Você, Paixão escrita por Camila J Pereira


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

A base da pressão, escrevi esse segundo capítulo.
Uma Beward ao meu lado queria saber a continuação dessa história.
Para ela, quase psicografei.
Espero que gostem.



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Sua mãe não estava novamente. E com certeza chegaria tarde como todos os dias. Era sair do trabalho e ir para a casa do seu mais atual namorado. Um cara bem mais novo do que a mãe, que poderia ser o irmão mais velho dela. Mas o que ela poderia fazer? Era da natureza da mãe gostar de homens mais novos, enquanto ela preferia os mais velhos. Seu celular acusou uma mensagem quando ela estava deixando a sua mochila na cadeira do seu quarto.

“Podemos sair hoje? Você disse que pensaria. ”

Era uma mensagem do Mike, um garoto do último ano da escola. Ela queria mesmo dar uma chance a ele que correu atrás dela durante os últimos 2 anos, mas não conseguia. Não apenas por ele ser mais novo do que os homens que gostava de sair, mas porque ele tinha uma carinha de dó que não lhe dava tesão algum. Em vez de responder à mensagem, ela ligou para Emmet Reacher.

– Oi, Bella. – Ele atendeu prontamente. – Como vai? – Ela sabia, ele estava tentando ser casual, mas queria mesmo saber porque ela não tinha retornado as suas ligações.

– Emm, eu estou bem. E você, tudo bem? – Ela tinha que ir devagar.

– Sim. Só pensando o porquê de você não retornar as minhas ligações. – Ele não deixou que aquilo rolasse tanto tempo, não é? Que seja.

– Estava pensando em nós e.... – Ela pigarreou. De repente sentiu-se mal porque o Emmet era realmente legal. – Acredito que seja melhor terminarmos nossa relação. – Usou a palavra “relação” para amenizar o que realmente sentia sobre aquilo. Era apenas um caso passageiro, mas não deveria dizer isso a ele.

– Você foi bem mais fria do que imaginei que seria. – Bella colocou a mãos na cabeça. Ele seria um daqueles que a faziam sentir-se culpada.

– Desculpe, Emm. Ser direta é o melhor, não é? – Ela quase falou em um tom infantil. – Sou uma pouco desajeitada quando o assunto é esse.

– Tudo bem, você tem razão. Direta é melhor. Eu não conseguiria fazê-lo, então talvez seja melhor que você faça. – Silêncio.

– Foi muito bom, Emm. – Ela tentou animá-lo.

– Foi maravilhoso, Bella. – Era aquele tom de tristeza que ela odiava.

– Te vejo por aí. – Ela desligou imediatamente antes que ele falasse mais qualquer coisa.

“Meu anjo, como você pediu. Ele agora sabe. ” – Enviou a mensagem para Jasper.

“Passarei no seu trabalho no final do seu expediente. Comporte-se até lá. ” – Foi a resposta do amigo.

Ela não tinha muito tempo para pensar sobre aquilo ou se lamentar sobre Emmet, então tomou um banho rápido enquanto colocava o seu almoço para aquecer no micro-ondas. Depois de engolir toda a comida, pegou a bolsa e sua bicicleta na garagem e apressou-se até a loja de departamento esportivo da cidade. Era lá que trabalhou durante o ano todo.

Seu pai não a deixava em dificuldades, estava sempre ligando, perguntando o que ela precisava. Ele era correto de imóveis e uma ótima pessoa. Tentou de verdade entender a sua mãe, mas não deu certo. Sua mãe era mais displicente, mas ela era displicente em tudo, deste modo, não a culpava. No entanto, ela queria muito se sentir mais responsável e ganhar o seu próprio dinheiro. Ela queria testar a sua independência, sabia que os próximos anos estaria longe do pai e da mãe. Sabia que podia se virar agora, mas temia pela mãe.

A sua vida toda sentiu que a mãe era inquieta no casamento. Ela não queria ser apenas a dona de casa exemplar. Renée além de trabalhar como professora de balé, também gostava de sair para se divertir com as amigas e os amigos. E esses últimos eram o motivo da maioria das discussões dela e do seu pai. Renée, era infiel, Bella logo descobriu sem mesmo o pai dizer. Não precisava, estava claro.

O casamento durou um pouco mais do que Bella imaginou. As constantes brigas, intrigas familiares a fizeram amadurecer mais rápido, a sua inocência foi prejudicada. Mas ela se sentia mais forte, muito mais forte do que seus primos metidos a bons samaritanos de pais falsamente puritanos eram. Bella com a sua sagacidade conseguia dobrar a todos, de maneira um tanto dissimulada.

