The Pupil of The Hawkeye escrita por Luíza BM


Capítulo 16
An error. A switch.


Notas iniciais do capítulo

Obrigado a todos que comentaram, que estão lendo a fanfic e que estão acompanhando.

Tradução do título do capítulo: Um erro. Uma troca.



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Base/Casa: Jovens Vingadores.

{Uma semana depois.}.

—... Então foi isso o que exatamente aconteceu entre mim e o Clint, por isso que eu estou/estava tão mal, Billy, é que... Ele é como um pai pra mim. – Falava após mais de uma hora explicando para William sobre o acontecido, mas isso não queria dizer que ele estava lhe ouvindo. – Entende?- Se virou voltando ao encarar não acreditando no que estava acontecendo. –Sério isso? Me deixou esse tempo inteiro falando sozinha, Billy?!

Wiccano, na verdade, estava tentando se controlar. Estava se dividindo entre prestar a atenção em sua amiga e concluir o importante feitiço que estava fazendo enquanto flutuava sobre o chão de seu quarto, ele podia a ouvir, mas não a responder. Era frustrante para ele aquilo tudo, mas sabia que ela estava precisando desabafar. Katherine só tinha o procurado na hora errada para fazer tal ato.

Bishop bateu o pé contra o piso de madeira em protesto. – E eu pensando que você era o único que podia querer ouvir meus problemas já que tem solução pra tudo e sempre sabe o que dizer... Obrigada por me ouvir, é muito legal da sua parte não me responder, Billy. 

William se atrapalhou no meio do modo ‘infantilidade’, que Bishop estava no momento, sem querer acabou misturando as palavras certas para o feitiço com o nome de Katherine no meio.  Assim o feitiço foi quebrado atingindo o alvo errado fazendo a Gaviã a fazendo tombar no chão na mesma hora já desacordada.

— Kate... – Murmurou já sentado no chão enquanto colocava a cabeça da mesma em cima de seu colo. – O que foi que eu acabei de fazer?! – Perguntou para si mesmo em um tom mais alto. – Só, por favor, não esteja morta...

Desejou enquanto a puxava para seus braços. Levantou com a mesma no colo abrindo um portal apressado até a casa de sua mãe, Wanda, talvez ela pudesse lhe ajudar com o problema que o mesmo havia acabado de criar, já que Bishop respirava, mas não acordava. Ele sinceramente não sabia o que iria acontecer com sua amiga daquele momento para frente.

{Algumas horas depois...}.

As pálpebras ainda pesadas se abriam e se fechavam lentamente. Depois de alguns minutos ela já piscava normalmente. Respirou e inspirou o ar que parecia tão puro, tão bom, ela sentia que já conhecia aquele ar, que já tinha convivido com ele, mas ele não se encaixava com o ar do local que estava antes de... Desmaiar? Ela não sabia nem ao menos o que havia acontecido com sigo mesma. Fitava o teto branco com uma pequena réplica de um lustre no centro do mesmo.  Ela ouviu alguns passos que julgou ser de pessoas correndo fora do quarto o qual estava.  A morena apoiou as mãos no colchão da cama Box dando um leve empurrão para trás, assim sentando-se na cama.

Fitava o quarto inteiro com um semblante interrogativo, afinal, onde ela estava? Um hospital com toda a certeza não cabia no conceito daquele quarto significativamente confortável o qual estava era. Virou a cabeça para o lado e encontrou uma foto antiga dela abraçada com Thomas, quando os dois ainda eram um casal, mas a questão era o que aquela foto estava fazendo naquele criado mudo ao seu lado direito? 

Atirou as cobertas para o lado contrário colocando as pernas para fora da cama ficando em pé. Percebeu que vestia uma típica camisola na cor roxa, como quase todas as roupas as quais ela vestia, calçou os chinelos de dedo branco que estavam a sua frente. Caminhou de vagar até a frente da janela que havia a frente da cama ainda intrigada. Puxou um lado do tecido verde claro da cortina destapando parte da janela lhe possibilitando a visão de fora. Por um momento se espantou ao ver a fazenda de Clint há alguns metros longe.  Afinal, onde ela estava? Sabia que não tinha nenhuma casa ao redor da fazenda de Clint, aquela propriedade de quilômetros e quilômetros pertencia somente a ele, principalmente só alguns metros da casa dele, ela poderia ser tudo, menos cega.

Largou o tecido o deixando onde estava virando de costas ficando contra a janela parada. Sua respiração estava um tanto quanto descontrolada, alguma coisa ali não estava muito bem explicada.  Engoliu sua saliva que desceu “rasgando” por sua garganta.  Caminhou em dúvida até a porta, com a mão direita segurou a maçaneta de madeira a girando, puxou a porta rápido e colocou a cabeça para fora tendo a vista uma escadaria de madeira rustica.

