Almost Lover - Parte 1 escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 15
Q U I N Z E


Notas iniciais do capítulo

Hey! Como vocês estão? Espero que estejam bem e ansiosas pelo capítulo!

E outra coisa, refiz a cena em que a Emily e o Steve se conheceram lááááá trás, no segundo capítulo se eu não me engano. Vão lá dar uma lidinha que ficou bem legal. Mas quem não quiser ler, não faz mal, está da mesma maneira, apenas com mais sentimento e bem mais agradável para ler.

E outra coisa que preciso dizer, na verdade, reclamar. Tenho doze leitores, mas somente uma pessoa comenta. Obrigada Emma, de coração, mas preciso de novos reviews dos meus outros leitores! Comentem gente! Por favor!

Beijos e a gente se vê nas notas finais! Fui!



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Afirmo com a cabeça surpresa pelo amadurecimento da Brianna. Até ontem mesmo, ela parecia uma garotinha de dez anos de novo, que tinha medo de quase tudo, até da própria sombra, mas agora, está crescendo e se tornando adulta. E o orgulho da mulher que a minha filha está se tornando, fica evidente no meu rosto.

Ajeito o cabelo enquanto me sento e observo a janela. Tinha uma vista linda, e com as estrelas parecendo vaga-lumes grudados no céu. Como estamos no meio do nada, não tem poluição luminosa para atrapalhar a observação das estrelas.

Sempre fui apaixonada por elas, desde que era menina. Caminhei devagar com os olhos fixos nelas, abri a janela de madeira e a brisa noturna me atingiu em cheio arrepiando cada centímetro da minha pele. Aspirei o ar puro dessa cidade, muito diferente do ar poluído de Nova Iorque.

Assim que Brianna terminou o seu banho, foi a minha vez, e demorei um pouco demais, eu precisava daquele banho mais do que nunca. E quando terminei, Brianna já estava dormindo na cama, um pouco esparramada demais, mas tudo bem. Me deitei ao seu lado me cobrindo, e usando um pijama de calças compridas com uma regata amarela.

Fiquei com os olhos pregados no teto, lembrando das vezes que Steve me levava para fora da cidade nos finais de semana para ficarmos isolados um pouco, nem que fosse por miseras duas horas, mas já fazia tantos anos que se aquela história fosse escrita no papel, ele já estaria mais do que amarelo devido ao tempo.

Meu coração doía toda vez que eu cogitava a ideia de deixa-lo, mas era necessário, ou talvez não. Talvez possamos passar por isso juntos, como um casal que sempre fomos, mas que esquecemos o significado nos últimos meses.

Me virei de lado vendo Brianna dormir quieta, dormia feito um anjo. Um dos frutos do meu casamento com o Steve, e é tão linda... Tanto como a irmã mais velha.

Enquanto eu pensava na minha filha dormindo ao meu lado, meu celular tremeu no criado-mudo ao meu lado, e tomei cuidado para não desperta-la, parecia que ela tinha um sexto-sentido para que quando um celular vibrasse, ele já estivesse em suas mãos pronta para responder, aquilo era incrível.

Desbloqueei o telefone, era uma mensagem, do Steve, e mesmo o conhecendo, fiquei com medo do que pudesse ser, e por isso, demorou uns dois minutos para eu ler a mensagem. Tomei coragem e li. Ele estava me convidando para ir ao telhado do hotel, que segundo ele, tinha uma ótima vista. Eram onze horas da noite, e ainda tem a Brianna dormindo aqui. Mas talvez cometer uma loucura ali e outra aqui, não seja tão perigoso assim, e além do mais, eu estava doida para ir.

Calcei chinelos de borracha e abri a porta do quarto com cuidado para não fazer barulho. Subi dois andares do hotel, que ao todo tinha cinco andares, o prédio mais alto da cidade. Empurrei uma pesada porta de metal enferrujada que só estava encostada. Olhei em volta, não havia nada, somente saídas de ar e antenas, e ainda com o vento me fazendo me arrepender de não ter trazido um casaco.

