Romeu e... Evans? escrita por Dreamer


Capítulo 2
Vou ter que respirar o mesmo oxigénio que ele...




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/652118/chapter/2

Lily's POV

– Senhor Potter, senhor Black. – disse o professor Slughorn. – Entrem, mas que isto não se volte a repetir.

– Claro. – disse o Sirius em tom de gozo.

Eles vieram sentar-se na nossa bancada.

– Eu disse-te. Devíamos ter apostado.

– Apostado o quê Aluado? – perguntou o Potter, que estava sentado ao lado do Remus.

– Eu disse que vocês iam chegar atrasados e a Lily achou que vocês iam faltar o dia inteiro.

– Ah, Lily. Tu subestimas-me.

– Lily é só para os amigos, para ti é Evans. E já que não me deixaram dormir e por vossa causa quase cheguei atrasada, deixas-me ao menos assistir à aula?

– O quê? Isso é incrível! Eu consegui que a Lily Evans chegasse mais tarde! Isso é um feito único! – ele disse como se fosse a melhor coisa do mundo.

– Pois eu ainda não consegui fazer com que tu te calasses, uma pena. Não achas? – comecei a irritar-me.

– Claro, tu não sobreviverias um dia sem ouvir a minha bela voz.

– Não.

– Sim.

– Não.

– Sim.

– Não.

– Sim.

– Pessoal, não é que eu não goste de vos ouvir discutir, mas daqui a pouco o professor repara. – o Remus interrompeu, tinha me esquecido que ele estava ali…

Concentrei-me novamente na aula. Mas consegui ouvir algumas risadas vindas da bancada atrás da nossa.

Quando a aula terminou arrumamos as nossas coisas e fomos para de baixo da nossa árvore. Bom a árvore não é mesmo nossa, mas este é o nosso quinto ano em Hogwarts e desde sempre que vamos para de baixo desta árvore, por isso tornou-se parte de rotina. Quando chegámos lá sentámos-mos em roda e começamos a conversar animadamente. Já eu estava um pouco distraída enquanto lia o meu livro.

– Lily!

– Ãh? O quê? Desculpa Alice, estava distraída. O que é que disseste?

– Eu disse que há boatos de que o Amos Diggory está a pensar em convidar-te para sair.

– O que é que esse Diggory quer com a Evans? Ele não tem a mínima hipótese! Porquê que ele não se vai meter com as amiguinhas dele e nos deixa em paz?!

– Meu Deus James! Estás louco? Quem não te conhecer vai dizer que tu estás com ciúmes. – disse a Dorcas tentando conter o riso, tal como todos os outros, só eu é que não percebi a piada?

– Isso não importa. – disse a Alice, cortando o Potter que ia responder à Dorcas. – O que é que tu achas disso Lils?

– Hum, bom para ele…

– Bom para ele? Lily, tu estás bem? Ele é um dos rapazes mais giros do nosso ano! – como sempre a minha cara Marlene é uma exagerada.

– Pode até ser, mas eu não tenho tempo para isso. Tenho mais que fazer. – disse voltando ao meu livro.

Percebendo que não iam conseguir mais nada, mudaram de assunto. Eu concentrei-me no meu livro, até um idiota me interromper.

– Evans, lembrei-me agora, a minha mãe pediu para te dizer que hoje tu… - ele olhou para o Sirius como que pedindo ajuda e este começou a rir descaradamente na para dele.

– Que eu… - eu disse incentivando-o a continuar.

– É que os nossos pais vão a um jantar com uns antigos colegas da universidade e a tua mãe e a minha… - ele respirou fundo – combinaram que, como devem chegar tarde, tu vais dormir em minha casa.

– Hum, ok… - eu disse, mais nesse momento eu realmente reparei no que ele tinha dito. – Espera! O QUÊ? A minha mãe pretende que eu divida a mesma casa CONTIGO?

– Eu também não estou feliz com a situação ok? As nossas mães preferem que fiquemos juntos em vez de estarmos sozinhos, cada um na sua casa. Eu acho que é uma loucura já que nem conseguimos ficar juntos durante uma refeição, quanto mais durante uma noite. Mas fazer o quê?

