Almost Lover - Parte 1 escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 3
T R Ê S


Notas iniciais do capítulo

Buenas noches! Tudo bem com vocês? Bom, espero que sim.

Eu não irei enrola-las, apenas quero agradecer a Emma Hathaway por ter comentado o capítulo anterior. Adorei ler o seu review, juro!

Bom, é isso. Aproveitem o capítulo pois só daqui a duas semanas. Beijos! A gente se vê lá embaixo! Fui!



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No meio do caminho para a escola da Hannah, Steve me liga dizendo que já está esperando pela gente na escola dela para irmos todos juntos para esse tal de Charles Xavier. Não tenho muitas esperanças quanto a isso. Deve ser algum tipo de especialista em mutação, e deve recomendar uma lista enorme de remédios, tratamentos para que ela pudesse se curar da mutação, e isso com certeza deve custar uma fortuna.

Apesar de ter um ótimo cargo nas Indústrias Stark, e Steve ser professor universitário, não somos ricos, estamos muito longe disso. Assim como a maioria das famílias, nós também temos nossos problemas financeiros, que poderiam ser resolvidos que aceitássemos os empréstimos do banco, ou até do meu pai também, mas Steve é orgulhoso demais para aceitar do meu pai e eu sou desconfiada demais para aceitar do banco.

Enquanto estávamos no sinal vermelho, Brianna concentrada no seu celular, eu fiquei no meu, coisa rápida. Pesquisei o nome desse professor na internet, e para o meu alivio e surpresa, ele é realmente um especialista no assunto. Com doutorados e mestrados, e uma escola somente para mutantes, seria simplesmente uma ótima oportunidade para a Bri, afinal, a tendência é só piorar, e nada melhor do que pessoas especializadas no assunto para ajudá-la.

Cheguei a escola, Steve estava apoiado no carro no lado de fora, Hannah quieta no lado de dentro sentada no banco de trás. Sorri e abaixei o vidro estacionando ao seu lado. O loiro retirou os óculos escuros por causa do sol de três da tarde, sorriu, se apoiou na janela do meu carro e me deu um selinho.

—Oi pai! – cumprimentou Brianna sorrindo.

—Oi Brianna, está melhor? – pergunta e ela confirmou com a cabeça – Que bom. Vamos? – ele pergunta para mim.

—Claro, irei na frente mostrando o caminho – aviso e ele assente com a cabeça. Entra no próprio carro voltando a ficar com os óculos escuros enquanto dou ré com cuidado. A morena no banco de trás olha para trás e acena para o pai, que acena de volta, sorrio com a cena.

Tenho que admitir que os dois são próximos, assim como sou da Hannah. Isso é tão estranho. É como se os papeis se invertessem, Brianna é a minha cópia mas gosta mais da companhia do pai, e Hannah é a cópia do Steve mas parece gostar mais da minha companhia.

Ligo o rádio e logo aparece mais uma notícia trágica, Brianna reclama que eu só gosto de ouvir e ver jornal, reviro os olhos e coloco num canal de música, e está tocando uma música latina, não consigo controlar minhas mãos ao bater no volante com o ritmo da música.

Olho para o espelho retrovisor e vejo Brianna colocando gloss na boca com a câmera frontal do celular.

—Isso é para caso tiver algum menino bonito por lá? – pergunto me segurando para não rir.

—Claro, tenho doze e ainda sou BV – responde e peço pelo gloss também.

—Se eu fosse você, desistia dessa ideia, seu pai vai assustar qualquer garoto que chegar perto de você – digo passando um pouco pelo espelho do retrovisor mesmo – Lembra da festa da amiga da Hannah? – pergunto risonha enquanto lhe devolvo. Ela esconde o rosto e rio dela.

Essa festa foi mês passado, era um aniversário qualquer, num dia qualquer, tinha tudo para se tornar uma festa normal, se não fosse pelo Steve seguindo as meninas para aonde quer que elas fossem. Essa menina tinha muitos primos, e esses primos eram mais velhos, e o loiro não gostou nada disso. A coitada das duas morreram de vergonha, e reclamaram muito, tanto na festa quanto no carro na hora de ir embora. Até hoje Brianna reclama desse dia.

—Porque o papai tinha que ser tão ciumento? – pergunta reclamando e rio novamente – Isso, ria, porque não é com você – ironiza e rio novamente, ainda mais. O sinal abre e começo a andar com o carro.

