The Heiress III ─ Nigra Lux escrita por Lady Caady


Capítulo 3
Com a Benção de Hades


Notas iniciais do capítulo

Saudações, pandas ç? Não temam, não abandonei vocês. E nem poderia, né? Senti muitas saudades, vocês não fazem ideia. Mas andei tendo uns problemas psicológicos, sentimentais e um monte de cocozin que impediu minha criatividade. No entanto, com a ajuda de minha maravilinda parabatai, Mrs. Hawthorn, saí da foça e estou aqui firme e forte com o terceiro capítulo de TH3. Quero me desculpar com vocês, espero que encontrem em seus corações lindos e pirilimpantes a disposição de me perdoar. s2
Agradecimentos especiais à todas vocês (todos, se tiver algum boy (?)) por comentarem e não perderem as esperanças; e, é claro, para a incrívefofa EnmaHilder por recomendar em TH2. OBRIGADA MEUS ANJOS!
Espero que apreciem o capítulo. Eu realmente quero, mais que tudo, alcançar as expectativas de vocês. s2 Amo vocês, always. Boa leitura! *-*



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─ O plano é o seguinte, Lya... Você e Harry vão trocar de corpos.

Eu ri. Não, sério, eu ri mesmo. Quer dizer... Trocar de corpo? QUAL É SEAN?

Mas, se fosse ver, era realmente o melhor de todos os planos possíveis e impossíveis. Se eu participasse do torneio, por eu ser uma semideusa, seria uma vantagenzinha a mais para mim. No entanto, como eu participar e Harry não? Simples, eu participar fingindo que sou ele, no corpo dele.

E como enganar o cálice de fogo? Essa seria a parte mais fácil. O núcleo mágico de uma pessoa está ligado à seu corpo e não à sua alma, então se eu e Harry trocássemos de corpo, ele ficaria com meus poderes e eu ficaria com os dele. O cálice jamais perceberia qualquer alteração. Ao menos, é o que se espera.

Minha intenção, é claro, seria continuar com meus poderes, mas não seria possível. Talvez se... Não... Oh, Deuses! A única maneira seria meu pai abençoar Harry. Qual é a possibilidade de isso acontecer? Bem, eu decidi arriscar.

─ Eu sabia que esse dia chegaria, só não sabia que seria logo agora. ─ A voz aveludada do grande Hades murmurou para si mesmo, como se eu estivesse acabado de dizer que iria casar com Harry, me suicidar ou algo do tipo.

Suas palavras se espalharam pelo ar, fazendo eco pelo silêncio do extenso cômodo. As nossas formas fantasmagóricas, de mim e Harry, se entreolharam com confusão expressiva, que se via refletida nos dois pares de órbitas esverdeadas penetrantes. Logo, o suspiro do meu pai me trouxe a atenção.

Como o submundo era um local de difícil acesso ─ para Harry ─ e eu estava com preguiça de usar as sombras para teletransporte, Sean só me deu um tapa na cabeça com uma cara de reprovação e aconselhou a teletransportar nossas almas até o submundo. Foi cansativo, mas cá estamos nós, com um Hades pensativo depois de uma longa explicação e um Harry quase que temeroso. Qual é! Papis soberano não é tão assustador assim. Ou é?

─ O que quer dizer, pai? ─ Questionei.

Ele me olhou assombrado. Meu coração acelerou com sua face pálida, tão semelhante à minha, só que masculina, lógico. Seja o que for, não era nada tão bom quanto “aparentava”. Ele não estaria me olhando com essa cara de paçoca deformada se fosse algo bom...

─ O dia que você ficaria louca, lógico! ─ Revirou os olhos. ─ Você teria que saber das consequências antes de sequer cogitar algo do tipo, mas é claro que nem pensou nisso antes, não é mesmo? ─ Bufou. ─ Não, claro que não!

E continuou a tagarelar, até que se auto-interrompeu quando percebeu que nem Harry e muito menos eu prestávamos atenção em suas palavras. Quer dizer, foi mal pai, mas... As formigas no submundo eram interessantes. Suas bundinhas eram maiores do que o normal. Elas pareciam olhar para você lá de baixo com um olhar muito profundo e sábio. Ou era coisa da minha mente retardada mesmo.

─ O procedimento é difícil, Lya, Harry. ─ Chamou-nos a atenção. ─ Se algo der errado, além de estarem no corpo de outra pessoa, podem até perder a memória ou adquirir as que aquele corpo tinha. Assim seria difícil, por que vocês meio que... Se identificarão com aquela pessoa. ─ Revirou novamente os olhos negros, sentado desleixado em seu trono de ossos glamourosos. ─ Eu não sei explicar. Só que vocês vão achar que são aquela pessoa e não vão lembrar de nada do que eram antes. Além de que existem vários outros efeitos colaterais, é claro.

─ Senhor Hades... ─ Chamou Harry, tímido. ─ Você não poderia depositar sua confiança em nós? Chegamos até aqui para isso. Deveria acreditar na nossa capacidade.

Hades o olhou quase que impressionado, do meu ponto de vista observador. Mas como eu o conhecia bem, Harry só deveria ter visto uma cara inexpressiva de paisagem, uma cara bem característica de meu pai, mas que apenas seus filhos poderiam decifrar as milhares de facetas que representava.

Papai permaneceu em silêncio, até que deu o seu veredicto final:

─ Tudo bem. Eu confio em vocês, pirralhos. Darei-lhes minha bênção.

