A descoberta do Oeste escrita por Isabella Cullen


Capítulo 13
Decisões


Notas iniciais do capítulo

Bom meninas, capítulo de presente de natal, mas sei que é o próximo que vai interessar kkkkkk
Mas não briguem comigo!



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Edward teve febre durante muitos dias, Carlisle e Sue se revezavam em tratamentos completamente diferentes. Os homens pareciam inquietos e olhavam apreensivos para casa. Eu saia um pouco do quarto forçado por Carlisle ou Sue, mas eu ficava ali. Temendo o próprio medo dentro de mim de perdê-lo. O que eu era afinal? Uma mulher maluca por querer esse homem vivo e ao meu lado? A lógica seria se ele morresse que eu voltasse com meu filho para a casa dos meus pais, uma viúva respeitável e jovem. Esse pensamento tinha em mim outra reação, eu temia sair da fazenda e perder Edward.

Como eu poderia sentir isso por ele? Ele nunca olhou para mim mais que duas vezes, nunca dirigiu uma palavra de carinho a mim. Um pouco tonta com meus pensamentos eu fui até o piano e sentei tocando uma leve melodia, isso sempre me fazia me acalmar um pouco, mas não o fez.

– Ele acordou. – Sue disse e eu levantei rapidamente. Ela me olhou e sorriu.

Eu fiquei parada vendo a agitação da notícia pela fazendo inteira e me vi perdida. Eu deveria ir até ele? De repente Esme desceu ditando ordens e eu me sentei no piano um pouco desorientada.

– Ele vai melhorar querida, ele vai sim. Ele é forte e guerreiro. – eu sorri para Esme. Ele era isso tudo e um orgulho tomou conta de mim.

– Vou até a cozinha ver se Sue precisa de ajuda.

– Nada disso, você passou dias nessa agonia, eu quero que descanse que nós cuidaremos dele. Acredite, ele vai dar mais trabalho agora do que antes.

E então os dias passaram com aquela agitação de ter Edward acordado. A fazenda tinha um ar feliz e eu tinha que admitir estar muito feliz apesar de não entrar mais no quarto dele, só acompanhar Sue levar a comida para ele, ouvir no jantar Esme reclamando que ele queria saber de tudo que estava acontecendo na fazenda e que ela não deixava ninguém falar de problemas perto dele.

No décimo dia eu saí para andar, a barriga estava pesada, mas eu necessitava de ar e andando eu via os homens trabalhando com empenho com os cavalos e tinha algumas mulheres. Billy se aproximou de mim carregando uma cela.

– A senhora precisa de alguma coisa?

– Eu só estou andando um pouco...

Ele sorriu.

– O bebê está perto de nascer não?

– Oh sim, Carlisle acha que será pelos próximos dias. Está tudo em ordem? Eu sei que não entendo muito...

– Sim, os cavalos foram domados por mim, aquelas mulheres estão ajudando com os porcos e galinhas.

– Porcos? Temos porcos?

Ele sorriu.

– Edward mandou construir um lugar para eles afastado da casa para a senhora não sentir o cheiro, fica perto para que vigiemos, mas mesmo assim ele não queria o cheiro chegando a casa.

– Porcos? – perguntei assustada.

–Sim, e vão chegar cães.- ele sorriu com isso – Edward os quer pela propriedade, veja isso! Cães!

– Serão muitos?

– Uma raça muito esperta segundo ele, protegerá as galinhas. Algumas raposas espertas estão matando elas e ele ficou com medo. Virão de uma fazenda distante, mas já nasceram.

Enquanto eu ouvia eu ficava pensando nos porcos, no cuidado que ele tinha. E esse gesto me tocou. Billy olhou para trás de mim e me virei vendo Sue acenar.

– Acho que ela está chamando pela senhora, vá ver o que ela quer, esse sol todo não pode fazer bem a senhora de qualquer forma.

Fui andando devagar repensando nas palavras dele.

– A senhora está se sentindo bem? – ela perguntou preocupada.

– Sim, já estava voltando. O que aconteceu?

– Ele está chamando pela senhora.

E meu coração parou. Edward me chamou.

– Como ele está?

– Muito melhor. Uma recuperação maravilhosa, mas achamos ainda que ele precisa ficar deitado por mais tempo.

Eu olhei para as escadas receosa do que iria encontra. Um Edward grosseiro ou aquele Edward que tentava me agradar, que fez o lugar dos porcos distante por causa do cheiro, o que perguntava se eu estava sentindo alguma coisa quando o chute era forte demais. Toquei a barriga pensando em como o bebê estava tranquilo sem ouvir a voz dele. Geralmente ele mexia muito quando Edward chegava e uma noite, com ele desacordado pelo ferimento, eu pensei que talvez ele nunca soubesse como essa criança era ligada a ele.

– Ele está sozinho, poderão conversar com calma antes do almoço.

