The Pupil of The Hawkeye escrita por Luíza BM


Capítulo 11
O Juízo Final.


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei!!!

Eu sei, desculpa pela longa demora. É que eu decidi ou melhor, prometi a mim mesma que o próximo capítulo da fanfic seria o final dessa parte com o Strucker e quer iria terminar ele até o ano novo, eu consegui! Escrevi sem parar e saiu! Estou muito feliz...

E acho que além da ameaça de morte que com toda certeza vou receber de vocês, acho que talvez pelo esforço que fiz... Mereça sei lá, comentários novos de leitores fantasminhas!

Obrigado pelos comentários: Menthal Vellasco & Agente Black. Vocês duas não tem noção do amor que eu tenho por vocês, sério.

E antes de ler o capítulo quer falar sobre uma nova fic que eu postei há uns dias atrás ela é da Agent Carter, as príncipais são: Peggy Cater (meio óbvio), Maria Collins Carbonell (Maria Stark, ela futuramente é a mãe do Tonny nos quadrinhos ;)) e Natasha Romanoff e se passa nos anos sessenta.
"Mas, Luíza, como a Natasha se encaixa nos anos sessenta?". Passem lá e irão saber!

Link: https://fanfiction.com.br/historia/668173/Atado_aos_Atos_de_um_Passado/

Obrigado e Uma Ótima Leitura!



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Capa do Capítulo.

Apartamento Bishop & Barton,

Vinte e Uma Horas e Dezenove Minutos.

Dois dias já haviam se passado, eles passaram arrastando-se para Clint e Bobbi. Sem nenhuma noticia tudo estava se complicando cada vez mais. Eles não sabiam em quem confiar na S.H.I.E.L.D. todos lá são suspeitos, um exemplo da única que achavam que poderiam confiar naquela agência acabara de apunhalá-los pelas costas, nunca mais os dois confiariam em Natasha Romanoff, se esse é mesmo seu nome. Nem disso o casal tinha mais certeza.

Clint sabia de uma pessoa a qual ele e Bobbi poderiam confiar sem temor nenhum, a primeira pessoa á ampara-los depois da morte de Francis, a Vingadora mais justa e verdadeira que aquele time tinha Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate. Barton e ela tinham muitas dividas um com o outro a serem cotadas, sabia que poderia contar com a ajuda da amiga/irmã de longa data. A Feiticeira já havia alertado a ele e a Morse sobre a Viúva, mas ambos não acreditaram se deixaram levar pelas falsas aparências que Natasha Romanoff passava para todos.

Barbara havia saído à procura da Feiticeira na Mansão dos Vingadores enquanto Clint por si esperava em casa pelas duas. Barton estava atirado no sofá da sala olhando para o nada, aquele lugar ficava tão quieto e tranquilo sem sua pupila e estranhamente... Vazio, essa era a definição correta. Sem nenhuma gritaria ou brigas diárias era estranho e solitário. E ele não era o único que sentia isso, Flecha o encarava como se perguntasse: “Onde está a Kate? Faz mais de dois dias que não recebo meu carinho na barriga!”.

Flecha aproximou-se de seu dono com a bolinha roxa de borracha entre seus dentes, Kate costumava jogar aquela bolinha para ele pegar pela casa quase todas as tardes que estavam em casa sem trabalho na S.H.I.E.L.D. Aquela brincadeira quase sempre resultava em alguma coisa quebrada, da última vez, que por coincidência foi no último final de semana, Flecha havia quebrado a televisão. Que resultou além de uma discussão, ter que comprar uma nova televisão para sala.

– Eu sei garotão, eu também sinto falta dela... – comentou fazendo carinho no mesmo. – Mais saudades do que pensei que sentira... – falou para Flecha admitindo para si. - Eu prometo que vou trazer ela de volta pra casa okay? Não importa o que for preciso, ela vai voltar pra nós Flecha, ela vai!

Naquele mesmo momento,

Algum lugar em Nova Iorque.

O jovem garoto loiro saia mais uma vez da sela de Bishop. Ainda não entendia o que ela tanto observava nele, era estranho o modo com o qual a mesma o fazia. Ao longo dos dias lhe fazia algumas perguntas que o mesmo respondia e outras que ficava quieto. “Por que tantas perguntas?!”, “O que ela quer tanto saber de mim?!”, era isso que Francis se perguntava, mas ele não tinha a resposta certa para isso.

