Almost Lover - Parte 1 escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 2
D O I S


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Peço desculpas por não ter postado ontem, sinto muito menos, mas eu esqueci completamente, desculpa mesmo.

Muito obrigada a Emma por ter comentado, muito obrigada mesmo, primeiro review da fic. E apesar da fic estar bem no início mesmo, quero incentivar desde cedo aos leitores a comentar, que expressem sua opinião, seja ela positiva ou negativa, o que eu quero realmente é saber se está indo bem, pois as vezes me sinto no escuro tateando algo que dê certo, entendem?

Bom, é isso, sem mais delongas, lhe apresento o segundo capítulo. Aproveitem bem e me contem o que acharam depois! Fui!

PS: adicionei a categoria de X-Men pois aparece alguns personagens, mesmo que brevemente, mas mudam o percurso da história, e Brianna é uma mutante, então conta.



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—Irei passar na torre depois do trabalho. Você pega as meninas na escola? – Steve pergunta já perto do seu carro, e eu do meu.

—Claro, mas a Hannah tem vôlei hoje, terei que busca-la mais tarde – aviso e ele concorda – Qualquer coisa, me avisa – peço e ele assente.

—Tchau – ele me beija com um selinho apenas, mas o puxo mais uma vez, ele sorri e me beija de verdade, enquanto ouvimos as duas dentro do meu carro gemerem de nojo.

—Agora sim – digo olhando nos seus olhos sorrindo – Tchau – me despeço. Ele me dá mais um selinho.

—Tchau. Te amo – diz e sorrio enquanto ando até o meu carro.

—Também te amo – retribuo e entro nele, Steve entra no dele também. E damos a partida juntos, cada um vai para um lado, ele buzina e buzino de volta com um sorriso no rosto e doida para chegar logo ás seis horas e ver ele chegando em casa.

Enquanto eu almoçava com o Andrew no restaurante aqui perto, meu celular toca e vejo que é a escola da Brianna, minha preocupação aumenta e peço licença ao Andrew e vou até a calçada atender o telefone.

—Alô?

Senhora Rogers, quem fala é a diretora White, a sua filha mais nova, Brianna Rogers está passando mal, a senhora poderia leva-la para casa? – pergunta e respiro fundo. Maravilha, agora mais essa. Quem poderá ficar com a Brianna? Ninguém, e terei que faltar o trabalho para cuidar dela.

—O que ela tem? – pergunto passando a mão pela testa.

Ela vomitou no banheiro perto das oito horas, alguns minutos depois de chegar a sala de aula. Ela diz que está com dores de cabeça, e as professoras checaram, está com uma leve febre também – responde e fecho os olhos.

—Tudo bem, irei leva-la para casa. Chegarei em pouco tempo – aviso. A diretora agradece e desliga. Logo depois, explico ao Andrew que não irei voltar. Ele entende totalmente o meu motivo enquanto eu pago a conta, a dele e a minha. Me deseja boa sorte e lhe dou um abraço. Volto ao meu carro dirigindo até a escola das meninas. E quando estou na metade do caminho, meu celular toca.

—Alô? – pergunto com o telefone conectado ao carro, e assim, não levarei mais uma multa por dirigir enquanto falo ao telefone.

Emily, é o Tony – diz e sorrio. Meu pai não me ligava já fazia um tempinho – Steve me ligou preocupado, disse que não poderia vir aqui para conversar porque estava preso na faculdade. O que houve? – pergunta com o tom de voz preocupado. Respiro fundo.

—Ele não te contou? – pergunto e ouço seu murmuro negando.

Disse que tinha pouco tempo. Emily, fala logo de uma vez, o que raios está acontecendo? – pergunta o moreno um pouco preocupado. E de repente, a tela do painel do meu carro aparece com a sua imagem ao vivo, era uma vídeo-chamada.

—Achamos que a Brianna é mutante – digo de uma só vez. Apoio a cabeça com a mão sobre o queixo, e presto atenção na sua reação, a câmera em cima da pequena tela de sete polegadas foca em mim. Ele fica atônico, parado, sem saber como reagir, apenas olha para mim sem piscar – Pai... – o chamo e ele volta a piscar, como um computador que tinha acabado de dar erro e voltar a funcionar ao poucos.

Irei te passar o endereço que um velho amigo meu, ele vai saber o que fazer – avisa e fico aliviada. Steve tinha razão, meu pai saberia o que fazer – Mas como é que eles são? – pergunta curioso. Reviro os olhos.

—Parece que ela consegue mover os objetos. Ontem ela teve pesadelo e o quarto apareceu todo revirado, móveis de cabeça para baixo, alguns até quebrados – conto e ele parece surpreso – Isso tem importância? – pergunto voltando a andar com o carro depois do sinal abrir.

Claro, quanto mais poderoso são os poderes, parece que é mais difícil de controla-los – explica e respiro fundo.

—E os dela são? – pergunto dividindo o olhar entre a tela e a rua.

—Telecinese? Acho que sim – sua resposta saí mais como uma pergunta do que uma confirmação de fato.

—Steve acha que ela teve pesadelos com o Loki – conto e meu pai bufa respirando fundo.

