POV Hermione Granger

Acordei e olhei para minha mão, ainda estava com o papel que viera junto com uma pedra e atingiu meu braço (aliás, que ótimo jeito de comunicação, não é? Para não dizer o contrario...) “Me encontre amanha no corujal a essa mesma hora –D” Porque diabos Draco iria me mandar um papel assim? Se for para reclamar o fato de que nos encaramos e eu ri e sou indigna de olhar para ele, aquele metidozinho vai ver só. Eu estava encarando a cama da frente pensando nisso, quando uma Gina afobada veio correndo falando:

– Hermione! Vamos tomar café! Vai ficar ai pensando em porque aquela tal de Umbridge usa aquele casaco rosa que definitivamente não valoriza ela ou vai descer comigo?

– Na verdade – comecei a responder, saindo do meu devaneio – Acho que roupa nenhuma valorizaria aquela mulher, já reparou que ela tem uma cara de meio-sapo, meio-bulldog?

– Hermione Granger falando mal de um professor de Hogwarts, o que é isso menina? – Gina falou rindo – E, o que é um Bulldog?

– Foi você que falou do casaco rosa... Bulldog é uma raça de cachorro, os vizinhos de meus pais têm um, na verdade é bonitinho, nada deve ser comparado aquela mulher, só um sapo mesmo.

Lembrei que hoje eu tinha uma reunião com Minerva, para saber mais sobre a monitoria, e a reunião seria logo depois do café, as 08:00, olhei para o relógio e já eram 07:42, que droga, talvez a porcaria do bilhete e aquela troca de olhares com Draco me fez ficar atordoada e não ter uma boa noite de sono, desci correndo com Gina, falando para ela que eu estava atrasada, chegamos e Harry, Ron e Neville estavam na mesa, nem preciso falar que Ronald estava comendo como se nunca tivesse visto comida em sua vida. Peguei um pouco de sucrilhos e uma torrada com geléia eu e Gina sentamos com eles e conversamos um pouco, não avistei Draco, apenas a oferecida da Pansy, mas dessa vez ela estava se oferecendo para Blásio, tentando puxar a saia um pouco mais para cima, agitando a outra mão que não segurava na saia e rindo que nem louca, sinceramente, se eu estivesse do lado dela a mandaria para um manicômio.

– Ta procurando alguém Mione? – Harry perguntou sorrindo

Nessa hora me deu vontade de chama- lo para um canto e contar sobre o bilhete, mas os outros iriam estranhar e eu não queria chamar muita atenção para isso.

– Minerva – respondi antes de dar uma mordida em minha torrada – tenho reunião com ela jájá. Por falar nisso, que horas são?

– 07:54 – Ronald respondeu mas eu não sabia de aonde ele tinha tirado essa informação porque me deu as horas mas não parou de olhar para seu prato por um segundo

– Ai meu Merlin! Estou atrasada, tchau pessoal – levantei.

Apressei meu passo, ainda comendo o pedaço da minha torrada, deixei os sucrilhos em cima da mesa porque o tempo que eu tinha para comer eles, passei procurando Draco, mas que burrice. Cheguei correndo e a porta da sala de Minerva estava fechada, fechei o olho um segundo para respirar quando senti uma cutucada no ombro e levei um susto:

– AI MEU DEUS!

– Relaxa Granger, sou só eu – Draco falou.

– Ai menino! Que saco! O que você ta fazendo aqui?

– Ei, ta sujo aqui, só que não em mim, em você mesmo – ele apontou para o seu próprio queixo – acho que é geléia de morango, acertei?

Virei de costas para ele e esfreguei minha mão no meu queixo para limpar, realmente estava sujo de geléia, que vergonha, Draco Malfoy iria rir de mim para sempre agora,era só o que me faltava, ainda mais por causa de uma geléia.

– Você é engraçada – ele falou e me virei de novo, mas ele estava sério.

– Me diz logo o que você quer – resmunguei

– Até parece que você não estava procurando por mim Granger – ele deu aquele sorriso de lado, argh, esse sorriso dele é bonito, tenho que admitir – Eu estou aqui para...

Mas quando ele ia falar a porta se abriu e Minerva nos mandou entrar

– Ah, sim, isso mesmo, vocês dois, Hermione Granger e Draco Malfoy.

– Estou aqui apenas para ouvir o que a senhora vai me falar da monitoria professora, não tenho nada a ver com esse menino, nem sei o que ele esta fazendo aqui, pelo amor de Merlin eu não fiz nada, juro, ele que é um mau elemento e eu acho que... – vomitei aquelas palavras sem nem mesmo pensar em o que eu estava falando, e falei tão apressadamente que Minerva me olhava intrigada, mas Draco deixou um risinho sair antes de ficar sério novamente – Anh.. desculpe, como a senhora dizia?

– Bem, como eu ia dizer, vocês dois são os novos monitores desse ano, e você senhorita Granger terá um quarto só para você, Draco ainda não é muito confiável para ganhar um quarto, mas você sim. Essa é regra, boa sorte com a monitoria esse ano meninos, estarei supervisionando vocês. Draco pode voltar a fazer sei lá o que você estava fazendo antes, vou acompanhar Hermione ao seu novo quarto.

Minerva me levou até meu novo quarto e eu tenho que admitir, é bem melhor do que ficar com um monte de meninas, não é que eu não goste delas, mas é que agora vou ter paz para ler meus livros. Passei o dia inteiro agoniada, pensando sobre o que poderia acontecer no corujal, o que será que ele tanto quer falar comigo que não pode falar aqui mesmo? Também queria muito contar ao Harry sobre isso tudo mas como sempre, ele estava rodado de pessoas em volta. Na hora do jantas sentamos eu, Harry e Ronald e Luna

– Essa Umbridge é tão esquisita que até me assusta – Ron reclamou fazendo careta

– É... E ela votou a favor da minha condenação – Harry falou indiferente

Enquanto eles falavam sobre o assunto que todos comentavam: Umbridge, eu procurava Draco e quando o avistei Blásio estava falando alguma coisa no ouvido dele, “será que ele vai me humilhar na frente daqueles amigos sem cérebro dele?” pensei, comecei a pensar várias coisas ruins que ele poderia fazer mas, Hermione Granger não iria dar o braço a torcer, mal comi, fui para o meu novo quarto e acho que Harry pôde estranhar meu comportamento pois quando disse tchau ele franziu a testa e perguntou se estava tudo bem, sorri dizendo que sim, mas ainda estava com medo de ir ao corujal. Deu a exata hora, e eu fui, sorrateiramente, até o corujal, quando cheguei lá o dito cujo me esperava e eu já fui falando:

– Mas o que é que você quer menino?!

Antes de eu ouvir qualquer resposta ele se aproximou, puxou meu rosto para perto do dele, e me beijou, seus lábios encostados nos meus, fechou os olhos e segurou minha cintura. De todas as maldades que eu esperava que ele fizesse, essa com certeza não era uma delas, fiquei sem reação, a sensação era boa, então ao invés de empurrá- lo fechei os olhos e o puxei pela nuca, apenas me deixando levar por aquele esquisito momento de Draco Malfoy.