Looking escrita por Paperfriend


Capítulo 4
When We Collide


Notas iniciais do capítulo

PRIMEIRAMENTE SINTO MUITO POR TER DEMORADO TANTO A POSTAR.

Eu tinha planejado postar o capítulo no mesmo dia do lançamento do último episódio, porém, eu estava com um bloqueio criativo fodido, e não consegui terminar o capítulo a tempo (e que tempo ein).
Mas enfim

VOCÊS VIRAM O ÚLTIMO EPISÓDIO?
CARALHO
MUITO FODA MERRRRMO
MEU CORAÇÃO ATÉ FALHA AQUI SÓ DE LEMBRAR

O final dele irá contribuir, e muito, com o andamento da fanfic. Coisas que eu não sabia se poderia colocar ou não, foram confirmadas e desconfirmadas (-q) a partir dele, então... é

Eu to muito feliz

Então, sem mais delongas, boa leitura ♥



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Warren estava no sofá da sala, com sua mãe, assistindo a um documentário qualquer sobre a vida animal. Sua perna direita, gelada e úmida por conta da “pomada milagrosa” que o médico havia lhe receitado, estava esticada e apoiada sobre um banquinho da madeira – sua mãe que insistiu em fazer tudo aquilo – enquanto a esquerda chacoalhava sem parar; isso de certa forma o acalmava.

Senhora Graham, de minuto a minuto, olhava diretamente para Warren para ver se estava tudo bem. E Warren, de minuto a minuto, olhava diretamente para a mãe para mostrar que estava tudo bem.

Embora, na verdade, não estivesse.

Graham já estava cansado de discutir consigo mesmo. Precisava fazer algo, e ele sabia o que: encontrar a garota da caminhonete bege e conversar com ela sobre a Max e apenas isso. Na teoria, não parecia difícil, afinal, era só chegar nela e falar. Porém, o fato de nem saber seu nome o pôs em um desafio mais arriscado ainda.

E agora ele mal podia sair de casa. Ele só havia perguntado uma vez, mas o “não” que sua mãe havia dito foi tão marcante que valia para todos os outros dias que restavam. E apesar de Warren ser um cara insistente algumas vezes, em grande parte do tempo ele continuava a ser uma pessoa bastante submissa a ordens e sua vergonha o deixava pensar que seria muita audácia perguntar novamente.

— Filho? — chamou sua mãe, retirando Warren de seus devaneios — está com fome? Quer comer alguma coisa?

Graham parou por um momento, não para pensar em uma resposta para a mãe, mas sim, porque queria aproveitar um pouco do tempo que ficava sem falar. Suspirou, antes de olhar fixamente para sua mãe e responder:

— Quero ovos com bacon...

A voz um pouco cabisbaixa fez a mãe de Warren ficar tensa. O que estava acontecendo com seu filho? Ele era tão atencioso consigo, tão sorridente... seria mais uma crise adolescente?

— Bem, já passou o café-da manhã não é mesmo? Mas tudo bem, né? — soltou uma risadinha sem graça — Você quer que a mamãe faça para você? — perguntou a senhora Graham, com uma voz feliz e infantil, mascarando sua decepção após ver o filho daquela maneira. Não sabia se tinha funcionado.

O silêncio pairou sobre o cômodo, sendo o período mais torturante naquele momento. Warren pegou seus apoios e lentamente os conectava aos seus braços, enquanto com cuidado tirava a perna do pequeno banquinho e se levantava, ficando de pé. Enquanto tentava formular uma resposta para a pergunta da mãe, ele mirou seu olhar nos de sua mãe, antes de suspirar.

— Não, — respondeu Warren. O coração de sua mãe falhou uma batida — eu quero os ovos com bacon... do Two Whales

Ƹ̴Ӂ̴Ʒ

A discussão tinha passado tão rápido que Warren já se encontrava trancado no próprio quarto, sentado na cama macia de solteiro e encarando a porta fechada que conectava o cômodo ao corredor. Seus olhos ardiam, pois as poucas lágrimas que tinham brotado naquela briga ficaram presas em seus globos oculares.

Ele havia ficado de castigo por conta de um desejo? Sua mãe era tão sensível a esse ponto? O que ele havia perdido durante todo esse tempo?

As coisas mudaram, e muito. Porém, não pareciam que tinham mudado para melhor. Ter a melhor amiga apagada de Baía de Arcádia, uma perna fraturada e uma mãe paranoica estavam se tornando empecilhos para Warren ter uma vida normal. Seus dedos apertaram com força o tecido da coberta que forrava sua cama e trincou os dentes, descontando um pouco do nervosismo que estava passando.

Por que tinha que ser tudo tão difícil?

Mas então, uma ideia se ascendeu em sua mente. Fez o velho ritual de equipar as muletas e se levantar, caminhando lentamente até a porta, para não fazer nenhum barulho estrondoso. Assim que ficou frente a frente a placa de madeira, ele encostou suas orelhas com calma na mesma, tentando escutar passos, resmungos, ou qualquer coisa que denunciasse movimento de pessoas.

Seu rosto esquentou bruscamente e seu estômago lhe trouxe a sensação de estar pulando em queda livre.

