A Incrível História do Garoto que Ofegava escrita por PepitaPocket


Capítulo 4
O Demônio da Floresta


Notas iniciais do capítulo

Ola sejam bem vindos.
Façam uma boa leitura.



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Shunsui encontrava-se deitado no chão animadamente divertindo-se com as revistas de mulheres nuas, que um sujeito havia lhe vendido depois de contrabandeá-las do mundo dos humanos.

Os olhos do futuro taichou da oitava divisão, brilhavam de êxtase pelas gravuras.

Ukitake observava seu fascínio infantil e o achava simplesmente um idiota, por achar incrível algo como aquilo, ainda mais quando eles tinham problemas maiores.

— Shunsui estamos ficando sem dinheiro. – Ukitake anunciara o óbvio após contabilizar, cada moeda de bronze que eles tinham. Isso porque moeda de prata eles nem tinham mais.

— Hm. Ainda preocupado com isso? – Shunsui perguntara languidamente, dando uma risada baixa.

— Relaxa, dinheiro não é tudo. – Shunsui falara folheando a revista.

O que zangara Ukitake.

— Dinheiro pode não trazer felicidade, mas põe comida na mesa, meu caro. – Ukitake murmurara, descontente com a irresponsabilidade de seu amigo.

— Certo, então só temos que conseguir dinheiro...

— Como?

Shunsui coçara o queixo, aquilo iria ser trabalhoso, mas ele queria ler sua revista sossegado, e Ukitake não o deixaria fazê-lo em paz, enquanto eles não conseguissem encher seu cofrinho quase vazio.

— Vamos até, o mural. – Ukitake fez uma cara feia.

O mural era um imenso painel, de couro colocado na parte mais central de um distrito, solicitando serviços em troca de dinheiro.

Ukitake não achava aquilo lá muito confiável. Mas, naquela altura eles não tinham muita escolha de qualquer jeito.

Uma vez que eles chegaram, encontraram vários tipos de oferta, cortar grama, cortar lenha, cuidar de bebês, e até serviços de pederastia... Mas, nada que se encaixasse no perfil dos dois futuros shinigamis.

— Argh, sabia que isso não iria dar certo... – Ukitake fechara o cenho com uma carranca.

— Relaxa, meu amigo... Nem tudo está perdido... – Shunsui dissera apontando para um anúncio, que quase fizera Ukitake entrar em crise.

— Exorcizar, o demônio da floresta. Pago 2000 moedas de ouro.

Aquilo era muito dinheiro, qualquer um já teria pegado se aquilo tivesse algum fundamento.

— Use a cabeça, meu amigo. – Kyoraku usara sua fala mansa.

— Para essa gente até um gato do mato é um demônio, vamos lá verificamos, fazemos uns sinais de fumaça e voltamos para pegar o dinheiro.

— Kyoraku, isso é trapaça... – Ukitake não estava gostando daquilo.

— Não isto é aliviar o coração de quem está preocupado. – Shunsui continuara seguro de seus argumentos.

— Quem oferece duas mil moedas de ouro, para exorcizar um demônio, numa terra pobre como a nossa?

— Teremos sorte se forem duas moedas... – Ukitake murmurara inseguro.

— Estaremos ricos de qualquer maneira.

Shunsui sorrira achando realmente que estava matando dois coelhos com uma machadada só.

Os dois não se surpreenderam em o local de origem do anúncio, ser uma igreja.

O padre responsável, por ela olhara os dois dos pés à cabeça. Era um moreno alto, musculoso, com os cabelos rosa Pink, francamente nem parecia um padre. Se não usasse batina eles até duvidariam.

— Hein, vocês acham que eu vou dar uma missão dessa para dois moleques magricelas como vocês?

—Somos mais habilidosos do que parecemos, senhor. – Ukitake dissera não sendo nem um pouco convincente.

— Não estou nem aí, não vou pagar mil moedas para dois amadores, perderem o pescoço e eu ficar no prejuízo ainda...

— Eu pus o aviso, para atrair um caçador de recompensas experiente... – O padre disse esperançoso.

Shunsui e Ukitake se entreolharam, haviam chegado aquele vilarejo duas semanas antes, e aquilo não atraia nem mosquitos, pensar nisso deixava os dois desgostosos, já que eles haviam perdido seu único mapa e por isto, ido parar naquele fim de mundo, onde ainda ficaram sem dinheiro.

Eles foram os primeiros forasteiros em trinta anos, e certamente seriam os últimos nos próximos cinquenta.

O lugar era bom, sem muita violência, mas absolutamente rural. Não era interessante, para os caçadores de recompensa.

— Fala-me do demônio... – Ukitake quis desviar atenção do pároco, e com sucesso.

— Terrível... – Mata gado, galinha, plantações... – Ukitake foi forçado a aceitar o argumento de Shunsui, aquilo poderia ser obra de qualquer coisa, até mesmo um ladrãozinho sem eira nem beira.

— E antes que achem que eu estou exagerando, já vou avisando. Vão se surpreender com o que ele pode fazer.

Mesmo ele falando aquilo de um jeito tão assustador, Shunsui e Ukitake não se impressionaram.

— Ira nos dar uma chance? – Era tudo o que eles queriam fazer.

— Vinte e cinco moedas de prata, muito menos que o pagamento original. Mas, pelo eles teriam o que comer nos próximos dias, Ukitake o deixaria ler suas revistas em paz, e eles ficariam ambos felizes por algum tempo.

Mas, enquanto eles caminhavam rumo a floresta, um outro sujeito chegara a cidade.

Usava um chapéu de palha que encobria seu rosto, mas sua barba espessa era visível.

Usava um quimono preto e um obi fino branco amarrado a cintura, com um emblema que fizeram alguns poucos moradores com algum conhecimento de mundo:

— Aquele é um caçador de recompensas.

— Oh. – uma mulher murmurara chocada por conhecer um pessoalmente.

O caçador olhara o quadro, e não vira nada de interessante.

Mas, fora falar com o padre, pois ouvira rumores interessantes daquele lugar.

Indiferentes a isto, Shunsui e Ukitake entraram mais adentro na floresta.

Shunsui incentivou Ukitake montar armadilhas.

Depois de analisar alguns cadáveres, eles deduziram que se tratava de um gato do mato.

Ukitake ficava penalizado em matar um animal que só estava apenas se alimentando, mas até lá ele daria um jeito de convencer Shunsui a afugentá-lo para longe.

Montaremos e pegaremos este animal, ainda hoje.

Shunsui disse esfregando as mãos animadamente.

Mas, virando-se repentinamente ao sentir dois olhos sobre si.

Ele virara-se para trás com a impressão de que alguma coisa pularia em seu pescoço, mas nada acontecera.

Ele deveria estar impressionado.

...

— VOCÊ FEZ O QUE? – O recém-chegado caçador perguntara fazendo com que o padre tremesse da cabeça aos pés.

— MANDEI DOIS VIAJANTES QUE CHEGARAM A CIDADE, DUAS SEMANAS E FICAVAM VADIANDO POR AI... ELES QUERIAM A MISSÃO, E EU ACHEI QUE...

O homem nem terminara de falar e o caçador desaparecera de seu campo de visão indo direto para a floresta.

Ele sorrira animadamente, pensando que poupara suas moedas... Se aqueles dois morressem.

E o caçador não havia acertado nada, trato não feito... Pagamento esquecido.

Era assim que funcionava aquele mundo.

Mas, as coisas iriam mudar, a começar por aquela noite, com um encontro....


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura e até o próximo.



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