Entrou em uma espécie de sala de comando improvisada onde o Barão se encontrava sentado esperando pelo loiro. Francis tinha uma memória abstrata de sua infância, de sua família, seus pais. Segundo o Barão Von Strucker, quando ele apenas era um mero bebê de três anos de idade, dois vingadores, Gavião Arqueiro e Harpia haviam matado seus pais. Francis não conhecia os tais “vingadores” chamados Gavião Arqueiro e Harpia, mas se eles dois haviam matados seus pais o loiro queria vingança.

Mal sabia Francis que tudo aquilo que estava vivendo era uma verdadeira mentira. Eles eram seus pais, Gavião Arqueiro e Harpia são seus pais. Barão Von Strucker havia se superado, com toda certeza ele havia se superado. Uma encenação completamente perfeita á ponto de seus inimigos não desconfiarem de nada, para Strucker, Francis era a peça chave para sua vingança. Até descobrir sobre Kate Bishop, a “Pupila do Gavião Arqueiro”, Clint Barton havia dado á Strucker de presente mais uma peça que poderia usar contra ele e Barbara Morse.

– Então, a garota comeu? – perguntou o Barão enquanto o herdeiro Barton sentava-se a sua frente.

– Ela comeu sim, Barão, eu queria lhe perguntar sobre...

– Sobre? – indagou Strucker.

– Sobre meus pais... Tem certeza que, o Gavião Arqueiro e a Harpia, os... Os assassinaram? – soltou a pergunta depois de tanta enrolação.

– Criança, nós já conversamos sobre isso quantas vezes?

– Várias, mas... Eu quero saber o nome deles, o nome real da Harpia e do Gavião.

Strucker gelou Francis nunca havia lhe perguntado essas coisas, nunca teve essas dúvidas tão... Poderia se dizer, abrangentes. Nunca costumava perguntar sobre Gavião Arqueiro e Harpia, e agora essas dúvidas repentinas. Depois de alguns segundos de raciocínio Strucker se deu conta de quem estava colocando aquelas repentinas dúvidas na cabeça de Francis Barton. Kate Bishop, ela só poderia estar começando a reconhecê-lo? Essa era a dúvida que rondava sua mente.

– Barão Von Strucker, tudo bem? – indagou Francis preocupado o fitando atentamente. Era raro de se ver o Barão Von Strucker perdendo-se em seus pensamentos.

– Sim... Como já lhe disse das outras vezes crianças, não sei o real nome desses “vingadores” e...

– “E a única coisa que eu sei é que eles mataram seus pais, Clinton e Barbara Barton.” – completou Francis a frase que o Barão lhe falava desde que se entendia por gente. – Disso eu já sei, mas eles devem ter outro nome e talvez eu possa encontra-los e...

– BASTA! – berrou por fim o Barão. – Francis, vá descansar. Depois conversamos, e esqueça essa conversa.

– Mas, Barão Von Stru... – tentou insistir.

– Eu disse, esqueça essa conversa! Vá descansar um pouco como lhe disse, amanhã vamos ter um novo dia pela frente.

Depois da última fala do Barão, Francis se retirou e foi para seu quarto. Sim, Kate havia deixado dúvidas em sua cabeça, dúvidas de coisas que em seus pensamentos eram de coisas e histórias sem nenhum nexo. Segundo Bishop, Gavião Arqueiro e Harpia tinham um filho que teria quinze anos agora, o que se encaixava perfeitamente na idade de Francis. Mas, o mesmo resolveu deixar essa dúvida que certamente era pura bobagem de lado.

– Aquela garota só pode ser maluca... Eu hein...

Comentou consigo mesmo atirando-se em sua cama pondo-se á encarar o teto. Depois de alguns poucos minutos encarando o teto de cimento Francis Barton adormeceu, esperando pelo próximo dia que para ele seria o mesmo tédio de sempre. Mal ele sabia que no dia seguinte teria uma grande surpresa.

Alguns Minutos Depois,

Sela da Kate.

