Meu Psicopata de Estimação escrita por Felipe Araújo


Capítulo 18
Minha querida irmã


Notas iniciais do capítulo

Olá meus leitores maravilhosos, antes das notas iniciais quero agradecer e dedicar o capítulo de hoje para a linda da Greyce Kelly, amei de mais a recomendação digna e me sinto lisonjeado de tudo que estou recebendo de vocês, sério amo de mais.

Também quero saber se vocês leriam a minha próxima original, vou deixar a sinopse aqui e quero OPINIÕES NOS COMENTÁRIOS SOBRE, SE LERIAM, SE É UMA BOA IDEIA (sempre tenho medo de começar uma história), bom segue a sinopse:

O Labirinto da Cura

No ano de 2035 os continentes desenvolveram um método para conter a criminalidade mundial reduzindo a violência em quase 100%. Juntando tecnologia e uma arquitetura impecável fora criado o “Labirinto da Cura”, 250 quilômetros de muros com mais de 50 metros de altura. Os infratores são jogados dentro do labirinto e são submetidos a confrontar seus piores medos. Todo pesadelo que o criminoso já vivenciou é criado e o mesmo obrigado a sobreviver a eles. No fim, quem consegue passar pela “cura” é liberto e tem mais uma chance de viver em sociedade. Christian Jordel é um ex-guitarrista e cantor, um cidadão fora de qualquer suspeita, mas em uma manhã acorda misteriosamente dentro do labirinto. Sem entender o motivo de estar no local conhece Liz uma mulher de fibra que ajudará o homem a sobreviver e descobrir qual o real motivo de estar ali. Juntem-se a um mar de sangue e medo, quem entra, não sai. Quem sai não vive.

ENTÃO O QUE ACHAM? DÁ PRA LEVAR PRA FRENTE? QUERO COMEÇAR DEPOIS QUE TERMINAR "Meu Psicopata de Estimação" e quero vocês comigo, então quero opiniões meus queridos.

Enquanto isso fiquem com mais um capítulo, boa leitura!



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— Você está bem? — O sangue de Mathias escorre de sua ferida no ombro, com dificuldades ele retira a faca cravada e ajuda Anne levantar.

— Estou bem, vamos! Ester pode estar na casa do Lucas ainda.

Anne demonstra coragem diante de tamanho impacto. Seu pescoço está com hematomas devastadores, e sua fala sai desprovida de força. Entretanto quer ajudar Lucas e sair desse longo pesadelo. Mathias segura o ombro pressionando a ferida para estancar o sangue que ainda jorra. Sem esperar ambos correm em direção a casa vizinha na esperança de prender Ester, já que Mathias juntará todas as provas que precisava para o ato.

Saem do porão, passam pela sala de estar e logo estão na porta da frente. Ao saírem escutam gritos, algumas pessoas na rua e uma movimentação de curiosos. Não perceberam o que acontecera por estarem no subsolo e o som ser extinto. Mathias e Anne arregalam os olhos e suas expressões se tornam de pânico, Clara e Lucas... — o que aconteceu? — se perguntam.

Uma senhora vestindo uma camisola branca até os pés e de chinelos de dedos exclama aflita e com um rosto assustado.

— Houve tiros e a mulher continua gritando. Ligamos para a polícia e ambulância, mas não conseguimos entrar, a casa está trancada.

— Eu sou policial, se afastem do portão. — Mathias em um ato de fúria atira uma única vez no cadeado e destrói a tranca do portão. Assim que faz isso, corre para dentro da casa. Anne o segue, mas ele pede para a garota recuar. Ela obedece

A porta é destruída com alguns chutes, do lado de dentro nada que possa acusar uma briga, algo diz em sua mente que eles estão no andar de cima. Com a arma em mãos e mirada para os lados com astúcia, ele segue escada a cima e vai em direção ao incerto. A cada passo o homem arfa, lembra de sua família morta brutalmente por pessoas iguais aos Castrinni, teme que algo aconteça com Clara, pois nunca sentira nada por nenhuma mulher depois de sua esposa e começa a sentir algo diferente quando vê a mãe dedicada e preocupada.

