Anteriormente em “Caminho do Sucesso”...

– PARAAAAA! NÃO SE MEXA! – Ela gritou e eu fiquei totalmente estática devido ao susto e também porque ela pediu.

– O que que foi menina?! – Também gritei ainda parada.

– Se você pegar esse violão, nunca mais vamos brincar, é sério! Não faça isso, please!

...

– Você pode vir pra minha casa? Tipo, agora!

– Por quê? Aconteceu alguma coisa?

...

– VOCÊ TAVA COMPONDO? – Ela gritou tão alto que me assustei e quase derrubei o celular no chão. – TO INDO PRAI AGORA! XAU!

– Tch... – Nem deu tempo de falar “tchau”, essa louca já tinha desligado a chamada. – Meu Deus, tudo isso por uma música.

...

– Entendi. Tenho que te falar uma coisa... – Ela falou acanhada.

– Vish, ai vem merda. – Murmurei.

...

Subi para o meu quarto novamente e me despi, fui para o banheiro e tomei uma ducha rápida. Me sequei, pus uma camisola e me deitei na minha cama. Fiquei me revirando por um tempo até que finalmente adormeci.

Agora...

Pov’s Miku On

E ai? Meu nome é Miku Hatsune! Tenho 15 anos e moro atualmente em Toronto, no Canadá, junto com meu pai, Fuguki Hatsune. Somos somente eu e ele. Minha mãe, Saya Hatsune, morreu quando eu nasci. Eu tive um parto complicado e o resto vocês já sabem... Quando eu era pequena, eu sentia um pouco de falta da presença de uma mãe, mas conforme o tempo foi passando eu percebi que ela sempre estava comigo. É eu sei, fui muito melosa agora, mas é verdade. Meu pai nunca me culpou pela morte da minha mãe, muito pelo contrário! Ele disse que prometeu cuidar de mim pra sempre, ainda bem, se não eu seria uma criança realmente perturbada, haha! Enfim... Ele sempre cuidou de mim, e por mais que ele fosse muito ocupado com as descobertas e experimentos dele, o Sr Fuguki sempre foi aquele pai “superprotetor”. Ele tem ciúmes de tudo (típico de pais), principalmente por ele dizer que eu sou muito parecida com a minha mãe, ele diz que eu sou muito amável, e eu apenas dou risada com isso tudo. Eu adoro cantar e compor, faço isso desde criança, eu sempre tive algumas dificuldades de expressar meus sentimentos, meu pai tinha me dado um diário, mas achava isso super chato, então fiz daquele diário meu caderno de músicas, e desde aquele dia, tudo que acontecia comigo eu colocava no caderno em forma de música. Meu pai disse que peguei esse traço de “cantora e compositora” da minha mãe, ela também adorava cantar e ele dizia que sua voz era como de um anjo, essa foi uma das coisas que fez ele se apaixonar por ela. Minha amiga Luka fala que eu canto bem, minha voz não é igual à de um anjo, mas eu canto bem hehe!

– Miku Hatsune. – Disse assim que cheguei à porta da minha casa. Logo depois apareceu uma mini câmera, que projetou um laser em meu corpo.

– Reconhecimento físico e de voz concluído! Bem vinda Senhora Hatsune! – A porta disse se abrindo.

– Valeu Dora. – Eu disse à Dora, apelido carinhoso que eu dei à Dona Porta.

– Valeu Dora. – Hachune disse me imitando. – Ainda não entendo por que ela não fala “Bem vinda Senhora Hachune!”, que chata! – Ela disse com uma cara emburrada e eu ri.

– Você não tem digitais, sua boba. – Eu disse apertando suas bochechinhas.

– Aff! Isso dói. – Ela reclamou massageando suas bochechas.

– Paai! – Gritei entrando na sala de estar e me sentando no sofá. – Cheguei!

Tirei o meu PSVita do bolso e o coloquei em cima da mesa de centro. Fiquei observando ele. Eu estava quase vencendo minha vontade de jogar, mas não consegui. Peguei ele novamente e comecei a jogar God Of War.

"Notas finais para ver essa imagem."

Quando comecei a jogar, meu pai chegou.

– E ai viciada! Estava aonde? – Ele perguntou sentando ao meu lado.

– Na casa da Luka. – Disse desligando o PSVita e colocando-o em cima da mesa de centro, novamente.

– Entendi. Contou pra ela? – Ele perguntou, esperando que eu já soubesse do que se tratava.

– Contei o que? – Desculpa gente, sou lerda.

– Da mudança, filha! – Ele revirou os olhos.

– Ahhh ta! – Exclamei. – Já pai. Mas eu não disse que tinha certeza, porque afinal, não temos certeza.

– Agora já temos. – Ele disse.

– Calma ai pai, certeza absoluta? – Perguntei encarando-o.

– Qual o problema, Miku? – Ele indagou confuso. – Não quer se mudar?

– Pra mim tanto faz pai, mas é que sei lá. – Suspirei. – Mudanças são tão cansativas...

– Não acredito que você vai impedir de nos mudarmos por apenas preguiça! – Ele exclamou se levantando.

– Hey! Nem vem, não sou tão preguiçosa assim.

– Aham, sei... – Ele disse sarcástico.

– Vish, qual foi pai? – Eu disse estranhando o sarcasmo dele. – Ta aprendendo a ser sarcástico aonde?

– Em casa. Com minha querida filha trabalhadora. – Ele disse e eu fiquei com uma cara tipo... Whatahell?

"Notas finais para ver essa imagem"

“Realmente meu pai pirou. Ou ele está apenas tentando ser aqueles pais descolados... Não, ele pirou mesmo!” – Pensei.

