Almost Lover - Parte 1 escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 6
S E I S


Notas iniciais do capítulo

Ei gente. Não demorarei muito pois estou pelo celular, meu computador deu defeito, por isso tive que encarar o desafio que é postar capitulo pelo celular.
Enfim, torçam para que o meu computador volte dos mortos para eu poder postar sem nenhum tipo de problema ou dificuldade, e ainda escrever o capítulo de Love Story.
Beijos, boa leitura e a gente se vê lá embaixo!



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Mas tem um problema, dois na verdade, estou exausta, como todos os dias, e eu não sei dizer não, problemas quase sem solução no momento. É uma coisa decepcionante para mim. No início, eu adorava transar com ele, agora mais parece uma obrigação! Isso é triste.

Fecho os olhos enquanto os seus dedos apertam a carne da minha cintura, para depois descer até a minha pele das pernas nuas. Suspiro e olho para o colchão, sem me mover. Sei que Steve deve estar pensando que estou curtindo as caricias, mas não estou, nem um pouco, me sinto mal nesse momento. E até chega a passar pela minha cabeça que tenho que fazer isso pois senão ele pode procurar na rua, e afasto esse pensamento, eu tenho que confiar nele.

Decido fazer algo que não gosto, me sinto mal, mas que é necessário. Meu corpo precisa dormir, e minha mente ainda mais, e ainda tenho pouco tempo disponível para dormir. Fecho os olhos e continuo imóvel ignorando os seus carinhos. Isso é cruel da minha parte, mas ele só faz nessas horas, e durante o dia, ou até nos finais de semana, não faz nada, só me beija como se fosse um aperto de mão ou abraçando um amigo ao vê-lo na rua, nada mais. Antes ele me abraçava por trás espontaneamente, segurava a minha mão, fazia cócegas em mim, agora, nem nas meninas está fazendo.

Seus dedos continuam a fazer o mesmo percurso, da minha cintura, para o meu pescoço, e descer até a minha coxa, e aos poucos, nem surge mais resultado, e ele nota isso, por isso que deixa beijos delicados na minha nuca, e quase não sinto nada, o que é estranho para mim, pois antes eu me derretia toda, mas nada agora.

Sinto vontade de chorar ao ver que o homem que eu amo, não é a mesma coisa de antes, não consigo fazer com que as coisas fiquem como antes. Fecho os olhos me amaldiçoando por ter deitado sem cobertor e ter colocado essa camisola curta, se uma dessas coisas tivessem sido evitadas, eu não estaria mal agora!

Steve finalmente nota que adormeci rapidamente, e para de me beijar, e vira na cama ficando de costas para mim fazendo a cama balançar bastante, ficou frustrado. Mordo o lábio inferior não querendo chorar, mas meus olhos se enchem de lágrimas e várias delas escorregam pelo meu rosto sujando a fronha do meu travesseiro. Minhas mãos seguram o cobertor debaixo de mim com força, enquanto faço força para não chorar ou emitir qualquer barulho, pois ele ainda está acordado, está ao meu lado e tem uma ótima audição.

Eu nunca pensei, em qualquer parte da minha vida que o meu casamento, com o homem que eu mais amei em toda a minha vida fosse ficar desse jeito. Erámos tão felizes, mas agora é tudo tão... Frio, distante e triste, ao contrário do que era antes, quente, próximos e felizes. Sinto o meu peito se aquecer, para depois doer, a dor estava por dentro, e não apenas no meu rosto contraído com várias lágrimas descendo.

E só depois de vários minutos que o loiro finalmente dorme, e vou na ponta do pé até o banheiro, onde limpei as lágrimas e joguei uma água no rosto, e vendo os meus olhos vermelhos no reflexo do espelho, ignoro aquilo, desligo a lâmpada e volto para a cama, e dessa vez, me cobrindo.

—Quer me contar o que está acontecendo? – ouço ele perguntar enquanto estou deitada de costas para ele. Nego várias vezes com a cabeça com o choro querendo voltar novamente. Ouço ele suspirar, e coloca a mão no meu braço, e solto um engasgo de choro, e quase me bato por causa disso – Emily, o que está acontecendo? – pergunta preocupado e volto a negar com a cabeça. Ouço ele suspirar e se movimentar na cama ficando de barriga para cima – Quer que eu durma em outro lugar? eu posso numa boa – sugere.