Quer que tudo acabe bem, que passe a tormenta. Mathias coloca em sua cabeça: salvará todos desta família custe o que custar. Seguirá as regras dos assassinos e não agirá de acordo com seus atos, pois sabe que se fizer algo a mais custará a vida de pessoas que considera importante. Não aguenta ver mais ninguém morrer.

— Clara? — pergunta em sussurros diante da porta fechada.

— Soco... Socorro! — a voz fraca da mulher atravessa a tranca, rapidamente a perna do delegado atinge a madeira marmorizada arrombando a porta e encontrando a mulher no chão banhada com seu próprio sangue.

— Meu Deus, Clara! — Ele parte para cima dela a ponto de explodir de pavor em pensar na morte.

— Ela... Ela levou meus filhos.

— Não fale, não fale. — Segurando uma das mãos de Clara gelada por perder tanto sangue ele liga para o hospital em desespero, — vai ficar tudo bem.

— Escute Mathias, salve meus filhos. Ela disse alguma coisa como: Vamos acabar, onde o ódio começou.

— Conte comigo, você vai ficar bem. Vou salvar seus filhos. — Mathias segura a ferida no ombro de Clara, que por perder muito sangue não consegue se manter em pé.

Do lado de fora, Anne espera inquieta e com os pensamentos avoaçados. Teme por Lucas e Clara, sem saber o que fazer pega seu celular, visualiza as mensagens e vê algumas de Samantha. Com tanta coisa acontecendo esquece da amiga e de como ela deveria estar se sentindo. Liga para Sam... Caixa postal. Tenta mais algumas vezes e todas não atendidas. Começa a ficar ainda mais preocupada.

Alguns curiosos ainda estão na rua em frente a casa dos Oliveira. Duas viaturas chegam junto com um carro, e do veículo Sheyla sai, a moça parece espantada e chora. Anne vai ao encontro da filha de Lusia e a abraça. Curiosa pergunta o que acontece.

— O que foi? Aconteceu alguma coisa?

— Você terá que ser forte.

— Você já me deixou mais assustada. — Anne segura a mão da mulher que frange a testa e enxuga as lágrimas.

— Passei a tarde na delegacia dando os depoimentos e entregando Ester, foi quando uma movimentação estranha me chamou a atenção. Anne, a família de Samantha foi morta, e sua amiga morreu. — Os olhos de Anne lagrimejaram, e as lágrimas mais sinceras foram despejadas. Sheyla abraça a garota tentando confortá-la. O celular vibra, Anne pega e se surpreende.

Lucas
Oi vagabunda, estou com Lucas e o Patrick no lugar onde fui humilhada. Venha sozinha sem chamar a polícia ou qualquer pessoa. Se brincar comigo mato os dois sem exitar, quero você na minha festinha particular. Beijos dos mais molhados... Ester.
21:32

— Não pode ser, filha da puta!

— O que foi, quem mandou mensagem?

— Sheyla, preciso te pedir um favor.

— Pode pedir, o que aconteceu?

— Me leve no galpão da fábrica abandonada.

— Mas antes me diga...

— Ester está lá, e quer que eu vá sozinha sem chamar a polícia. — Sheyla leva as mãos na boca e abafa um suspiro forte, vocifera.

— Você ficou maluca, olha o massacre que aconteceu nesses dias, minha mãe foi morta. Todos os seus amigos que brincaram com essa maldita morreram e quer que eu leve você até a morte? Eu não queria me envolver com esses irmãos do demônio, mas minha mãe...

— Só posso contar com você, se eu pegar minha moto agora vou chamar a atenção do Mathias e dos policiais que chegaram junto com você e vou colocar tudo a perder. Me escute Sheyla, eu fui a culpada de despertar a fúria de Ester, fui eu que ajudei na humilhação dela no dia daquela festa e sou eu que tenho que acabar com isso. — Sheyla torce o lábio, porém não questiona mais ao ver o desespero da garota em sua frente. A mulher dá de ombros e vai até seu carro, sinaliza para ela entrar e suspira. Anne entra no carro, o veículo sai em disparada deixando a rua paralisada com os acontecimentos.