Quase gritei um “até que enfim”, mas me contive.

Ao contrário do que eu pensava, foi bem rápido. Harry foi abençoado, ganhou um pouco dos poderes de uma criança de Hades e então voltamos para nossos devidos corpos. Em seguida, com a benção de meu pai e a ajuda de Sean, começamos a fazer uma extensa pesquisa de troca de corpos. Hermione amou pesquisar, obviamente. Mas eu... Nem tanto assim. Eu queria mesmo é beijar o Matt enquanto desse.

Alguém já imaginou o Harry beijando o Matt? Mesmo que fosse eu no corpo de Harry, isso seria estranho. Então o melhor seria aproveitar... Certo?

Por fim, conseguimos encontrar um ritual adequado e mais seguro que todos os outros (de certa forma) e Sean arranjou os ingredientes necessários, para nosso alívio.

Nervosamente, eu e Harry entramos na sala de ritual escondida em Hogwarts, nos deparando com o magnífico círculo ritualístico que Sean desenhou. Engoli em seco, antes de avaliar os detalhes que, antes, em meu nervosismo, não me atentei.

O ritual ficaria por nossa conta, afinal qualquer um que fosse espevitar poderia causar um distúrbio imenso. Por isso, a sala foi antecipadamente protegida com alas extremamente fortes contra intrusos e/ou interrupções. Eu e Harry respiramos profundamente pela milésima vez e pisamos dentro do círculo.

Este encravava na pedra do chão como facas cortando um bolo em formato redondo. Os detalhes eram realísticos e pareciam saltar do chão, dando voltas e voltas formando runas e escrituras antigas em latim. Emanava um brilho reconfortante que variava entre frio e calor e, dentre todos os símbolos e escrituras do círculo mágico, eles se voltavam apenas para o centro, onde o Yin Yang se formava de um jeito muito apreciativo e mais do que belo.

Dentro de cada parte haviam o sol e a lua, e cada um emanava um tipo de brilho e clima divergente. Parecia que no limite do círculo exterior os brilhos e clima se juntavam e conforme adentravam ao interior do círculo, eles se separavam mostrando suas diferenças e cernes. Diferenças estas que representavam exatamente eu e Harry, e claro, nosso propósito.

Harry, leonino, cujo elemento primordial era o fogo, e o planeta regente, o sol. Eu, canceriana, tendo como elemento primordial a água e a lua como planeta regente. Diferentes uns dos outros, mas semelhantes de certa forma. Abençoados pelas sombras, com a magia em nossos corpos, com um só propósito.

─ Pronto maninho? ─ Sorri.

─ Pronto. ─ Ele assentiu, sorrindo para mim. Querendo ou não, o jeito era estar pronto... Ou estar pronto, oras.

Posicionamos-nos devidamente no círculo ritualístico e pegamos as lâminas de pedra que usaríamos para ativar os encantamentos desenhados. Mutuamente, começamos a desenhar em nossos pulsos direitos as nossas runas correspondentes, sendo Ehwaz a de Harry e Isa a minha. Em seguida, Harry estendeu sua mão, juntando seu pulso esquerdo a meu pulso direito e vice versa.

A magia do ritual já nos circundava devido às runas em nossos pulsos. Fechei os olhos por alguns segundos, dando um adeus provisório a meu corpo e tornei a abrir os olhos, decidida.

Sem sacrifícios não há vitórias, isso é um fato.

─ Ue uos niy, ut se gnay, ue uos o los, ut se a aul, o los ecsan, a aul eop es, o aid acemoc, a etion adnif es, ue oan iecemoc, otnatertne ue adnia oan iebaca, ue em onrot ut, sanrot et mim, ue uos gnay, ut e niy, ue uos a aul, ut se o los, a aul ecsan, o los eop es, a etion acemoc, o aid adnif es, ue ocemoc aroga e odnif mebmat aroga. Missa ajes, amla e amla, eta euq etlov...

Nossas vozes soavam em harmonia, quase que mecanicamente, enquanto sacrificávamos uma parte de nós para tomarmos a posse do corpo um do outro. Eu já não sabia qual voz era a minha e qual era a de Harry. Cheguei a pensar que eu era Lya e Harry ao mesmo tempo, mas não, eu era Lyara Bellator Skyford, também conhecida como Lindsay Slytherin, e minha missão era ajudar minha família.

Foi como se tivéssemos sido atingidos por um raio, tudo se apagou, com a lembrança de nossas vozes ecoando a melodia sem fim. Rezei a todos os deuses do universo para que o ritual tivesse dado certo. Se eu acordasse ainda sendo Lya, deu errado e eu era, na verdade, Harry em corpo de Lya, mas pensando ser Lya. Se desse certo e eu acordasse no corpo de Harry, tivemos sucesso.

A única coisa que noite antes de tudo definitivamente se apagar foi a sala se abalar e as alas protetoras sucumbirem... Que a benção de meu pai nos proteja, porque se não, ferrou.


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Notas finais do capítulo

Vixi, e agora? Será que vai dar certo? Como será que a Lya e o Harry vão lidar com as coisas (se der certo)? MUAHMUAHMUAH Aguardem *o*
Não esqueçam de deixarem suas opiniões, pois são mais do que preciosas para mim ♥ Quero saber se gostaram, odiaram, amaram, macumbaram ~ok, parey w-w Até breve, então. Não sei quando sai o próximo, mas não demorarei um mês ou algo assim, então não se preocupem s2 Beijos. Amo vocês de montão! *-*