Katherine Elizabeth Bishop

Sinceramente, eu esperava de tudo nessa vida. Eu poderia ser uma pessoa que andasse por ai matando, roubando, me prostituindo. Mas não eu tinha que inventar de “Salvar o Mundo” ser uma “super-heroína”, e não, eu não tenho nada de superior nessa minha vida vivida. Se eu pelo menos saísse dessa gaiola ficaria muito feliz, mas nem isso.

Eu estou aqui, tendo um verdadeiro ataque da vida implorando para meu deus todo poderoso ou qualquer divindade que esteja a fim de ouvir uma retardada mental, para que Clint Barton e Barbara Morse não venham atrás de mim. Sabe o que é pior nisso tudo? Eu sei que aqueles dois vão vir atrás de mim, eles não vivem sem mim. Nenhuma pessoa nesse universo vive sem mim e...

E quem eu quero enganar, vamos apareçam logo, tirem a Kate desse inferno que eu preciso de um banho já faz mais de três dias que eu não sei o que é um chuveiro e isso está me matando, conclusão disso tudo, eu necessito, ou melhor, eu imploro por um banho. Mas, o que mais eu sinto agora e saudades. Sinto falta de rir com o Clint por coisas bobas todos os dias, sinto falta de conversar com a Bobbi sobre qualquer coisa a qualquer hora, sinto falta de dar banho no Flecha e depois brincar com ele atirando sua bolinha preferida. Eu sinto falta da minha... Minha Família. Sinto falta da minha família louca e retardada que eu ganhei depois de sair dos Jovens Vingadores, o mais engraçado é que nós só damos o devido valor às coisas depois que perdemos, ou, ficamos sem elas.

E isso, isso é o errado só agora que eu vejo que temos que dar valor a nossa família, as pessoas que realmente se importam com a gente, por que, algum dia nós nunca sabemos quando, onde ou até mesmo o porquê, todos nós podemos perdê-la a qualquer momento. Eu jamais pensei que sentiria falta de acordar brigando com o Clint, de receber a lavagem gratuita de rosto do Flecha todas as manhãs ou até mesmo por incrível que pareça, provocar a Hill e o Capitão Pirata. Isso só acontece para ver o quanto temos que dar valor a tudo nessa vida. Esse foi o meu segundo lembrete, o primeiro foi há anos atrás, na morte da minha mãe.

O pior, é que parece que eu não aprendo, e que eu nunca vou aprender. Eu não tenho jeito e nem concerto, bem que a Romanoff disse mesmo, eu sou uma menininha mimada que tenta bancar uma heroína que não eu sou. Eles devem estar desesperados, e tudo por minha culpa, nunca deveria ter tido a ideia de insistir para Eli me deixar fazer parte dos Jovens Vingadores. Ou talvez sim? Por que se não tivesse sido isso, eu jamais teria conhecido Clint, Bobbi, Wanda, Pietro, o babaca do irmão da Wanda que um dia ainda mato aquela desgraça, e até mesmo a Hill, é too vendo que eu me apeguei a ela.

E isso tá, tá muito sentimental cruz credo. Eu tenho que me decidir daqui á pouco pelas circunstâncias vou começar a ter certeza de que sou bipolar. Eu sinceramente só quero voltar para o lugar que eu considero minha casa, com as pessoas que eu considero minha família.

Agora, depois desses dias presa aqui eu também tirei minhas dúvidas e tenho plena certeza, eu sabia que conhecia aqueles olhos de algum lugar. Como eu demorei tanto para reconhecer os olhos do Clint? Ele é o Francis, ele só pode ser o Francis. Strucker, esse desgraçado planejou isso desde o inicio. Eu pretendo sair daqui, e quando sair eu vou levar Francis comigo, nem que seja a última coisa que eu faça!

Alguns Minutos Depois,

Apartamento Bishop & Barton.

(Narradora)

Barbara acabara de retornar acompanhada de Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate. Quando as duas adentraram naquele apartamento tiveram o “vislumbre” de assistir Clint Barton dormindo abraçado em Flecha e ainda por cima soltando uma leve baba no sofá. Depois do verdadeiro mico que acabara de passar em frente as duas cumprimentou Wanda e foi preparar um café para ficar mais desperto.

– Bobbi já me colocou apart da situação, na verdade, das suas situações tanto da Kate, quanto da Romanoff. Eu sinto muito Clint. Estou aqui para ajudar, vocês podem contar comigo. – pronunciou a Feiticeira enquanto Barton lhe alcançava uma xícara de um forte e tradicional café preto. Enquanto Bobbi apenas assentia o fato de Natasha quieta. – Obrigada.