Seus pais estavam a 5 anos separados, mas apenas a 2 Renée quis mudar-se. Ela não conseguia viver na mesma cidade que o Charlie, pai da Bella. Era constantemente abordada por familiares, amigos em comum, além da sua vida amorosa ainda afetar o Charlie. Ela não admitia que a vida amorosa dele também a atingia.

Foi na mesma época da separação que Bella começou a perceber que se interessava de maneira precoce por garotos de maneira sexual e estritamente sexual. Ela não fantasiava com primeiros beijos, selinhos castos dados ao lado da igreja e fugas imediatas após o fato. Ela fantasiava e desejava sexo ardente atrás da igreja com os garotos mais velhos. Ela os queria ver sem roupas, suados e ofegantes em cima dela. Ela queria puxar seus cabelos, arranhas suas costas, sentir a sensação do pênis dentro dela. Ela ansiava pelo seu primeiro orgasmo com um homem. E enquanto isso agradava a si mesma debaixo de seus lençóis ou no seu banheiro. Se fosse a algum psicólogo, provavelmente lhe diriam que aquilo era reflexos da vida de sua mãe. Talvez ela concordasse, mas e daí? O fato era que ela gostava de sexo.

Ela convenceu um primo da mesma idade a ir a sua casa em uma tarde depois da aula. Sabia que sua mãe não estaria e logo o seduziu. Foi um sexo atrapalhado, era a primeira vez de ambos e o primo gozou rápido. Ela não pôde chegar a qualquer satisfação e em seguida o descartou por ser inapropriado. O primo andou atrás dela durante meses seguidos, até desistir apático. Ele tinha certeza que não tinha agradado a ela, ele só não sabia que ela já estava com o primo de ambos que era três anos mais velho que eles. Daquela vez havia sido melhor e ela ficou com ele durante felizes três semanas. Bella sabia que deveria experimentar mais, e talvez pular de primos para outra família. Aquele tipo de relacionamento sempre dava problemas. E de problemas na família já estava farta.

Então ela começou a realmente analisar o sexo masculino e aqueles que a agradavam logo conseguia se aproximar. Ficou claro para ela que o seu gosto tendia a homens mais velhos, de estatura alta e corpo forte. Ela gostava daquele tipo que usava um colar no pescoço que pendia sobre sua pele durante o sexo. Ela gostava da sedução, gostava de tê-los caindo em seus encantos. Sabia que era bonita e que podia ser provocante. A sua fala inteligente e animada parecia fazê-los se envolver ainda mais. E ela se aproveitava muito disso. Nos últimos meses, no entanto, as suas aventuras amorosas quase lhe deram problemas.

Sua mãe já estava com os preparativos da mudança. Seu pais tinha pedido que reconsiderasse e ficasse com ele. Charlie temia a influência de Renée sobre a moral de Bella. Ele não sabia que Bella tinha feito coisas que Renée não se atreveu, inclusive, dormir com um homem casado e que parecia encantado com ela. Bella julgava aquelas paixonites que esses homens tinham sobre ela como um retrocesso sentimental. Eles adoravam que uma jovem mulher os cobiçasse e que os seduze e fizesse um sexo fenomenal além de tudo. Qual homem se renderia aqueles adjetivos?

Porém a esposa do homem que estava saindo estava desconfiada e certa vez até ligou para Bella. Aquilo não foi legal. Bella não estava com medo, só não queria um escândalo. Terminou o caso, mas o cara não saia do seu pé. Teve que usar a carta na manga que sempre usava: mostrar outro homem para ele. Porém, aquele cara enlouqueceu e partiu para cima do seu amante fake. Por sorte conseguiu esconder o acontecido a sua mãe e principalmente ao seu pai. E foi com alívio que se viu pegando o avião ao lado de sua mãe.

Como tinha sido bom conhecer um ambiente novo, estava no mesmo país, mas parecia ter entrado em um mundo diferente. As pessoas eram diferentes, receptivas e dóceis. Aquele era o estado de Maine, e agora fazia parte daquela cidade tirada de um conto de fadas: São Miguel. Como todos eram receptivos, era muito mais fácil ela se aproximar, mas contatou em seguida que o nível de consciência daquelas pessoas era elevada. Os homens a admiravam e desejavam, mas temiam se jogar em suas artimanhas. Mesmo assim, tivera muitas conquistas.