Você sabe que Loki não é a pessoa mais confiável do mundo, Emily - me lembra e respiro fundo, mais um, maravilha!

—Agora ele é rei, duvido que teria tempo para uma coisa dessas – lembro. O moreno revira mais uma vez os olhos.

Só fica de olhos abertos. Não confie nele – aconselha e assinto com a cabeça – Você está indo aonde? Não era para você estar trabalhando?

Obrigada pela preocupação, chefe— brinco e rio – Estou indo na escola das meninas, Brianna está passando mal.

O que ela tem? – pergunta preocupado.

—A diretora disse que ela vomitou pouco depois de chegar na escola.

Que nojo... – reclama e rio.

—Sorte sua que Howard não vomita – comento e ele ri.

Isso, sorte minha! – confirma e rio já as gargalhadas – Enfim... Me avisa quando chegar em casa, te mandarei o endereço dele – avisa.

­-Espera pai, qual o nome dele pelo menos? – pergunto.

­­­—Professor Charles Xavier – responde e desliga a ligação.

Passei na escola, a coloquei no carro e vamos direto para casa. No caminho todo, ela ficou calada, deitada no banco de trás olhando pro nada. Até perguntei o que houve, ela diz que não é nada. Suspiro preocupada, ela não é de ficar quieta demais.

Quando chegamos ao estacionamento do prédio, a retirei do banco de trás, mas ela precisou de alguns momentos para respirar fundo, pois senão, vomitaria, e eu estava disposta a evitar a todo custo isso. Pegamos o elevador e em seguida abri a porta de casa. Apolo veio lentamente até nós, balançando o rabo contente em nos ver. Lhe dou um sorriso e coloco Brianna no sofá, deixando sua mochila de lado. E vou ao banheiro pegar os remédios para febre, ela estava queimando a minha mão quando fui verificar sua temperatura com as costas da mão. Lhe dou o remédio e ela fecha os olhos querendo dormir.

Me sento no sofá de frente para ela suspirando alto, eu deveria leva-la a um hospital, mas será mesmo necessário? Hannah nunca teve uma febre sequer, o que se deve ao soro do Steve no sangue dela, mas que não estava no da Brianna, e eu sinceramente, não sei se isso é bom. Ok, a Hannah é ótima em tudo, tira as mais altas notas da escola, faz diversos esportes e danças, tem várias medalhas no quarto de campeonatos, seja esportivos ou de xadrez por exemplo. E deve ser por isso que Brianna tem raiva da irmã.

Eu entendo Brianna, totalmente, mas isso não é motivo para ela estragar as coisas da loira, ela não vai conseguir nada assim. Todo dia é a mesma coisa, discussão entre as duas, mas ainda bem que Hannah é tão paciente quanto Steve, na verdade, é a cópia mais fiel que eu já vi, e não extrapola os limites, mas são crianças ainda, Hannah com quatorze e Brianna com doze.

A minha vontade de voltar para a época das gestações são imensas, com exceção da gravidez da Brianna que foi horrível, era enjoo todo santo dia, perfume me fazia vomitar quase que instantaneamente, e flores? Nossa... Lembro que Hannah me trouxe algumas flores do jardim da escola dela, isso ela com quase três anos, eu corri para o banheiro vomitando, mas acho que meu rosto nunca tinha ficado tão verde.

Suspiro me levantando a batendo as mãos nos joelhos me preparando para o desafio que é levar Brianna para a cama dela dormir direitinho. Passo os braços por baixo da sua cintura e na sua nuca, gemo fazendo força com os braços e consigo erguer o seu corpo. Ela é bem magra, e apesar de ter doze anos, ainda nenhum sinal da puberdade aparecer, mas não deixa de ser pesada. Empurro a porta com o pé, ainda bem que estava aberta, e a coloco na cama e cobrindo o seu corpo, ligo o ar condicionado e fecho a porta suspirando cansada.

Olho no relógio, faltava duas horas para buscar a Hannah, e como o Steve não poderia buscar a Hannah hoje, pois geralmente ele busca as duas na escola, mas eu acho que dá para tirar uma soneca pequena, e já sinto o meu corpo se aliviar com isso. Me jogo na cama me cobrindo com os lençóis e cobertores que fiquei uma semana escolhendo, eu queria os mais quentes e mais macios, e acho que escolhi os ideais, pois mesmo o ar-condicionado ligado no máximo eu me sentia aquecida, o que é muito bom.

Quando acordo com o meu celular gritando perto do meu ouvido, vejo que é hora de acordar Brianna e buscar a Hannah da aula de vôlei. Vou me arrastando ao quarto da morena enquanto ajeito o cabelo amassado, e abro a porta, e mas mais uma vez, levo um susto, nenhum tipo de preparo mental vai me preparar para ver isso e não ficar preocupada. Corro até o seu corpo adormecido, enquanto a sua face se contrai em expressões de medo, balanço seu corpo de leve e ela não acorda, e tudo ao nosso redor continua flutuando.