Largou a maçaneta e andou até a escada deixando a porta do quarto o qual estava aberta. Descia a escadaria sem pressa, mas já preparada caso tivesse que dar uma surra em alguém. Chegou a o andar de baixo onde encontrou uma sala de estar. Ficou observando o lugar a procura de algo até que sentiu um pequeno baque contra suas pernas. Olhou para baixo e encontrando uma menininha abraçada nas pernas da mesma.

Mas o estranho era o quanto a pequenina ria com tal ato. – Socorro, mamãe, socorro. Clin está atrás de mim outra vez... – Falou entre riso.

Kate arregalou os olhos, como assim ela havia a chamado de “mamãe”?  Agachou-se a altura da pequena encarando por fim seu rosto o analisou calmamente antes de falar qualquer coisa. Olhos azuis em um tom mais escuro, como os seus, cabelo longo e preto com uma franja com uma estranha mecha branca que começava pelo lado direito da franja indo reto até o fim do cabelo. - Espera, você disse “mamãe”?

Antes que a pequena pudesse responder alguém lhe chamou a atenção rindo um pouco acima delas na escada. Levantou a cabeça tirando o olhar da menina e encontrou um menino as olhando. Seu cabelo era branco com uma pequena falha no meio dele na cor preta, olhos azuis que por algum motivo lhe lembram de o de Shepherd. Aquelas duas crianças claramente eram gêmeas.  – Ah não, Mary. – Protestou depois que parou de rir. – Isso não vale. Mãe, fala pra ela que não a brincadeira não é assim... – Reclamou. 

Deixou a pequena no chão ficando de pé novamente. Colocou uma das mãos sobre o rosto tentando colocar dentro da mesma a ideia de que tudo aquilo era apenas um sonho, ou melhor, um pesadelo. – Não é real! Não é real! – Disse para si mesma deixando as duas crianças confusas pelo jeito de agir dela.

O menino se aproximou da gêmea ficando ao lado dela de frente para Katherine. – Mãe, nós fizemos alguma coisa? Você está bem? – Perguntou preocupado.

— Clin, por que a mamãe tá agindo assim? – Perguntou Mary no ouvido do irmão.

— Eu não sei Mary, mas também acho que ela está estranha.

Tirou a mão que estava sobre seu rosto após ouvir os comentários baixos dos pequenos. Virou o rosto para o lado contrário, não queria os encarar, dando de cara com um espelho, mas se arrependeu com tal ato. Agora sim estava louca de vez, coçou os olhos mais de uma vez e encarou o espelho novamente. Aproximou-se parando na frente do mesmo, puxou seus cabelos de um lado para o outro, alisou o rosto várias vezes, queria ter certeza de que aquilo era apenas um pequeno pesadelo. Deu-se um beliscão na intenção de acordar, mas o que lhe veio só foi uma fraca dor no braço.

Ela estava mais velha. Com toda a certeza não tinha mais seus vinte e três anos. Respirou fundo enquanto a última coisa que se lembrava, voltava a sua mente. Ela estava com... – William Kaplan Maximoff...  – Murmurou para o espelho.  

{24 Janeiro de 2016, casa de Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate}.

Billy estava parado ao lado de sua mãe esperando o feitiço que a mesma tinha feito para Bishop acordar, o que por sinal já estava fazendo efeito. Wanda fitava o filho com olhar o repreendendo, sabia que havia sido um acidente, mas a mesma havia o ensinado a fazer feitiços em um lugar fechado, não aberto, pois acidentes como esse poderiam acontecer facilmente.

— Acho que eu e o senhor nem precisamos conversar sobre o fato de tudo o que eu havia lhe explicado sobre fazer feitiços em lugares abertos, William. – Falou ainda seria.

— Eu sei mãe, mas é que... – Ia tentar se justificar, mas não encontrou a resposta certa. – Tudo bem, foi minha culpa só espero que a Kate me perdoe quando acordar... – Admitiu de cabeça baixa.

A Maximoff suspirou colocando uma das mãos levantando o queixo do filho fazendo o mesmo a olhar. – Filho, não é só isso... Kate acabou de passar por tanta coisa e é um sofrimento atrás de outro, querido, por um acaso acha que isso está sendo fácil para ela?  Hm... Ela precisa de uma folga disso tudo, pelo menos por um tempo, eu sei já meio que estive no lugar dela, mas no meu caso creio que foi um pouco pior. – Comentou o lembrando de tudo que haviam passado anos atrás.

— Hm... – Ouviram um resmungo os fazendo voltar a encarar Bishop. Ela se espreguiçou e depois coçou os olhos os abrindo. Arregalou os olhos assim que os colocou em Billy. – WILLIAM?! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?! – Gritou assustada fazendo os presentes não entenderem a reação dela. – Você viajou ontem com o Teddy pra... – Parou de falar notando que não estava em sua casa. - Que lugar é esse? E por que você está tão... Novo? – Perguntou voltando a olhar para os dois.  

