Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM
Notas iniciais do capítulo
Oi pessoal. Obrigada à todos que leem e que sempre comentam, isso me ajuda bastante à melhorar a história. Beijos e abraços à : "fantasminha", "Maylaila Black", "Bella Solace", "Anne Marrie Vroengard", "haynny", "CatrinaEvans", "Gabi Rollins" e "Taw" por comentarem o último capítulo. Espero que todos apreciem este capítulo, escrevi com muito carinho!!!
Harry encarava a porta fechada da sala de Snape. Pensou bem e resolveu bater, recebendo uma resposta afirmativa para que entrasse.
–Oi -disse Harry ganhando a atenção de Snape que estava concentrada em uma pilha de papéis.
–Aconteceu alguma coisa?
–Eu queria falar com o senhor -disse perto da porta, visivelmente inconfortável com a situação.
–Se for sobre o castigo, nem perca o seu tempo.
–Não..., não é sobre isso. É sobre o que o senhor me falou hoje cedo -disse sentando timidamente em frente ao professor.
–Olha sobre isso... -disse Snape, mas foi interrompido por Harry.
–Eu não queria ter que trocar de sobrenome. É como se eu perdesse a minha identidade, o senhor entende?
–Acho que sim -Snape respondeu um pouco entristecido.
–Mas se é o que tem que ser feito, eu não vou mais ficar criando confusão com o senhor por causa disso.
–Tudo bem -disse Snape surpreso com a decisão do garoto.- Acho melhor você ir dormir, amanhã terá de acordar bem cedo.
–Tá, boa noite -Harry falou se levantando.
–Boa noite -disse Snape vendo o garoto sair de sua sala e voltando sua atenção aos papéis de sua mesa.
–Severus!
Snape olhou para a voz vinda da porta e constatou que era Dumbledore.
–Precisa de algo, senhor? -perguntou Snape sem se levantar da cadeira.
–Na verdade sim, meu caro.
–O que o senhor deseja?
–Saber como você está -disse o velho sorrindo.
–Bem -disse rápido, como em uma resposta automática.
–Essa é a sua resposta para tudo, não é? Eu o conheço desde que tinha onze anos, Severus, sei quando algo está lhe incomodando. É a situação com Harry, não é?
–Não! O senhor deve estar cansado -respondeu voltando à ler a papelada.- Está tudo bem comigo!
Dumbledore nada disse, apenas ficou encarando Snape até que o silêncio se tornara constrangedor e inconfortável.
–É o garoto sim -Snape disse recebendo um pequeno sorriso no rosto do diretor.
–Não tem motivos para esconder isso, é normal que as pessoas tenham sentimentos.
–Mas eu não!
–Claro que você sim! A única diferença entre o senhor e as outras pessoas, é que elas não conseguem esconder tão bem os sentimentos como você faz.
–Não diga besteiras!
–Besteiras? -disse Dumbledore sorrindo.- Mesmo sem saber que Harry era seu filho, o senhor o protegeu, pois ele era filho da mulher que mais amou na vida. Se isso não é ter sentimentos, meu caro, então meu dicionário está equivocado em sua definição.
–Não foi por isso -disse Snape desconfortável com o rumo da conversa.- Apenas não queria que o sacrifício de Lílian tivesse sido em vão.
–Enquanto eu finjo que acredito, por que não me conta como vão as coisas entre o senhor e Harry? -pediu continuando a sorrir, fato este, incomodava Snape profundamente.
–Estamos passando por uma fase um pouco delicada -disse em uma expressão de tristeza.
–Qual o problema?
–Como agora ele é meu filho, para que eu possa tê-lo comigo e para ele ter direito aos meus bens, como lhe é de direito, ele não poderá mais continuar com o sobrenome de Tiago.
–Ah, sim. Eu já tinha falado isso com ele outro dia. Não ficou nem um pouco satisfeito em ouvir isso. Ele continua à se recusar à trocar?
–Hoje, mais cedo, sim, mas há pouco tempo ele vei até aqui e disse que não queria mais brigar por causa disso.
–Mas isso não é bom?
–É, mas ele disse tão desapontado, que me fez repensar se não haveria outro jeito -disse notando que, mais uma vez, Dumbledore voltara à sorrir.- Por que o senhor está sorrindo agora?
–Acho que tive uma ideia que pode dar certo.
Na manhã seguinte o tempo estava imperdoável. Uma grande nevasca cobria Hogwarts, fazendo com que os alunos vestissem três casacos ao mesmo tempo, com luvas e gorros.
Snape caminhara até o dormitório de Grifinória com o objetivo de conversar com Harry antes que as aulas tivessem início.
–Senhor Weasley -Snape chamou Fred que estava saindo do dormitório.
–Ah, oi professor. Deseja algo?
–Onde está Harry?
–Eu o vi saindo bem cedo, mas não sei para onde.
–Eu sei -disse Gina atraindo a atenção de Snape.
–Para onde ele foi, em um temporal desses?
–Para o cemitério! Ele vai lá às vezes, fica só olhando para o túmulo dos pais dele.
–Obrigado -disse o professor indo embora.
No cemitério, Harry estava agachado frente às lápides de Tiago e Lílian. Carregava em suas mãos, o livro que achara no banheiro no outro dia.
–Harry! -disse Snape atraindo a atenção do garoto, que logo escondeu o livro no casaco e se levantou.
–Eu não estava matando aula, ia voltar à tempo.
–Eu não vim aqui para isso -disse se aproximando do menino, que estava congelando de frio.- Por que não veio outro dia? Hoje está muito frio! Tome -disse entregando seu casaco à Harry.
–Não precisa. Eu não sinto muito frio.
–Claro que precisa! Olhei três vezes para cá e não consegui identificá-lo de tão pálido que está. Parece até neve. Pegue -disse colocando ele mesmo o casaco em Harry, que pareceu agradecer com os olhos.
–Então, o que o senhor queria falar comigo? -Harry perguntou assoprando as mãos.
–Ontem, depois que você saiu de minha sala, o professor Dumbledore foi até lá e conversou um pouco comigo.
–Tá -disse atento ao que o homem falava.
–Bom, nós chegamos à uma solução favorável à nós dois sobre como ficará o seu nome.
–Que solução? perguntou surpreso, pois já estava se acostumando à ideia de ser um Snape.
–Você vai ter que levar meu sobrenome, mas poderá continuar com o Potter também.
Harry arregalou os olhos e disse:
–Mas como?
–Como Tiago não é mais seu pai, então você não poderia mais usar seu sobrenome, mas ele era casado com a sua mãe, e por lei, o sobrenome dele passa à ser dela também.
–Então eu ficaria com o sobrenome Potter vindo da minha mãe?
–Sim. Por nascimento, o sobrenome dela não é esse, mas por casamento é, então você pode continuar a se chamar Potter, mas vai ter que acrescentar o meu sobrenome.
–Tudo bem -disse Harry com um enorme sorriso no rosto.- O senhor vem muito aqui? -perguntou voltando seu olhar ao túmulo de sua mãe.
–Toda noite -respondeu Snape um pouco emocionado, olhando para a lápide de sua amada.- Não só por sua mãe, mas por Tiago também.
–Por ele também? -disse Harry surpreso ao ouvir aquilo.- Mas o senhor sempre o detestou!
–É verdade. Quando éramos crianças, ele me fez muitas maldades, mas quando adulto se arrependera e seu jeito de se desculpar foi salvando minha vida -Snape falou deixando Harry impressionado com a informação.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada por lerem e deixem suas opiniões nos comentários, tá bom? Beijos!!!