– Wanda, você já havia nos alertado sobre a Natasha há muito tempo, nós não acreditamos em você simplesmente por pura burrice. - comentou Barton já que a Maximoff tinha dado entrada no assunto. – Na real, isso sempre esteve estampado na nossa cara, como ela realmente era. Nós nos deixamos levar pelas aparências, esse foi o nosso verdadeiro erro.

Barbara apenas concordou com o ex-marido ou marido, a verdade é que com tudo que tinha acontecido desde que os dois decidiram voltar. Eles ainda não tinham conversado sobre o que eles eram namorados, noivos ou voltaram a estar casados? Ela prometeu a si mesma naquele breve momento de reflexão que depois que tudo esse problema estivesse resolvido com Kate de volta na vida de ambos, ela conversaria com Barton sobre isso, mas agora era hora de focar no problema.

– Vocês já tem algum lugar em mente de onde Strucker possa estar escondido? – indagou a Feiticeira.

– Talvez... Talvez nas docas... – comentou Barton ainda em dúvida.

A familiar voz de uma pessoa muito bem conhecida por todos ali naquela sala, que até agora não tinha se manifestado, manifestou-se dando um leve susto a todos. – Strucker não seria tão previsível ao ponto de se esconder em um lugar onde poderia trazer a atenção de toda Nova Iorque, se ele quisesse o que eu duvido muito, sabendo o pouco que sei dele...

O Gavião aliviou e pressão que estava presente em seus ombros e murmurou para ele mesmo entre dentes. – Pietro Maximoff...

– Saudades, velhote? Então... É legal saber que ainda continua atirando as flechas por ai cupido. - exclamou o velocista sarcástico.

– Que bom que perguntou a proposito, eu estava até preparando uma flecha que se a coisa continuar como está vai acabar parando no meio da sua...

– CLINTON FRANCIS! – bradou Barbara.

– Bobbi, que isso, deixe excelentíssimo, Lorde Clinton concluir sua nobre frase... – zombou Pietro.

Wanda já gasta, igualmente a Bobbi de toda aquela tremenda criancice de seu melhor amigo e seu irmão gêmeo decidiu por fim naquela bobagem de uma vez por todas. – JÁ CHEGA OS DOIS! PIETRO CALE A BOCA OU SE RETIRE, POR QUE A PORTA É A CERVENTIA DA... DA CASA DELE! – concluiu a Feiticeira apontando para Barton, que não sabia se ria ou se chorava. – Fui clara irmão?

Ainda assustado o velocista ergueu as mãos para cima em forma de rendição. – Tudo bem Wandinha, tranquila irmã... Tranquila. Então... Por que vocês querem atacar ou fazer sei lá o que com o Strucker? – indagou ainda não entendendo a situação.

– Espera você veio até aqui e não faz a mínima ideia do que está acontecendo? – foi à vez de Clint perguntar.

Pietro deu de ombros e concluiu por fim. – Minha irmã mais nova estava sendo levada pela sua ex-mulher pra sei lá onde, resolvi vir atrás.

– Pietro, eu, melhor dizendo, nós já temos 26 anos... Nós somos gêmeos, com doze minutos de diferença no parto. É só isso que nos separa, doze minutos. Eu sei me defender sozinha, eu não sou mais uma garotinha indefesa, não preciso de você pra tudo, então aceita de uma vez que eu não sou mais sua irmãzinha, eu cresci! – exclamou a Feiticeira já cansada de toda aquela superproteção que Pietro lhe fornecia, ela já era casada com o Sintozóide, Visão que juntos tinham dois filhos, Thomas e William.

– E uma surra doeria bem menos... - comentou Clint recebendo um beliscão de Bobbi em seu braço esquerdo. – Barbara! – a reprendeu enquanto a mesma bufava.

– Vão me dizer o não o que os gênios querem fazer com o Strucker e o porquê? – insistiu Pietro na pergunta.

– Pietro, Kate foi sequestrada pelo Strucker.

– Nossa... - comentou espantado. – Vem cá... Me lembre de quando o encontrarmos eu tenho que perguntar pra ele uma coisa.

– Ah? Irmão, como assim?

