Little Big Brother escrita por Nicholas Sanders


Capítulo 2
II - Severus and Lily


Notas iniciais do capítulo

Olá, senhoras e senhores! Segundo capitulo de LBB aqui! Espero que gostem, realmente!
As atualizações devem ser feitas aos sábados, provavelmente. Vou tentar manter um ritmo de postagem toda semana, ou a cada duas semanas, pelo menos, ok?



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Na manhã seguinte a cabeça de Thomas doía como nunca e ele se sentia tonto. Abriu os olhos, um tanto confuso com o quarto que tinha acordado... Antes que os acontecimentos do dia anterior o atingissem e ele gemesse.

Oh, certo. Esse é meu quarto.

Olhou para o lado, e viu a outra cama vazia e arrumada. Piscou, e observou uma figura se movimentando. Era um garoto, um pouco mais velho que ele, magrelo e de cabelos pretos oleosos como os de sua mãe. Ele tinha pele pálida e um nariz meio adunco. Snape, veio à mente de Thomas. Severus Snape.

— Sev? — chamou baixo, testando o apelido. O garoto mais velho o olhou imediatamente, confuso. Um brilho de raiva passou por ele quando caminhou para o garoto ainda deitado.

— Idiota. — Severus sussurrou raivosamente para ele. — É sua culpa!

Os punhos do menino se fecharam e ele parecia enfurecido. Como se quisesse realmente bater em Thomas. O moreno mais novo se encolheu, sentindo medo do olhar assustador que Severus lhe dava, além de olhar cautelosamente para as mãos do mesmo. Ele tinha a sensação que o irmão não se sentiria mal de soca-lo.

— O que? — Tentou perguntar, confuso. Não se lembrava de ter feito nada.

— Por sua causa, mamãe e papai brigaram novamente! — Severus esbravejou, puxando o cabelo de Thomas com raiva. A dor era surda e Thomas sentiu que estava acostumado a isso. Se silenciou rapidamente antes que um pequeno gemido escapasse por sua boca. — Eu queria que você nunca tivesse nascido! É tudo sua culpa, seu... seu... anormal!

Lágrimas surgiram nos olhos de Thomas antes que ele pudesse impedi-las. Um beicinho se formou e o garoto se sentia completamente arrasado. Ele nem sabia o que tinha feito para ser tão odiado! Além do mais o nome Anormal enviou um frio pela sua espinha. Ele realmente não gostava de ser chamado assim.

Severus o soltou, em lágrimas ele mesmo.

— Desculpe. — murmurou, confundindo Thomas novamente. — Não é sua culpa, e você não é um anormal, Tommy, mas... mas você estava tão pálido ontem e... e... Mamãe ficou preocupada. — O olhar ciumento dele não foi perdido por Thomas, que começou a se sentir culpado. — Ela brigou com papai por causa disso, de novo. Disse que você não se lembrava de nada.

Thomas negou com a cabeça.

— Eu lembrava do seu nome. — informou, numa tentativa de aplacar o rapaz. Funcionou, se o rubor de Severus era qualquer indicação. — Mas só isso eu... — Thomas mordeu o lábio. —Não sei. Estou confuso, Sev...

Severus suspirou e abraçou o irmão, esfregando cuidadosamente onde ele tinha puxado o cabelo de Thomas, com um olhar de culpa.

— O que precisa saber? — perguntou.

— Eu... Uh... Não sei. Tobias, quero dizer, papai... — corrigiu-se. — Ele... O que ele fez comigo?

O rosto de Severus escureceu.

—Papai... bem, você estava sentado na escada, brincando com sua magia... — A memória se formou na cabeça de Thomas, conforme ele falava. E magia. Ele se sentiu grato que se lembrava disso. — Papai viu, e ficou furioso. Ele gritou... te chamou de um monte de coisas... — Na memória em sua cabeça, Thomas lembrava. Anormal, aberração, filhote do diabo. —Então te chutou da escada. Você caiu rolando e bateu a cabeça na quina da parede.

Thomas acenou com a cabeça, em reconhecimento.

— Agora eu lembro disso. — murmurou. — Lembro do que me conta.

Severus piscou e sorriu suavemente.

— Bom... O que mais quer saber?

— Quantos anos eu tenho?

— Você tem seis. — informou. — Eu tenho sete, mas você vai fazer sete em julho, também. Nasceu prematuro, sabe?

Thomas acenou com a cabeça, novamente.

— Entendi. — respondeu obedientemente. — Você me odeia, Sev?

— Não! — O rosto de Severus era assustado com essa ideia. — Não, eu não te odeio! Eu só... estava bravo. — admitiu. — Desculpe ter pegado pesado com você.

O mais novo sorriu vagamente, alegre.

— Ok. Perdoado.

Severus inclinou a cabeça para o lado, com um olhar um pouco confuso.

— Não vai brigar comigo? Você sempre briga comigo.

— Uh... Não, porque eu brigaria? Você disse que estava arrependido.

O garoto mais velho sorriu para isso. Interiormente, ele se alegrou. Ele preferia Thomas muito mais assim, se memória do que com. Quando ele tinha a memória, era muito mais parecido com papai. E Severus apenas odiava isso.