**

O rapaz abre os olhos devagar como se pesassem quilos, sua cabeça doí e tudo gira em uma velocidade absurda. Lucas escuta um choro fraco ao seu lado, mas o escuro o impede de identificar quem é. Não sabe onde se encontra, mas está amarrado e amordaçado. A última coisa que lembra é ele entrar no carro de sua mãe sonolento pela anestesia que Ester aplicara em seu pescoço, após entrar no carro tudo se apaga. — Onde estou? — pensa. Tenta se soltar, porém seu pulso arde em chamas e pelo líquido em suas mãos sabe que está ferido. Com dificuldades consegue soltar a mordaça de sua boca.

— Ester? Me solte…

— Lucas? Lucas, me ajude. — Ao ouvir aquela voz Lucas entra em um pavor gigantesco, a voz é de Patrick e o pequeno parece fraco e debilitado.

— Irmão, não fale, eles podem estar aqui. Vou me soltar… — Antes de terminar sua fala uma voz rasga o ar e o deixa aflito.

— Seu bobinho, ninguém sairá daqui hoje. — As luzes são acesas e Lucas, por fim, descobre onde está.

O local onde a ruiva tomou um banho de tomates podres serve no momento de palco para o show que ela mesma preparou. Lucas está amarrado no tronco em que Ester fora destruída na festa e humilhada por todos que no momento estão mortos. Ela permanece sentada no meio do galpão, está de pernas cruzadas e sorridente olhando fixamente para o rapaz. Porém o que Lucas quer no momento é chegar perto de seu irmão. Patrick leva diversas feridas por seu corpo, sem camisa e vestindo apenas um shorts rasgado. Ele parece desnutrido e fraco mesmo para se levantar. Lucas chora ao ver o estado que dele e sem mais começa a berrar palavras de ódio.

— Desgraçada, ele é apenas uma criança você não deveria ter envolvido ele.

— Não deveria? Vejamos... — ela levanta e começa a andar em direção ao palco — você e sua turminha de depravados, me humilharam. Eu não tinha nada a ver com vocês e mesmo assim fui cercada.

— Ester me escute!

— Não Lucas, eu vou falar agora — o tom da voz da garota de cabelo vermelho, muda drasticamente. Uma voz devoradora se estende pelo vazio do galpão, fazendo ecos assustadores pairarem ao ar, — eu acreditei em você. Por um momento achei que alguém gostava de mim, senti amor por você.

— Eu gostei de você Ester, tudo foi verdadeiro, mas...

— Mentiroso, você é igual a eles, todos são iguais! — Ela pega Patrick e o levanta.

— Não, eu imploro, não machuque mais ele.

— Você deveria sentir mais dor, eu deveria matar seu irmão em sua frente.

— Não, faço tudo o que quiser, mas não mate ele. — Ela gargalha, e solta o garoto no chão que cai sentado em lágrimas.

— Bom, a festinha vai começar, mas antes falta chegar mais uma, Anne.

— Deixe a Anne sua maldita. — Após escutar a preocupação de Lucas por Anne, ela se enfurece ainda mais. Anda delicadamente ao encontro do rapaz amarrado a arames farpados. De sua cintura Ester retira uma faca e indaga.

— Essa faca é do meu Irmão, creio que ainda não o conheceu, mas vai conhecer. Ele deve estar matando mais pessoas. Sabe, acho que não tenho mais controle dos atos deles. Tudo que fiz foi para contê-lo.

— Mentirosa! — Lucas exclama, — você transformou o Edgar no que ele é agora, tudo que disse e está dizendo é mentira, tudo que sai dessa boca é mentira. E sabe de uma coisa? Sinto nojo de você, nojo de ter encostado em você.

— Cala a maldita boca. — Ester passa a faca no peito de Lucas, rasgando sua camisa e desenhando cortes profundos, o rapaz grita de dor. Por estar amarrados a arames ele não pode fazer nada, o pequeno irmão urra em desespero em ver Lucas sendo torturado, a garota parece gostar do que faz. — Nunca matei ninguém, sempre Edgar que fazia o trabalho, mas acho que posso me acostumar com a coisa.

