A Seleção da Herdeira escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 12
Minha Seleção. Minhas escolhas. (Bônus) | A Seleção


Notas iniciais do capítulo

*música Crazy in Love, e eu chegando com o óculos escuros do meu pai, com meus cabelos soltos, cacheados, bem hidratados (coisa que eles estão longe de ser agora, e um ventilador bem grande na minha cara, para dar a impressão que eu sou a Beyoncé*
POR QUE TANTO SHOW? Eu te respondo: DUAS RECOMENDAÇÕESSSSSSS!
Eu quase morri, literalmente, quando vi que o Tekocky havia recomendado, porque eu estava de boas, entende, comendo o nesfit de chocolate, porque o negócio não tem recheio, mas parece que tem, e ajuda a emagrecer, e tals, e estando quinze quilos acima do tolerável não é bom, né, ai estava eu comendo, entende, tomando uma H2OH daora, quando eu leio que você tinha recomendado ASDH, e eu fiquei tipo "AI MEU DEUS!" E eu realmente chorei quando li suas palavras, rapaz. Tekocky, muito, muito obrigada mesmo pela sua recomendação, e por mais que eu não tenha dito para o pessoal do grupo, ou para os meus colegas, porque estou muito chateada com eles, e etc, isso não significa que eu não tenha amado, e realmente me emocionada! Obrigada mesmo! E você é um menino! É o terceiro que aparece nas minhas fics, mas ainda sim, ganhou meu coração. Você disse que eu tenho dom para escrever, e tipo... ninguém nunca me disse que eu tenho dom para isso, não que eu me lembre. Obrigada mesmo. Você foi super gentil.
E tem a da Maria! Sabe, quando alguém recomenda as minhas fics, tipo, leva uns cinco, dez capítulos para outra pessoa recomendar, mas não! Eu fui abrir o Nyah porque não tô com nada pra fazer desde sexta-feira (11/12/15), meu último dia de aula, e tipo, mesmo que hoje ainda seja dia 15, tipo, meu Deus, estou em um nível de tédio sobre-humano, com a minha mãe querendo me arrebentar (literalmente) porque a minha irmã (não eu), ficou de recuperação, porque eu não estudei com ela.
Vocês foram lá no fundo do meu coração, de verdade, e fizeram uma bagunça gostosa, sabe? Nossa... meus olhos estão começando a brilhar por causa do choro aqui, vou parar de dizer sobre. Não me emociono fácil, gostaria de deixar claro. Eu pensei que não fosse chorar novamente. Eu estava errada. Por que eu sempre choro lendo as recomendações? Bem, eu não sei. Se não me fazem chorar, eu fico sorrindo encantada pelo carinho e boa vontade de vocês. Muito obrigada mesmo, pessoal! Caraca! MUITO OBRIGADAAAAAAAAAAAAAAAAA! *Risada muito alegre* Estou tão feliz!
Então... mas e os comentários?! OOOOOOOOOOOOOOOOOO! Eu pedi para Deus, sério, para Ele colocar pessoas para me ajudarem, por razões das quais apenas Ele sabe, pois eu não estava aguentando mais, então, depois que postei o capítulo, eu recebi lindos e sinceros comentários (Valeu, Mara! ♥ ). Vocês me ajudam pra caramba, e nem sabem. CURUZEEEEEEEEEEEEEEEESSSS! *Outra risada* Espero que gostem do capítulo, meus "querido" e "meu bem"! Espero que gostem de Prim... de momentos fofos com amigos...hm... ah, de Finnick e Gale, e detestem a mãe da Katniss.
O capítulo é um pouco vazio de detalhes, e um pouco confuso, mas terá respostas no próximo, pelo ponto de vista do Peeta, ok? Espero que gostem, pessoal!
Ps.: a música do capítulo é Confident, da Demi Lovato, viu? Mas vão aparecer mais duas músicas.
AVISO: Capítulo cheio de links! E o mais longo até agora! MIL PERDÕES POR ISSO, E JURO QUE ESTOU TENTANDO MELHORAR! MIL DESCULPAS, PESSOAL!

NOTAS FINAIS AQUI PORQUE O NYAH GOSTA DE TIRAR UMA ONDA COM A MINHA CARA, MAS SÓ LEIA DEPOIS DE LER O CAPÍTULO PORQUE TEM SPOILERS!

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EU TO FALANDO SÉRIO!
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O que acharam? Mil desculpas por ser tão grande assim, e ter tido pouco Peetniss!
Bom, o próximo capítulo está nas mãos da Lê, e saibam que eu já escrevi a parte que ela dá a loca o/ na frente do Pira. E do beijo também.
Já sentiram que vem contenda por aí, não é mesmo? Tantas people, e a Katmis escolhe logo a Delly. Poxa, assim não dá, né, produção? E ela narrando as expressões dos olhos do Peeta? ♥ Será que ela vai dizer o que sente quando olha pra ele para ele um dia? E ele? Será que é tão indiferente assim? O que acham do passado da Prim? Pesquisei muito sobre isso antes de escrever, mas como eu tenho um lindo dom para estragar e confundir as coisas, peço desculpa aos experientes no assunto, e também pelo erros gramaticais *sorriso envergonhado*
Mais uma vez, muito obrigada pelas recomendações maravilhosas, muito obrigada mesmo, e foi ela que me fez adiantar o capítulo. Valeu mesmo, mesmo, mesmo, e também MUITO obrigada pelos comentários do capítulo anterior. Beijos, pessoal, e BABATUM!
NOta: Babatum é uma palavra que eu inventei para agradecer a Iene e todas as pessoas que ofereceram suporte para mim em um momento do qual eu literalmente quase entrei em depressão, e a situação aqui em casa estaja tão séria a ponto dos meus pais não notarem isso. É como diz a Rihanna, na música Stay, que vai aparecer com certeza em um POV Peeta: Porque quando você nunca vê as luzes é difícil saber quem de nós está desabando. Bem, vocês me viraaaammmm! Vocês ligaram uma lanterna e leram alguma das minhas fics! Obrigada por isso, e por evitar que eu pudesse cometer uma coisa muito séria.
B) Até... *sopro com menta, enquanto mando um beijo*



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É minha hora de assumir

Eu sou a chefe agora

Não vou fingir

Não quando você está caindo

Porque esse é meu jogo

E é melhor você vir jogar
Eu costumava me segurar

Agora estou me soltando

Eu faço minhas escolhas

Yeah, eu mando nesse show

Então eu deixo as luzes acesas

Não, você não pode fazer com que eu me comporte

Confident, Demi Lovato

– Você poderia por favor me devolver meu pirulito? - Peeta perguntou, quando peguei o doce de sua mão e coloquei na minha boca

– Eu sou a futura rainha de Panem, você está competindo para ocupar tal lugar, senhor Mellark - eu disse me babando toda por não saber comer essas coisas, fazendo ele rir de minha inexperiência - Não vou te devolver.

– Por favor. - pediu fingindo que ia chorar

– Não. Chola mais alto. – não usei a letra “r” propositalmente, vendo-o rir, mas logo voltou a pose de cara indignado.

– Katniss! - colocou as mãos na cintura, enquanto eu observava cada passo e movimento que ele fazia - Tô procurando!

