O Máscara escrita por MileFer


Capítulo 14
Sufoco


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores ♥

Eu sei que demorei, muito. Nem as milhões de desculpas que tenho consegue me livrar dessa culpa... Mas tem capítulo novoooooooooo! RSRS

Espero que gostem ♥



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Depois de começarem a caminhar vagarosamente para fora e em direção a um corredor, Adélia já não sentia suas pernas tremerem e seu nervosismo estava se reduzindo aos poucos. Ele movia-se tão silenciosamente que às vezes ela lhe lançava alguns olhares de esguelhas para se certificar de que estava mesmo perto dela, ou lhe dava leves apertos no braço para se certificar de que ele estava fisicamente caminhando ao seu lado.

Rafael tentou pensar naquilo como algo bom. Estava evoluindo para os princípios de Fordy, e finalmente poderia pôr aquilo em seu histórico de atividades com Adélia para ter o que apresentar a Adam mais tarde. Não estava feliz e nem contente com aquilo; o arrependimento o obrigava a querer que tudo aquilo acabasse logo. Ele até tentou pensar em algo para tornar aquela noite menos sufocante, mas logo perdeu o interesse. Adélia com certeza acabaria lhe fazendo perguntas difíceis, e ele acabaria estragando tudo.

—Então... – ela começou, apertando de leve o seu braço. Ele estava tentando não ficar nervoso, mas à medida que Adélia pressionava mais o seu braço, Rafael ia perdendo o foco. – Você sempre morou aqui?

 Não era uma pergunta muito difícil, mas Rafael não sabia muito bem como respondê-la. Por mais simples que parecesse, nem coisas simples assim do seu passado lhe pareciam óbvias – não por que não lembrava, mas sim por que não sabia.

—Não – respondeu vagamente, de propósito. Não queria abrir brechas para que ela se aprofundasse demais nas questões.

Ela assentiu, como se concordasse. Rafael franziu a testa, achando graça por aquilo. Ele teve vontade de perguntar também, onde havia crescido e onde morava, mas preferiu ficar calado.

Adélia, por outro lado, sentia que ia explodir. Sua cabeça borbulhava com perguntas que não tiveram a oportunidade de serem respondidas, pensando e talvez ele fosse a pessoa ideal para respondê-la. Não era somente sobre o passado dele, mas também sobre ela. Queria saber o motivo pelo qual fora escolhida, por que ela, e não qualquer outra garota – se era vingança de Adam como ela imaginava ou não. Queria saber sobre seu pai também, queria saber como Adam era quando estavam juntos e se ele sabia que seu pai era um monstro quando não estava por perto. E, corajosamente, queria saber sobre sua maldição, muito embora aquele não lhe parecesse o momento ideal para lhe fazer tais perguntas.

—De onde você é? – Insistiu, fazendo-se de distraída.

Rafael engoliu em seco. Não importasse qual pergunta ela lhe fizesse, mesmo que fosse a mais boba do mundo – se se tratasse dele, do seu passado, ele não conseguiria responder. O mais assustador era que ela estava fazendo as mesmas perguntas que ele sempre fez. Rafael demorou um tempo para responder, o que deu a Adélia uma brecha para fazer outras perguntas mais importantes.

—Qual o seu nome?

Ela sorriu com aquilo, e imaginou que ele devera ter feito o mesmo ao jogar a cabeça para o lado e encará-la com sua forma bizarra.

—Rafael.

Ela não esperava que fosse tão simples. Na verdade, ela mal sabia o que esperar. Passara tanto tempo rejeitando-o que mal tivera tempo para pensar a respeito.

Um silêncio constrangedor caiu sobre eles, deixando-a muito desconfortável. Todas as perguntas que queria fazer lhe pareciam inapropriadas agora, fazendo-a se sentir constrangida. Passara o dia todo pensando em como seria aquele momento, o que faria e em suas técnicas para se manter calma, caso se irritasse. Mas nada daquilo naquele momento lhe pareceu ser útil.  Ou fazia algum sentido.

—Para onde estamos indo, afinal? – Ela perguntou enquanto Rafael a levava para outro corredor suspeitosamente escuro. Desde que chegara ali, Adélia nunca fora muito longe como estava indo naquele momento. Ela mal se lembrara de como chegara ali, de como chegara a seu quarto.  Nem gostava de pensar.

—Estamos saindo – ele respondeu, o que fez o coração de Adélia pular em seu peito com força. Por um momento, ela teve esperança de realmente sair.

Adélia e Rafael andaram por mais algum tempo até chegarem a um par de portas altas com pequenos quadrados de vidro que transportavam luz para o ambiente, no que Adélia pensou ser um hall de entrada. O lugar estava iluminado, mas ainda assim havia uma obscuridade tão intensa que fez Adélia encolher-se.