— Não, não machuque mais ele. — Patrick grita.

Ester passa mais violentamente a faca na pele de Lucas, ele treme ao sentir aquela navalha dançando em seu peito. Tenta se soltar, porém quanto mais pressiona os punhos mais o arame aperta. Ester para a tortura olha para o rosto dele, leva sua mão até as bochechas do rapaz e beija seus lábios. Lucas babando de dor, não tem outra reação cospe na face da demente. Ela sorri, levanta a faca para atingir Lucas, entretanto uma voz a faz parar.

— Já chega sua vaca! — Ela dá de ombros e atrás dela Anne está parada. Ester tem um ataque de risos.

— Bem-vinda, mas eu disse para vir sozinha, não foi? O que essa puta faz com você. — Ester torce os olhos e a cabeça em êxtase com o momento, ela aponta para Sheyla.

— Vim vingar minha mãe sua desgraçada. — A mulher grita para Ester, porém não por muito tempo.

Como um vulto rápido Edgar aparece atrás de Sheyla e Anne, sacando sua faca ele sem ressentimentos passa a lâmina no pescoço de Sheyla, a moça cai no chão se rebatendo. Anne tenta ajudar, mas leva um empurrão e desliza para longe. Edgar sem máscara ou nada tapando sua face demoníaca sorri enquanto esfaqueia o corpo da jovem já morta, levando o local de sinistro a um inferno de sangue. Depois de vários golpes ele se levanta largando o corpo e lambendo o sangue de sua arma branca.

Anne grita, se desespera ao ver os olhos esbugalhados e sem vida de Sheyla que a pouco estava ao seu lado viva e disposta a ajudar. Se sente culpada por tudo, Sheyla não queria ter ido até a fábrica e depois de ver ela esfaqueada pressagia que deveria ter escutado ela. Apavorada observa Edgar andando junto a Ester, os dois estão indo na mesma direção. Percebe que estão lidando com dois assassinos frios e calculista, — como escapar com vida da mira dos dois? — Não tinha escapatória.

Edgar e Ester se abraçam, ambos sujos de sangue. Patrick caído ao lado fraco e ferido, Lucas sem chances de se soltar, com cortes por toda a extremidade de seu abdômen e Sheyla estripada e morta. Anne chora em silêncio tentando entender o que está acontecendo, tenta pensar no motivo daquela cena ser real.

Lembra de quando estudou com Ester. Uma menina linda e meiga, reservada e quieta. Sempre vestindo roupas sutis, fora de moda e largas. Era o centro das gozações e todos apontavam para ela. Tenta entender onde Ester ganhou esse lado assassino, pois mesmo passando por tudo que passou nunca abriu a boca para agredir ninguém, nunca revidou aos insultos que eram direcionados a ela. Anne lembra que nunca gostou de brincar com Ester, mas sempre esteve no meio das pessoas que riam dela. Queria voltar ao passado, poderia ajudar a menina que agora é um monstro, talvez se tirasse ela da roda da humilhação ela tinha cura.

Tudo está em câmera lenta para a menina desprovida de atitudes. Anne por toda vida foi a neutra, era a última a opinar, a última a saber das coisas e a última em aceitar as brincadeiras de Sam, mas isso não justifica nada, agora se questiona — não deveria ter aceito nada que Samantha tramou por toda sua vida, — se sente um estorvo, não pode ajudar ninguém, agora só morreria ali, sem puder fazer nada.

— Não! — Anne gritou, mas Edgar ao menos olha para trás. O Assassino agora compartilha um intenso beijo com Ester, ambos levando sangue de suas vítimas nas gargantas. Sentiam o gosto do sangue, querem mais.

— Nunca me senti tão vivo.

— Eu sei Ed, vamos acabar com isso? — Ester olha para Lucas, abraçada com Edgar andam em direção a morte do vizinho, mas Anne não deixaria isso acontecer.

— Edgar olhe para mim, — os dois assassinos param de andar, Anne grita com todas as forças, — ESTER NÃO É SUA IRMÃ DE VERDADE.


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Notas finais do capítulo

Nos vemos nos reviews :D