– Outro pirulito? Acho que tem na cozinha. - eu disse fazendo pouco caso, colocando os fones de ouvido, mas sem dar play em nenhuma música
– Tô procurando onde eu te dei tanta intimidade! - comecei a rir, assim como ele, que se sentou ao meu lado - Vai, me dá isso aí, por favor.

– Não, Peeta. Eu quase nunca como doces! - porque isso afeta no meu metabolismo, e pode causar alucinações, porque eu sou bipolar, mas você não precisa saber.

– Argh! Eu sou pobre, não tinha dinheiro ora ficar comprando isso! Pelo menos você tem!

– Ok... - olhei desafiadora para ele - Se tirar da minha boca, é seu. - ele sorriu cínico

– Tá pensando que eu não vou pegar? - dei de ombros, e no segundo seguinte ele puxou sem muita força o pirulito, então abri a boca, e ele colocou na dele - Obrigado.

Sorri com sua simplicidade - Não tem nojo? - ele riu, negando

– Claro que não. Você não me dá nojo, é muito pura, e uma pessoa legal.

– Isso não significa que eu não beije outras bocas e te passe bactérias

– Você escova os dentes? - perguntou olhando para mim

– Sim, é claro.

– Qual frequência?

– Depois que como. Qualquer coisinha. - sorriu, sem se desajeitar com o pirulito na boca, ao contrário de mim

– Eu também, mais uma razão para não ter nojo de você, é que a considero uma das minhas irmãs, e elas antes de serem minhas irmãs, são minhas amigas. Você é minha amiga, e eu não tenho nojo de vocês. - disse olhando para o quadro interativo a nossa frente, pois era uma espécie de sala aquilo, observando o sol se pôr, e o céu ser pintado lentamente com roxo, azul escuro e laranja.

– Também não tenho nojo de você. - falei me aproximando, encostando nossos braços de maneira proposital, mas que ele não notasse isso. Não sei o que há entre nós, mas mesmo com tudo o que há de errado envolvendo ele, minhas surras frequentes e ataques por causa de insistência para sua permanência, algo me diz que vale a pena. Ele vale a pena, digo, a amizade dele. Um amigo vale mais que dois maridos.

Ele pegou um lado do fone, colocando outro no meu ouvido, fechando os olhos, com a cabeça jogada para trás, e eu fiz o mesmo.

– Coloque uma boa música, Katniss. - sorri, vendo ele fazia pouco caso para a minha posição no país. Eu também fazia pouco caso para o Distrito que ele vinha. Fiz dele um amigo, e isso o torna único no mundo.

– Ok, Peeta. - ele sorriu para mim, e voltou a se acomodar no sofá para duas pessoas, apenas.

Vou usar aquele vestido que você gosta, apertado

Faço meu cabelo, bem, bem bonito

E sincronizo minha pele com a sua respiração

Porque eu só quero estar bonita para você, bonita para você, uh-huh

Só quero estar bonita para você, bonita para você, uh-huh

Deixe eu te mostrar como estou orgulhosa de ser sua

Deixar esse vestido uma bagunça no chão

E ainda ficar bonita para você, bonita para você, uh-huh

Uh-huh, uh-huh, uh

Confie em mim, eu posso te levar lá

Confie em mim, eu posso te levar lá

Confie em mim, eu, confie em mim, eu, confie em mim, eu ( Good For You, Selena Gomez)

A cantora de muitos anos atrás cantava, e nós dois estalávamos os dedos, nas batidinhas, indo de um lado para o outro, aos risos.

– Essa música é legal. - ele disse - Mas um pouco "sensual" demais. Não sei como reagir com músicas assim... - indicou com os dedos, me fazendo rir

– Também acho. Será que são essas músicas que tocam na lua-de-mel? - ele riu, e sua risada era como a de uma criança, fazendo qualquer um rir junto - O que foi? - perguntei com um sorriso no canto da boca, por causa de sua risada

– Futura Rainha de Panem, não se toca música na lua-de-mel. Bem. Eu acho. - ficou pensativo

– Nunca vi ninguém preocupado com músicas em tais situações.

– É... - parei para pensar - Como se escuta música em uma lua-de-mel, né? O quarto é preenchido por outros sons.

– E que sons seriam esses? - perguntou divertido, cruzando os braços, desnudos até a metade, por ter dobrado, e a blusa ter ficado 3/4. Ele fica muito bonito desta forma.

– Gem... - então me dei conta do que ia sair se minha boca e a cobri com as mãos, fazendo ele rir mais uma vez por causa de meu constrangimento. Eu poderia ouvir estranhamente essa risada todo o dia.

– Você é muito diferente do que eu pensei, com certeza. - murmurou, na intenção que eu não escute, e como não queria, fingi que não tinha ouvido, voltando a me encostar na cadeira, fechando os olhos, com as pernas cruzadas de lado, enquanto ele apenas voltou a posição anterior, fechando os olhos.

– Princesa, desculpe interrompê-los, mas precisa assinar novas cartas de admissões. - Troy avisou, com as bochechas vermelhas, envergonhado.

– Quantas vezes vou ter que te dizer que pode me chamar de Katniss? - revirei os olhos - Peeta, esse é o Troy, um amigo, marido da Johanna, uma de minhas amigas também. Ele é muito legal. - o loiro sorriu tímido, apertando a mão do guarda

– Oi. - Peeta disse

– E aí? - Troy respondeu. Ele é muito tímido.

– Vocês serão grandes amigos, posso... - puxei ar pelo nariz com força, e soltei pelo mesmo, com um sorriso - Sentir. - eles sorriram para mim - Ok, avisei o rei que estou indo para o cumprimento de minhas atividades, guarda Sparks. - falei toda polida, com um breve aceno com a cabeça, e ele riu, sabendo que eu odeio agir desta forma, e como Peeta sabia que eu sou uma pessoa extremamente animada, bem, espero que seja esta a sua concepção a meu respeito, riu junto dele, balançando a cabeça em negação - Sério, já vou.

– Não demore, sua mãe está junto dele. - piscou para mim, e saiu em passos apressados para voltar ao grande escritório real.

– Chama seu pai de Rei? - Peeta perguntou se levantando do sofá para dois, já que não podemos sair para evitar pessoas comentando a respeito, e supondo coisas negativas a nosso respeito, resolvi dar uma parada, e vir conversar sobre nada em um dos corredores do palácio, perto de seu quarto, na verdade, contando mais sobre Gale e Finnick, que despertam minha atenção.

– Só quando estamos em horário de trabalho, quando não, o chamo de papà. - puxei o pirulito de sua boca, colocando na minha, vendo sua cara de extrema indignação

– Que isso! - Sorri cínica por seu protesto

– Amizade é assim. - suspirou frustrado, dando de ombros - Queria que fosse comigo até o escritório dos meus pais, mas não posso. E também tem muita coisa chata.- riu

– Como se eu entendesse todos aqueles gráficos, mapas ou palavras... - fechou um pouco os olhos, me deixando com um pouco de raiva dele, pois me impedia de ver seus olhos azuis como o oceano quando está chorando, ou quase, como um rio, às vezes, quando o sol, ou qualquer outro tipo de luz, a mais fraca que seja, reflete neles e como um diamante, quando está normal, conversando em luz ambiente. Não posso dizer qual minha favorita. Ouso dizer que eles ficam verdes, outrora cinzas, como os meus, mas dois tons mais escuros, dependendo de seu humor, porém, a cor predominante sempre é o azul. Pesquisei em livros a razão para isso acontecer, e descobri que Peeta tem olhos muito raros. Só descobri e vi tantas cores em um só olhar no dele.