– Nós estamos falando da Bishop, irmã, ela é o ser mais insuportável desse mundo. – respondeu o mesmo como se fosse o óbvio.

– Eu conheço outro que é bem pior... – murmurou a Maximoff. – Então, o que exatamente nós vamos fazer? Bobbi me contou que ele deixou um bilhete, se vocês ainda não o tiverem eu posso usar minha magia para rastrear a aura do Strucker por ele.

– Wanda, você tem certeza que consegue isso mesmo? – perguntou Bobbi.

– Tendo o bilhete intacto, nós temos o Strucker na palma das nossas mãos. Como já fazem mais ou menos alguns três, quatro dias que ele levou a Kate eu só vou ter que me esforçar um pouco para rastrear a aura dele. E pra eu ter a localização certa isso só precisa ser feito dentro do quarto da Kate, já que foi o lugar onde eles estiveram juntos pela última vez. – explicou Wanda.

Depois da breve explicação da Feiticeira Escarlate todos decidiram se dividir para buscar pelas coisas que a mesma precisava para fazer o complexo feitiço de localização. Clint foi primeiro logo um tempo depois Pietro foi iria fazer uma “longa” viagem até o Nepal á pedido de sua irmã, já que, segundo ela seu antigo mentor que a ajudou a controlar sua magia, Doutor Estranho lhe devia um favor e ele tinha um dos ingredientes que era preciso para o feitiço, era hora de cobrar o favor que Stephen Strange a devia.

Morse também iria atrás de uma flor especial que seria usada no feitiço, saiu do quarto de Barton já vestida com seu antigo uniforme de vingadora, ela sentia-se estranhamente estranha com aquela roupa que não vestia há tantos anos. Antes de sair, Wanda tocou-lhe os ombros fazendo com que a mesma se virasse de volta para encara-la.

– Então, quando ia me contar que você e o Clint voltaram? – perguntou com o sorriso curioso estampado no rosto.

– Eu... Espera como você... – teve um breve momento de raciocínio. – Wanda, não tem graça ficar invadindo a mente das pessoas sabia?!

– Uhum... Mas, você ainda não respondeu a minha pergunta... Senhora Barton... – respondeu rindo da reação da Harpia que a encarava inconformada.

–-----//------

Duas Horas Depois,

Sela da Kate.

Era bem visível o tamanho tédio de Kate Bishop presa naquele lugar, poderia até ter comida, mas não tinha nenhum banho e o calor que a mesa sentia era, segundo a mesma, dos infernos. Strucker poderia a prender por quanto tempo ele quisesse, mas até lá, isso teria sérias consequências para os ouvidos do Barão.

Por sorte, Bishop sabia décor e salteado as músicas de sua banda preferida nesse mundo, Fall Out Boy. Era hora de dar uma palinha grátis a Von Strucker, com sua voz “angelical”. Agora ele iria provar de seu próprio veneno, Bishop só precisava escolher a música perfeita. Depois de tanto pensar e repensar, sua escolha final foi “Alone Together”, que por ironia do destino, encaixava-se perfeitamente em sua situação.

“I don't know where you're going

But do you got room for one more troubled soul

I don't know where I'm going

But I don't think I'm coming home and I said

I'll check in tomorrow if I don't wake up dead

This is the road to ruin

And we're starting at the end...”– começou sua notável gritaria que ecoava pela grande sela chegando até os ouvidos do Barão no andar a cima o despertando.

“Say yeah, let's be alone together

We could stay young forever

Scream it from the top of your lungs

Say yeah, let's be alone together

We could stay young forever

We'll stay Young...”

Aquele era o refrão, uma de suas partes preferidas em toda música. Era incrível que mesmo sem a melodia tocando ali para a mesma acompanhar ela seguia cantando sozinha, com a lembrança da música em sua mente era o que usava para guiar-se na completa desafinação.

Barão Von Strucker adentrava em sua sela completamente, irado, afinal, o que aquela garota maluca estaria fazendo naquela hora da madrugada? Berrando coisas sem nexo que retumbava em toda fábrica abandonada na qual estavam escondidos. Bem longe da capital de Nova Iorque, no meio da floresta.

– Ei, criança, o que pensa que está fazendo? Berrando essa hora da madrugada? Feche a boca ou eu vou ser obrigado a fecha-la com minhas próprias mãos, Senhorita Bishop!