—Claro que não, Hannah e Brianna irão nos encher de perguntas – justifico com a voz embargada e ele parece concordar, se senta na cama e me encolho mais. Senti sua mão se aproximar de mim de novo, mas desiste.

—Sabe que uma hora ou outra vai ter que me contar o que está acontecendo, não sabe? – pergunta e assinto com a cabeça, mesmo querendo que essa hora nunca chegue. Eu quero resolver os problemas que para mim existem, não sei para ele, mas eu não quero revelar os meus medos. Já fiz muito isso com ele, mas quero diminuir isso, quero lidar com eles sozinhas, mesmo isso sendo pensamento de adolescente ainda, mas é o que eu quero.

Steve não pergunta mais nada, apenas se deita e me escuta chorar por alguns minutos, mas não faz nada, apenas ignora.

O café da manhã é silencioso e incomodo, as meninas perguntam o tempo todo o que está acontecendo, mas respondemos que não é nada, impressão delas, mas não caíram nessa. Steve leva as meninas para a escola, pois tive que ir mais cedo dessa vez, mas prometo ir busca-las na escola. Chegando ao trabalho, entrego todos os projetos ao meu supervisor, que recomenda eu não repetir mais aquele erro, e volto para a minha sala em silêncio, até Andrew pergunta o que está acontecendo comigo na hora do almoço, respondo que não é nada, mas insiste até eu perder a paciência, me levanto e saio do restaurante pagando somente a minha parte dessa vez.

E quando chega a hora de buscar as meninas de novo, recebo uma mensagem do Steve pedindo para eu busca-lo também, o carro dele foi rebocado por estacionar em lugar proibido, além de levar uma multa, claro.

Suspiro cansada. Todo o percurso foi recheado de conversas entre as duas de quem era mais popular na escola, músicas atuais e monótonas do rádio e buzinas de carros de motoristas impacientes com o trânsito. Quando chego a faculdade, Steve se despede de alguns alunos e entra no meu carro, saio dali o mais rápido que eu posso, até Brianna pede para eu ir mais devagar. Diminuo, mas só um pouco.

—Mãe, pode parar ali na farmácia rapidinho? – pergunta Hannah e paro bem em frente, e Brianna vai junto, e Steve vai também para pagar os esmaltes, chicletes, absorventes e maquiagens que elas quiserem, ele não consegue dizer não para elas, ao contrário de mim.

Seguro o volante com força fazendo barulho por causa do couro ao girar as mãos, e encosto a cabeça no volante, e uma hora para outra, recebo uma pancada violenta vindo de trás do meu carro, e consequentemente, batendo no carro da frente. Saio de imediato e vejo saindo muita fumaça do motor do meu carro, maravilha, agora mais essa.

O carro vermelho da frente saí e vê a traseira do carro completamente amaçada, e olha para mim, um cara bem grande e careca, vindo em passos pesados e firmes. E antes que ele pudesse vir até mim, olho para o motorista do carro causador da batida, que saí devagar e de mansinho, se aproximando devagar da gente, com cautela, com medo do cara careca.

—Me desculpe – diz acuado enquanto torce o boné vermelho nas suas mãos – Meus meninos estavam fazendo muita bagunça dentro do carro, me distraí – justifica e suspiro. Passo a mão pelo rosto e vejo o porta-malas do meu carro amassado, bem amassado, nem fecha direito.

—Quem vai pagar o meu prejuízo? Dependo do carro para trabalhar – pergunta o cara careca, com os punhos se apertando com força, até consigo ver o nós dos dedos ficando brancos.

Vejo Hannah, Brianna e o Steve virem até mim, preocupados e espantados com o que acabou de acontecer.

—Desculpe, mas não tenho como pagar – justifica o motorista, com a voz recheada de medo, e até posso ver suas mãos tremendo enquanto torce o boné esfarrapado nervoso, e seu corpo magro e frágil treme.

—Papai! – chamam duas crianças em uníssono vindo do carro do motorista com as cabeças para fora, eram dois gêmeos, com cabelos claros e cacheados. Até entendo o lado do motorista causador da batida, a coisa está bem complicada para ele, e até agora, eu não disse uma palavra.