E no início Jasper Cullen, mesmo sendo um garoto da sua idade, te chamou a atenção. E sim, no início ele correspondeu, mas de repente enquanto estavam juntos em um cinema da cidade, ela percebeu que ele era diferente. Tudo aconteceu antes de entrar na sala em que seria exibida a sessão deles. Alice Rechaer estava na fila a frente deles. Bella notou como de relaxado e sorridente Jasper se tornou tenso. Ele tentava evitar, mas não conseguia desviar o olhar da pequena garota a frente deles.

Ao entrarem, ele fez questão de ficar bem longe dela. Escolheu um lugar atrás da garota para que ela não os visse juntos. Bella entendia esse tipo de sentimento. Os garotos gostavam das garotas e não conseguiam se declarar, mas se ele estava ali com ela, faria de tudo para que se divertisse. E Bella tentou ser a mais inteligente e divertida que pôde. Jasper não conseguiu evitar dar alguns beijos nela, mas ele parou e pareceu corar. Ela entendeu, ele não conseguia se desvencilhar da presença da garota.

– Tudo bem se apenas formos amigos, Jas. – Ela lhe falou de repente sendo a garota doce que as vezes aparecia.

Jasper a observou para ver se aquilo foi dito mesmo por ela. Ele viu compreensão em seus olhos e apoio. Jasper sorriu dando um último beijo nos lábios de Bella.

– Sou um idiota. Você é incrível. – Ele a fez sorrir. Dali em diante se tornariam grandes amigos e confidentes.

E ali estava ela dois anos depois, atendendo uma cliente que não sabia ao certo que alteres levar. Ela no entanto, sorria. E usando o seu sorriso ao lembrar dos beijos trocados com Jasper fez a cliente se decidir em levar dois pesos diferentes.

– Achei você! – Jasper a alcançou e a abraçou nos corredores da loja. – Nós temos mesmo que conversar. Tira esse colete e vamos para a sua casa. – Jas sacodiu o colete laranja dela que a destacava para os clientes nos corredores da loja.

– Você está empolgado? Jasper Cullen está empolgado com alguma coisa? – Ela fingiu estar chocada.

– Bella, às vezes você é um pé no saco. Vamos, já está na sua hora.

Bella correu para tirar o colete e pegar as suas coisas, também assinou a sua saída e despediu-se do resto dos funcionários. Do lado de fora Bella pegou a sua bicicleta. Jasper montou e ela foi na garupa.

– Não pode me contar o motivo?

– Na sua casa. – Ele falou um pouco mais alto para que ela escutasse. O vento batia em seus ouvidos. Eles estavam rápidos.

Logo chegaram na casa de Bella e enquanto preparava um frango com batatas eles conversavam.

– Imagina que quando você ligou para o Emmet, eu estava lá com o Edward. Bella arregalou os olhos.

– Edward conhece o Emmet?

– São amigos. Eu tinha lhe dito isso antes. – Ele a fez lembrar-se.

– Esqueci completamente.

– Não importa. O fato é que estávamos na quadra. Edward queria jogar basquete com o Emmet. De repente, quando estávamos em um intervalo, Emmet saiu para atender uma ligação e quando volta parece um pouco aéreo. Logo em seguida, sua mensagem. Ele ficou abalado e Edward notou.

– O que Edward falou? – Bella estava muito mais interessada nas reações do Edward do que as do Emmet.

– Abre aspas: Foi ela? – Jasper imitou a voz do irmão. Bella tentou não rir. – Emm fez que sim e Edward perguntou se havia terminado e novamente o Emm confirmou.

– Então, acha que o Edward sabe que sou eu?

– Não tenho certeza. Eles se olharam estranho. – Jasper pegou uma maça da fruteira e mordeu.

– Porque não perguntou?

– O que eu perguntaria? – Jasper ficou confuso.

– Quem é “ela”? – Jas rolou os olhos.

– Verei o que faço, madame. Mas está de parabéns, terminou com ele. Agora, tente não entrar mais nessa.

– Só preciso de alguns dias. – Ele riu com sua referência a idade.

– Agora falando sério, me refiro ao meu irmão.

– O que? – Bella tentou se fazer de desentendida.

– Bella, por favor, pare com isso. Edward é noivo. – Ele a lembrou.

– Eu vi uma aliança, mas não vi uma mulher. Ela está bem longe e talvez Edward precise de consolo.

– Você já pensou nisso, não é?

– Melhor você não saber.

– Bella! Não posso deixar que faça isso ao meu irmão. – Jasper estava inconformado.

– Deixa ele decidir, Jas. – Ele ficou terrivelmente alarmado. – Tudo bem, prometo pegar leve. Mas só mais leve. Se ele quiser, sem forçamento de barra, você não poderá brigar comigo.

