You and Me escrita por Julie Kress


Capítulo 35
Tragédia.


Notas iniciais do capítulo

Hey,guys.

Resolvi mudar o rumo da história...

Pegando meu escudo aqui.

Eu sinto muito,mas espero que entendam e peguem suas armas ou lencinhos...

Boa leitura!

Ps: Não vai demorar para entrarmos na reta final.



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" É muito tarde para pedir desculpas agora?
Sim,eu sei que te decepcionei..."

ALGUMAS SEMANAS DEPOIS...

Quarta-feira,às 23:55 da noite.

P.O.V Da Sam

E mais uma vez o Freddie estava na minha casa,no meu quarto,na minha cama e eu aconchegada em seus braços. Ele discutiu com o pai e não quis entrar em detalhes,apenas pediu para passar a noite comigo,minha mãe como sempre não estava em casa e eu permiti que ele ficasse.

– Freddie? - O chamei me virando para ele que estava me abraçando por trás.

– O quê? - Murmurou me soltando e me olhou sério.

– Eu quero te pedir desculpas... - Falei sentindo um pequeno bolo se formar em minha garganta. - Eu sempre te machucava. - Minha voz começou a embargar. - Fui uma garotinha malvada que praticava Bullying com você... - Comecei a chorar. - Eu não sabia o que estava fazendo e hoje tenho consciência disso! - Sentei na cama e ele fez o mesmo,ficou me escutando atentamente. - Eu sinto muito,estou tão arrependida. - Confessei. - Me desculpe por todas as vezes que eu te machuquei sem motivos... - Praticamente implorei. - Me perdoa,Freddie! - Me aproximei e segurei seu rosto,olhei em seus olhos. - Me desculpa! - Sussurrei.

Ele continou me encarando,foram longos segundos que pareciam uma eternidade para mim. Meu coração estava apertado,soltei seu rosto e me afastei,ele continuou em silêncio,abaixei a cabeça chorando silenciosamente.

Não foi preciso palavras,senti seus braços ao meu redor,ele me deu um abraço apertado. Puxando-me para o seu colo,repousei a cabeça em seu ombro,ele me apertou de forma desnecessária,e encostou o queixo no lado esquerdo da curvatura do meu pescoço,fechei os olhos,e só abri quando senti algo quente e molhado escorrendo por meu pescoço.

Freddie estava chorando em silêncio junto comigo.

– Não se preocupe... Já está perdoada. - Sussurrou com a voz rouca e beijou meu pescoço,respirei aliviada e virei o rosto na direção do seu,nossos olhares se encontraram e ele me deu um selinho.

– Agora posso dormir com a consciência leve. - Falei e ele deu um pequeno sorriso.

– Foge comigo,vamos para bem longe daqui? Podemos fazer isso,eu tenho dinheiro o suficiente para comprar um apartamento pequeno. Podemos ir hoje,vamos embora daqui,Sam...

– Você enlouqueceu? - Perguntei assustada,interrompendo-o.

– Você tem razão... Estou louco,perdi totalmente a cabeça. Quero recomeçar do zero,ir embora daqui e levar você comigo...

– Você está me assustando. - O interrompi novamente,me levantei saindo da cama.

– Também estou com medo... Nossos pais nunca irão aceitar,meus pais odeiam você e sua mãe. Não temos culpa do que aconteceu no passado entre eles... Seu pai foi assassinado e meu pai disse que ele merecia aquilo,nunca compreendi. Não sei o que aconteceu entre eles para gerar todo esse ódio,mas desconfio que a ganância tem tudo a ver com essa rivalidade. Eles eram sócios de um Cassino em Las Vegas e da empresa que hoje o meu pai comanda...

– Minha mãe disse que o seu pai passou a perna no meu pai e o matou para ficar com tudo,e realmente foi por ganância,seu pai destruiu a minha família! - Falei o interrompendo bruscamente.

– Ele pode até ter passado a perna no seu pai,isso eu não descarto,mas meu pai não é nenhum assassino! - Disse ele se irritando.

– Ah,e quem envenenou o meu pai então? - Quase gritei,eu já estava nervosa.

– Eu não sei! - Respondeu se levantando e vestiu a jaqueta.

– Você é um Benson,cresci ouvindo horrores sobre vocês. Sei que era apenas uma criança inocente na época... Mas,você continua sendo um Benson,o filho do assassino do meu pai! - Cuspi as palavras com ódio.

– MEU PAI NÃO É UM ASSASSINO! - Gritou com raiva,estava vermelho e com os punhos fechados.

– ELE TIROU A VIDA DO MEU PAI PORQUE ERA UM HOMEM GANANCIOSO,É POR ISSO QUE HOJE VOCÊS SÃO MILIONÁRIOS E NÓS PUCKETT FICAMOS NA MISÉRIA,MINHA MÃE NÃO MENTIRIA PARA MIM. O LEONARD É UM MALDITO,MERECE MORRER! - Explodi,não consegui me controlar,a raiva me dominou.