– Peeta, você é muito autodepreciativo.

– Aaaahhh, pode me explicar o que é isso? - sorri, vendo seu curto conhecimento de palavras complexas. - Vai lá. - sorriu torto, e pude ver que aquela expressão forte e preocupada do nosso primeiro "encontro" inusitado, onde fiquei a noite em branco chorando acordada, por pensar que ele me desprezou, mas não era bem assim. Na verdade, estava com saudades de casa. Annie é muito amiga de uma das criadas dele, que nunca memorizo o nome, embora seja fácil de lembrar, meu Déficit faz com que eu troque letras, ou as esqueça.

– Beleza, até logo, senhor Mellark. - ele deu um passo para trás, e se curvou, com um sorriso torto, pegou minha mão e disse

– Foi um enorme prazer, princesa Everdeen. - sorri, levantando um pouco de minha blusa, pois já que hoje faz calor, escolhi por usar uma saia pregada preta até os joelhos, em contraste com a blusa branca com gola de canoa. - Agora some daqui, pois o Rei a espera. - ri, assentindo, caminhando para ver meu pai, e quando me virei, ele estava abrindo a porta de seu quarto, parecendo um pouco triste. Permiti que enviasse uma carta para sua família, hoje mais cedo, e já providenciei suas calças jeans para usar nos finais de semana, mas é claro que ele não sabe disso.

Peeta é uma pessoa indecifrável. Deveria sorrir mais, porque seu sorriso não é mais que perfeito, mas ele não precisa sorrir para que sua beleza fique clara perante os olhos alheios.

Basta ser colocado em meio a outras pessoas, sem roteiros ou roupas caríssimas para notar-se que ele é bonito, e tem algo de diferente das outras pessoas, um diferencial que ainda não sei qual é. Mas vou descobrir.

Enquanto pensava em formas de deixá-lo mais à vontade, totalmente distraída, quando vi, estava no chão, e uma parede por cima de mim. Oh, não parede. Um garoto. Um garoto muito bonito. Que isso... Deus, que coisa mais linda, hein?

– AI MEU DEUS! - seus olhos eram cinzas como os meus, e quando me viu, a cor imediatamente saiu de suas bochechas - DESCULPA! MEU JESUS CRISTO! DESCULPA! - saiu de cima de mim rapidamente, enquanto eu ria, e outro garoto me acompanhava na risada

– Eu falei, Gayle. Você só faz m... - então o outro garoto olhou para mim, e puxou o ar pela boca - Méo. Deus. - colocou as mãos na nuca - SEU MISERÁVEL! VOCÊ DERRUBOU A KATNISS! - Gale me olhou assustado, aí depois olhou para Finnick Odair, esse é seu nome.

Sua pele bronzeada e olhos verdes como a grama não passaram despercebidos por mim, e Gale é o único com um nome meio... Estranho. Pronuncia-se GAYÔU.

– Jesus de Nazaré. - o moreno disse - Finnick, ela é a princesa. - o loiro assentiu, quase desmaiando, com o corpo oscilando, por puro pavor. - Eu vou morrer? - os olhos deles ficaram cheios de lágrimas

– Ai meu Deus. - Finnick disse, com uma mão fechada, próxima a boca, e os olhos lacrimejando - Tenha piedade de nós, princesa. Eu não fiz nada. Ele fez. - deu um passo para a direita, apontando para o amigo, me fazendo rir ainda mais.

– Misericórdia. - eu fiquei olhando confusa para os rostos deles, que realmente pensavam ter feito uma coisa assustadoramente assustadora e horrível, quando me lembrei que posso estar falando com meu futuro marido ali.

Comecei a rir três vezes mais, cobrindo o rosto com as mãos, ri tanto, de precisar colocar as mãos nos joelhos, por não estar me aguentando. Meus pulmões até arderam.

– Gente, está tudo bem. - falei me abanando com minhas próprias mãos, secando as lágrimas de meu rosto - Vocês não fizeram nada demais. Esse tipo de coisa acontece.

– Ma-ma-ma-ma-mas é a pri-pri-princesa! - Gale disse, e jurei que vi ele tremendo.

– E daí? - perguntei sorrindo, com a risada dançando nos meus lábios, cruzando os braços - Ficaria conversando com vocês dois, porém preciso correr para um compromisso com o rei e a rainha. - toquei o ombro do moreno, e podia ver meu reflexo nele, de tão limpo e puros que eram seus olhos, tão claros, enquanto os meus eram foscos, com diversos mistérios escondidos no fundo das minhas orbes. - Gale... - fechei um pouco os olhos, para ele me lembrar seu sobrenome.

Hawthorne, Distrito 5, princesa. - ele parecia assustado com minha mão em seu ombro, mas não incomodado. Parecia envergonhado. Não vou me esquecer desse olhar. Provavelmente sim de seu nome, mas não de seus olhos, e da forma da qual me olharam. Gostei.

Finnick Odair, Distrito 4, correto? - olhei divertida para o loiro, que corou, e era engraçado, porque ao invés de suas bochechas ficarem rosadas como as de Peeta, ficavam vermelhas, assim como as minhas e as de Gale. Peeta só fica com elas vermelhas quando está chorando ou muita vergonha, como hoje cedo no café da manhã.

– Sim, senhorita. - sorri - Como nós podemos nos desculpar? - agora seu tom de voz estava calmo, sereno. Não me esquecerei do nome dele também, e não mais por sua aparência maravilhosa, e sim por sua voz suave como uma nuvem branca que não oferece nenhum mal para um dia ensolarado, sem ameaças de chuvas.

– Não há pelo o que se desculpar, apenas eu tenho pelo o que pedir perdão. Estava totalmente distraída. - olhei no relógio, e já faziam quinze minutos que Troy havia me chamado - Meninos, espero falar com vocês pessoalmente em um passeio. O que mais gostam de fazer? Marcarei assim que ficar disponível!

– Tocar algum instrumento. - Gale disse com um sorriso encantador para mim, e algo me dizia lá no fundo que ele disputava por mim, e não por minha coroa, assim como Finnick, que sorriu, mas mais impressionado. Que imagem eu passo para eles através da televisão?

– Praticar arco e flecha. - Finnick respondeu - Ou qualquer coisa que envolva estar pegando um sol. - ri, assentindo. Estava claro que ele gostava de pegar um bronzeado, o que gostei. Gosto muito de sair para andar, praticar algum esporte, e amo cantar, tocar piano.

– Olhe, eu saio com você primeiro, senhor Hawthorne. - falei para Gale - Às 9h eu te busco, no seu quarto, logo após do café, então, depois do almoço, saio com você, ok, senhor Odair? Vou ver um dia na semana, e mandarei alguém avisá-los com precisão do dia.