O teto era abobadado e adornado com pinturas que fez Adélia lembrar-se das obras de arte renascentistas, embora ela não conseguisse identificar o que estava pintado ali graças a toda a sujeira que cobria tudo. O resto do ambiente era quadrado e vazio, e tudo o que se ouvia era o som dos passos de ambos ecoando.

Adélia mal se dera conta de quando Rafael se afastara e abrira a porta para ela, esperando-a. Estava tão nervosa que abraçou a si mesma, andando vagarosamente até lá.

Então aquele era o seu plano para aquela noite: levá-la até seu limitado mundinho. Inicialmente, Rafael pensou que aquela ideia fosse perigosa. Talvez ela acabasse por torná-lo pior do que já era.

Adélia parou no vão da porta e lhe lançou um olhar por cima do ombro, incrédula. Rafael estava cabisbaixo, conseguindo apenas uma pequena fração de sua imagem por baixo da máscara pesada que usava.

Impassivelmente, ele se aproximou dela.  

Tudo o que tinha em mente era levá-la para tomar um pouco de ar puro, fora da casa. Não exatamente fora, apenas no jardim de entrada. Não era grande coisa, as plantas não eram podadas há anos e as flores haviam desaparecido, dando lugar a um matagal sem fim. Até mesmo a antiga fonte que era o ponto principal da entrada parecia abandonada, feia e sem graça. 

Mas a vista que tinha ainda salvava.

Rafael mal se lembrara da última vez que saíra dali, daquela casa. Ele lembrara que era menor, cerca de uns quinze anos de idade, e que estava indo a um dos laboratórios que seu pai costumava levá-lo. Passara um tempo lá, cercado de pessoas estranhas espetando e cortando sua pele, “colhendo” amostras e examinando-o. Adam lhe dissera que fora apenas três dias, mas para ele havia sido uma eternidade. Rafael lembrava-se do olhar perdido de Adam naquele dia – não estava irritado, gritando ou coisa do tipo.

Adélia suspirou, atraindo a atenção dele até seu rosto, que estava congelado em uma expressão de surpresa.  

Ousadamente, ele pousou sua mão enluvada nas costas dela, atraindo sua atenção. Adélia pensou em recuar ou afastar sua mão de si, por estar completamente desconfortável com a situação. Ela puxou o ar com força para dentro dos pulmões, mantendo a calma; se ele mal a estava tocando, então ela não precisaria entrar em pânico naquele momento.

Ele a guiou pelo jardim em silêncio até um dos bancos velhos que davam para a parte baixa dos enormes muros que os cercavam, com vista para o mundo além deles.

Adélia estava um tanto maravilhada com a vista. Nem mesmo no Instituto Florence, longe da poluição luminosa da cidade, ela conseguira ter vislumbre do céu infestado de pontos brilhantes como naquele momento. A lua minguante mal conseguia roubar a atenção de Adélia para si diante da beleza das estrelas, que se exibiam sem pudor.

Estava tudo tão escuro que Adélia mal conseguia vislumbrar o mascarado que a encarava, fixando-se em cada uma das suas reações. Rafael tinha uma curiosidade enorme sobre ela, haviam coisas que queria saber que o relatório dela provavelmente não contaria. Não que o tivesse lido; estava tão nauseado com a noticia de que ela viria que mandara Fordy se livrar de tudo aquilo, menos de sua foto, que ainda permanecia em sua cabeceira.

—Onde você cresceu, Adélia? – Quis saber, receoso.

Ela o encarou, pensando por um momento. Rafael teve receio de ter começado com a pergunta errada, ou de estar completamente errado por querer saber algo sobre seu passado.

—Cresci em um orfanato chamado Hans Montgomery fora de Nova York e aos sete – ela fez uma pausa, enquanto desviava o olhar para o céu outra vez – me mudei para o Brooklyn com meus pais adotivos.

Rafael não esperava que ela lhe revelasse muita coisa. Talvez, pelo fato de saber pouca coisa sobre si mesmo, esperava o mesmo dela. Ou esperava que ela se recusasse a falar.

Afinal, ela era adotada. Fordy lhe informara algo do tipo, mas Rafael não achou tão relevante e descartou a noticia. Não lhe interessava no momento, mas vindo dela lhe pareceu ser, principalmente pelo fato de não conhecer direito o significado daquilo.

—Você foi... – Ele pausou, calando-se no final da frase, arrependido.

—Adotada? – Ela completou, com um sorriso de esguelha. – As pessoas ficam surpresas com isso, não entendo o porquê. Mas não me incomoda. Está curioso a respeito?

Rafael não respondeu. Não queria forçá-la a contar nada.

Adélia esperou que ele falasse alguma coisa, mas Rafael ficou quieto subitamente.

