Além das Fronteiras. escrita por Soph White


Capítulo 1
Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Vocês devem estar pensando: "Finalmente, né? Já achei que fosse desistir!", mas cá estou eu. Gente, eu peço mil perdões pela demora para a postagem do primeiro capítulo.Eu pesquisei, pesquisei e pesquisei, tudo com o objetivo de deixar essa história o mais próxima o possível da realidade, sem excluir certos países e aproximar o mais possível dos históricos, guerras, etc.Já disse no Disclaimer, mas queria agradecer a todos aqueles que me ajudaram e incentivaram a fazer essa história. MUITO obrigada ♥ Sou eternamente grata à vocês.Boa leitura!



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Certamente a hora que Irã mais odiava era quando as aulas terminavam, e enquanto ele via todos os alunos voltarem felizes para casa, ele era obrigado a ir para mais uma entediante seção com a psicóloga da escola, Paris.

A senhorita França era simplesmente a pessoa mais irritante que ele conhecera. Com sua voz fina, seus saltos que se ouviam há metros de distância, suas sobrancelhas sempre arqueadas com ar de superioridade e um perfume que parecia ser a sua única higienização. Ela falava sem papas na língua e a maioria dos alunos — depois de ter uma conversa com ela, em sua sala — saiam ainda mais traumatizados ou com comportamentos mais agressivos.

Ou seja, nem sabia por que estava indo para lá. Ela não estava ajudando em nada mesmo.

Ah, ele sabia na verdade. Por conta das suas palavras ofensivas e comportamentos briguentos, ele virara o "Famoso briguento do colégio The Earth". E ele nem precisava dizer que a diretora estava furiosa com seu comportamento, dando-lhe como punição todos os dias, falar por 1 hora e meia com a psicopedagoga.

Aquele era o pior castigo que alguém merecia!

Mas algo estava estranho naquele dia. A começar pelo corredor, quando encontrou uma grande quantidade de alunos ainda nos armários, distraídos em algum assunto. E o pior — ou melhor —, a sala da psicóloga estava trancada. Ou seja, nada de seção por hoje!

Irã comemorou em pensamento, se concentrando no seu armário, que ficava no fundo do corredor. Ele não gostava muito de estar lá, já que aquele canto era o local predileto para os casais se esconderem, mas a diretora não parecia muito disposta a ouvir suas reclamações. Para ela, ele era o problema e não importava o que fizessem, ele continuaria a ser assim.

Já estava quase terminando de guardar seus materiais dentro do armário, quando observou uma mulher alta e magra de curtas madeixas loiras passar por ele. Ela caminhava confiante, como se nada a abalasse. Talvez ela fosse o motivo dos alunos estarem conversando tanto.

Irã se perguntou quem ela era, mas logo dispensou a ideia, acreditando que seria melhor se fizesse o caminho para seu quarto. Na parte da tarde, os grupos eram escolhidos por alunos e davam um acréscimo na sua nota, caso você precisasse. O jovem só fazia parte do grupo de debate, mas ele só funcionava três vezes por semana. E hoje não era um desses dias.

Ele pegou sua bolsa quase vazia e começou a andar pelos corredores, com passos rápidos e calculados. Não era preciso dizer que a sua fama espalhara rapidamente e nenhum aluno se arriscava chegar perto dele — principalmente garotas. Fora Estados Unidos, que parecia não ter medo de ninguém, mas Irã o entendia: Ele queria popularidade e nada melhor do que confrontando o garoto "problema":

— Por favor, — ele ouviu uma voz feminina o chamar. Ele levantou os olhos, surpreso, encarando a mesma mulher de antes. Agora, encarando-a de frente, notou que sua pele era branca e possuía os olhos incrivelmente azuis. Ela continuou, com certa polidez. — poderia me dizer onde encontro Teerã Irã? Ele está atrasado para a nossa sessão.

Irã a encarou com os olhos arregalados, repetindo para si mesmo o que ela havia acabado de falar. "Nossa seção" repetiu com enjoo. Ela era a nova psicóloga? Como? O que havia acontecido com Paris? E por que OUTRA psicóloga mulher? Não podiam ter psicólogos homens?

— Eer... Sou eu. — Falou, desconfiado. A outra pareceu aliviada. — Mas o que aconteceu com a antiga psicóloga, a senhorita França?

— Ela tirou férias, — Respondeu, com um sorriso envergonhado. — sinto muito se gostasse dela. Acho que ela voltará logo.

Irã fez uma careta só de imaginar ter qualquer tipo de sentimento pela chata da psicóloga Paris. Retrucou:

— Que Alá me livre. — Escutou a loira dar uma risada discreta, logo levantando uma de suas mãos para encará-lo séria.

— Prazer, me chamo Inglaterra. — Se apresentou, formalmente. — Serei sua nova psicóloga por um tempo, espero que possamos nos dar bem.

Ele apenas assentiu, ignorando o aperto de mão — o que de certa forma irritou a loira, que não aceitava a falta de polidez do aluno —. Mal sabia ele, que não importava se aceitasse ou não, seus destinos haviam acabado de se interligar ali mesmo naquele momento e uma disputa além das fronteiras começava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E o foco não será só Irã e Inglaterra, os países e shipps que eu vi vocês discutindo, todos serão considerados! ~~acharam que eu tava brincando? haha~~.
Ah, se quiserem ter uma interação melhor com a autora, com os outros leitores, discutir sobre shipps, entra lá no grupo da fanfic: https://www.facebook.com/groups/1491265284500221/
Deixem suas opiniões, críticas construtivas, elogios, o que você tiver para que eu melhore ou fique muito feliz! Obrigada por ter chegado até aqui! Tchau!