— Obrigado, irmãozinho.

O rosto de Thomas se iluminou e ele sorriu largamente para o agradecimento.

— De nada, Sev!

Nas próximas semanas, Thomas começou a perceber como eram as coisas na casa da família Snape. Tobias, seu pai era o que Thomas gostava de pensar como monstro sem coração. O garotinho tinha se acostumado rapidamente com a quantidade de lesões que ele recebia o tempo todo do pai. Muitas vezes, o adulto chegava em casa bêbado e irritado. Elieen brigaria com ele, por causa disso e depois sairia de casa para passar a noite na casa de alguma amiga, por causa da briga. O problema, que é Tobias sempre era muito bravo após isso, que significava que um dos irmãos receberia uma surra enorme.

Além disso, Thomas se encontrou muito protetor com seu irmão mais velho. Apesar da pouca idade, o garoto mais novo se sentia como alguém com três vezes aquela idade. Por causa disso, ele desenvolveu o habito se se colocar em problemas toda vez que Tobias parecia estar bravo com Sev. O menino mais novo tinha várias marcas do cinto além de hematomas decorando seu peito, agora. Mas era orgulhoso delas, sabendo que não tinham atingido Severus.

O menino mais velho, no entanto, sempre tinha sido bravo com Thomas por causa disso. Na primeira vez, tinha ficado dois dias sem falar com o irmão mais novo, após a discussão de ambos sobre isso. Thomas afirmou irrevogavelmente que iria continuar a fazer isso para impedir Severus de se machucar. Apesar dos melhores esforços do mais velho para impedi-lo disso, Thomas continuava teimosos em sua decisão.

Eileen não parecia realmente notar o abuso, pelo que Thomas percebeu. Ou preferia não notar, acreditando nas desculpas ruins de Tobias para isso. Elas variavam desde tropeçar e cair, até se meter em brigas com garotos mais velhos. Algumas vezes, Thomas tinha sido até punido por causa da desculpa. Eileen não bateria nos dois, no entanto. Geralmente, punição com ela significava ficar sem o jantar e a sobremesa. Thomas descobriu que não se importava, embora. Ele sentia que já tinha passado períodos muito maiores sem comida, antes.

A partir de seu sétimo aniversário, no entanto, Thomas começou a ter sonhos estranhos. Sobre um garoto chamado Harry Potter. Teve alguns pesadelos com os parentes dele, chamados Dursley, mas a maioria era sobre a escola de magia, Hogwarts, que sua mãe contava histórias de vez em quando.

Para ele, aqueles sonhos eram apenas sua imaginação ativa demais. Tobias tinha ficado aborrecido quando ele contou os sonhos animado com as aventuras de Harry, para Severus numa manhã, e aquilo tinha lhe rendido uma surra tão grande que Thomas nunca mais citou seus sonhos na presença de seu pai.

Mas seus sonhos nem sempre eram bons. Algumas vezes, ele acordava chorando, por causa de um sonho assustador, como quando Harry enfrentava uma pessoa assustadora com cara de cobra e olhos vermelhos chamado Voldemort. Não falou a Severus ou sua mãe sobre isso, mantendo seu pesadelo para si mesmo. Era só um sonho, afinal. Não havia com que se preocupar.

Thomas tinha se acalmado com a situação em alguns meses. As surras eram simplesmente um detalhe ruim em sua vida. Ele tinha outras coisas para compensar. A escola, por exemplo, era surpreendentemente agradável. Enquanto haviam alguns bullies que chamavam ele e a Sev de anormais, ele se saiu muito bem nas aulas. Ele não entendia porque, mas sentia que já sabia de tudo que estava sendo ensinado. Ele conseguia fazer automaticamente sem precisar de uma explicação do professor. Com isso, ele criou o habito de pegar livros na biblioteca para ler durante as aulas, focando principalmente em eletrônica, química e psicologia, vários temas que nenhuma criança da idade dele deveria se quer tentar entender.

E ele gostava muito, mesmo que tinham começado a chama-lo de rato de biblioteca, ou sabe-tudo. Na verdade, as provocações eram surpreendentemente infantis e, em sua mente, não havia com que se preocupar.

Os anos se passaram rapidamente para a mente de Thomas. Antes que ele pudesse pensar sobre isso, eles tinham nove anos de idade. Era agosto, e um calor danado, mas as crianças estavam de férias.

Foi quando ele a viu. Era uma menina pequena, de cabelos ruivos e olhos verdes. Ela ria, num balanço, juntamente com uma menina mais velha, de cabelos loiros e cara de cavalo. Thomas se sentiu... nostálgico. Mas não conseguia se lembrar onde ele as tinha visto.

Sev, ao seu lado, suspirou quando ela pulou do balanço no ponto mais alto. Seu rosto era uma marca de preocupação que passou para choque e felicidade rapidamente. Levou alguns segundos para Thomas descobrir porque.