— Onde você cresceu? – Ela insistiu.

—Já me perguntou isso antes – rebateu, tentando fugir de novo da resposta. Ele ficou inquieto, incomodado.

—E você não me respondeu – ela ergueu uma sobrancelha.

A cada sopro da brisa, um perfume doce invadia a privacidade que a máscara lhe dava, fazendo-o ter vontade de inspirar cada vez mais profundamente. Era pouco o que conseguia chegar até suas narinas, mas o suficiente para deixá-lo um por cento mais louco.

Ele fez menção de se aproximar, de chegar mais para perto e senti-la, mas se deteve. Ela, distraída com as luzes do céu e da Terra, mal havia se tocado do intruso petulante que a inspirava como uma amante inspira o perfume das flores recebida por seu amado.

O que estava acontecendo com ele, afinal?

Rafael estava um tanto assustado pela quietação dela, que mal se movia. Ele esperava, sinceramente, que ela brigasse com ele - e até preferia - mas tudo o que expressava naquele momento era um sorriso estranho e persistente em seu rosto. Ele imaginou que fosse ser bombardeado com perguntas cabulosas, ou que não fosse. Na verdade, não sabia muito bem o que esperar daquela noite. Apenas esperava por ela.

A máscara impedia-o de enxergá-la melhor; não era o suficiente vê-la com os olhos. Não mais…

Mas o que diabos estava acontecendo com ele?!

Ele suspirou, desviando o rosto de metal para outro canto, desviando-se dela. Rafael sentia-se estranho, mais do que o normal, naquele instante. Estava nervoso, suas mãos enluvadas suavam e mal conseguia respirar - o que era perigoso para ele. Se não conseguisse controlar a respiração, então perderia o controle dos próprios sentidos.

—Por quê estava me olhando desse jeito? - Ela o despertou, com seu tom de voz tímido. Ele mal havia percebido que a estava olhando novamente.

—Que jeito? - Ele sentiu-se envergonhado, pego no ato. Quis contradizê-la, mas não sabia como. Preferiu, no entanto, dá-lhe um pouco de razão, já que ele estava mesmo encarando-a por muito tempo.

Desse jeito — ela o imitou, deixando a cabeça pender um pouco para o lado, virando-se para ficar de frente para ele.

Rafael sentiu-se meio magoado, meio irritado e mais ainda envergonhado consigo mesmo, por estar tão obviamente parecido com um bobo. Ele endireitou-se e realmente desviou o olhar dela, focando na paisagem à sua frente. Estava muito distante da civilização, e as luzes dela o encantavam há tempos atrás, quando ainda tinha vontade de ver o verdadeiro mundo do lado de fora de sua solidão. Agora nada daquilo lhe importava muito.

Adélia o despertou com o som de sua voz sorridente.

—Estou brincando.

Talvez seu comentário tivesse a intenção de fazê-lo se sentir melhor, mas não o fez.

Rafael estava um caos por dentro. Sentia-se culpado por estar arrependido de trazê-la ali, sentia-se culpado por estar arrependido.  Não queria mais magoá-la, mas não sabia como continuar com aquilo.

Estava mentindo para si mesmo quando, mais cedo, achara que ela poderia… Estava iludindo-se, apenas isso.

Ele podia sentir o seu medo, podia sentir seu desconforto. Sabia que, de alguma forma, ela poderia estar se sentindo da mesma forma que ele naquele momento: completamente arrependida, desconfortável e receosa.

Adélia, por outro lado, não sabia o que pensar daquele momento. Estava sim muito desconfortável, mas mais por causa do silêncio e da bagunça que havia dentro de si mesma. Talvez sua curiosidade fosse um defeito que precisasse de uma manutenção, pois estava matando-a naquele momento. Ela queria confrontá-lo, tirar o máximo de proveito de sua boa intenção - ou pelo menos julgava que fosse uma boa intenção.  Mas o silêncio dele implicava tudo. Mal conseguia se mover por conta do peso de seu olhar; não saberia dizer se estava preparada para uma suposta irritação.

Ela sentia uma pontada de mágoa por ele, e apenas isso era o suficiente para sentir-se culpada, por um tempo. Adélia só conseguia pensar no mal que o pai dele havia causado a sua família e principalmente a ela. Queria acreditar que talvez estivesse exagerando, mas à medida que o tempo passava e ela ia se sentindo cada vez mais abandonada, estava ficando cega pelos próprios sentimentos. Saudades, rancor, nostalgia… Ela mal sabia como lidar com tudo aquilo quando estava sozinha em seu quarto, e agora, na presença dele…

Ela queria saber o quão culpado ele era, para que, de algum modo, sentisse a medida certa de raiva. Adélia nunca lidara muito bem com sentimentos conflituosos, e evitara a todo custo sentir-se assim durante sua vida. Mas ele, a situação e Adam tornavam tudo mais difícil para ela. Não era o tipo de coisa que desabafaria com Jeniffer, mas lidar sozinha com aquilo estava sufocando-a aos poucos.

