Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM


Capítulo 20
O livro


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal. Obrigada à todos que leem e que sempre comentam, isso me ajuda bastante à melhorar a história. Agradecimentos à : "sakurita1544", "fantasminha", "Maylaila Black", "Bella Solace", "Anne Marrie Vroengard", "haynny", "Taw" "paz Salvatore Mikaeson", "CatrinaEvans" e "Gabi Rollins" por comentarem o último capítulo. Espero que todos apreciem este capítulo, escrevi com muito carinho!!!



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Harry e Snape estavam parados em frente às lápides de Tiago e Lílian e o garoto olhava surpreso para o professor.

–Como assim o meu pai salvou o senhor? -Harry perguntou.

–É... -Snape começou-, você se importaria em parar de chamar Tiago de pai?

–Sim.

–Mas ele não é mais seu pai.

–O fato de ele não ter o mesmo sangue do que eu não quer dizer que eu goste menos dele por isso.

–Como quiser -disse Snape um pouco contrariado.

–Então, me conte o que aconteceu -Harry voltou à pedir.

–Bem, na época em que eu me infiltrei com o Lorde das Trevas, houve um pequeno incidente e Tiago salvou a minha vida. Ele nunca disse nada, mas seus olhos... -disse suspirando fundo-, era como se tivesse pedindo desculpas por tudo que havia me feito passar.

–Eu nunca imaginaria isso -falou Harry surpreso.- Então... -disse com um olhar desconfiado-, já que o senhor sabe que é meu pai e que estamos um pouco mais acostumados à essa ideia ...

–Não! -Snape disse interrompendo Harry de completar a fala.

–Mas eu nem terminei de dizer o que queria.

–Mas eu sei o que você ia falar.

–Não sabe nada!

–Você ia pedir para eu lhe livrar do castigo pela confusão no banheiro, não ia?

–Não!

–Não? -perguntou Snape incrédulo.

–Não! Eu ia pedir que o senhor me livrasse parcialmente do castigo. Viu? É diferente!

–Você tem uma cara-de-pau impressionante!

–Vamos lá, por favor -suplicou olhando com seus brilhantes olhos verdes para os negros do homem.- Só me libere para o jogo de quadribol, esse jogo é a minha vida!

Não -disse Snape com um pequeno sorriso.- Agora vamos, senão iremos congelar com esse tempo! -falou puxando Harry carinhosamente e voltando para o castelo.

Snape caminhou com Harry até o corredor da sala de aula, onde ambos iriam entrar. Snape para lecionar e Harry para assistir.

–Harry! -disse Hermione ao lado de Rony, vinda da escada.

–Oi pessoal! -disse Harry saindo de perto de Snape e indo ao encontro dos amigos.

–Por onde você esteve? -Rony perguntou.- Esperamos que você fosse assistir conosco ao jogo da Sonserina contra Corvinal, mas você não apareceu. E por que estão dizendo que você e o meu irmão foram os responsáveis por aquela confusão no banheiro?

–É uma longa história -Harry disse coçando a cabeça- mais tarde eu conto tudo à vocês.

–É melhor vocês entrarem -disse Snape-, a aula já vai começar.

Os três garotos entraram junto com o restante da turma e Snape. O professor, como sempre, entrou fechando as janelas, tornando a sala o mais escuro possível.

–Não consegue ficar longe de confusão, não é, Potter? -disse Malfoy chegando por trás de Harry, que estava prestes à se sentar.

–E você de mim, não é, Malfoy? -disse Harry.- Você não tem coisa melhor pra fazer do que ficar me enchendo?

–Não se dê tanto valor, Potter! O mundo não gira em torno de você.

–Então por que você não me deixa em paz? Sabe, só pra variar um pouco.

–Eu não engulo essa história de que estavam só você e Fred Weasley naquele banheiro. Afinal onde um gêmeo vai, o outro vai atrás.

–Malfoy -disse Rony se levantando da cadeira-, não coloque o meu irmão no meio da história!

–Que lindo -disse Malfoy rindo com deboche-, protegendo o irmãozinho.