– Pode nos chamar pelo primeiro nome, princesa. - sorri para os dois, que disseram isso juntos

– Ok, mas só se me chamarem pelo primeiro nome também. Katniss. Me chamem de Katniss. - balancei a cabeça suavemente - Mas só vocês e Peeta. Por favor. Não conheço muito os outros, só sei o nome ou o sobrenome de um ou outro. - eles riram da minha cara de confusão – Preciso ir! Tchau! - beijei a bochecha dos dois, deixando um pouco do meu batom - Espero que não se incomodem com isso... Bom dia, rapazes! - saí correndo, mas me virei no meio do caminho, observando-os, olharem um para o outro, boquiabertos, não esperando essa minha reação - Mais uma vez me desculpem pela minha distração! - eles se viraram para mim, acenando, e pela forma da qual se tratavam, com certeza se conhecem desde antes da Seleção, e acho que isso é bom, a menos que se esqueçam da Amizade, e coloquem a paixão pela parceira em primeiro lugar.

Subi as escadas correndo, entrando na sala de reuniões arfando, vendo minha mãe sentada na ponta da mesa, com um pé no chão, e outro balançando, enquanto lia fichas, e meu pai estava sentado em sua habitual cadeira, lendo um livro sobre economia. Ele é como Prim, apaixonado por números, enquanto eu prefiro mais a praticidade das coisas. Espero que meu futuro marido goste de ficar em um escritório, porque eu simplesmente odeio.

– Atrasada. - a voz da minha mãe, fria e afiada como uma espada capaz de dividir minha carne e osso, literalmente, me fez arrepiar.

– Perdão, estava com alguns Selecionados. -meu pai ergueu os olhos do livro, e sorriu para mim, aquele sorriso que me fazia acreditar que o sol era para todos, inclusive para mim, e que não era necessário usar guarda-chuva.

– Amor, era por uma boa causa. - ele disse suavemente - Acalme-se. - ela fechou a mão, como se fosse me dar um soco *e daria se Papà não estivesse ali*

– Assine esses papéis, e... - meu olhou extremamente severo para ela, e eu mais uma vez me arrepiei. Hoje não é um bom dia na relação deles.

Pais pensam que filhos não sabem quando é um dia difícil para eles, mas a verdade é que mais que sabemos. Ou ficam doces demais, porque tiveram aquela briga quase divórcio, ou estão tão magoados a ponto de nem querer esconder a verdade.

– Ela vai assinar os documentos, e ficar livre o resto do dia, porque hoje é terça-feira. Quarta ela vai passar o dia aqui, mas hoje não. - ajeitei minha saia, sorrindo sem jeito,

– Que assim seja. - ela disse, jogando as mãos para o alto, suspirando profundamente. - Só assine com seu nome, e dispensada. Eu e seu pai checamos todas as fichas já, então fique tranquila sobre. - assenti, totalmente cética.

Comecei a deixar minha assinatura na parte debaixo das fichas como me era indicado no tablet, e era automaticamente impresso, e ninguém em especial me chamou total atenção, apenas pelo fato que a maioria eram criadas. - Por que tantos novos contratos? - perguntei levantando os olhos para eles

– Porque estamos esperando novos fechamentos de alianças, e já estão 80% do caminho andado. - minha mãe respondeu, forçando serenidade - Vamos colocar mais uma criada com você, e dobrar os guardas no palácio, enviando três vezes mais para a guerra, porém, com todo o treinamento de um soldado.

– Está bem. - eu não tinha como discutir a respeito disso.

– Johanna está grávida, não é mesmo? - meu pai disse, e eu na mesma hora arregalei os olhos, soltando os papéis na mesa

– Ela o que?!

– Ela está grávida. Acho que foi anteontem, não foi, Snow? Que ela disse com o Troy? - ele franziu o cenho, tentando se lembrar, então assentiu com um sorriso

– Sim, anteontem. Ela estava muito feliz, mas um pouco triste porque ia ter que passar o trabalho para outra pessoa. - assinei as últimas três fichas com raiva, quando minha mãe me deu mais uma para assinar, com um sorrisinho maldoso, por saber que eu estava perto de uma explosão, e com alguém que eu me importo.

Delly Cartwhite Houston.

Distrito Três, Summer.

17 anos.

Solteira.

Seu sorriso era gentil, torto, mas tinha cara de faladeira. Loira, olhos claros, com mais médicos, habilidades para costura e ensinava crianças nos Distritos mais baixos, como Seis e Sete.

– Quero ela trabalhando comigo. - falei séria, certa do que dizia - São as habilidades da Johanna, e ela tem 17 anos. Annie e Madge podem prepará-la. Vocês mesmo disseram para mim que não devemos escolher os capacitados, e sim capacitar os escolhidos. Até está na Bíblia isso. Não que sejamos Deus, nem comparando, é claro, porém, disseram para nós fazermos desta forma antes de admitir algumas pessoas. - ela parecia ser uma pessoa legal, e eu nunca errei quando falei sobre o sorriso que a pessoa carrega no rosto, e por esta razão que não me sinto culpada por ter eliminado onze Selecionados.

Apenas um, David, se não me engano, muito educado, com uma boa conversa, e um sorriso maravilhoso, porém eu não vi atitude nele. É preciso ter algo a mais, coisas das quais eu não tenho. Ele é muito parecido a mim, e parece querer sempre estar ali, apenas como um figurante ao meu lado. Me abraçou depois que dei o veredito, e eu pensei se aquilo estava realmente certo, mas estava sim. Eu não podia mudar, porque reis e rainhas não agem pelo ou para o coração, e sim pela razão. Ele seria um líder passivo, que só agiria com minhas palavras, então... Não era tão adequado.

– Eu quem decido quem trabalhará para você, Katniss. - minha mãe disse, raivosa. Normal de seu tom de voz para comigo.

– Não mais. A senhora é minha mãe, minha rainha, mas não minha conselheira, e a maior autoridade está nas mãos do meu pai, meu rei. - falei séria, olhando para o papel, lendo mais sobre essa loira.

– Mas eu... - antes que minha mãe continuasse, meu pai a interrompeu.

– Mas eu nada. - vi meu pai se levantar, colocando o livro na mesa - Ela disse que quer, então assim vai ser. - ergui meus olhos, lentamente, pois ali poderia dar tiro, de tão faiscantes que seus olhos estavam.

– Hm... Gente, olha, eu acho melhor vocês darem uma olhada no que o jardineiro fez! Nossa! É uma maravilhoso trabalho! - tentei aliviar - E mãe, tudo bem, você pode escolher minha criada. Pai, está tudo bem. - é sério, eles estavam se encarando muito estranhamente.

– O rei disse que você pode fazer o que quiser, então, por que não contratar ela? Contrate. - ainda se encaravam, a dois braços de distância, comigo entre eles.

– Por que não vai ver Prim? - meu pai finalmente abaixou os olhos para mim - Ela está no quarto já. - assenti

– Sim senhor. Assinei todas as fichas, e vou vê-la. Qualquer coisa, podem me chamar. - ele assentiu, olhando nos meus olhos, e eu sabia que definitivamente eles ficariam discutindo dentro daquele escritório - Por que não vem comigo, pai? - não fazia questão de ter uma boa relação com a minha mãe, porque ela não fazia de ter uma comigo.