A Gaviã interrompeu sua cantoria e passou a encarar o Barão que espera por uma resposta. Arqueou sua sobrancelha esquerda dando um sorriso de lado debochado. – É Fall Out Boy velho, eles fazem arte, eles são arte... Entendeu ou tá difícil? – ele ainda continuava na mesma posição de estatua. – Ah, é verdade que ideia minha não é mesmo? Você é idoso demais e, além disso, a memória deve estar tão fraquinha... Espera, você pode me conta como é ter amnesia? A sua amnesia é como a da música dos 5 Seconds of Summer?!

O Barão só pode massagear suas têmporas e contar de um a dez em russo, precisava se controlar para não matá-la, seria um dos maiores esforços de toda sua vida. Von Strucker realmente queria saber como o Gavião e a Harpia a aguentavam, ela era uma verdadeira doença.

– Garota, se não calar a sua maldita boca eu vou colocar uma amordaça em você até o último dia da miserável vida! – ameaçou-a.

– Olha, eu sei que minha vida é bem miserável-sinhá e tal... Mas, não precisava jogar na cara okay?! – comentava como se fosse chorar. – Você é mal, muito mal... Nem imagina o quanto eu temo você... Ó grande velho careca e quase caolho, sabe... Eu não sabia que tava na moda ser caolho, cara, eu tenho que me lembrar de perguntar umas dicas para o Diretor Fury depois que sair daqui...

Von Strucker saiu da sala sem dizer mais nada, Kate com toda certeza conseguia ser mais chata do que podia quando ela queria. Ela conseguia irritar qualquer ser que tivesse a maior paciência do planeta terra, essa era a “Mágica Bishop” de ser.

– Barão, o que foi? Volte aqui, você ficou triste por eu não querer pedir as dicas á você?! – gritou para o mesmo que nem deu bola, apenas bateu a porta visivelmente frustrado com Bishop.

–-----//------

A Feiticeira Escarlate levitava acima do piso do quarto da Gaviã conjugando o feitiço de localização enquanto os outros a observavam. Wanda falava algumas palavras estranhas e murmurava algumas outras que eram inaudíveis para Bobbi, Clint e Pietro. Seus olhos estavam tomados pela pura cor vermelha escarlate e também um médio circulo mágico da mesma cor a rodeava.

Cada minuto que se passava era cada vez mais apreensivo para o resultado do feitiço. Ele tinha de dar resultado, eles buscaram por tantos ingredientes correndo contra o tempo, já que quanto mais tempo se passava mais se corria o risco de que a força vital de Strucker e Kate desaparecer do quarto da arqueira e sem a força vital deles, nunca poderiam acha-los.

O circulo que rodeava a Feiticeira Escarlate começou a tornar-se maior, logo virou um clarão tão forte que Harpia, Gavião Arqueiro e Mercúrio tiveram de virar-se para trás, caso ao contrário poderiam ficar cegos com o tamanho de luz que se expandia dele. Depois que a luz cessou e voltaram a encarar a Feiticeira que ainda estava flutuando no mesmo local só que o circulo já havia desaparecido. Seus olhos que haviam se fechado abriram-se rapidamente ainda no completo breu vermelho escarlate.

Depois de alguns segundos exclamou o que todos estavam esperando ansiosos. – Há encontrei!

–-----//------

Algumas Horas Mais Tarde...

No Meio da Floresta, Fábrica Abandonada.

O portal mágico era aberto e deles saiam Feiticeira Escarlate, Harpia, Gavião Arqueiro e Mercúrio. Devidamente vestidos e prontos para uma boa briga, ou melhor, dizendo, uma boa confusão isso sim. Depois que o Diretor Fury e o Capitão América se inteirarem sobre essa missão de salvamento não autorizada, feita por debaixo dos panos os quatro sabiam que estariam em mãos lençóis.

Caminharam dentre as árvores e logo tiveram a visão completa da fábrica abandonada. Barton observou atentamente cada ponto, onde tinham guardas da Hidra muito bem posicionados. Maximoff estava certa, só Strucker montaria um pequeno, porem forte esquadrão como aquele. Mas nada que os quatro não conseguissem dar um jeitinho.