Agradeci baixo a Sue e subi as escadas devagar pensando que se ele me expulsasse da fazendo por algum motivo qualquer eu não suportaria, voltar para Boston de alguma forma se tornou ruim. Não precisei abrir a porta, estava aberta e ele em vez de deitado como eu esperava estava sentado com a cabeça enfaixada. Ele me olhou e apontou para a cadeira que estava ao lado da cama, será que ele sabia que eu muitas vezes fiquei ali sentada velando o sono dele? Sentei com cuidado, a barriga estava muito pesada mesmo.

– Como você está? – perguntei sentindo um nervoso estranho. Éramos dois estranhos casados e isso começou a me incomodar. Edward olhou para mim e depois para a barriga com um olhar tão diferente do que eu já vi, era como nas vezes em que ele parecia querer fazer ou dizer algo, mas evitava. Eu me posicionava distante, eu me coloquei distante para não sofrer mais que o necessário.

– Eu pensei sobre tudo o que aconteceu. – ele disse – Eu não sou uma pessoa fácil Isabella, eu nunca pensei em casar. Eu nunca me imaginei dividindo a vida com nenhuma mulher. E todas as mulheres que conheci se jogavam em mim pensando em como seria bom ser casada com um Cullen, ser dona de uma fazendo e ter um prestígio pelo sobrenome. Nenhuma delas escondeu isso de mim. – eu o encarei me identificando com isso, talvez por isso tenha escolhido e lutado por James, ele não se interessava pelos negócios de papai ou imaginava o que iria receber quando nos casássemos. Talvez por isso eu tenha vindo para Oeste, para fugir de toda pressão de ser um Swan de Boston. – Então eu me afastei e paguei pelos favores, pagando você está no controle. É quando você quer e sem compromissos.

Fiquei vermelha com essas palavras imaginando as prostitutas e Edward e ele tossiu de maneira nervosa como se repensasse sobre suas palavras.

– Eu não queria te ofender. Desculpe.

Olhei surpresa para ele. Nunca o tinha visto pedir desculpas.

– Então nós nos casamos.- Edward respirou fundo nervosamente – Você é tão frágil. Você não é daqui entende? O Oeste é selvagem demais. Eu não conseguia entender como um homem tira uma mulher delicada e frágil de sua família e a trás para um lugar desses.

Ele agora demonstrava uma certa revolta contida. Ele certamente não queria atacar James, mas conhecendo o Oeste como conheço hoje, suas palavras faziam muito mais sentido do que antes.

– Você deveria tomar chá da tarde com suas amigas.

Eu sorri achando isso engraçado.

– Isso é um costume inglês Edward.

– Exato! – ele disse impaciente e eu achei engraçado – Você vive isolada aqui, não podemos ter nada que não seja programado com antecedência, meu pai é um médico que percorre toda região tentando ajudar, mas ainda contamos com a ajuda de muitos que entendem de ervas e que são amigos. Não temos uma vida social agitada no inverno, as coisas podem ficar feias de repente e com tudo isso posso afirmar que nosso destino é sempre incerto. Podemos ir à igreja aos domingos ou pagar para ele vir aqui, mas tudo isso seria um transtorno.

O que Edward estava querendo com isso?

– Isabella essa é a minha vida. Esse sou eu. Eu não posso afirmar que nunca mais serei grosso ou algo assim, mas eu gostaria que... – ele estava agora tentando organizar seus pensamentos. Edward parecia as melhores palavras para aquele momento – Eu gostaria de dizer que é muito importante uma criança ter um pai e uma mulher um homem por perto para proteger. Não sou o melhor nisso, talvez você volte para Boston e crie seu filho no luxo e conforto que você foi criada, mas eu estou aqui querendo que você fique.

Suas palavras me deixaram sem ar.

– Posso ser um ótimo pai, posso me esforçar para ser um bom marido e quem sabe com o tempo possamos nos dar bem? Nunca vou forçar você a nada, mas não vou casar novamente. Não pretendo. E se um dia você quiser voltar para sua família irá com meu consentimento e é claro tudo que eu puder lhe dar. Enviarei dinheiro para que você não dependa de seus pais ou até compre uma casa onde quiser, mas eu estou lhe dando a opção de ficar.

Eu fiquei encarando Edward por alguns segundo antes de conseguir uma reação que foi somente abrir a boca e fechar ela em seguida.

– Não precisa responder isso agora, pense bem. Caso queira ir, escreva uma carta aos seus pais avisando e mando alguém entregar na cidade. Depois que o bebê nascer e tudo correr da forma melhor você pode ir. Não acho que dará para sair antes de alguns meses mesmo o clima ajudando... mas eu levo você até seus pais.

Eu me levantei devagar absorvendo cada palavra e saí sem dar a resposta a Edward. Aquilo que surpreendeu demais e eu me tranquei no quarto mais uma vez me sentindo uma menina boba com medo.


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Notas finais do capítulo

Feliz Natal meus amores!



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