– Acho que é uma boa ideia. - concordou, pegando novamente seu livro - Clara, fique à vontade para ficar ligando para as suas amigas da Seleção, ao invés de ir ver Prim no hospital convulsionando. - ela ficou vermelha, tanto de raiva, por ele ter contado isso na minha frente, como de vergonha, por não ter ido ver a filha caçula, que ela realmente ama, ao contrário de mim.

– Snow... - vi ela se desarmar, sua postura ereta não ficou tão perfeita depois que suspirou, fechando os olhos. Agora ela parecia uma mãe e esposa competente, com os olhos azuis ofuscados de sempre, e não brilhando, como todas às vezes que vê o papai.

– Vamos logo. - meu pai disse para mim, segurando com calma e cuidado o meu braço, mas me puxou para fora daquele lugar - Calton, eu vou ver Prim, por favor, avise que volto depois do café da tarde para terminar de resolver sobre os encontros com os reis da Alemanha e Suíça, está bem? - seu guarda assentiu, então seguimos para o quarto de Primrose.

– O que aconteceu com ela? Depois do café eu não a vi, mas estava muito bem. - suspirou, e eu entrelacei seu braço ao meu

– Durante o almoço, ela ficou nervosa pelo espelho ter caído das mãos de Rue, então, pelo susto, ela deu um pulo, e acabou tropeçando, batendo a cabeça na beira da cama. Foi tudo muito rápido. No instante seguinte ela estava se contorcendo, e Rue, estava sozinha, ficando assustada, pois Prim mordia a língua, tentando falar coisas incompreensíveis, babando... - seus olhos ficaram cheios d'água - Prim até mesmo fez xixi, ela teve um ataque epilético. - prendi o ar, na intenção de poupar as lágrimas. Há quem ache legal, engraçado, até passar por tal situação. - Rue colocou um pano na boca dela, entre os dentes, para não machucar mais a língua, e a deitou com a ajuda de um guarda na cama, tirando a saia e a blusa, esperando ela terminar de se debater. Sabe que se tentar impedir fica muito pior. - assenti - Depois que parou, levaram ela até Maggs. Precisou de duas injeções com Rivotril e tomou um Gabaneurin.

– Meu Deus do Céu... - encostei minha cabeça em seu braço, e senti ele colocar a dele sobre a minha - Será que ela vai ficar curada um dia disso?

– Esperança é a única coisa mais forte que o medo. E a fé é maior do que a esperança e o medo juntos. - disse para mim - Precisamos acreditar com tudo o que somos e tudo o que temos que ela vai ficar curada um dia.

– Então ela vai. Mas espero que seja logo, porque a gente vai perdendo as forças de lutar. - ele suspirou, assentindo, depositando um beijo no topo da minha cabeça. Queria perguntar a razão da mãe e ele estarem brigados, mas eu não tive coragem. Entre marido e mulher, ninguém mete a colher, Johanna disse uma vez, quando chegou com muita raiva de Troy, por ele ter esquecido a toalha molhada em cima da cama. "TEM QUE METER UMA FACA PRA RESOLVER COM A DROGA TODA!" Annie gritou, jogando um travesseiro na cara dela, e a lembrança desse dia me fez sorrir.

Sei que meus pais se amam, e pra caramba, assim como a Johanna e o Troy. Quem ama, sempre se reconcilia. Há tempo de amar, e tempo de se aborrecer, basta esperar um pouco para a poeira abaixar.

Meu pai abriu a porta de madeira delicada, com detalhes que minha mãe e ele escolheram quando souberam que teriam outra menina. Havia uma lindíssima rosa na porta, uma rosa vermelha, e os detalhes da porta são folhas, todas mui bem pintadas, parecendo serem verdadeiras. A rosa, mesmo com seus espinhos para própria proteção, é delicadíssima, bela, paciente, atraente, como Prim.

– Meu bebê! - pai disse, e eu ri, grata por ele não me chamar desta forma. Nos separamos, e ele logo foi para o lado esquerdo da cama, deitando-se ao lado da minha irmã, que ria por ele parecer tão criança. - Como está agora? - me sentei de frente para ela, em sua cama, sorrindo torto

– É... Mais ou menos. Quero ver mais dos Selecionados bonitões por aí. - nós dois rimos - Levei DUAS injeções! - reclamou, depois de mostrar dois dedos para a gente, indignada - Papai, sabe como isso dói?!

– Sabe que eu levaria por você e Katniss, não sabe? - ela sorriu gentilmente, e assentiu - Prim, precisa ter mais cuidado.

– Sim, eu sei... - abaixou a cabeça, segurando a mão do nosso pai - Me desculpem. - pude ver seus olhos brilharem, mas não porque estava encantada com algo, e sim porque estava chorando - Eu não gosto de dar trabalho para vocês. - seu tom de voz mudou, pois estava querendo controlar as lágrimas, e não queria mostrar para a gente. Meu pai a abraçou, e pude ver que ele odiava sua profissão, por ter tanto dinheiro, tanto poder, porém não poder ordenar que ela fique sarada. Nem sempre o dinheiro e posição social resolve nossos problemas. O sol, a dor, o luto, a tristeza e alegria recaem por todos na face da terra, e não há nada que possa mudar isso.

– Está tudo bem, acidentes acontecem, Prim. - ele disse - Você está bem agora.

– Mas eu machuquei a Rue! - disse aos prantos, e eu precisei me levantar, indo para perto da janela, observando o céu azul tão comum na Capital, procurando não chorar. - Eu não consigo me controlar.

Ouvir meu pai contando o que aconteceu com ela mais cedo, me faz querer chorar, porque eu queria estar no lugar dela, sofrer de Epilepsia e seu Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TSPT), resgatando ela das mãos e do poder dos malditos, malditos, amaldiçoados rebeldes, que a estupraram. Foram mais de vinte homens, e duas mulheres. Ela tinha apenas seis anos, na verdade, sete. Era seu aniversário. Quando descobriram que ela tinha sido "esquecida", porque tinha voltado para buscar o seu cachorro, Buttercup, que eu nunca sei onde está, mas nisso, a acharam, e abusaram, bateram, quase mataram ela. Seria melhor se o tivessem feito.

Parece crueldade a minha, mas eu já estive presente em exatos cinco ataques. Quatro foram epiléticos, e um por causa do TSPT. O pior, foi o do TSPT. Ela começou a berrar, soluçar, batia, socava todos que tentavam se aproximar, então ela se sentou no canto do Grande Salão, abraçada a si mesma, fazendo xixi nas calças, de tanto medo, a ponto da parte branca de seus olhos ficarem vermelhas, muito vermelhas, como se eles fossem sair de suas orbes, mas na verdade era porque ela os arranhava, com muita força, assim como suas pernas e braços, mandando os rebeldes se afastarem, mas nem tinha ninguém ao seu lado, apenas eu, que chorava, por não saber o que fazer para fazer ela parar de sentir tantas dores. Levei um chute que me fez ficar de joelhos e curvada, deslizando um pouco no chão, pois ela me deu, me vendo como uma ameaça total. Eu tinha apenas 15 anos, e uma vontade de fazer ela parar de sentir dor. Ela fez eu vomitar, fez eu ficar com febre, mas a dor de vê-la necessitando de ajuda foi muito maior. Eu sou a pior irmã que existe, por ter pego apenas meu cobertor e seguir Annie até o esconderijo da família real. Eu deveria ter parado de perguntar aonde minha irmã caçula de recém-completados sete anos estava, e ter corrido aos gritos atrás dela, trocando de lugar, me entregando nas mãos deles, permitindo que ela corresse.