– Então, sem querer ser chato, mas já sendo... Que diabos nós vamos fazer mesmo? Eu sei que temos que resgatar a cara “Tampinha Peste Roxa.” – falou referindo-se a Gaviã Arqueira. – Mas como planejam passar por aqueles guardas?

– São onze guardas no lado esquerdo e no lado direito... – comentou Barton terminando de verificar para dizer-lhes ao certo. – Na frente e atrás são vinte e um guardas, todos armados e bem posicionados, bem coisa do Strucker... Mas acho que todos aqui concordamos que isso é praticamente nada, pelo menos para nós quatro... Juntos... – concluiu sua explicação recebendo os sorrisos dos amigos ali presentes.

Separaram-se, cada um iria atacar por um lado. Feiticeira Escarlate atacou pela parte de trás da fábrica derrubando todos os guardas com suas magias e encantamentos. Harpia ficou com o lado direito derrubando todos com seus bastões acopláveis de um material muito mais forte que o ferro e o aço, mas, porém não chega aos pés do Vibranium. Gavião Arqueiro acabou com os guardas da frente com suas flechas especiais em questão de um minuto, eles podiam até ter aos melhores guardas e as melhores armas, mas nunca teriam a agilidade e mira de Clint Barton. Mercúrio deixou os guardas todos desacordados e presos nos pilares de concreto em menos de quarente segundos.

– O que foi? Não me viram chegando? – indagou aos desacordados á sua frente.

Juntaram-se novamente e adentraram naquela “fortaleza” causando o verdadeiro caos. Pareciam quatro adolescentes liderando um protesto nada pacifico nas ruas, só que em vez de ruas o ”protesto” se passava nos corredores. A Maximoff deu o sinal para Barton e Morse seguirem em frente e achar Kate enquanto ela e seu irmão estavam entretendo os “convidados”.

Depois de caminhar alguns minutos Clint e Bobbi acharam a escadaria que levava até o porão. A porta estava aberta e Barão Von Strucker lá estava lá em baixo com Kate e Francis esperando por eles. Os dois estavam acorrentados e presos, Francis ainda não sabia o porquê o Barão havia o prendido junto a Bishop... Mas, será que o que ela tinha lhe dito sobre o filho do Gavião Arqueiro e da Harpia, era verdade? O herdeiro Barton não tinha mais certeza de nada, até colocar os olhos nos dois ex - vingadores que desciam pela escada.

Clint que descia á frente fitando Barão olho no olho virou sua cabeça para o lado fitando sua pupila, sua Kate, sua... Até mesmo ousaria dizer, filha, SUA FILHA. E um garoto que estava de cabeça baixa, ao que Barton não sabia descrever quem era, mas sabia que o conhecia de algum lugar.

– Sabia que vocês iriam vir atrás de sua amada Kate, mais cedo ou mais tarde... – falou o Barão com um sorriso estampado no rosto.

– Strucker se fez alguma coisa a ela eu vou enfiar uma flecha em um lugar que nem o diabo vai conseguir tirar. – o ameaçou. - E já vou avisando, vai doer... Vai doer bastante... E o nome dela é Katherine Elizabeth, pra você!– afirmou com um sorrisinho irônico.

– Sabe é tão engraçado... – comentou Strucker dando uma risada. - Vieram atrás da Katherine Elizabeth e nem repararam em quem é o garoto que está amarrado com ela...

Morse deu uma breve olhada para ele, cabelos em um tom de um loiro mais escuro, Francis levantou a cabeça para encarar ambos e Barbara notou seus olhos... Clint, só uma pessoa a não ser Clint Barton tinha aqueles olhos azuis brilhantes. Ela sabia quem era, mas não podia acreditar, não poderia ser tanto tempo, uma lágrima solitária se escapou do rosto da mesma, doze anos e...

– Francis?! – indagou olhando o mesmo que não entendia da onde Harpia o conhecia até a mesma retirar sua máscara.

Aquele rosto, Francis sabia que já tinha o visto várias vezes, era a mulher que lhe ninava todas as noites com a voz mais linda e melodiosa de todas. Ele sabia era Barbara, ela era... Era sua mãe. – Mãe... – murmurou com toda força que detinha que também já estava se esgotando.