– Ok pai, chega. Sério! – Eu disse séria e ele apenas riu.

– Venha querida, vamos jantar estou com fome. – Ele me puxou em direção à sala de jantar.

– Lógico, o senhor não para quieto nem pra comer.

– Senhor? Que cafona!

– Cafona é falar “cafona”. Quem ainda fala isso?

– Você acabou de falar. – Ele disse rindo e eu bufei revirando os olhos.

“Confirmo o que pensei antes, ele pirou!”

– Tio Fug, tem alho poro? – Perguntou Mikuzinha com os olhos brilhando.

– Claro que sim, Hachune! – Meu pai respondeu.

Chegamos na sala de jantar e nos sentamos à mesa. Para a janta tinha: filé mignon, arroz e salada. As bebidas: eu tomei suco de morango e ele bebeu um vinho. Não me pergunte qual é, eu não entendo dessas coisas! E quanto a Hachune e o Taylor (pixel do meu pai), ficaram apenas conversando, só a Hachune que enquanto conversava, mordiscava um pouco do alho poro. Durante o jantar, eu e meu pai ficamos conversando sobre a tal mudança...

– Pai, pra ser sincera, vou adorar me mudar, começar uma nova vida e tals...

– Mas... – Ele disse já sabendo que tinha alguma coisa me incomodando.

– Sobre a escola... E ainda tem a Luka...

– Filha... – Ele me cortou. – Nós já conversamos sobre isso! Eu estou finalmente te deixando mais livre um pouco, então aproveite!

– Mas eu gosto de ficar em casa!

– Eu me sinto culpado por isso. Quando você era menor, você sempre quis ir a uma escola de verdade. Eu que insisti para que você ficasse estudando em casa, por meio de uma escola virtual. Eu era muito ocupado...

“Você ainda é...” – Pensei.

– E você era muito pequena, por isso que te prendia em casa! Mas agora, minha garotinha já tem quinze anos, e logo, logo faz dezesseis! Já está na hora de conviver mais socialmente. E quanto a Luka, eu não vejo nenhum problema em ela ir conosco. E os pais dela têm uma casa onde vamos morar.

– Ok pai, você ganhou! – Eu disse e ele abriu um sorriso, consequentemente me fazendo sorrir também, adoro ver o meu pai feliz.

– Obrigado filha! Eu queria muito me mudar para o meu novo laboratório. Quem sabe lá eu não faço novas descobertas? – Ele deu uma piscadela. – Mas eu não me sentiria bem em nos mudar com você não gostando da ideia.

– Relaxa pai! Com a Luka indo junto, to de boa. Não quero deixar minha melhor amiga pra trás. Ela precisa de mim, os pais delas nunca estão em casa, e ela fica muito sozinha assim.

– Entendo...

Terminamos de comer e depois arrumamos tudo, eu lavava a louça, a Hachune secava e o meu pai e o Taylor a guardavam nos armários. Quando terminamos de limpar tudo, subimos as escadas e fomos em direção aos quartos. Antes de eu entrar no meu, eu perguntei curiosa:

– Mas fala ai, pra onde vamos nos mudar?

– Ah é mesmo! Ainda nem te falei. – Ele disse enrolando.

– Fala logo! – Eu disse já impaciente, estava cansada e com sono.

– Califórnia! – Ele disse entusiasmado.

– Caraca! – Suspirei. – Vai ser uma longa viagem. Hey! Agora que eu lembrei, vamos viajar como?

– Pensei em irmos de trem bala, mas depois pensei mais e achei melhor em irmos com o nosso jatinho.

– Uhuu! – Comemorei. – Eu nunca viajei com o nosso jatinho.

– É lógico. Você não sai de casa.

– É lógico, o coroa aqui não deixa. – Eu disse zombando e ele riu.

– Se eu fosse um pai chato, te mandaria pro quarto por me chamar de coroa. – Ele disse com um olhar sombrio.

– Ainda bem que você é um pai legal, né papai? – Disse manhosa o abraçando e ele riu.

– Você é uma figura, minha filha!

– Eu sei, eu sei. – Disse me gabando. – Boa noite!

– Boa noite, Miku. Durma bem! – Ele disse.

Nós nos abraçamos, eu entrei no meu quarto e fechei a porta. Me despi, entrei no banheiro e fiquei na banheira esperando a mesma encher. Assim que ela estava cheia, tomei um banho demorado e relaxante. Assim que terminei, tirei o tampão do ralo da banheira, esvaziando a mesma. Enrolei uma toalha em meu corpo e outra no meu cabelo e sai do banheiro para o meu quarto. Me sequei, coloquei uma camisola preta e prendi meus cabelos, ainda úmidos, em uma maria chiquinha.

– Miku... – Disse Hachune bocejando. – Você não se esqueceu de nada?

Olhei para o relógio. O mesmo marcava 22:15 p.m.

– Eu acho que não, por quê? – Perguntei confusa.

– A batalha de guildas! Sua lerda! – Ela bateu na própria testa.

– CARALHOOOO! – Eu gritei. – EU ESQUECI TOTALMENTE!

– Isso que dá demorar no banho, se atrasou 15 minutos! – Ela falava me repreendendo.

– CALMA CLÃ, TO INDO! – Gritei indo pegar meu NeverGear em cima da escrivaninha. Tinha deixado fora da gaveta justamente para não esquecer da batalha, mas parece que não adiantou nada!

Peguei o NeverGear, deitei na minha cama e disse a palavrinha mágica que pode mudar sua realidade em um segundo:

– CONECTAR!

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