Steve vem em passos rápidos e se coloca entre mim e o motorista nervoso.

—E você acha que vou ficar no prejuízo? – pergunta irônico o motorista irado. Consigo ver os seus músculos tensionados, principalmente os dos braços, tão grandes quanto os do Steve, isso não vai dar certo. Ele dá passos para frente, mas Steve não deixa – Saí do meu caminho – ele diz alto o suficiente para que qualquer um do outro lado da rua, com carros passando, consiga ouvir, mas Steve não se retira, deve estar me protegendo e ao motorista nervoso.

As crianças choram e vejo Hannah indo acalma-las um pouco, ela adora crianças. Respiro fundo, mais nervosa do que nunca. A minha razão de não ter falado nada até agora foi essa, minha ansiedade está tão alta, que eu acho que se eu disser qualquer coisa, é capaz de eu explodir ali mesmo.

—Temos então que arranjar uma solução – determina o loiro, e seco as minhas mãos na calça que estou usando, e provavelmente deixando machas de suor nas coxas onde limpei, minhas mãos estavam encharcadas de suor frio – Violência não vai solucionar em nada.

—Me desculpe, mas eu não posso pagar, o banco está quase retirando o meu carro – apela o motorista nervoso e fecho as mãos em punho sentindo as minhas unhas machucarem a minha mão. O motorista careca bufa e me encosto no meu carro na altura da porta do banco traseiro, que não sofreu danos, não foi uma batida forte o suficiente para isso.

—O que você sugere, Bonitão? – pergunta o motorista em tom ameaçados dando dois passos na direção do Steve, que não se retira, o encara nos olhos não ficando intimidado, mas toco o seu ombro, ele olha para mim.

—Não faça isso, você sabe que vai dar confusão desnecessária – digo calma e baixo, ele concorda e dá dois passos para trás.

—Irei ter chamar a policia – anuncia Steve e ouço o murmuro triste no motorista causador da batida, que ficou cada vez mais quieto – Eu sinto muito senhor – pede o loiro e o cara concorda com a cabeça, com um sorriso complacente.

—Eu entendo – concorda ele dando as costas e indo cuidar dos filhos, a Hannah se afasta e volta a ficar perto da Brianna, que só observou a cena quieta e até um pouco assustada.

Steve se afasta apalpando os bolsos procurando pelo celular, até procurou dentro do carro, para depois, passar as mãos pelo cabelo chateado, eu já até sei, esqueceu o celular dentro do carro que foi rebocado. Lhe entrego o meu e ele se afasta.

Vejo o terceiro motorista ir em direção ao causador da batida tirar satisfações, e pelo seu pisar no chão, não eram com palavras.

—Eu sei que a policia não vai dar em nada. Você vai pagar o meu prejuízo – insiste e eu me coloquei entre os dois, me deixando apenas meio braço de distância entre os dois.

—Se acalma, nada vai se resolver com violência – digo aparentando estar calma, mas aposto que era a mais agitada por dentro de todos os envolvidos.

—Saí da frente – diz com ignorância tentando me empurrar com pouca força, mas só que como eu não retiro o pé, ele me empurra com mais força e bato com a cabeça direto no meu carro. Sinto uma dor excruciante no nariz, insuportável, que não consigo conter o gemido de dor, e caio no chão com a mão sobre o nariz escorrendo sangue. Ouço apenas a voz do Steve, e depois dos dois motoristas, e por último, as das meninas em tom desesperado. Mas não consigo pensar em mais nada, apenas em dor, dor e dor.

E quando consigo me levantar, vejo Brianna e Hannah ao lado do Steve, que tinha o motorista careca segurando pela gola da camiseta manchada de sangue, e os punhos do loiro, também. Brianna estava com lágrimas nos olhos, Hannah assustada, e Steve com raiva, olhando para o cara rangendo os dentes, e ele, tenta sair daquela posição, mas não consegue.

Chamo o loiro com uma voz recheada de dor, ele o larga imediatamente, que caí como um saco de areia no chão, e o loiro vem andando com pressa até mim, me cerca com os braços e me senta na calçada longe do motorista careca e caído no chão com muita dor, e não sei qual delas é a mais forte, a minha ou a dele.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim. A gente se vê semana que vem, certo? Beijos! ;3



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