Equinócio de Primavera escrita por VenusHalation


Capítulo 9
Maldição


Notas iniciais do capítulo

Tema 9: Conto de Fadas



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"O seu amor estará perdido para sempre", foi com essa frase que seu destino fora selado, como bruxas amaldiçoam princesas. No caso, como alguém que ela havia pensado amar, tinha amaldiçoado sua vida para sempre. Não havia esperança e Minako acreditava veemente que sua vida estava entregue a servidão.

Kunzite estava preso em uma pedra para a eternidade, obrigado a vê-la de longe, sem autorização própria para revelar-se com medo de machucar o coração judiado de sua deusa ainda mais. A bruxa Beryl havia lhe tirado tudo, sem esperança, lhe restava apenas a semivida de espectro onde não lhe era permitido nada fazer além de assistir.

Por séculos, mantiveram seus medos em segredo, conformados com sua condição de amaldiçoados até Kunzite, enfim, conseguir abrir os olhos e sentir.

Primeiro, sentiu frio – estava nu, dentro de um lugar que identificava ser cheio de uma gosma nojenta e gelada -, depois sentiu um tubo em seu nariz e boca, de onde pode puxar o ar, depois ouvia. Não com tanta clareza, mas ouvia.

– Eles conseguiram sintetizar a última pedra!

– Esvazie!

As vozes eram muito familiares, mas antes que pudesse idenficar, Kunzite sentiu tudo em volta ser sugado, o baque pesado do corpo – muito mole e cheio de cãibras – ser aparado por alguém, esse mesmo alguém que o deitou em algum lugar e tirou os fios que o conectavam ao lugar que estava anteriormente. Algo quente e macio tocou seus lábios, algo que ele se lembrava muito bem do quê. Por fim, ele conseguiu abrir os olhos, a claridade atrapalhando um pouco o reconhecimento rápido dos borrões.

Ela estava lá. Olhos azuis em lágrimas, o corpo e cabelos sujos de um gel rosado que ele não soube identificar, um sorriso radiante e as mãos tocando o rosto dele sem parar.

– Venus? – ele sentiu as cordas vocais vibrarem a sua primeira fala rouca.

– Normalmente são as princesas que são despertadas por um beijo, não é? – Ela brincou, deixando o choro emocionado rolar ao escutar a voz dele.

– Normalmente eu saberia o que está acontecendo – ele levantou o braço, encharcado da gosma e acariciou a bochecha dela.

– Está me sujando – ela riu.

– Certo, certo, vocês terão muito tempo para conversar! –Zoisite interviu – Você precisa de alguns cuidados e ambos precisam de um banho, essa gosma está tomando conta do nosso laboratório!

– Zoi... – Ami riu e lhe deu um beijo na bochecha – Leve-o para a enfermaria e, Mina, vá se limpar. Acho que alguém terá muitas perguntas.

Minako sorriu e trocou olhares com os cientistas. Desde o início ela tinha certeza de que não daria certo como os outros. Ela era amaldiçoada, não era?

Deu de ombros, ele estava ali, precisavam conversar e muito. Tomou um banho e esperou a autorização de Ami para voltar.

Kunzite ainda não tinha sob controle os movimentos do novo corpo. As cãibras eram insuportáveis e ter seu mestre o ajudando no banho, era quase humilhante. Seria totalmente inaceitável se alívio e a confusão de ter um corpo não fossem suficientes. Estava vivo, não havia qualquer maldição, e queria - mesmo que fosse fora dos padrões de seu protocolo de verificar o estado atual do mestre - vê-la mais do que qualquer coisa.

Demorou muito para que, finalmente, chamassem Minako para vê-lo. Mil coisas passaram pela cabeça dela e no instante em que entrou no quarto, receosa pelo choque de realidade, notou o shitennou sorrir da mesma forma que ela se lembrava na vida anterior e todo e qualquer medo caiu por terra.

Maldições podiam ser quebradas e aquele era o começo do seu final feliz.


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Notas finais do capítulo

Não foi beeeem beeeem um conto de fadas não, mas era o que tinha pra hoje (olha a fic. feita nas coxa, gent!).

Minha criatividade foi assim... Um cu! :D

Mas vamos dar um desconto, eu fiquei sem plot pra essa ;3;



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