–Seu... -Rony disse indo para cima do loiro, mas foi impedido por Hermione, que àquela altura também já tinha se levantado.

–Garanto que o outro gêmeo também estava lá com você, Potter!

–Você tem como provar? -Harry perguntou impaciente.

–Por enquanto não.

–Pois então não enche o saco.

–Algum problema, vocês quatro? -perguntou Snape notando que a pequena discussão começava à tomar rumo à uma confusão maior.

–Não! -responderam os quatro ao mesmo tempo.

–Eu vou descobrir o que aconteceu naquele banheiro, Potter, e irei dizer para toda a escola -Malfoy disse sorrindo.

–Se você quiser espalhar o que quer que seja para a escola toda -disse Harry sentando em sua cadeira-, pode fazer, porque eu já tô na boca do povo mesmo. Falar mais mal de mim não vai mudar muita coisa. Desde que eu pisei aqui, as pessoas falam de mim, seja positiva ou negativamente, então por mim, tanto faz.

–Senhor Malfoy -disse Snape nada feliz ao ver que estava prestes à começar a aula e o loiro era o único que ainda continuava de pé-, o senhor está fazendo o quê, aí parado feito um dois de paus? Está precisando de uma cadeira nova?

–Não senhor -respondeu com raiva, pois sempre gostou de mandar e não de obedecer, mas acabou por ir se sentar em seu lugar, do outro lado da sala.

–Abram seus livos no capítulo quatro -ordenou Snape para uma sala muda, característica comum em todas as suas aulas, sabia que não porque os alunos o respeitavam, e sim porque o temiam.

Harry estava um pouco triste, pois só pensava que ao invés de treinar a tarde toda para seu esporte favorito, iria passar fazendo tarefas e mais tarefas.

–Fica na página cem -disse Snape para Harry, vendo que o garoto folheava página por página. Ele geralmente ficava circulando pela sala para ver se os alunos estão com seus livros no assunto certo ou se estão enrolando, como Harry estava.

–Eu sei -respondeu Harry com o rosto apoiado na palma da mão, com uma expressão de imensa indisposição.

–Então por que não abre logo?

–Mas eu estou folheando, o senhor não está vendo?

–Página por página? Na hora que o senhor chegar, a aula já irá ter acabado.

–Tomara -Harry disse baixinho, sendo escutado por Rony, que rira imediatamente, e por Snape, que fingiu não ter escutado nada.

–Sem gracinhas -o professor disse e com sua varinha, fez o livro de Harry abrir, de uma vez só, na página que tinha mandado.

O tempo passava vagarosamente e Harry só pensava que após a aula que mais detestava, ainda ia ter que fazer mais tarefas, por causa de sua travessura. Enquanto tentava prestar atenção, lembrou-se que achara um livro no banheiro e que tinha trazido para a sala. Tirou-o discretamente da pasta e ficou encarando-o.

Parecia mais um diário do que um livro, na opinião de Harry. Tinha a capa preta e um aviso em um papel amarelado: Não abra-o. Harry pensou em não abrir, mas achou apenas que o conteúdo deveria ser avançado de mais e que aquele aviso fora posto por algum professor que não queria que alunos mais novos tivessem conhecimento sobre aquilo, então, quando observou que Snape não estava olhando, abriu e folheou o diário, mas só via páginas e páginas em branco. Pensou até em perguntar à Hermione se ela saberia se aquilo era feitiço ou apenas nada estava escrito, mas ficou receoso de meter a amiga em problemas, pois afinal, se o livro possuía um aviso para não abri-lo, então era provável que se alguém descobrisse, problemas iriam surgir.

–Por que alguém colocaria um aviso de não abrir um livro que nada tem escrito? -Harry se perguntou baixinho e encolhido na cadeira, como em um gesto para que ninguém o percebesse.- Deve ser algum feitiço!

–A minha aula é tão entediante ao ponto do senhor preferir encarar um livro em branco à prestar atenção? -disse Snape aparecendo por trás de Harry, em uma voz que assustou assustou o garoto, que estava com os pensamentos bem distantes daquela sala.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e deixem suas opiniões nos comentários, tá bom? Beijos!!!