Caminhei um pouco por ali, e até fiquei olhando para baixo observando a altura, e era bem alto, dava para ver bastante a cidade daqui. Os prédios residências, o supermercado, a praça que fica no centro da cidade, e ainda o posto de gasolina, tudo fechado a essa hora da noite, com exceção do bar, que tinha as luzes neos do lado de fora acesas.

Fiquei por quase cinco minutos, e quando eu estava quase voltando para o meu quarto, senti um casaco nos meus ombros, e reconheci o cheiro de imediato do perfume dele, bem amadeirado.

—Até que para alguém bem grande como você, não faz um barulho sequer - comento impressionada. Ele sorri e se senta ao meu lado, numa saída de ar que não era utilizada.

—Obrigado - agradece risonho. Assinto com a cabeça sorridente. Olho para ele por alguns segundos, para depois olhar para cima e me impressionar de novo - E a Brianna? Como ela esta reagindo? - respiro bem fundo antes de responder.

—Mais ou menos. Chorou bastante ontem, quando fui visita-la na escola. Mas agora esta bem melhor, e até tentando me ajudar com tudo isso - respondendo puxando o casaco e me protegendo melhor do frio.

— E a Hannah? - pergunta olhando para as suas próprias mãos em cima do cimento.

—Não liguei para ela ainda, aqui tem um péssimo sinal de telefone - respondo e ele concorda com a cabeça. E depois de um breve silêncio, respiro fundo para perguntar algo que esta me incomodando um pouco - O que você esta tentando fazer? - pergunto e ele olha para mim.

—O que estou tentando fazer? - repete a pergunta curioso. Assinto com a cabeça e ele dá um sorriso de lado olhando para os próprios pés com chinelos - Lembra quando você não gostou quando levei Apolo para correr no parque e ele voltou completamente sujo de lama? - pergunta e assunto com a cabeça lembrando do dia - Você ficou irada comigo, e Hannah ficou tão suja de lama quanto Apolo pois brincou com ele depois - comenta risonho - Bom, demorei quase uma semana para fazer você ficar... "normal", vamos dizer assim - responde e assinto com a cabeça entendendo o que ele quer dizer.

— Então você quer que eu te perdoe? - pergunto e ele afirma com a cabeça. Mordo o lado de dentro da bochecha sem saber o que dizer. Bom, por um lado isso é bom, pois ele esta se esforçando, mas alguma coisa me diz para não confiar nisso.

—Eu sei que você é orgulhosa, e todo mundo é, até eu sou, mas as vezes temos que colocar o orgulho de lado, pois podemos perder grandes oportunidades por causa disso - explica e sinto a sua mão roçar na minha, ele queria segura-la de novo. Sorri de lado olhando para elas, e aos poucos, Steve segurou a minha mão com cuidado.

—Brianna disse para irmos para Malibu para que eu possa pensar melhor. E ela tem razão. Aqui eu só vou decidir tendo a sua interferência, o que não é bom - respondo e ele concorda. Suspiro me deitando ali, com as minhas pernas penduradas a partir do joelho. Observei as estrelas enquanto ele se deitava ao meu lado - Nunca vi o céu tão lindo como agora...

—Nem eu - responde sorrindo de lado e aperta as nossas mãos com carinho.

O vento ruge novamente, e meus braços, mesmo protegidos pelo casaco de algodão do Steve, ainda senti muito frio. Ele notou isso. Me acolheu nos braços me abraçando. Eu sabia que não deveria deixar aquilo acontecer, de novo, mas é tão reconfortante... E quando percebi, minutos depois, os bocejos apareceram e acabei dormindo em seus braços.

