Almost Lover - Parte 1 escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 42
Q U A R E N T A E D O I S




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Minha pele está tão quente que nem parece que está nevando no lado de fora da casa, deve ser graças a lareira atrás de mim, o grosso cobertor em cima de mim, e o Steve, embaixo de mim. Nós dois, deitados nesse macio e maravilhoso tapete, apenas conversando baixinho sobre qualquer outra coisa que não importa muito.

—E como foi a entrevista? – pergunto o despertando de uma breve e linda risada, graças a alguma coisa que eu disse, que o fez rir, mas nada de importante ou muito engraçado, mas é que as coisas estão tão leves agora que até a piada da galinha atravessando a rua é capaz de nos fazer rir.

—A entrevista que eu fiz aqui? – pergunta e assinto com a cabeça – Eu preciso apresentar você ao Edward, nem parece mas ele é vice-reitor da universidade, e deve ter uns vinte e dois anos, dois anos mais velho do que a Hannah! – conta surpreso e impressionado, também fico, um rapaz tão jovem.

Ele conta que ficaram amigos já na entrevista, e que agora são parceiros na tese de doutorado do Steve, não que Edward precisasse, porque ele já tinha doutorado, mas que só queria ajudar em troca dos créditos. Steve emendou uma coisa à outra e contou como encontrou essa casa. E apenas neguei até o fim em acreditar da maneira como tudo havia acontecido.

Me lembro muito bem dos discursos quase infinitos sobre a Hannah voar em uma das armaduras do meu pai, como presente de dezoito anos, que acabou sendo um carro novo. Agora, a mesma pessoa que era contra, me conta que voou numa dessas de Malibu até Carolina do Norte. Como posso acreditar?

Também contou a breve discussão que teve com o meu pai, o que não me surpreendeu tanto assim, mas o suficiente para me deixar preocupada e ao mesmo tempo aliviada, porque isso demonstrou o quanto meu pai pode ajudar o Steve em tempos de crise, mas por outro lado o quanto o loiro está propenso a perder a paciência ultimamente. Ele era tão calmo...

Quando o relógio avisou que já passava da meia-noite, quase despertei no susto. Esqueci completamente da Brianna, e Steve também. Corri com o cobertor me cobrindo para pegar o celular, e vi que não havia uma mensagem ou ligação perdida sequer, nem dela e nem dos meus pais me perguntando se deu tudo certo.

Acabei por ligar para ela avisando que a levaria para cá a pedido do Steve, já que nós dois não gostaríamos de deixa-la sozinha no hotel. Me vesti rapidamente e Steve foi ao andar de cima pegar roupas mais quentes tanto para mim quanto para ele, já que agora estaria muito mais frio. Fomos ao meu carro somente com a luz da lua oferecendo alguma iluminação, o que tornou tudo tão bonito...

—Vejo que se acertaram... – Brianna comentou com duas malas ao lado do corpo, a minha e a dela. Segurei o sorriso orgulhoso ao ouvir aquela frase – Agora abra o porta-malas que colocarei essas malas lá – avisou e apertei o botão da chave, mas Steve abriu a porta e Brianna correu para pular em cima do loiro o abraçando de maneira bem apertada, saí do carro para ver a cena.

Era ao mesmo tempo um alivio para mim e uma coisa tão bonita. A maneira como Brianna apertava o próprio pai num abraço recheado de saudades e arrependimento por também não ter acreditado nele. E enquanto os dois trocavam palavras carinhosas, me juntei ao abraço sentindo que faltava Hannah aqui, mas tudo bem, ainda teriam as férias de dezembro, ela irá poder vir para cá.

O abraço se desfez, e notei que Brianna tinha lágrimas nos olhos, a abracei também sentindo vontade de chorar com a linda cena. Esperei tanto tempo por isso que era um imenso alivio ver que Steve e Brianna se acertaram finalmente. O loiro beijou a nossa filha com carinho, ela também tentou pedir desculpas, mas Steve a interrompeu avisando que não era necessário.

Entramos de novo no carro e fomos todos para casa. E ao contrário do que eu imaginava, eu conseguiria me adaptar nessa cidade com facilidade. Contanto que eu tenha a minha família comigo, eu vou para aonde eles forem.

Fim.


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