—Querida... Se você soubesse de como era antes de vocês nascerem... Não falaria isso – comento sonhadora morrendo de saudades da época que a gente ainda namorava, era tão bom... Mas acho que fiz uma coisa errada, cutuquei a curiosidade de uma Stark, não se deve fazer isso, agora a morena está me despejando um balde enorme de perguntas. Reviro os olhos e tento responder o mínimo possível, não gosto que ela fique sonhando em encontrar o príncipe encantado. Ok, Steve com certeza foi e ainda é, mas eles são raros, e difíceis de encontrar.

Quando estaciono o carro no estacionamento da escola para jovens super dotados, suspiro. Brianna respira fundo nervosa. Me viro para ela e pego na sua mão.

—Vai ficar tudo bem, Bri, vou ficar do seu lado o tempo todo – digo olhando em seus olhos. Ela assente com a cabeça visivelmente nervosa. Sorrio de lado e saio do carro, abro a porta do banco de trás e ela saí ao mesmo tempo que Steve e Hannah chegam até nós.

Caminhamos juntos até a entrada, que nada mais é do que uma mansão, não do tipo que meu pai tem em Malibu, mas do tipo que mais parece um castelo. Passamos por um portão de ferro com portas eletrônicas e câmeras. Um rapaz pergunta os nossos nomes e nos guia até a entrada. O caminho deve ter uns trezentos metros em cascalho, e árvores de diversas espécies ao redor da pequena e estreita estrada.

Da mesma maneira que Brianna está nervosa, eu também estou, agarro a mão do loiro ao meu lado, que me olha preocupado pelo canto do olho, abaixo a cabeça encarando os meus sapatos sujos de poeira. Ele já sabe como estou pois aperta a minha mão, e dou um sorriso de lado.

Depois de alguns anos casados, conseguimos simplesmente conversar ou demonstrar o que estamos pensando por meio de pequenos gestos, um olhar, ou até um suspiro. É o lado bom de estar casada com alguém por quase quatorze anos.

Chegamos a um enorme portão de madeira que deve ter dois metros e meio de altura. E assim que o rapaz abre, uma recepção calorosa nos é dada. Inúmeras crianças correndo e brincando pelo espaço, pulando e algumas até fazendo acrobacias perigosas. Algumas passam por nós correndo, desvio com facilidade. Sei que Brianna, pela idade, e mesmo querendo bancar a adulta, deve estar doida para se juntar.

Um tapete vermelho se estende até o topo da escada a nossa frente, subimos e eu pude ver que se divide em duas direções, a esquerda, com uma sala com rapazes jogando videogame e assistindo televisão. E a direita, que é um longo corredor com várias portas fechadas. E todo o lugar feito de madeira com verniz a fazendo brilhar.

Duas pessoas correm para a nossa direção, uma criança e um rapaz, desvio novamente, mas o rapaz sobe o corrimão e se joga dali, fico assustada e paralisada, para logo ter a visão dele planando com asas. Fico tanto tempo vendo aquilo, maravilhada, e Steve me desperta e peço desculpas ao rapaz que está nos guiando.

—Está tudo bem, todos os visitantes quando veem isso, ficam desse mesmo jeito – responde compreensível. Assinto com a cabeça e voltamos a andar. Seguimos pela direita, para depois dobrar o corredor e ver mais portas, dos dois lados, e com inúmeros quadros bonitos e de aparência antiga.

—Vocês funcionam a quanto tempo? – pergunta Steve curioso. O rapaz sorri para ele.

—A cinquenta anos, cinquenta e um semana que vem – responde e viramos mais uma vez um corredor, dessa vez, vemos uma porta aberta, uma das únicas. Ele bate na porta aberta – Professor, eles estão aqui – avisa o rapaz. Se despede com um aceno de cabeça e vai embora.

Um senhor com uma expressão simpática, careca, com terno e gravata e, o que deveriam ser cadeiras de rodas, são cadeiras que flutuam, se aproxima. Sorri e oferece primeiro a mão ao Steve.

—Professor Charles Xavier – se apresenta. Percebo um sotaque britânico explicito.

—Steve Rogers – o loiro responde.

E logo é a minha vez, aperto sua mão.

—Emily Rogers – digo sorrindo, tentando parecer calma, mas estou tão nervosa quanto a Brianna atrás de mim envergonhada.