Ele, e logo ele, seria capaz de fazer algo tão...

Radical?

Abriu a porta assim que viu que tudo aparentava estar tranquilo para que sua passagem fosse despercebida. Calmamente foi caminhando em direção a saída da casa, usando os apoios para o impulsionar a dar passos maiores e, consequentemente, ir mais rápido. Para algo tão errado em sua concepção, até que estava indo tudo bem.

Até que ele parou ao lado do quarto de sua mãe.

A porta se encontrava entreaberta e resmungos poderiam ser ouvidos do lado de dentro. Com cuidado, Warren colocou um de seus olhos na pequena fresta que a porta formou. Seu coração se apertou assim que viu a imagem de sua mãe encolhida no chão, soltando doloridos soluços pelos lábios. Não dava para saber quantas lágrimas caiam de seus olhos, pois seu rosto estava escondido entre os joelhos.

Ah, Warren, o que você fez?

Abaixou a cabeça, sentindo um grande peso em seus ombros. O que estava pensando? Ele não poderia sair agora, não com ela sofrendo por causa dele, pois afinal de contas, ela não deixou de ser sua mãe.

Porém, ele desviou o olhar de senhora Graham com pesar, e continuou a caminhar para bem longe da dor, para bem longe de casa. Pensou em Maxine, em Baía de Arcádia, e, pela primeira vez, pensou em si mesmo. E assim que já se encontrava nas ruas, do lado de fora daquela enorme prisão, ele pode suspirar com calma.

Até porque, muitos heróis precisam sacrificar a dor de alguns para aliviar a de outros.

Ƹ̴Ӂ̴Ʒ

Warren chegou ao Two Whales, na esperança que alguma coisa de suma importância acontecesse, para que nada daquilo fosse em vão. Abriu a porta do estabelecimento, ouvindo o som delicado do sininho que tocava toda a vez que entrava alguém por lá e inspirou fundo para sentir o cheiro do café e das frituras do local.

Assim que colocou os apoios no restaurante, foi logo acudido por uma mulher dos cabelos louros, a flor de sua idade, usando um avental simples e cheirava a café. Sua preocupação era evidente no olhar, porém só se confirmou assim que ela apoiou o adolescente nos braços e perguntou:

— Precisa de ajuda, Warren?

— Obrigado Joyce, mas acho que não — respondeu Warren, vendo a mulher se afastar de si, com um sorriso reconfortante no rosto.

— Se precisar de mim, é só chamar — disse por fim, decidindo ir atender outros pedidos. Graham se permitiu dar um tênue sorriso, sentindo a calma e o conforto que só aquele pequeno restaurante daquela pequena cidade podia oferecer para ele.

Decidiu sentar-se em uma mesa mais afastada, perto do jukebox, onde se tocava um jazz bem calmo e que combinava perfeitamente com o clima que Two Whales exalava com sua decoração. Apoiou o queixo sobre sua mão esquerda e mirou sua visão para a janela que ficava ao lado de seu banco, deixando sua mente vagar pelos carros e pessoas que passeavam pelo local.

Seus pensamentos voavam para bem longe. Permitiu-se divagar em coisas variadas, deixando um pouco os problemas de lado e se focando em absolutamente nada; não pensou em suas feridas, sua mãe, nos problemas que iria se meter após ter fugido de casa e muito menos em Max.

Mas estava tudo calmo demais para ser verdade.

A porta do Two Whales se abriu com um barulho estrondoso. Uma figura de casaco vermelho passou para o balcão como um borrão de tão veloz e a raiva estava evidente em sua voz, que constantemente chamava a gerente do local. Joyce, irritada, apressadamente foi até o balcão ver o que estava acontecendo.

— O que você quer? Já falei que não quero você aqui mais! — exclamou a moça, com raiva, enquanto limpava com força a gordura de suas mãos com seu avental.

— Então fale para a merda da sua filha não ficar se enfiando onde não é da conta dela! — rebateu o importuno cliente, quase que em um rosnado.

Mas então, a atenção, que antes era mirada a Joyce, agora tinha sido redirecionada a Warren. Os músculos de sua face relaxaram por um momento, enquanto Graham devolvia o olhar com espanto. O adolescente sentiu seu estômago revirar perante ao olhar do outro.

E foi assim que, depois de tantas desavenças, Nathan e Warren se encontraram pela primeira vez.


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Notas finais do capítulo

LEIA SE QUISER SABER DE PLANOS FUTUROS, SE NÃO, VOCÊ PODE DEIXAR SEU COMENTÁRIO AÍ EM BAIXO, ME DEIXARIA MUITO FELIZ

Enfim, enquanto escrevia o capítulo, estava manipulando algumas imagens em 3D e as editando no Photoshop. Então, eu tive uma ideia: abrir um DeviantArt e, por lá, mandar fotos editadas Grascott, em um outro universo, onde Warren=Max e Nathan=Chloe. O que vocês acham? :3
EDIT: para quem quer ver a primeira (e talvez a única -q) imagem Grahamscott universo alternativo, tome o link: http://goo.gl/QAEqoe

Acho que... é só isso mesmo xD nos vemos nos comentários! (ou no próximo capítulo, nunca se sabe né -q)

~'Té