Então ele viu. A menina de cabelos ruivos flutuou no ar até pousar suavemente no chão. Assoviou baixo em apreciação. Era uma boa magia. Ele não conseguia se fazer flutuar, mesmo que Sev dissesse que ele tinha um bom controle da sua magia acidental.

— Quem é ela? — Thomas perguntou para Severus, com um olhar curioso. Ele certamente teria notado se houvesse uma menina bruxa no bairro antes, não queria?

— Lily Evans. — O irmão mais velho respondeu, suavemente. — Ela é da classe A do nosso colégio. Você saberia se não tivesse o nariz enfurnado naqueles livros trouxas estupidos o tempo todo.

Thomas rolou os olhos para a antipatia de seu irmão contra seus livros. Severus odiava trouxas, principalmente por causa do pai dos meninos. Thomas se sentia impulsionado a concordar, mas preferia não criar um preconceito. Era como se aquele sentimento fosse algo horrível que ele nunca deveria pensar sobre.

— Oh. — Thomas soltou, notando que o irmão esperava uma resposta. — Acho que já ouvi esse nome na escola. — mentiu. Ele realmente já tinha ouvido o nome, mas não tinha sido na escola. Ele não se lembrava onde tinha sido, no entanto.

Severus assentiu e se levantou, caminhando na direção das duas irmãs (Thomas vagamente se perguntou porque ele as tinha definido como irmãs, em vez de simplesmente amigas), que agora discutiam.

— É que você é uma bruxa. — Ele disse, para a tal Lily, completamente ignorando a outra menina.

Lily olhou ofendida para ele, com os olhos um pouco marejados, até.

— Isso não é uma coisa agradável para se dizer! — repreendeu em tom mandão.

Severus abriu a boca, com as orelhas avermelhadas de vergonha, mas Thomas rapidamente foi a sua salvação.

— Não, não, sinto muito por meu irmão aqui, senhorita Evans. — Ele seu um sorriso angelical, que tinha aprendido como uma boa forma de acalmar as pessoas. Assim como a educação. Estava tudo em seu livro de psicologia. — Mas ele quis dizer que a senhorita é uma bruxa, mas não como aquelas dos contos de fadas, e sim um ser humano capaz de usar magia.

A ruivinha olhou para ele, com o olhar um pouco confuso.

— O que eu faço é... Mágica? — perguntou, hesitante.

— Sim, é. — Severus disse, acenando com a cabeça freneticamente, com um olhar agradecido para Thomas. Ele quase tinha feito uma má impressão com Lily.

Thomas achou engraçado que ele gostava da menina ruiva. Deu um sorriso malandro para o irmão. E abriu a boca para dizer que ambos também eram bruxos, mas a menina loira foi mais rápida.

— Baboseiras! Eu sei quem vocês são, é o maluco perdedor Severus Snape, e o irmão sabe-tudo Thomas Snape!

— Isso não foi muito agradável, Tuney... — admoestou a irmã, incrédula com a falta de educação. A menina loira empinou o nariz, aborrecida.

— Bem, pelo menos ela sabe quem nós somos. Acredito que isso nos faz famosos, Sev. — Thomas riu, bem-humorado. — Mas nós somos iguais a você, senhorita Evans. Eu e Sev somos bruxos.

— Me chame de Lily. — pediu a menina ruiva, com um pequeno corar. Sua irmã saiu de perto, como se eles tivessem uma doença contagiosa e foi para o outro lado do parque, ainda com uma postura mimada. — E... Isso significa que vocês sabem fazer magia, também?

Os meninos assentiram.

— E um pouco mais também. Tommy gosta mais de magia, mas eu prefiro poções, como a minha mãe. — Severus contou.

— Poções? Como... com olhos de sapo e coisas assim?

— Bem, é... É o único tipo de magia que dá para fazer sem uma varinha. — Severus explicou.

Bem, não exatamente. Thomas pensou, então piscou confuso. Espere, eu não sei disso, sei? E balançou a cabeça. Isso era confuso.

As crianças passaram o resto da tarde conversando, até as seis horas quanto Severus e Thomas tinham que voltar para casa antes que pai chegasse e ficasse bravo. Eles descobriram que o nome da irmã de Lily era Petúnia, e que elas moravam algumas ruas abaixo da rua da Fiação, mais próximas da parte... rica da cidade.

Naquela noite, se recuperando de um par de tapas na cabeça, com uma pequena bolsa de gelo que um assustado Severus trouxe para ele, foi que caiu a ficha.

Lily Evans e Petúnia Evans são iguais da mãe de Harry Potter e a tia dele!

Pela primeira vez ele contemplou isso. As aventuras de seus sonhos não poderiam ser reais, poderiam?


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Se gostaram, por favor, deixem um comentário falando sobre isso! E se não gostaram, bem, deixem um comentário me dizendo no que melhorar! Faz quase um ano que não escrevo nada solo, então estou meio enferrujado, e, com a ajuda de vocês, talvez essa história chegue a ser incrível!
Estou sempre disposto a ler os comentários e responde-los, então, não fiquem tímidos(as), senhores(as)!

Até o próximo capitulo!

Ass: Nicholas Richard Sanders