Enquanto ele falava eu quase que ia tendo um ataque. Eu? E o Potter? Eu vou ter que sobreviver às brincadeiras idiotas do Potter durante uma noite inteira!

– James, acho que devias ter mais calma, isto é muito para a Lily assimilar. – disse o Frank.

– Nem me digas nada! A coitada parece que está a ter um ataque! – disse o Sirius enquanto se agarrava à barriga, que já lhe doía de tanto rir.

– Lils, tem calma. Respira. – disse a Dorcas tentando acalmar-me.

Mas eu não conseguia acalmar-me. A única coisa que eu pensava naquele momento era que teria que ficar com o Potter. Uma noite inteira. Na mesma casa. E a respirar o mesmo oxigénio que ele. Respira fundo Lily, expira, inspira. Calma. Tu aguentas, é só uma noite.

– Eu… eu estou bem.

– Ótimo, agora já posso terminar?

– O QUÊ? AINDA TEM MAIS?

– Sim, mas esta é a parte boa. A minha mãe disse que podíamos leva-los. – ele disse apontando para os nossos amigos. – Segundo a minha mãe, eles vão impedir-nos de cometer um homicídio. Por isso, se quiserem, podem fazer-nos companhia.

Eu olhei para as minhas amigas com um olhar suplicante. Elas entreolharam-se e a Marlene manifestou-se:

– O que é que tu nos pedes a chorar que nós não fazemos a sorrir?

– Obrigada! Obrigada! Obrigada! – disse a cada uma enquanto as abraçava.

– Bom, eu suponho que nós também vamos. – disse o Remus buscando a confirmação de cada um dos rapazes, todos eles assentiram. – Afinal, temos que evitar que a Lily mate o aqui o Prongs.

– Claro! Não podemos ficar sem o nosso veado preferido! – disse o Sirius.

– É cervo idiota. Cervo!

O sinal tocou novamente indicando o final do intervalo. Todos nos levantamos e fomos de novo para as aulas.

[…]

O sinal indicou o final da última aula.

– Estava a ver que a aula nunca mais acabava! – disse a Marlene quando saímos e todos assentiram.

– Eu juro que quase que adormeci. – disse a Alice.

– O Sirius passou a barreira do quase. Foi impossível para mim adormecer com os roncos dele! – disse o Potter.

– Por acaso eu achei a aula bastante interessante.

– Mas tu és única Lily. – disse a Dorcas.

– Não! Aposto que o Remus também achou interessante!

– Desta vez eu concordo com eles Lils, desculpa.

Continuamos a andar até chegarmos à estação. Perto da escola existe uma estação de comboios a Estação de Hogwarts. Nós costumamos ir todos juntos e cada um vai saindo na sua paragem. Hoje de manhã eu perdi o comboio por isso tive que ir a pé.

Já todos tinham saído nas suas respetivas paragens. Agora restávamos apenas eu e o Potter.

– Lá no fundo tu sabes que não vai ser assim tão mau. – ele disse de repente.

– Desculpa?

– No fundo tu sabes que esta noite não vai ser assim tão má.

– Potter, só o facto de estar contigo agora me incomoda. Quanto mais estar contigo durante uma noite inteira.

– Tu dizes isso, mas na realidade eu sei que tu gostas de mim.- assim que ele terminou de falar eu comecei a rir.

– Tu só podes estar a brincar comigo. Potter, eu odeio-te.

–E eu também te odeio.

– Ótimo, ainda bem que esclarecemos a situação.

Ficamos em silêncio o resto da viagem. Saímos na estação King's Cross e fomos lado a lado o resto do caminho até às nossas casas. Quando chegamos à frente da minha casa paramos e encaramos-nos por momentos. Quase simultaneamente viramos costas um para o outro, ele foi para a casa ao lado e eu entrei em minha casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

espero que estejam a gostar! comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Romeu e... Evans?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.