Todos me dizem que eu não tive culpa, e sim quem a pegou e cometeu tanta maldade. Eu a amo. Eu a amo com todas as minhas forças, e por amá-la tanto assim, que eu deveria ter ido atrás, questionado a razão das luzes estarem apagadas e por Annie não estar confiando em nenhum guarda. Se hoje Prim sofre, é por minha causa. Eu deveria ter sido melhor.

– Katniss. - sua voz chorosa me fez passar os dedos rapidamente em meus olhos, funguei, na tentativa de apagar as marcas do choro, agradecendo as meninas por me maquiarem com maquiagem à prova d'água.

– Sim, meu amor? - perguntei, dando alguns passos na direção de sua cama. Ela estava no colo do papai, encolhida, por ser pequena e magra, em comparação a ele. Seus fios loiros como o sol estavam contidos em uma frança bem frouxa, para não deixá-la com dor de cabeça, e as bochechas brancas, rosadas pela temperatura fria do quarto.

Fica aqui comigo?– pediu, me encarando com seus olhos cor de diamante, e eu me arrepiei.

Seu tom era frágil, seus olhos eram iguais aos de um loiro que me tratou com muita ignorância na noite em que nos conhecemos. Os olhos dela eram como dois diamantes sempre com luz batendo sobre eles, ainda mais claros agora por causa do choro recente, e mesmo sendo de tonalidade diferente dos de Peeta, ambos passavam a mesma coisa, que só agora pude entender, também me lembrando do olhar da minha mãe para meu pai ainda pouco no escritório dele. Os olhos de Papà eram sempre gentis, nunca os vi pedir nada, pois ele sabia esconder o que sentia.

Todos esses três gritavam uma coisa com os olhos, mas diziam coisas diferentes com a boca: eu preciso de ajuda, porque não sei lidar com isso sozinho. Mas eu não sei como ajudar.

Sempre. - falei, depois de me deitar ao lado dela, abraçando-a, e meu pai colocou os braços ao nosso redor, fazendo um suave carinho em meu ombro, e sem querer, acabei sendo levada pelo cansaço emocional.

...

– MAIS QUE DROGA É ESSA QUE VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA! – foi a primeira coisa que eu disse quando entrei no meu quarto, e Madge largou minhas partituras de piano no chão

– Eu sou moça! Como posso estar grávida, maluca?! – bufei

– Eu estou me referindo a uma pessoa que sabe muito bem quem é! – olhei para Johanna, que tinha acabado de fazer uma trança no cabelo ruivo de causar inveja de Annie, que estava tão suave como uma brisa no verão. Com certeza está naqueles dias, porque ela é a pessoa mais raivosa que eu conheço.

– Hm... não sou eu. Sou virgem. – Annie disse serenamente – Johanna, você está o que? – até a forma que ela se virou para Johanna foi calma e ridiculamente sensível.

– VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA?! – Madge gritou. Ela é meio termo. Ela é da paz, mas se declarar guerra contra ela, ela vai declarar guerra de volta, assim como eu, só que eu preciso fingir que não, porque tenho que manter as aparências, diferentemente de Johanna, que é totalmente pacifica. Não passiva, mas é bem “vamos sentar e contar o que está impedindo de nós levarmos a conversa serena adiante”.

– Meu Deus... – a morena fechou os olhos, puxou ar pela boca, e soltou pela mesma, acomodando-se na cadeira – Ok, sim, Katniss e Madge. Eu estou grávida.

– OOOOOOOOOOOOOOO! – Annie disse, jogando os braços para o alto, ficando vermelha, de raiva. Às vezes, nem a TPM coloca a paz e mansidão nela. – E VOCÊ NÃO NOS CONTOU, SUA ÉGUA?!

– Não, porque vocês são muito espalhafatosas e escandalosas. Contaria quando a minha barriga crescesse mais um pouco, e eu fosse dispensada. Sua mãe me liberou para cuidar da minha gravidez aos quatro meses, por causa das minhas férias atrasadas, assim como as de Troy, e meus problemas de saúde. Minha diabetes é crônica. Preciso vigiar com isso.

– Você está com quantos meses? – perguntei, cruzando os braços e as pernas, depois de me sentar na ponta da cama. – Eu quero detalhes sobre esse bebê. – ela sorriu, e Annie e Madge se sentaram ao meu lado, empolgadas também, para comprarmos logo as roupas e presentes, mimando a Johanna da cabeça aos pés.

– Três. Na verdade, gravidez se mede por semanas. Estou grávida de dez semanas, ou seja, ainda vou trabalhar por mais duas. – eu sorri, assim como Annie e Madge – Espero que não coloque uma qualquer em meu lugar, Katniss, e vocês são muito bem-vindas para irem em minha casa e me levarem muita coxinha. – a gente riu – Troy acha que é um menino. Sou indiferente quanto ao sexo, o importante é que vocês estejam comigo, assim como o meu marido, para me ajudarem a criar esse pequeno ou pequena. – tocou no ventre, sem nenhuma protuberância por enquanto – Abraço em grupo!

Eu, Annie e Madge nos entreolhamos, e como se fôssemos garotas de 18 e 20 anos, respectivamente, sem títulos, sem obrigações, apenas três garotas empolgadas pela amiga, e pulamos em cima de Johanna, gritando animadas, nos sentando aos seus pés, sugerindo nomes, as roupas que compraríamos, e ficaríamos conversando até o sol aparecer, porém elas tinham suas casas e responsabilidades. Às 19h elas precisaram ir embora, me deixando entre a felicidade e a depressão, inexplicavelmente, porém foi com um sorriso que eu dormi ao me lembrar do meu passeio pelo jardim com Peeta, e meus encontros marcados com Finnick e Gale. Não vejo a hora de sair com mais alguns deles, e conversar com Prim sobre.

...

Ei, eu te direi o que quero, o que eu realmente quero

Então, diga-me o que você quer, o que você realmente quer

Eu te direi o que quero, o que eu realmente quero

Então, diga-me o que você quer, o que você realmente quer

Eu te direi o que quero, o que eu realmente quero

Eu realmente, realmente quero um zigue-zague, ah
Se você quer meu futuro, esqueça meu passado
Se você quer ficar comigo, é melhor ir rápido
Agora não vá desperdiçar meu tempo precioso
Componha-se, nós podemos ficar bem juntos (Wannabe, Spice Girls)

Eu e Prim cantávamos alto, na sala de música, só nossa. Papai e mamãe gostam de vir aqui, sempre juntos. Talvez você não deva ter captado a maldade, mas eles sempre trancam a porta.

– Amor, aumenta esse som! É a sua música para o seu futuro marido! - ela pediu, colocando as meias, assim como eu, e a obedeci, indo para o outro lado da sala - No já, a gente escorrega.

– Ok! Pode começar a contagem!