—Brianna! – grito mais alto e a balanço mais, e quando abre os olhos, os móveis caem no chão novamente fazendo um enorme barulho, suspiro aliviada com um sorriso de lado, a morena me olha assustada e olha ao redor, o guarda-roupa desmontado com as roupas jogadas aos montes pelo quarto, a escrivaninha partida ao meio, e até a televisão com uma rachadura horrível no monitor, até mesmo a cômoda estava quebrada.

—Desculpa... – pede fazendo uma carinha de choro, idêntica a expressão de quando tinha meses de idade e eu brigava com ela por alguma bagunça que ela tenha feito. Suspiro e abraço o seu corpo me sentando na sua cama. Afago os seus cabelos cacheados, e suspiro.

—Está tudo bem... Não é culpa sua... – digo baixinho e ela continua chorando.

—É sim mãe, eu dormi, agora eu não vou dormir mais – responde e solto um riso pelo nariz descrente com aquilo.

—Acho que você não vai conseguir cumprir – digo risonha olhando em seus olhos vermelhos e inchados. Ela limpa as lágrimas e lhe dou um beijo na testa.

—Eu vou sim, não quero quebrar mais nada – responde e assinto com a cabeça.

—Depois de buscar a Hannah e o seu pai chegar, vamos todos visitar um amigo do seu avó, ele vai ajudar – digo e ela respira fundo.

—Que amigo? Eu conheço? – pergunta e nego com a cabeça.

—Não, mas nem eu conheço, então estamos no mesmo nível – respondo e ela volta a se deitar na cama olhando para frente, sem focar em nada – Troca o uniforme, arruma o cabelo que a gente vai sair logo – aconselho saindo da sua cama e fechando a porta do quarto. Suspiro passando a mão pelo rosto. Mas elas tremem tanto que eu não sei o que fazer. Uma angústia no peito só cresce, e vai espremendo tudo por dentro, como se espreme uma laranja. Respiro fundo várias vezes enquanto tento andar até o quarto me apoiando pelas paredes. Me sento na cama e olho para frente controlando a minha ansiedade, mas é quase impossível, estou à beira de um colapso!

Steve nunca pode saber o que está acontecendo comigo. Se ele souber... Vai no mínimo querer me internar numa clínica de estresse e ansiedade, e isso não seria nada legal. Minhas filhas achariam que a mãe delas está ficando maluca, outra coisa que não seria legal.

Admito, isso está acontecendo já faz um bom tempo, cerca de quase cinco anos, desde que Brianna caiu de bicicleta num parque batendo a cabeça numa árvore, meu desespero ao ver a cena nunca foi tão grande, até ontem à noite. Ou até quando Brianna e Hannah dividiam o quarto e dormiam num beliche, e Hannah, como é mais velha, dormia na parte de cima. Foi uma queda de quase dois metros, e ela nem se machucou, eu não sabia se ficava aliviada ou surpresa na hora que o médico disse que era um milagre ela não ter pelo menos quebrado o braço.

Apolo começa a lamber a minha mão, repetidas vezes, é até reconfortante. Ele olha para mim com os olhos vidrados e a boca aberta respirando e a língua para fora, é tão fofo e bonito quanto era filhote, e agora, com mais de dez anos, já está bem velhinho, e ainda com problema de coração, será uma grande decepção para toda a família quando ele se for. Mas sempre vai ser parte da família.

Depois de alguns minutos, minhas mãos param de tremer, respiro fundo e faço carinhos na orelha do Apolo novamente, que fecha os olhos e inclina a cabeça tentando receber mais. Rio da cena e me levanto pegando a minha bolsa e batendo na porta da Brianna.

—Pronta? – pergunto e ela abre a porta com um sorriso no rosto.

—Pronta – confirma e passa por mim direto, mas a puxo para mais perto e retiro o papel higiênico de dentro da blusa fingindo serem seios. Ela olha para mim envergonhada enquanto jogo o papel no banheiro.

—Que mania – reclamo e coloco a mão sobre a sua testa medindo a sua temperatura.

—Isso porque você já tem, né mãe? – responde e reviro os olhos – Tenho doze anos e não apareceu nada – comenta zangada olhando dentro da própria blusa branca com corações pretos espalhados.

—Você tem, só que pouco por enquanto – respondo abrindo a porta da casa, Apolo vem se despedir da gente arrastando as patinhas devagar, já que nem consegue mais correr. Lhe beijo o topo da cabeça e Brianna lhe dá um aceno de mão – E você acabou de completar doze.

—Então... Aquele negócio vai vir quando? – pergunto já sabendo o que ela está se referindo. Parece que toda garota pré-adolescente é assim, doida para menstruar, mal elas sabem que isso é um inferno. Mesmo que tente avisá-las que não é algo confortável, insistem em ficar ansiosas para menstruar.

—Treze ou quatorze anos – respondo apertando o botão do elevador. Eu já devo ter respondido essa pergunta várias e várias vezes.

—Isso é uma injustiça – reclama e rio enquanto abro a porta do elevador e ela entra com os braços cruzados e a cara carrancuda.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Diga-me o que acharam! Comente, sintam-se à vontade! E até daqui a duas semanas, juro que tentarei postar no dia certo dessa vez.

Beijos e até! ;D



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