—Seu pai avisou que estavam por vir – avisa calmo e sorrio de lado.

—Foi ele que recomendou conversarmos com o senhor – respondo e ele assente com a cabeça. Mas abaixa o rosto e foca na loira ao lado do Steve.

—Qual o seu nome, minha jovem? – pergunta com um sorriso.

—Hannah Rogers – diz oferecendo a mão para aperta-la. O professor não pensa duas vezes antes de aperta-la também.

—Você gostou da minha escola? – pergunta e ela confirma com a cabeça.

—Sim, achei simplesmente fantástica, é enorme esse lugar – responde sorridente e dou um sorriso de lado. Concordo totalmente com a Hannah.

Xavier sorri e se vira para Brianna, que se encolhe um pouco mais atrás de mim. Passo a mão pelos seus cabelos tentando faze-la ficar com menos vergonha.

—Qual o seu nome? – pergunta o homem sabendo que ela está envergonhada.

—Brianna – responde baixo e numa voz tímida. Sorrio para ela tentando lhe transmitir segurança.

—Você quer ir lá brincar com os outros alunos? – pergunta e ela assente com a cabeça sorrindo –Hannah, você pode vigiar a sua irmã?

—Eu não preciso ser vigiada – responde a morena e rio baixinho.

—Eu sei que não, mas aposto que a sua irmã não vai querer ficar sozinha e ficar longe da brincadeira – justifica o professor. Brianna assente com a cabeça.

—Eu vou – afirma Hannah, a morena saí correndo, enquanto a loira saí correndo também junto a irmã.

—Por favor, entrem – pede ele e entramos em seu escritório, que nada mais é do que uma sala de médio tamanho. Enormes janelas estão postas no lado esquerdo, dando luz de sobra. Uma mesa organizada está nos fundos, com duas cadeiras na frente. Quatro estantes repletas de livros está ao lado da mesa coladas nas paredes. Um sofá de couro antigo está no lado direito, ao lado da porta, com uma mesinha de centro de vidro e um tapete em baixo.

Nos sentamos nas cadeiras de madeira confortáveis, e o professor coloca a sua cadeira por de trás da mesa, podendo nos ver direito. A cadeira deve flutuar a meio metro do chão, e deve ficar mais ou menos na altura da Brianna. Tem um comando em sua mão esquerda que redireciona para aonde ele quer ir. A forma como ela deve flutuar deve ser um repulsor, fazendo a gravidade funcionar ao contrário, ou seja, o empurrando do chão e assim, flutuando. Já vi projetos parecidos passarem pela minha mesa para serem avaliados.

Depois de uma breve conversa, que mais pareceu que estávamos num consultório médico com Brianna, já que ela quase não abre a boca e espera que eu diga o que ela tem e seus sintomas e o médico diz olhando para ela o que ela deve fazer o que tomar. Mas não foi assim. Ele perguntou algumas coisas, como a idade, quando os poderes se manifestaram, como, onde, se temos mutantes na família, esse tipo de coisa. E foi muito paciente e simpático, me deixando completamente confortável ali. E sei que Steve se sentiu assim também.

—Eu posso conversar com a Brianna um pouco? A sós com ela? – pergunta o professor no final da conversa.

—Claro, eu vou chama-la – digo e saio da sua sala e Steve ao meu lado.

—O que você achou? – pergunta o loiro enquanto seguíamos o caminho feito pelas nossas filhas.

—Achei ele bem profissional, acho que ela deve ficar melhor aqui do que na escola dela. Ela não se adaptou bem – respondo e o loiro confirma com a cabeça retirando o paletó – Mas e você?

—Também, ele parece ser um bom homem – comenta e assinto com a cabeça. Descemos as escadas e vemos Hannah tocando as asas do menino que antes pulou do corrimão numa altura de mais quatro metros para planar.

É simplesmente fantásticas as asas dele. Brancas como as de um anjo, e até o cabelo parece de um, cacheado e castanho, e os olhos num tom de verde intenso. E não parece ligar para as mãos da loira acariciando as asas que vão da altura dos ombros até as panturrilhas.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Espero que sim! E comentem! Fantasmas! Apareçam! Eu adoro receber e responder comentários! Ah! Não esqueçam de favoritar! Isso também é importante!

Beijos e até daqui a duas semanas!



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