– Um... Dois... Três! - e pegamos impulso, nos jogando para a frente, caindo de joelhos, porém, escorregando no chão de madeira, gritando "OOOOOOOOOOOOOOOO". Amo esses momentos, porque esqueço-me de minhas obrigações como uma Princesa que herdará o trono, precisando escolher um futuro marido, e me lembro que tenho apenas dezoito anos.

– É ASSIM QUE SE FAZ, DROGA! - eu gritei, como se fosse uma valentona, depois que me levantei, jogando um travesseiro no chão - Não é assim que se faz, Primrose?

– Sim, Katniss! - ela disse, forçando a voz, e eu comecei a rir, levantando a mão direita, e ela bateu com a esquerda, seguramos nossas mãos e depois chocamos nossos quadris. Esse é o nosso toque, sacou?

– O REFRÃO! O REFRÃO! - oscilei os pés, como se estivesse em uma maratona, mas não corri, e ela fez o mesmo, então cantamos junto

I'll tell you what I want, what I really really want
So tell me what you want, what you really really want
I wanna, I wanna, I wanna, I wanna
I wanna really really really wanna zig-a-zig, ah!

Nós duas rebolamos rapidamente, empinando o bumbum, e cantamos junto, balançando os nossos cabelos, presos em duas tranças. Ninguém virá nos incomodar, porque meu pai deu a manhã todinha para eu trabalhar, porém, me liberou ao entardecer para que eu saísse com Peeta, então, permitiu que eu ficasse a noite com Prim.

– Aliás, como foi o encontro? - sorri, me jogando no sofá e ela logo ao meu lado

– Foi incrível. Ele tem cinco irmãos, você sabia?

– Cinco! - abriu a boca em um "o" perfeito, assim como eu fiz ao saber disso, deixando-me aos risos agora. Ela sorriu. - Como ele beija? - a olhei espantada

– Prim!

– Qual foi! - ergueu as mãos - Eu tenho 12 anos! Sei que quando dois adolescentes pedem para não serem filmados, é porque aí... - pegou uma garrafa d'água, bebendo um pouco - Tem coisa. E ele tem uma bela boca, fala sério! Ele é perfeito!

– Com 12 anos, eu brincava de boneca. - falei, um pouco assustada por ela saber dessas coisas, e franzi o cenho - Não o beijei, Prim. Ele é meu amigo.

– Putz grilo, logo o que eu mais amei você jogou na friendzone. - disse que rir quando ela revirou os olhos, e fez uma cara de desgosto enorme - Mas como ele é? A conversa?

– Ele é extremamente legal, mas sinto que não deixa que as pessoas sintam totalmente isso. - notei

– Porque ele sabe que quando as pessoas veem nossa gentileza, nobreza, leveza, sempre esperam isso de nós. - olhei para ela, que sempre vinha com essas filosofias sem sentir, estando absolutamente correta.

– É... Sinto que é isso mesmo. - piscou

– Eu estou sempre certa, Katmiss. Katmiss. Gostei como isso soa. Vou chamá-la desta forma agora. - revirei os olhos com um sorriso

– Peeta é uma pessoa maravilhosa, e com boas e nobres razões para estar aqui. - ela me olhava atentamente, sabendo do que se tratava, pois contei para ela sobre a mãe dele. - E tem uma irmã gêmea, assim como irmão na sua faixa etária. Dois anos mais velho. - ela sorriu maliciosamente

– Gostei, se for como ele é, acho uma excelente ideia de trazer os familiares para o palácio. Quem sabe eu não me caso também? - ri de sua cara sonhadora

– Prim, você não presta... não posso trazer ninguém agora, sabe que a situação está séria, mas assim que puder, vou sim. Vi os olhos dele brilharem quando falou de seus irmãos... – aquilo não havia passado despercebido por mim – Ele tem cheiro de... casa. – ela me olhou confusa – Eu sei! É muito estranho! Mas ele tem um cheiro bom, um perfume só dele, que me faz ficar calma e bem. Ah, e eu mandei três calças jeans para ele. É um tecido simples, mas, se o faz sentir confortável, eu me sinto confortável.

– Vou falar isso para ele da próxima vez que eu o ver! – ela disse sorrindo animada – Quero sair com ele também, Katmiss! Marca um encontro para nós três!

– Eu acabo com essa tua raça se fizer isso! – dei um tapinha em sua nuca – Não ouse falar isso para ele!

– Mas você me aaaamaaa! - se jogou em cima de mim, me abraçando - Chuchu!

– Ok, Chuchu, não gosto de abraços, sabe disso. Eu não sou touch pra ficar me tocando. - afastei ela. Pode ser ela, pode ser meu pai, pode ser Johanna, Annie ou Madge. Pode ser qualquer um. Não me toque por muito tempo. Abraçou, beijou, e "tá, agora se afasta, mas saiba que eu continuo te amando", porque eu inexplicavelmente fico incomodada com a aproximação das pessoas. Não sou mesquinha, nem fresca, amo abraçar e ser abraçada. Mas durante no máximo dois segundos. Então você se afasta.

– Você é muito chata. De boas. Muito chata. - uma das razões de gostar desses momentos irmãs, é que nós podemos esquecer de nossas etiquetas dadas pela dona Effie, para sermos nós mesmas, e usarmos gírias que seriam transformadas em um discurso de duas horas ministrado por ela.

– Mas você aaaamaaa! – imitei ela, dando um soco em seu ombro, com um sorriso bobo, sem mostrar os dentes, mas isso não é preciso para mostrar que acho muito agradável tê-la ao meu lado.

– Amo sim! – deu dois tapas na minha coxa, ficando de pé – E se falar de novo, eu amo mais! – fiquei de pé também, ajeitando minha blusa de ginástica, que assim como a calça, era justa ao corpo, para dar mais flexibilidade, e corri para o centro da sala, dando duas estrelinhas, enquanto ela ria – Vai nessa, mulher elástica. – sorri, dando um salto para trás, parando em pé novamente

– Você é muito melhor do que eu nisso. – era uma verdade clara, e ela nem precisava dar uma estrelinha para isso. A forma da qual ela anda é extremamente anormalmente fofa e delicada, assim como meu passos, mas quando ela para, é como uma bailarina. Ela consegue ser melhor do que eu até nisso!

– Sim... – curvou-se para trás, espalmando as mãos no chão, depois levantou uma perna, e então a outra, plantando uma bananeira perfeita, porém permitiu que elas caíssem para trás, e em um movimento rápido, ficou em pé novamente, com um sorriso contente por não ter errado – Eu sou.

Cruzei os braços, sorrindo e balançando a cabeça em negativa enquanto caminhava até a caixa de som, colocando a música Some Nights, Fun.

...

– Katniss. – minha mãe disse, séria, enquanto eu analisava alguns gráficos na palma de minha mão por causa da tecnologia avançada. Os antigos celulares e muitas folhas de papel foram substituídas por um retângulo quase transparente que cabe na palma de minha mão, e com uma frase, me mostra tudo o que quero saber.

– Sim, senhora. – olhei para ela, passando a outra mão por cima do aparelho, e as imagens sumiram

– Quero falar sobre o Sete. – obviamente se referia a Peeta. Coloquei o meu dispositivo na cabeceira ao lado da minha cama, e me acomodei melhor na mesma, sentada.