P.O.V Steve

Quando consegui pela primeira vez achar uma constelação, uma coisa que nunca fui muito bom, a chamei para mostrar a minha conquista, mas ela acabou por dormir nos meus braços, encolhida e dormindo de maneira tão linda que tive pena de acorda-la. Suspirei sorrindo feito um bobo, assim como eu sempre fazia quando a via dormir. Uma mecha de cabelo estava por cima do seu rosto, a afastei com carinho. Me levantei com cuidado e a peguei no colo. Desci os andares, e com muito cuidado, abri a porta com a chave que estava no bolso da calça dela. Brianna dormia tranquilamente espalhada na cama, com silêncio, a coloquei na cama e cobrindo o seu corpo. Caminhei para fora do quarto na ponta dos pés, e ouvi um sussurro, olhei para trás, Brianna se sentava na cama acordada, calçou alguma coisa e me empurrou para fora do quarto reclamando e fechando a porta.

—O que você está fazendo aqui? - perguntou nervosa e sussurrando. Respirei fundo enquanto ela cruzava os braços brava.

—Você tem que parar de se meter na vida da sua mãe - reclamo e ela revira os olhos.

—Ela precisa de mim, e se você não tivesse...

—Eu já sei Brianna, para de repetir isso - peço um pouco alto demais. Ela pede por silêncio chiando.

—Fala mais baixo, tem gente dormindo - reclama e concordo com a cabeça. Ela olha para os lados procurando por algum hospede reclamando pelo barulho, não havia ninguém - Os erros tem consequências, pai, e você nunca teve uma a altura disso - explica e me pergunto do que raios ela está falando.

—Nunca tive consequência nenhuma? Você não acha que ver a sua mãe indo embora querendo nunca mais voltar já não é castigo o bastante? - pergunto enraivecido, mas ela nega com a cabeça.

—Olha o que você fez com ela! Destruiu qualquer confiança que ela tinha em você - revela e abaixo a cabeça olhando para o meu pé, até um pouco envergonhado por não ter percebido isso e minha própria filha ter que mostrar isso para mim.

—Ela falou isso para você? - pergunto com as mãos na cintura, ela nega balançando a cabeça.

—Mas dá para perceber bem. E espero que essa falta de confiança faça você perceber o que você fez e perdeu - diz e mal acreditando que é ela que está falando isso.

—Eu percebi que quase perdi ela, Brianna, só não quero perde-la por completo. Você pode dizer o que quiser, mas ela é a mulher da minha vida - revelo lhe dando as costas e indo ao meu quarto - E você está muito abusada para o meu gosto - reclamo e ela revira os olhos voltando ao quarto dela.

Fecho a porta do meu quarto retirando a blusa e me deitando na cama me cobrindo. Fiquei a observar o teto enquanto usava os braços feito travesseiro, já que os meus travesseiros não estão cheirando muito bem. E enquanto o sono não chegava, fiquei pensativo.

Desde anteontem, digo para eu mesmo, eu quase a perdi, por muito pouco, e desde então estou tentando recupera-la, nem que isso demore anos, mas irei leva-la de volta para casa, ou que ela volte sozinha, ou até mudamos de casa, o que ela quiser, mas quero ela de volta.

Hoje foi uma vitória, além de conseguir beija-la de novo, ainda fomos para o telhado observar as estrelas, assim como fazíamos antes, a muito tempo. Deixávamos Brianna e Hannah ainda pequenas com a babá e saiamos da cidade e até acampávamos se pudesse, e era os dos melhores dias do ano para mim. E por mim, isso iria se repetir inúmeras vezes, toda noite a Emily poderia passar algumas horas no telhado comigo, poderia ser a hora perfeita para voltarmos.

Mas talvez Brianna tenha razão sobre as duas irem para Malibu sem mim, afinal, eu tinha que voltar no máximo segunda de madrugada para dar aula de manhã, e elas continuariam a viagem sem mim. E além do mais, seria uma boa oportunidade dela arejar um pouco os pensamentos. Porém, isso poderia me fazer perder ela para sempre. Por Deus! Eu não quero perdê-la nunca! Ela ir embora sem nunca mais querer me ver já foi castigo o suficiente.

Acho que o risco é grande, mas ela irá voltar, eu sei que vai.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem! Por favor! Eu preciso de reviews!

Até semana que vem! Beijos!