 Wanda estava estranhando o jeito de agir de sua antiga nora. - Kate, você deve ter batido com a cabeça forte quando caiu...

— Wanda?! Onde eu estou? – Perguntou enquanto se levantava parando em frente dos dois. – Por que vocês dois estão tão novos e... Ai. Meu. Deus. – Falou pausadamente vendo seu reflexo no espelho. – Por que eu estou tão nova?!

— Kate, você tem vinte e três anos, pode parar de ser paranoica pelo menos por um minuto?! – Perguntou Billy.

— Vinte e três?! Billy, eu tenho trinta e quatro anos! – Afirmou. – Alguém pode me dizer o que está acontecendo aqui?

— Ai não... – Murmurou Wanda fazendo os dois a olharem. – Filho, que feitiço exatamente você estava conjugando quando sem querer trocou a palavra pelo nome da Kate? – Perguntou calmamente.

— O de projeção para proteger o progresso do nosso futuro do futuro. Mas quando estava perto de encerrá-lo troquei a palavra final pelo nome “Katherine Elizabeth Bishop”.

Wanda caminhou um pouco para frente sentando-se em uma poltrona que havia no quarto colocando o rosto entre as mãos rapidamente o retirando em seguida. – Você acidentalmente mandou a consciência da Kate desse ano para onze anos no futuro e aparentemente a consciência da Kate onze anos no futuro está onze anos no passado. – Explicou.

— Espera, espera, espera... O feitiço que eu fiz não tem nada haver com isso, mãe, era só proteção.

— Ai que você se engana filho, aquele feitiço também mexe com a mente. – Falou.  – Ele a leva para o lugar o qual estamos protegendo, nosso corpo fica aqui, mas a consciência é trocada com a nossa de lá que vem para esse nosso ano, enquanto a desse ano vai para o nosso corpo de lá. – Resumiu. - Vocês estão entendendo ou está meio difícil de entender? – Perguntou vendo a confusão no rosto dos dois.

— Tudo bem, isso é parece muito ruim... Não isso não parece isso é muito ruim. – Disse Bishop enquanto andava de um lado para o outro. – Tem que ter um jeito de me mandar de volta, se eu não voltar logo isso vai ser um verdadeiro desastre. – Falou apoiando as mãos em um pequeno sofá que havia no quarto.

— Mas, Kate, o que pode ser tão ruim pra você ter que voltar logo? – Indagou Wanda. – O futuro é tão ruim assim?

— Não é isso, Wanda. Meus filhos, eu não posso deixar meus filhos sozinhos, ou melhor, só com o pai deles! – Afirmou dando a volta logo se sentando no sofá.

— Eu não acho que o Eli seja tão ruim assim como pai... Não está fazendo muita tempestade no copo da água não, é?! – Perguntou Billy.

— Não ele não é um pai ruim, ele é maravilhoso só tenho que olhar de perto uma vez ou...  Eli?! Espera, por que você disse Eli?! – Olhou para ele sem entender.

— Bom, ah...  Você e ele não são... Casados? – Julgou.

— Ah? Não, óbvio que não. Eli é casado com a prima do Sam Wilson e tem duas filhas. – Contou o deixando um pouco espantado.

— Então com quem você se casou?  - Wanda e Billy perguntaram ao mesmo tempo.

— Thomas Shepherd “Maximoff”. – Murmurou os fitando.

— Ai deus... – Falaram os dois juntos enquanto Bishop, eu quero dizer, enquanto a Sra. Shepherd apenas levantava as mãos como se agora fosse óbvio o porquê de ter reagido daquela forma.

— Agora vocês me entendem? – Falou depois de alguns minutos em silêncio. – Se eu não voltar para o meu corpo no ano certo minha casa vai desandar por completo sem nada ficar de pé. Por que a minha consciência de... – Procurava lembrar em qual ano estava.

Vendo a confusão Wanda completou. – De 2016...

— Obrigada, de 2016 não sabe como lidar com os filhos ou muito menos com o marido quando se é preciso. – Conclui a explicação.

— Tudo bem. Vocês dois me ouçam. – Pediu Wanda ficando de pé. – Eu vou chamar o Doutor Estranho e explicar nossa situação e ver se ele pode nos ajudar em alguma coisa que resolva esse problema, mas temos que garantir que ninguém encontre a Kate até que isso se resolva! – Afirmou. – Eu sei que não vai ser fácil, mas vamos ter que arrumar uma desculpa muito grande pelo seu sumiço, Kate. – Disse a olhando rapidamente. - Mas até tudo isso acabar ela vai ter que ficar escondida aqui por segurança, não podemos deixar ninguém desconfiar de tudo isso que está acontecendo. Nós temos que ser discretos. E o mais importante... Contar com a sorte. – Finalizou enquanto os dois apenas assentiam, concordando com seu plano.


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