– Fale. – cruzei as mãos em meu colo, olhando para seu rosto fino e delicado, mas ela era mais grossa do que um lutador, se quisesse.

– Eu quero ele fora dessa competição, assim como o Cinco, e o Quatro. Eles são os Distritos mais baixos na Seleção, e não me agrada. Você não é capaz de se preocupar com sua irmã no dia do ataque, por que seria capaz de ensiná-los da verdadeira maneira que um rei deve ser? – nem sempre foi toda essa intriga, nem sempre foi toda essa indiferença entre eu e ela. Minha mãe ama Prim com sua vida, e ela precisou ser dopada quando olhou para trás e não viu Prim. Ela segurava sua mão, pelos quartos serem uns ao lado dos outros, mas aconteceu alguma coisa, e as duas se assustaram, e se soltaram. Quando a luz voltou, minha mãe já estava entrando no lugar mais seguro do palácio para a família real, onde estava Prim? O guarda não sabia, e aí você sabe o que aconteceu. Rebeldes encontraram a minha irmã. Ela me culpa até o dia de hoje, mesmo seis anos depois.

– Não interessa se o rapaz será um bom rei, e sim se será um bom marido, pois essa é a intenção da Seleção. – ela riu, balançando a cabeça

– Como você é inocente... – disse, voltando-se para mim – Eu não quero um Sete na mesma mesa do que eu, ou Prim. Foram pragas do Distrito dele e do Oito que entraram no palácio daquela vez e quase levou sua irmã! – gritou comigo, e meus olhos se encheram d’água – Eu não quero ele aqui!

– Não podemos generalizar as pessoas, mãe. – falei, respirando firme, porém não queria continuar a conversar. Eu queria expulsá-la do meu quarto e da minha vida, por me fazer eu me sentir mil vezes mais culpada do que realmente sou. – Peeta não é da maneira que pensa. Ele não é como os outros. – olhei em seus olhos, e tinham as pupilas dilatadas.

– O que disse? – perguntou, cruzando os braços – Levanta, e fala olhando na mesma altura que eu. – me levantei da cama, fazendo-a erguer as sobrancelhas, surpresa – A ratinha acha que pode me desafiar? Ok. Vai. O que você disse sobre o Sete?

– Eu disse “ele não é como os outros”. E essa é a minha Seleção, não sua. Só porque alguns não agiram como seres humanos com Prim, não significa que ele vai agir da mesma forma, a começar pelo fato que ele nem sabe que esse ataque aconteceu, Clara. – eu a chamei pelo nome, e não me senti nada mal por isso. Apenas Gale e Finnick ficaram, representando seus respectivos Distritos, então posso mencioná-los por seus números. – O Quatro e o Cinco foram pessoas de sua escolha, porém, é pela minha vontade que eu os deixo ficar, e eu vou me casar, e eu vou transformá-los em reis, seja quem for.

– EU quero que você se case com o Cato, no mínimo o Marvel, porque EU estou dizendo, e porque eles tem classe, eles não são o resto, como os que você mais gosta. – ri irônica, cruzando os braços

– Vem cá, qual é a parte do minha escolha a senhora não entendeu? – perguntei, semicerrando os olhos – Eu vou escolher quem eu amar! – e no segundo seguinte, e que foi em um piscar de olhos, ela acertou minha bochecha esquerda com sua mão direita, a mais forte, que fez meu cabelo se mover, cobrindo meu rosto por uma fração de milésimos, voltando para seu lugar, embora alguns tivessem ficado presos em meus olhos e testa.

– Ninguém pode ser capaz de amar você, rata. E nem você pode amar alguém. – me virei imediatamente para ela, com minha expressão mais eu estou com ódio, e queria dar no rosto dela, mas os meus princípios sempre falam mais alto que minha raiva e sentimentos e vontades. Não tenho coragem de fazer isso, e ela sabe, a ponto de sorrir.

Eu não sei muito, mas sei que, com certeza eu vou mostrar para minha mãe o quanto ela está e é errada por me dizer algo assim. Eu vou encontrar o amor da minha vida, e sei que essa pessoa está entre os 36 Selecionados, e se for Peeta, o de Distrito mais baixo, vai ser o Peeta, o de Distrito mais baixo, mas eu o tornarei rei. Eu o farei aprender economia, entender gráficos, e o farei entender o significado de todas as palavras, o pondo na mesa com as pessoas mais poderosas do mundo.Se for Gale, eu o deixarei impecável, o farei vestir das mais finas roupas. Se for Finnick, o ensinarei administração e o farei gostar disso. Se for Cato, eu o farei descer do pedestal que acha que está, só porque nasceu rico, o farei ver como eu vejo, o farei enxergar na altura dos olhos, não sobre o nariz. Se for Marvel, eu o farei ser mais delicado com as palavras que usa. Se for Logan, um Selecionado do Três, que sempre carrega um brilho nos olhos castanhos e boas respostas, e quando não a sabe, diz que não sabe, eu o tornarei mais sério e menos bobo. É a minha Seleção.

Eu posso amar o garoto que eu quiser. E posso fazê-lo me amar.

— Vou provar a senhora que está errada — falei baixo, sem ousar tocar na minha bochecha, mesmo que ardesse. Orgulho, talvez, mas é mais pavor, por ela ter sangue do Distrito Cinco em suas veias, porém, odiar que um do mesmo Distrito que o dela esteja disputando por minha mão. Pavor por ela ter se esquecido que eu estive por nove meses dentro dela, porém ela se esquecer de me tratar como filha, apenas a mais repugnante escrava. Pavor, por eu saber que se rebeldes entrassem naquele quarto agora para matá-la, eu entraria na frente para levar o tiro, porque ela é a minha mãe, ela é a mulher que me amamentou e me educou. Foi a primeira pessoa que eu já nasci amando. — E você vai me ver entrando na Igreja de véu e grinalda com um dos Selecionados.

Ela segurou meu queixo com força, aproximando nossos rostos, com um sorriso cínico e disse como se eu fosse sua escrava, e ela, a mais cobiçada senhoria.

— Prove. — e me deu mais um tapa estalado, fazendo eu me apoiar na madeira que sustenta o dossel da cama.

Ela saiu rindo, me deixando com os olhos cheios d'água, desejando que ela simplesmente sumisse da minha vida, que eu fosse filha de uma outra mulher, mas então fui consumida pela decisão.

Limpei os olhos com força, e levantei a cabeça depois de um tempo, e disse, mesmo sabendo que ela não vai ouvir:

— Eu vou provar.


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Notas finais do capítulo

Notas finais nas notas iniciais. Me desculpem pela confusão... *corando, com uma mão na nuca, e outra acenando*
Agora, preciso ir porque são 05:17 (mas quando eu comecei a escrever a finalizaçao, eram 00:09, aí quando eu postei, sem editar deireito, 04:47) da madrugada, e eu preciso ensaiar às 15h para uma festa de quinze anos e ser arrastada pelo meu pai até o cinema pra comprar os ingressos para assistirmos Star Wars. só não vou emburrada porque vai ter m&m's. E pipoca. E Fanta uva. EU SÓ TENHO QUINZE ANOS! *jogando as mãos pro alto e saindo do recinto, mas volto e mando beijo, ai eu vou mesmo embora*