—Adélia - ele sussurrou, sua voz saindo em um tom grave e baixo, interceptada pela máscara. Ela observou seus dedos apertarem com força a beirada do banco, lembrando-se do que vira antes. Não perdera muito tempo lembrando-se delas, mas naquele momento a lembrança deixou-a tensa. - Acho que não podemos fazer isto.

Ela estava um tanto desconcentrada no que ele dizia, deixando que suas palavras passassem por sua cabeça como brisas leves e ligeiras. Mas, no fundo de sua mente, ela captou o significado.

—O que quer dizer com isso? - Ela quis saber por ele, o que ele pensava a respeito.

—Sermos amigos.

Rafael não soou tão seguro quanto queria, mas não fora por falta de esforço. Não conseguia conviver com uma mentira por muito tempo, por isso decidiu por um fim naquela.

Adélia não sabia o que esperava que ele dissesse, mas “amigos” passou longe. Ela pensou que talvez ele estivesse falando sobre conversarem, pois nem considerava mais a ideia de serem amigos.

—O que seremos então? - Brincou, embora sentisse a tensão se alastrar tão vagarosamente quanto o tempo em dias ruins.

A pergunta, mesmo que vindo em tom de brincadeira, deixou Rafael nervoso, quase fazendo-o engasgar-se com a bile que bloqueava sua garganta. Um segundo mais tarde, sentiu-se irritado.

—Sinto muito, Adélia. Mas falo sério…

—Espere, o que eu fiz de errado? - Ela não estava muito acostumada a não fazer novos amigos. Era sempre muito legal com todo mundo e, fora os momentos que se irritara com ele... - Eu já pedi desculpas…

—Adélia, - ele a interrompeu, afastando-se o máximo que podia e o mais vagarosamente - você já se desculpou. Não podemos ser amigos, pois… - Ele se interrompeu. Poderia fazer uma lista com todos os motivos.

Não podemos ser amigos, pois sou amaldiçoado e tenho dom para magoar as poucas pessoas que me cercam.

 

Não podemos ser amigos, pois terei que lhe mostrar que sou um monstro uma hora ou outra…

Pois o quê? - Quis saber, cruzando as mãos sobre o colo. Seu tom de voz demonstrava paciência e atenção para o que quer que viesse a seguir.


—Eu não sou… - Ele levantou-se e, tenso, continuou. - Não sou do tipo amigável.

Adélia pensou por um momento, talvez ele não estivesse falando sério. Mas ele não falou mais nada. Rafael virou-se e, quando estava prestes a ir embora, Adélia levantou-se exasperada.

—Qual o seu problema, afinal?

Ela desejou ter soado mais ríspida.

Rafael parou onde estava, atônito.

—É tão difícil para mim quanto para você estar aqui agora - ela continuou, cruzando os braços. - E é mais difícil ainda lidar com isso sozinha.

E era difícil admitir aquilo. Adélia sempre tentara lidar com os próprios problemas sozinha, e na maioria das vezes se saía bem. Mas ele era um tipo diferente de problema. Ele não estava somente na cabeça dela, e sim em todas as partes possíveis. Ela estremeceu quando ele virou-se e a encarou. Adélia não conseguia ver seus olhos aquela distância, apenas a silhueta de uma figura sem rosto, desalmada e macabra. Ela odiava-o por isso, por assustá-la tanto, por lhe dar calafrios, por causar seus pesadelos.

Seus olhos se encheram de lágrimas e ela engoliu a bile que chegou com o choro. Quase se sentiu aliviada por colocar aquilo para fora. Mas a vergonha que sentiu fora maior, e ela logo tratou de enxugar as poucas lágrimas que escaparam e engolir o choro.

—Entendo que não queira ser meu amigo, mas pelo menos seja sincero comigo - ela pausou para recobrar o fôlego. - Me conta a verdade e eu o deixarei em paz.


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Notas finais do capítulo

Olá de novo ♥

Estive preparando uma suprersinha para vocês que, por sinal, não deu muito certo. Mas vamos lá.

Criei uma conta no Twitter e no Tumblr (!) onde postarei algumas frases e fotos relacionadas com essa fanfic. Então, se tiver curiosidade, dá uma passada lá e confere o que tenho guardado secretamente:

Twitter --> @mileferr (https://twitter.com/mileferr)
Tumblr --> milefer-r.tumblr.com

Enfim, espero que vocês gostem de coração e me perdoem pela demora rs

*Até logo ♥



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