Clint até agora encarava tudo aquilo em choque. Não era possível, não poderia ser real. Bobbi havia visto a morte do filho, ele havia visto a morte do filho pelas câmeras de segurança escondidas no quarto de seu pequeno Fran. Kate assistia tudo sem poder dar uma palavra... Strucker tinha comprido com a promessa da amordaça. Mas debaixo da amordaça havia um sorriso, a família estava reunida, finalmente estava reunida...

Barbara já estava começando a se aproximar de Francis e Kate, mas Strucker a parou com apenas um frase.

– Nem pense nisso, minha cara Harpia, se um de vocês tentarem chegar pertos dos seus “Filhinhos” preciosos, vão dar adeus á eles. Só basta que eu aperte esse lindo botão aqui! – falou mostrando-lhes o botão vermelho do pequeno controle em sua mão esquerda.

– Strucker, seu cachorro... – bradou Morse.

– O que você quer de nós dois? Diz de uma vez e vamos acabar logo com isso. – falou Barton querendo acabar com tudo aquilo de uma vez.

– Uma pergunta difícil, meu caro Gavião... Bem difícil. Eu vocês dois dentro de um caixão no fundo da terra. – soltou Strucker. – Mas, infelizmente vocês ainda estão aqui, vivos. Mas, acho que esse problema é bem fácil de resolver... Não é mesmo?! – concluiu com um sorriso... Feliz?!

– Strucker... Seu filho da mãe, você não tem noção do que eu estou querendo fazer com você... – disse Clint entre dentes. –Você nem faz a mínima ideia da vontade que eu estou de arrebentar você agora...

– Pode vir, Feiticeira Escarlate e Mercúrio estão muito ocupados lá fora... Não vão poder ajudar vocês e... Um presente de natal atrasado... – Strucker virou-se para o lado apontando uma arma direcionada a Francis e disparou.

Francis havia serrado seus olhos, não queria ver. Mas o estranho era que ele não havia sido atingido. Abriu os olhos e fitou abaixo de si... O tiro havia mesmo saído, ele era o alvo, mas não foi Francis que havia o recebido. Quem o recebeu foi à garota o qual ele julgava ser maluca... Katherine Elizabeth Bishop... Ela havia recebido o tiro em seu lugar.

Wanda e Pietro adentravam na sala, quando colocarão seu olhar para o que havia acabado de acontecer abaixo não acreditavam. Bobbi e Clint saíram correndo em direção a Strucker, aquela seria a luta final, Pietro desceu na velocidade máxima e Wanda do lugar que estava retirou as correntes que prendiam Francis e Kate. Pietro retirou a amordaça que cobria a porta de Bishop e a pagou no colo.

– Wanda, abre o portal pra mansão, ela tá desmaiada e perdendo muito sangue... Tenho que tirá-la daqui agora. Mentem o ele aberto que eu a deixo e venho pegar o outro. – a Feiticeira assentiu e abriu o portal enquanto seu irmão passou zunindo a sua frente.

Gavião e Harpia estavam acabando com Von Strucker, ele poderia fazer a vida dos dois um verdadeiro inferno, mas ninguém tocava nos filhos deles, NINGUÉM! Eles estavam terminando, tinham Strucker ali, poderiam o matar e terminar com isso de uma vez. Mas trocaram um olhar concordando um com o outro.

– Terminem logo com isso, me matem de uma vez... – falou o Barão com vontade enquanto sangue escorria de sua boca.

– Nós não vamos matar você Strucker... – começou Morse.

– Vamos deixar que você viva, vai passar o resto da vida sabendo que foi derrotado... Sabendo que foi derrotado por dois heróis sem poder algum. Onde estará o grande Barão Von Strucker agora? – perguntou Barton. – Eu mesmo respondo, ele acabou de cair... Aos meus pés. – respondeu ele mesmo sua pergunta. O segurou pelo colarinho. – Se voltar e machucar minha família mais uma vez eu vou te caçar até o último dia da minha vida, e quando eu te achar... Vou dar um presente, sua ida grátis para o inferno!

Gavião largou Strucker no chão novamente, ele e Harpia viraram-se recebendo o olhar solidário da Feiticeira Escarlate que os esperava com o portal aberto. Pietro já tinha levado Francis consigo enquanto eles acabavam com Strucker só Wanda estava ali os esperando. Os três deram um breve abraço e saíram daquele lugar. Onde desejavam nunca mais pisar.


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