– Você não pode mesmo se controlar, não é? É como uma ninfomaníaca.

– Não tanto, mas gosto de sexo. – Ela disse simplesmente.

– Você é um enigma. Tão perspicaz, inteligente e doente por sexo. – Ela riu.

– Onde está o enigma aí?

***

No dia seguinte, Bella ao sair do trabalho foi direto para a casa de Jasper. Ela sabia que ele estava na biblioteca central da cidade e iria em seguida para a sua casa para terminarem o trabalho, mas ela tinha outros planos antes disso.

Ela tocou a campainha e esperou. Chegou seus cabelos para ver se ainda estavam perfumados e satisfeita tentou imaginar a reação do Edward quando a visse ali. E não demorou, um Edward surpreso a atendeu. Bella desconfiava de que os pais de Jasper ainda estariam no cinema como o seu amigo havia dito.

– Bella Swan! – Edward a cumprimentou. Aquele sorriso sem jeito a encantava.

– Olá, Ed. – Ela o analisou dos pés à cabeça. E admitiu que um Edward de moletom ainda era um um Edward maravilhoso.

– Vim fazer o trabalho com o Jas. – Bella, segurava o seu classificador com suas anotações atrás do corpo fazendo os seus seios empinarem um pouco mais sob a blusa de alcinha. Ela estava sem sutiã. Edward tentou desviar os olhos dos seus seios, mas estava difícil.

– O Jas.... – Ele franziu o cenho enquanto se concentrava em uma resposta com algum sentido.

– Sim, o Jas, o seu irmão. – Bella sorriu maliciosa. Edward pigarreou.

– Ele disse ter ido à biblioteca e em seguida que encontraria contigo em sua casa. – Bella tentou fazer uma carinha de confusão, mas conseguiu um biquinho que para Edward parecia lindo. A garota era linda e mais uma vez pensou que o irmão tinha sorte e estava ferrado.

– Devo ter me confundido, mas acredito que ainda dá tempo de encontra-lo. Se eu for correndo, má dia para a minha bicicleta quebrar. – Ela olhou para o relógio em seu pulso.

– Eu posso leva-la se quiser. – Bella abriu um sorriso encantador.

– Verdade? Seria ótimo, mas não quero incomodar.

– Não é incomodo. – Edward pegou as chaves em cima da mesa. – Vamos.

Eles entraram no carro calados. Edward parecia tenso com a situação, mas era a reação normal. Bella sentou no banco da frente e cruzou as pernas. Estava com uma mini saia que revelava as suas coxas. Ela viu que ele tentou não olhar novamente.

– Ando distraída esses dias. Talvez seja a pressão na escolha da universidade ou mesmo o final das aulas. – Ela começou explicando.

– Talvez os dois. Lembro-me da minha época.

– Não faz tanto tempo assim, Ed. – Bella jogou seus cabelos para o lado e olhou para ele. Aquilo foi extremamente sexy e fez seu carro ficar perfumado com a fragrância de morangos.

– Faz um pouco.

– O que mais gostava quando estudava?

– Tudo parecia fácil. Não é assim para você? – Ele perguntou desviando por um segundo o olhar da estrada e olhando em seus olhos.

– Nem tudo, mas tudo parece possível. – E ali estava o olhar novamente. – Você namorava muito no colegial?

– Não. – Edward sorriu sem jeito.

– Jura, Ed?

– Eu era desajeitado, mas tive algumas namoradas.

– Você não me parece nada desajeitado. Você é um dos homens mais lindos que já conheci. – Ela falava aquilo tudo sem demonstrar estar sentindo um pingo de timidez, pelo contrário, olhava de maneira intensa para ele.

– Jas parece melhor do que eu naquela época. – Ele tentou fugir do centro da conversa. A namorada do irmão parecia um problema grande sentado ao seu lado.

– Não acredito. Sou a melhor amiga dele e faz meses que tento fazê-lo chamar uma garota para sair. – O carro brecou de maneira tão ríspida que a fez ir um pouco para frente.

– Como é?

– O que? – Ela olhou para ele sem saber o que tinha causado aquela reação nele.

– Você realmente não é namorada dele? – Bella sorriu misteriosamente. Seu olhar era tão magnético que ele não conseguia desviar.

– Obrigada por me trazer, Ed. – Ela debruçou-se sobre ele e lhe deu um beijo no rosto de maneira demorada.

Edward esperou que ela entrasse, ainda estava tremendamente estático desde o beijo.

– Que diabos foi isso?


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