– TALVEZ VOCÊ TENHA RAZÃO,MAS EU NÃO TENHO CULPA! - Gritou furioso.

[...]

– PARA ONDE VOCÊ VAI? - Gritei correndo atrás dele que desceu as escadas correndo.

Abriu a porta rapidamente,consegui alcançá-lo e segurei seu braço direito com força.

– Já está muito tarde e é perigoso você dirigir nesse estado,por favor...

– Me solta. - Ordenou irritado, sem me olhar.

– Não. - Recusei apertando seu braço.

– ME SOLTA PORRA! - Gritou puxando o braço com brutalidade e começou a ir embora com passos rápidos.

Corri atrás dele e o puxei,estava com medo dele sair dirigindo naquele estado e acontecesse alguma coisa ruim com ele.

– ME SOLTA SUA VADIA DE MERDA! - Gritou se livrando do meu aperto e me empurrou.

Foi tão forte. Forte o suficiente para me derrubar,cai sentada no gramado em frente a casa,senti uma forte pontada em meu ventre,gemi de dor.

Olhei para ele que tinha os olhos marejados,estava paralisado me olhando assustado. Tentei me levantar mas não consegui,a dor foi aumentando.

– Ai. - Gemi de dor e apertei a região do meu ventre.

Olhei para baixo e vi o sangue na minha camisola branca,era presente da Carly. Por sinal,a única camisola que eu tinha,pois nunca gostei de vestir camisolas.

Eu estava sangrando,era muito sangue e chegava escorrer manchando a minha camisola na parte de baixo.

Minha visão ficou turva,comecei a ficar tonta.

– SAM! - Ouvi a voz do Freddie,ele estava chorando.

[...]

Horas depois...

P.O.V Do Freddie

Levei a Sam para o hospital,ela havia desmaiado nos meus braços e estava sangrando. Aquilo me assustou,quando a coloquei no carro sua camisola subiu e  vi sua calcinha que estava ficando ensopada de sangue e aquilo com certeza não era menstruação.

Fazia tempo que ela havia sido levada para ser atendida com urgência porque ela não parava de sangrar,fiquei naquele corredor esperando por notícias,angustiado e com medo. Foi por minha culpa,eu havia a empurrado,ela caiu e se machucou... E minha ficha havia caído,Deus,eu amava aquela garota,por quê não havia percebido aquilo antes?

[...]

– Como ela está doutor? - Perguntei desesperado,o homem a minha frente com uma prancheta me olhou impassívo.

– A paciente agora está em repouso,ela vai ficar bem... - Falou e seu semblante mudou,ele suspirou e me olhou como se tivesse lamentando algo. - Sinto muito,fizemos de tudo para salvar a vida do bebê,mas infelizmente ele não resistiu,meus pêsames! - Falou com pesar.

Fiquei sem ar,minha boca secou,senti minha cabeça rodar e meu peito doer.

– O quê? - Sussurrei incrêdulo. - O que o senhor disse? - Perguntei chocado.

– Sua namorada estava grávida de poucas semanas,segundo a minha conta. Também sou ginecologista rapaz,sinto muito,pelo visto não sabia. Ela ainda é nova e vai poder engravidar novamente! - Ele deu um fraco sorriso.

Parei de ouvir o que ele continuou falando,então ele foi embora e fiquei ali naquele corredor perdido em pensamentos confusos.

Sam estava grávida e provavelmente também não sabia,e era um feto de poucas semanas,nosso filho havia morrido por minha culpa.

Eu causei a queda,a empurrei,matei meu filho. Nosso filho...

Não sei quanto tempo fiquei ali naquele corredor,eu havia desabado,estava sentado no chão com a cabeça encostada na parede recebendo olhares confusos e alguns remetiam pura pena,eu não conseguia parar de chorar,sentia uma dor profunda,meu peito doía a cada soluço que escapava.

Eu não sabia que ela estava grávida. Aquilo estava acabando comigo e quando ela acordar? Como vai ser? Eu só queria poder voltar no tempo para evitar toda aquela tragédia.

Peguei meu iPhone que estava no silencioso,desbloqueei a tela e me assustei quando vi que haviam 30 ligações perdidas da minha mãe,preocupado resolvi retornar.

– Freddie... - Ouvi a voz dela que estava completamente embargada. - Meu filho... - Ela estava em prantos.

– O que foi mãe? - Perguntei completamente rouco com a voz falha.

– Seu pai morreu num acidente de carro junto com a amante dele... Os dois morreram... Pamella Puckett era a amante de Leonard! - Minha mãe falou,deixei meu iPhone cair.

Não,não,não... Aquilo não poderia ser verdade.

" Se eu soubesse,eu juro amor,que eu faria de tudo para evitar toda a desgraça que caiu em cima de mim e também afetou você,foi uma espécie de castigo,tudo por minha culpa."


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Notas finais do capítulo

Que triste,né? Eu sei...

Mas comentem,é importante. Bjs