Ele observou a diretora e a professora. Ambas eram mulheres de mais de trinta anos, a diretora beirando aos sessenta, com cabelos grisalhos. O semblante de seus rostos era um pouco sombrio, mas ainda amigável, de forma que ele ficou aliviado que não estava encrencado. Thomas esperou silenciosamente, curioso porque ele tinha sido chamado.

— Sr. Snape, espero que compreenda nossas preocupações... — começou a diretora. — Quanto a sua saúde.

O moreno tentou controlar o sentimento de ansiedade que subiu por seu peito. Mesmo com muita leitura sobre psicologia, isso não tinha feito-o imune a seus sentimentos. Ele sabia que um olhar de cautela atravessou seu rosto quando percebeu o olhar de preocupação da professora.

— Claro que compreendo, senhora. — disse, respeitosamente. — Creio que é importante para a instituição ter interesse pela saúde de seus alunos, é claro.

A mulher mais velha assentiu, concordando.

— Sim. No entanto, a professora Smith tem vindo a notar um padrão curioso em seu comportamento...

— Com licença, senhora. — Thomas interrompeu, ainda em tom respeitoso mas levemente aborrecido. — Se isso é uma palestra sobre meu comportamento antissocial...

— Não, não! — Ela garantiu, gentilmente. — Professora Smith admitiu que é perfeitamente aceitável, considerando seu interesse por assuntos acadêmicos. Enquanto gostaríamos de ressaltar que seria bom se você tivesse mais contato com as crianças da sua idade, é perfeitamente compreensivo.

O garoto suspirou e assentiu, incomodado. Se não era isso, as coisas tinham entrado num terreno perigoso. Ele se apoiou cuidadosamente no banco, controlando o estremecer pelos vergões em suas costas.

— Sinto muito pela interrupção, então.

— Infelizmente, sr. Snape, a preocupação que veio foi quanto a... uma certa... forma como você se move, nas aulas de educação física.

O garoto piscou, confuso.

— Thomas... — Dessa vez foi a professora Smith que falou. — Alguém bate em você?

O coração de Thomas acelerou e ele piscou, um pouco em choque.

— O... O que? — gaguejou. — Não, não! Ninguém bate em mim, o que deu essa ideia, perdoe-me o atrevimento, mas, estupida?

A professora e diretora trocaram um olhar e o garoto não podia se sentir mais nervoso. Como isso tinha acontecido, afinal?

— Durante a aula da última quarta-feira. — A professora começou. — Tivemos corrida por obstáculos. Lembra-se disso?

Thomas assentiu, nervosamente.

— Seus passos. Você estava mancando a aula inteira, sr. Snape. Fomos investigar o caso, desde que você não se aproximou para avisar de um ferimento que o impedia de realizar a atividade, e descobrimos que houveram doze casos semelhantes, além de alguns relatos de alunos e da bibliotecária que você parecia com dor no braço o tempo todo.

— Ficamos suspeitos. — Admitiu a diretora. — Você está sempre de manga comprida mesmo conosco estando já perto do verão. A partir disso, pegamos outros sinais... Submissão, inquietação, dificuldade de concentração, não gostar de ser tocado...

— Metade desses são simplesmente um fato das minhas tendências antissociais. — protestou. — Ninguém me machuca.

Elas o observaram atentamente. Thomas se sentiu um pouco invadido, mas permitiu, teimosamente. Ele não iria demonstrar isso. Era o segredo, ele tinha que mantê-lo!

— Certo. Pode ir. — A diretora finalmente disse, após alguns momentos.

O menino saiu o mais rápido dali que pode.

TS-TS-TS-TS-TS-TS

Thomas observou o sangue escorrendo pelo chão com um sorriso fraco pelo rosto. Ele tinha feito isso nos últimos dez minutos. Depois da volta da viagem, pai tinha sido realmente irritado. Aparentemente a diretora tinha tido a incrível ideia de reportar o que ela achava para ele. O menino agora trancado no sótão não pode fazer muito mais que manter-se respirando quando o homem mais velho esfaqueou seu ombro repetidamente.

Doente. Murmurou, mentalmente. Mas é até engraçado.

Muito, muito engraçado que aqueles que tinham tentado ajuda-lo eram os responsáveis por seus ferimentos. Se o tivessem deixado quieto, isso não teria acontecido. Nada disso teria acontecido.

Estupidos.

Ninguém podia ajudar. Naquele momento ele sabia mais do que tudo. Ninguém podia ajuda-lo. Tudo o que ele podia fazer era se calar, esconder o máximo possível, e continuar respirando.

Sempre respirando. Enquanto ele respirasse, tudo estaria bem.

O garoto fechou os olhos, tossindo dolorosamente e apertando a mão contra o corte ensanguentado.

Apenas mais alguns meses...

Mais alguns meses para os onze anos. E eu vou para Hogwarts.

Com o espirito mais leve, o menino caiu no sono.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Se gostaram, por favor, deixem um comentário falando sobre isso! E se não gostaram, bem, deixem um comentário me dizendo no que melhorar! Faz quase um ano que não escrevo nada solo, então estou meio enferrujado, e, com a ajuda de vocês, talvez essa história chegue a ser incrível!
Estou sempre disposto a ler os comentários e responde-los, então, não fiquem tímidos(as), senhores(as)!

Até o próximo capitulo!

Ass: Nicholas Richard Sanders